Folha de São Pedro - O Jornal da Paróquia de São Pedro (Salvador-BA) - Dezembro de 2017
1. O Natal, festa essencialmente cristã, está perdendo a
verdadeira identidade devido a mudanças nos conceitos
e hábitos das pessoas e da sociedade. A cultura do con-
sumo, que dita os mandamentos do nosso tempo, assu-
miu a data do nascimento de Jesus como motivação
para o seu grande objetivo: vender sempre mais. Por
isso, dezembro é o melhor mês para o comércio. Com-
pram-se mais presentes, além dos ingredientes da lauta
ceia.Afigura de Papai Noel está substituindo o Menino
Jesus, opersonagemcentraldomistériodaencarnação.
No momento, o ser humano deseja a renovação da
história. Expressões de uma cultura envelhecida mani-
festam-se em inúmeros fenômenos atuais, inclusive a
espiral de violência que apavora cidades grandes e
pequenas, sobretudo as metrópoles. No rol das mudan-
ças, vamos incluir um novo estilo de celebrar o Natal.
Precisamos voltar à fonte para festejar o Natal cristão.
Nos dias que o antecedem, é válida uma preparação
conveniente, tanto na dimensão religiosa quanto no
sentidosocial.
O que celebramos na noite de 24 para 25 de dezem-
bro? Um encontro social? Uma chance de rezarmos?
Uma oportunidade de presentear amigos? Tudo isso e
muito mais. É a memória de um Deus que se fez homem
para que o homem fosse libertado da culpa original,
conquistando o direito de novamente chamar Deus de
Pai. Com o Natal se inicia um novo ciclo na humanida-
de: a era cristã, que determinou outra contagem do tem-
po.Até hoje quase todos os povos contam os seus sécu-
loscomum'antes'eum'depois:A.C. eD.C.
A incoerência de um Natal envolvido em sinais de
riqueza e aparência, num ambiente de luxo e superficia-
lidade, é um grande erro. Conforme o espírito do verda-
deiro Natal, viveram entre nós duas pessoas que, se
vivas fossem, comemorariam nesse ano seu centenário.
Por coincidência ou por desígnio divino nasceram no
mesmo dia: 10 de dezembro: Dom Tomás Muphy e
Carmita Overbeck; ele, um americano e bispo redento-
rista; ela, uma baiana, leiga casada, mãe e avó. Os dois,
porém, ligados por um traço de união indestrutível: a fé
cristã e o compromisso com o Reino anunciado pelo
Menino Jesus. Corações ardentes e despojados dos
interesses transitórios, engajados no mundo, mas com o
coração livre “para amar a Deus sobre todas as coisas e
aos irmãos como a si mesmo”, Dom Tomás e Carmita
deram a todos nós, Igreja, a lição magnifica de que
Jesus é realmente o Caminho, a Verdade e a Vida. Tri-
lharam a mesma estrada de fé e da partilha, sentaram-se
na mesma mesa do Cordeiro e agora se deliciam com a
eterna presença do mesmo Pai. Que no céu, onde eles se
encontram, intercedam por nós, por toda a comunidade
de São Pedro, pelos leitores do Folha para que celebre-
mos o Natal verdadeiro, o nascimento de um Deus feito
HomemquecaminhaconoscoparaaTerraPrometida.
A minha bênção de pároco e abraço de irmão no
SenhorMenino,desejandoumFelizeSantoNatal!
Padre Aderbal Galvão de Sousa
Fim de ano é tempo de louvar a
Deus e renovar a esperança,
recomenda Zélia Vianna no artigo
da página 2
Nas páginas 4, 5, 7 e 8, o Folha
registra o centenário de nascimento
do querido Bispo Dom Tomás
Murphy
Padre Aderbal transmite sua
mensagem de Natal aos paroquianos
e leitores do Folha. Página 8
2. No apagar das luzes de mais um ano que se despe-
de, vejo um tempo mais que propício para louvar e dar
graçasaDeus.
Em carta aos tessalonicenses, Paulo escreve:
“Deem graças em todas as circunstâncias” (1Ts 5,18).
Essa recomendação é mais ampla do que parece à pri-
meira vista. Significa agradecer não apenas pelos
sucessos e acontecimentos agradáveis, mas louvá-Lo e
bendizê-Lo em todas as circunstâncias ou situações
vividas, tenham sido elas agradáveis ou não aos nossos
olhos. O porquê dessa recomendação eu encontro na
cartadoapóstoloaosromanos:“…porquetodasascoi-
sas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o projeto dEle”
(Rm,8,28).
Consegue dar graças a Deus “em tudo” quem não
tem dúvida que tudo
que acontece é con-
forme Sua santa von-
tade ou Sua permis-
são; louva a Deus em
tudo quem acredita
que o mal não provém
dele, mas da fragilida-
de e limitação própri-
as da natureza huma-
na e, consequente-
mente, do nosso livre
arbítrio, das nossas
másescolhas.
É importante entender que o mal não vem de Deus
e, como tão sabiamente lembra Santo Agostinho, se
Ele dá permissão para que algo de ruim aconteça é por-
que tem o poder de extrair desse mal um bem maior.
Assim como acreditamos que do “maior mal cometido
pela humanidade, que foi a rejeição e o homicídio do
Filho de Deus, por causa de nossos pecados, Ele tirou o
maior dos bens, que foi a glorificação de Cristo e a
nossa redenção”, precisamos também acreditar que há
um propósito em tudo que acontece e que Deus tem, na
sua infinita misericórdia – sem a qual não haveria sal-
vação para ninguém –, não uma fórmula mágica para
transformar o mal num bem, mas formas e recursos
capazes de transformar crises e situações adversas e
contrárias à Sua vontade em oportunidades de cresci-
mentoefelicidadeparanossas vidas.
