O documento discute o fungicida mancozebe, incluindo sua história, composição química, mecanismo de ação multissítio, decomposição metabólica, comportamento no solo, plantas e ar, uso contra fungos como Phakopsora pachyrhizi, formulações, efeitos nutricionais, resistência e estratégias de manejo.
2. Tópicos
Histórico;
A molécula mancozebe;
Multissítios;
Decomposição Metabólica Etilenobisditiocarbamato;
Comportamento solo, planta e ar;
Phakopsora pachyrhizi;
Formulação;
Mancozebe e seus efeitos;
Resistência e manejo.
3. Histórico
1931
Monoamina + Dissulfeto de carbono
Ditiocarbamato
Tetrametiltiuram
1º Fungicida reconhecido;
1940- Comercializado;
Tratamento específico para sementes;
Não eficiente na aplicação foliar.
4. 1940 – Moléculas mais ativas (Fe, Zn, Na)
Dimetilditiocarbamato de Fe – Ferbam;
Dimetilditiocarbamato de Zn – Ziram;
Nabam (Na)
Fonte: trc-canada, 2017.
5. - Alta solubilidade;
- Instabilidade relativa;
- Performance variável;
- Ativo quando exposto ao ar;
- Descoberta da adição de Sulfato de zinco;
- 1944 – Comercialização Dithane D-14;
- Muito utilizado, diminuiu a calda bordalesa.
6. Sulfato de zinco + Nabam
Etilenobisditiocarbamato (Zn)
Fungicida estável e superior
Dithane Z78
7. Nabam e Zineb
Maior eficácia, controle de doença;
75% das áreas utilizavam;
Usado em diversas culturas;
Rohm & Haas;
Desenvolvedores de novos EBDCs;
1950 – Manebe (Mn);
Mais efetivo e elevou o padrão de qualidade.
9. Mancozebe
Comercializado em mais de 120 países;
2007 – 740 milhões de dólares;
FRAC – Modo de ação M;
Grupo: Organosulfurados;
Classe: Ditiocarbamatos;
Subclasse: Etilenobisditiocarbamato.
Fonte: PAN, 2016.
10. O que é um fungicida multissítio?
“ Refere-se aos seus diversos mecanismos de ação, uma
vez que pode interferir em diferentes organelas e
processos fisiológicos nas células fúngicas
simultaneamente”
Fonte: Balardin et al., 2017.
11. Metilditiocarbamato (MDTC) Metam-sódico (Na)
Dimetilditiocarbamato (DMC) Ziram - (Zn) – Ferbam (Fe) - Tiram
Etilenobisditiocarbamato (EBDC) Manebe (Mn) – Zineb (Zn) – Nabam (Na)
– Metiram (Zn) e Mancozebe (Zn,Mn)
Propilenobisditiocarbamato (PBDC) Propinebe (Zn)
Subclasses Elemento
Natureza dos elementos que formam o complexo com o esqueleto do
organosulfurados.
Fonte: Balardin et al., 2017.
13. Compostos relativamente instáveis;
O2;
H20; Decomposição
Subprodutos
Sistemas Biológicos;
Pró-fungicida?
“ Alguns autores denominam os ingredientes ativos
desta classe assim, visto que a molécula básica não é
tóxica ao patógeno, entretanto seus subprodutos são
altamente letais ”
Decomposição metabólica EBDC
14. Formação
Dissulfeto de carbono
(CS2)
Liberação Hidrólise Liberação
Sulfato de hidrogênio
(H2S)
Degradação N-H Degradação
Oxidativa
Etilenotiuréia
(ETU)
Degradação fotolítica
Clorofila
+
H2O
Etilenouréia
(EU)
Etilenodiamina
(EDA)
Esquematizado por Santos, 2018.
15. Conhecimento básico
•Mecanismo de ação;
•Doses recomendadas;
•Horário e época de aplicação;
•Posicionamento (eficiência técnica);
•Formulação do produto;
•Classe Toxicológica;
•Cuidados pré e pós aplicação.
Resíduos de DTC e ETU
16. Classes Grau
I Altamente perigoso
II Muito perigoso
III Perigoso
IV Pouco perigoso
Potencial de Periculosidade ambiental – PPA, 2018.
Classificação Toxicológica
Fonte: Seagro, 2011.
17. A Classificação toxicológica depende da formulação
do produto comercial.
Fonte: Grasel cerealista, 2018. Fonte: Agrinumo, 2018.
R$ 18 a 25,00 R$ 22,00
20. Facilmente degradado;
Ligado moderadamente ao solo;
Não tendencioso a adsorção no solo;
Móvel em solo úmido e arenoso;
Mobilidade moderada;
ETU maior tendência em ser móvel;
ETU altamente solúvel em água.
