1. Monitor America do Sul
Março 2017
“Vamos brincar no bosque, enquanto seu
lobo não vem”
Após fechar 2016 melhor do esperado, o bom momento continuó em 2017 com bons
dados vindo de USA, Europa, Japão e China. As fraqueças estruturais estão silentes e
bons dados conjunturais dão tranquilidade como para achar que os principais problemas
estão no incerto cenário político em USA, Europa e Meio Oriente. Mas o problema
estrutural segue intacto caracterizado por endividamentos inconsistentes com o
crescimento projetado. Porém, os mercados compram e todos felizes.
Em Latam, começamos 2017 melhor do que começamos 2016. Mesmo que revisadas a
baixa, as expectativas são de crescimento para todas as economias, com políticas
monetárias expansionistas (ex Mexico) e ainda tirando vantagens de Japão e Europa no
mesmo sinal e USA corrigindo pausadamente a sua.
As economias de base mineral vão tirar vantagem de preços médios melhores em 2017
que em 2016, mesmo que corrigindo a baixa.
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3. Ancorados num exitoso controle da inflação, melhoras no
resultado fiscal e foco na reforma previdenciaria, o governo
tenta dar sinais para reduzir o intenso ruido político. A
economia tem dado sinais marginais de disiminuir a piora e
começa a ficar mais sustentado uma expansão no segundo
semestre. As expectativas pegam essas boas sinais.
O final de ano foi muito bom com crescimento em quase
todos os setores impulsionados tanto por demanda externa
como demanda interna. A inflação segue sob controle e
mesmo que o déficit fiscal teve um leve aumento, os
números seguem muito robustos. A economia esta pronta
para pegar as melhoras esperadas de Arg e Bra nesse 2017.
Uma temporada turística record e melhores dados de
atividade deixam um cenário melhor para 2017. Porém a
economía tem mostrado grandes fraquezas, a rigidez do
déficit fiscal constitui um problema serio de sustentabilidade
da dívida. A economía continúa perdendo produtividade com
a projeção de uma nova valorização do peso em 2017.
A atividade tem dado mais sinais de retomada, porém o
cenário inflacionário segue sendo um grande problema.
Dificilmente o governo consiga pasar os aumentos que
procura para os funcionários o que coloca dúvidas para o
significativo déficit que consegue ser financiado pelo des-
endividamento do governo K herdado pelo governo M.
BRASILPARAGUAYURUGUAYARGENTINA
4. O Banco Central sai em resgate da economia que fica pior do
esperado com um recorte de juros baseado em “expectativas
dos consumidores ruins”. A conta externa melhora mesmo que
o cámbio não esta ajudando com inflação em dólares
projetada para 2017. IV.16 fechou acima do esperado mas,
mesmo acelerando, 2017 tem um viés baixista na projeção.
Algumas sinais de melhor relação com a administração Trump
reduziram parte da incerteza que colheram as expectativas de
começos de ano. Os dados de IV.16 tem sido solidos o que
colocou piso as expectativas de para 2017. O ano aceleraría no
segundo semestre o que junto a um melhor desempenho
fiscal permitiriam manter a qualificação da dívida mexicana.
O fechamento do ano 2016 foi o melhor para um pais de
america latina, porém esta baseado num melhor desempenho
do setor externo. O consumo interno segue ameaçado e falta
dinamismo nele. Esse o grande desafío hoje. Melhores preços
do cobre permitem uma melhora do resultado fiscal e
continuar em 2017 com um bom crescimento.
A economia chilena segue dando sinais de fraqueza com o
mercado de trabalho piorando mesmo que a venda minorista
marca expansão. O ano deveria ter uma aceleração ancorado
numa melhora de preços do cobre, inflação sob controle e
menores juros. As expectativas melhoram pela probabilidade
maior nas eleições de final de ano do retorno de Piñera.
MEXICOCOLOMBIAPERUCHILE
COL 16 (e) 17(f) 18(f)
PIB (US bi) 279 305 323 Ù
Var a/a 2,0% 2,4% 2,8% Ú
Infla 6,0% 4,2% 3,5% Ú
USD 3021 3029 3050 Ú
Res fiscal -4,0% -3,3% -2,9% Ù