América do Sul 2017: crescimento moderado em meio a riscos globais
1. Monitor America do Sul
Janeiro 2017
“Auch!”
O novo presidente de USA esta colocando na prática as absurdas propostas com as que
conseguiu se impor nas eleições de Novembro e ameaça desatar uma guerra comercial
sem precedentes que traz riscos a baixa no crescimento global.
Sem considerar isso, os países desenvolvidos abrem 2017 num tom melhor ao 2016. A
pesar de USA ter tido um dado fraco no quarto tri, fecha o ano melhor do que começou.
Igual acontece na Europa. China não deveria repetir os problemas do começo de 2016.
Em contraste, latam fecha pior do esperado. Argentina e Brasil tiveram segundos
semestres muito ruins em termos de atividade, e as demais economias não conseguiram
se descolar desse tom. Mesmo assim, todas conseguiram controlar a inflação e mantem
na agenda reformas de consolidação fiscal.
Olhando para os dados duros 2017 deveria ser um ano melhor, e ainda da para acreditar
que o sistema vai conter os extremos do republicano. Porém os riscos de downside são
consideráveis.
Link: www.econuy.blogspot.com
3. Após um terceiro tri ruim, o quarto esteve longe do esperado.
O único ponto positivo é a inflação que deixa espaço para
uma queda mais rápida dos juros. Commodities deveríam
ajudar balança comercial. O programa fiscal depende de
receitas extraordinárias e o barulho político coloca vies
negativo sobre o cenário.
O ano foi de menos a mais em várias áreas e apreseontou
melhoras no frente fiscal. Quanto a atividade, os eventos
positivos de 2016 não estariam presente em 2017, porém
melhoras nas grandes economias vizinhas ajudam a
economia a ficar no seu potencial ou levemente acima. O
final de ano deveria colher uma aceleração.
A economia fechou o ano com melhores dados que o
previsto, mesmo que nem tão sólidos como os do terceiro
trimestre. A inflação esta sob controle porém o resultado
fiscal em deterioro está ameaçado por internas no partido de
governo. As contas externas deveriam piorar e o desempenho
económico se manter abaixo do potencial também em 2018.
O governo argentino fechou 2016 com a boa notícia do
grande éxito do ”blanqueo de capitales”. Isso da espaço fiscal
e junto à menor inflação em 2H16, uma popularidade
resiliente e a troca de ministros traz ar para o governo numa
economia com fraco desempenho. Alguns indicadores
sugerem retomada de crescimento já em IV.16.
BRASILPARAGUAYURUGUAYARGENTINA
BRA 16 (e) 17(f) 18(f)
1,45% PIB (US bi) 6193 6642 7051 Ù
0,05% Var a/a -3,2% 0,8% 3,1% Ù
-0,22% Infla 6,7% 4,6% 4,3% Ú
-1,54% USD 3,30 3,46 3,50 Ú
-0,15% Res fiscal -9,8% -8,9% -8,0% Ù
PRY 16 (e) 17(f) 18(f)
1,88% PIB (US bi) 27 29 30 Ù
0,08% Var a/a 3,9% 3,3% 4,0% Ù
0,05% Infla 4,0% 4,5% 4,5% Ù
-1,70% USD 5719 6000 6250 Ù
0,02% Res fiscal -1,8% -1,7% -1,5% Ù
URY 16 (e) 17(f) 18(f)
-1,13% PIB (US bi) 55 56 57 Ù
0,13% Var a/a 1,0% 1,0% 2,0% Ù
0,01% Infla 8,7% 8,4% 8,0% Ú
1,26% USD 28,8 33,4 35,0 Ù
-0,07% Res fiscal -3,8% -3,2% -2,2% Ù
ARG 16 (e) 17(f) 18(f)
0,09% PIB (US bi) 611 530 444 Ú
0,01% Var a/a -1,7% 3,0% 3,2% Ù
0,04% Infla 40,8% 20,4% 15,0% Ú
-0,04% USD 17,9 17,4 16,9 Ù
0,02% Res fiscal -4,8% -4,9% -4,5% Ú
4. Mal dentro bem fora. Os números do quarto tri falam de uma
melhora das contas externas e de um ainda fraco cenário
interno. Mercado de trabalho fraco, inflação alta (mesmo que
em queda) e baixos níveis de confiança são desafios para
2017. Porém, o governo recupera graus de liberdade e deveria
ser bem sucedido no impulso da economia.
Muro si Muro no. A incerteza sobre o rumo da política
económica de USA apresenta desafios para uma economia
que não apresentou um bom quarto trimestre. Com mais
inflação e cambio copiando expectativas ruins quanto a
relação com USA, a política monetária deveria tomar um sinal
restritivo piorando o cenário de atividade.
Peru é ganhador num cenário de commodities metálicos mais
forte, porém o cenário interno ainda apresenta fortes desafios
que não conseguem ser resolvidos. As expectativas são boas,
porém a demanda interna teria perdido folego no quarto tri
por consolidação fiscal e fraco mercado laboral. Mesmo assim,
as perspectivas são de melhora para 2017.
Sub-par. Decepcionante final de 2016 e os prognósticos de
2017 não conseguem trazer grande otimismo. Mesmo
mantendo tónica expansiva, a economia apresenta sinais
mistas com bom desempenho comercial porém dados fracos
no mercado interno. Um outsider de esquerda, mesmo que
senador, ganha espaço na carreira presidencial de 2017.
MEXICOCOLOMBIAPERUCHILE
MEX 16 (e) 17(f) 18(f)
PIB (US bi) 1009 1036 1081 Ú
Var a/a 2,0% 1,8% 2,2% Ú
Infla 3,2% 4,0% 3,5% Ù
USD 19,8 19,9 20,0 Ù
Res fiscal -2,9% -2,7% -2,1% Ù
COL 16 (e) 17(f) 18(f)
PIB (US bi) 279 305 323 Ù
Var a/a 2,0% 2,4% 2,8% Ú
Infla 6,0% 4,2% 3,5% Ú
USD 3021 3029 3050 Ú
Res fiscal -4,0% -3,3% -2,9% Ù
PER 16 (e) 17(f) 18(f)
PIB (US bi) 193 204 216 Ù
Var a/a 3,9% 4,0% 4,2% Ù
Infla 3,1% 2,7% 2,6% Ú
USD 3,39 3,49 3,46 Ù
Res fiscal -3,0% -2,6% -2,4% Ú
CHL 16 (e) 17(f) 18(f)
PIB (US bi) 243 258 274 Ù
Var a/a 1,6% 1,9% 2,5% Ù
Infla 2,9% 2,7% 3,0% Ú
USD 680 682 688 Ú
Res fiscal -3,0% -3,4% -3,0% Ú