Comportamento no solo
21. Pressão de vapor desprezível;
Baixo potencial de volatilização;
Partículas aéreas;
Deriva de aplicação.
Comportamento no ar
22. Experimento em diversas culturas;
Presença de S, EBIS, ETU, EU, EDA;
ETU EU;
Penetração nos tecidos das plantas;
EU e 2-imidazoline;
Metabólitos de ETU;
Composto predominante rota final;
Fungitoxidade em patógenos?
Alterações nas plantas?
Comportamento em plantas
Ainda desconhecido.
26. ETU
EU
ETD Interferem em enzimas que contém (SH)
EDA
2-imidazolina
Fonte: Balardin et al., 2017.
27. Fungos oomicetos, basidiomicetos, ascomicetos,
deuteromicetos e algumas bactérias;
Eficácia em mais de 70 culturas;
Eficácia em 400 doenças.
Mancozebe e sua ação
28. Aplicações
Máxima eficiência;
Característica do produto;
Preventivo.
Densidade de folha gotas médias a grossas
Densidade de folhas gotas finas
Levar em consideração velocidade do vento,
velocidade do maquinário e UR.
Fonte: Seagro, 2011.
29. Posicionamento de mancozebe (Mz) dentro do programa de aplicação contendo quatro
aplicações de sítios-específicos.
Fonte: Balardin et al., 2017.
31. Ciclo do fungo Phakopsora pachyrhizi
Fonte: youtube, 2018.
32. Fonte: DuPont Pionner, 2016.
Lavoura de soja durante o período reprodutivo intensamente atacada
por Phakopsora pachyrhizi (A), e a mesma lavoura, uma semana após,
apresentando severa desfolha (B).
36. Eficácia de controle de ferrugem asiática da soja (FAZ) após chuva simulada sobre
aplicação de fungicida.
Fonte: Balardin et al., 2017.
37. Eficácia de controle de ferrugem asiática da soja (FAS) após frequência de chuva simulada
sobre aplicação de fungicida
Fonte: Balardin et al., 2017.
38. Gráfico que mostra a eficiência de controle de ferrugem asiática da soja em relação a
produtividade.
Fonte: Balardin et al., 2017.
39. Comparativo entre os fungicidas multissítios posicionados sobre o patossistema FAS – Soja.
Fonte: Balardin et al., 2017.
40. Pó molhável (WP)
Grânulos dispersíveis (WG)
Formulação
Formulação WG Formulação WP
Sólida Mais moderna
Adiciona adjuvantes Água dispersa prontamente
Dispersão razoavelmente estável Solução estável
Necessita de agitação Facilidade de manuseio
Há atrito de partículas sólidas Menor risco de contaminação
41. Porque As formulações WG e WP são as mais utilizadas
na molécula de Mancozebe?
“Ambas tem a maior capacidade de carregar altas
concentrações do ingrediente ativo, por serem estáveis”
Dosagem (1,5 a 3,0 Kg/ha).
47. O que é resistência?
“ é um processo natural de seleção “
O que é resistência a fungicidas?
“É uma alteração herdável e estável em um fungo em
resposta á aplicação de fungicidas, resultando numa
redução da sensibilidade ao produto”
48. Resistência qualitativa Resistência quantitativa
Perda repentina de efetividade Declínio de controle
Presença definida de patógenos Diminuição da suscetibilidade
Apresentam suscetibilidade e
resistência
Demonstração por monitoramento
Respostas variam amplamente Graus variáveisGrau I Resistente
Grau II Mod. Resistente
Grau III Mod. Sensível
Grau IV Ext. Sensível
Fonte: Adaptado por Santos, 2018.
50. Desenvolvimento de via metabólica alternativa;
Degradação metabólica do fungicida;
Exclusão ou expulsão do fungicida;
Decréscimo na permeabilidade da plasmalema;
Aumento da detoxificação;
Alteração bioquímica no sítio alvo.
Mecanismos de resistência
57. Importância do multissítio
É uma excepcional ferramenta para o manejo
moderno de doenças á base de químicos;
Potencial produto para a estratégia antirresistência;
Aumentam a vida útil dos fungicidas sítio específico;
Impedem ou reduzem a adaptação dos fungos a
fungicidas.
58. Aumento da eficácia biológica de controle de doenças pela associação de mancozebe
com fungicidas sítio-específicos (IDM e IQe).
Fonte: Balardin et al., 2017.
59. Manejo da resistência
Rotacionar fungicidas modos de ação;
Utilizar multissítios junto a sítios específicos;
Tecnologia de aplicação;
Doses recomendadas;
Vazio sanitário;
Destruição de soqueiras e tigueras.