Peçamos emprestadas as palavras do salmista para
expressar nossa gratidão a Deus por tudo o que pessoal
e comunitariamente vivenciamos durante esse ano:
“Demos graças ao Senhor Deus por sua justiça; ao
nome do Senhor Altíssimo cantemos louvores” (Sl 7.
17).
Fim de ano é tempo de cantar louvores a Deus, mas
também de cantar a fé e a esperança. Compreendo que,
num país como o nosso, onde o câncer da violência, da
falta de ética e corrupção deslavada apoderou-se de
todo o tecido social, numa sociedade onde os shop-
pings ocupam o lugar dos templos, onde Deus está
sendo coisificado e as coisas endeusadas, e a palavra
“crise” está presente em praticamente todas as conver-
sas, falar de fé e esperança pode parecer insanidade.
Mas nãoé.
Nãodáparanãoseindignarcomasnotíciasdos nos-
sos líderes beneficiando-se, legislando em causa pró-
pria e sobrecarregando o povo com impostos e aumen-
tos. Não dá para fechar os olhos para o desemprego, o
sucateamento da educação e da saúde. Mas também
nãodáparamergulharemtristezaedesânimo.
Para Dom Pedro
Casaldáliga, para
todos nós que nos
professamos cris-
tãos, a crise não pode
ser vista necessaria-
mentecomoumades-
graça. Para quem
tem esperança (e a
esperança é uma vir-
tudequenãopodefal-
taraoverdadeirocris-
tão), crise é mudan-
ça, é travessia, é
fonte de novas oportunidades. A crise, continua o
conhecido bispo católico, “é a febre do espírito. E se há
febre, há vida. Mortos não têm febre”. E se há vida,
completaopovo, háesperança.
Claro que não falo da esperança que é apenas dese-
jo de que algo bom aconteça, que não é simples otimis-
mo ou mera expectativa. Refiro-me à maravilhosa
esperança cristã, a esperança que é filha da fé, aquela
que, no dizer de São Paulo, espera contra tudo e contra
todos e jamais falha. Falo da esperança que, porque é
fundamentada na pessoa do Cristo Ressuscitado,
vence o medo e o desânimo, inspira coragem para
lutar, ousadia para superar as dificuldades e construir
um mundo segundo o projeto do Pai. Não importa que
demore, o que importa, como escreve Geir Campos no
seu poema 'Alba', é perseverar: “Não faz mal que ama-
nheça devagar, as flores não têm pressa nem os frutos
sabem que a vagareza dos minutos adoça mais o outo-
no por chegar. Portanto, não faz mal que devagar o dia
vença a noite em seus redutos do leste. O que nos cabe
éterenxutosos olhoseaintençãodemadrugar”.
Zélia Vianna
zelia.vianna@yahoo.com.br
3. ANIVERSÁRIO DA PARÓQUIA
Dia 2 de dezembro, missa festiva às 18h, com celebração
da Crisma, presidida pelo nosso Arcebispo Dom Murilo
Krieger, na Igreja de São Pedro. Neste dia celebramos
também os 100 anos da inauguração da nova Igreja Matriz
deSãoPedro.
PREPARAÇÃO DE PAIS E PADRINHOS PARA O
BATISMO DE CRIANÇAS
Dias 2 e 16 de dezembro, das 14h às 18h, na Igreja de São
Pedro.
BATISMO DE CRIANÇAS
Dias3 e17dedezembro,às8h30,naIgrejadeSãoPedro.
FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Dia 8 de dezembro, missa às 7h30, 9h30 e 11h30, na Igreja
deSãoPedro.
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE DOM
TOMÁS MURPHY
Dia 10 de dezembro, missa em ação de graças às 7h30,
9h30 e 11h30. Logo depois das missas, haverá momentos
de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento, na Igreja
deSãoPedro.
FESTA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
Dia 12 de dezembro, missa às 8h, 10h, 12h, 15h, 17h e
18h, naIgrejadeSãoPedro.
ANIVERSÁRIO DE NASCIMENTO DO PAPA
FRANCISCO
Dia17 dedezembro.
MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS PELOS
DOADORES DO BAZAR
Dia 17 de dezembro, às 7h30, 9h30 e 11h30, na Igreja de
SãoPedro.
MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS PELOS
DIZIMISTAS DA PARÓQUIA
Dia 24 de dezembro, às 7h30, 9h30 e 11h30, na Igreja de
SãoPedro.
ESCOLA DE MARIA
Aprofundamento sobre a vida de Nossa Senhora. Todos
os sábados, às9h,naIgrejadeSãoPedro.
GRUPO DE ESTUDOS BÍBLICOS
A nossa Paróquia dispõe de Grupos de Estudos Bíblicos,
durante toda a semana, em vários horários. Informações
nasecretariaparoquial.
BAZAR DA SOLIDARIEDADE
A nossa Paróquia mantém três espaços com o
Bazar da Solidariedade, que são frutos de
doações de roupas, sapatos, objetos de
decoração, móveis e utensílios domésticos em
bom uso que são postos à venda com o
objetivo de ajudar no trabalho social que a
paróquia desenvolve.
Faça uma arrumação na sua casa, no seu
guarda-roupa! Doe o que você não precisa
mais para o nosso Bazar!
Visite os espaços do Bazar da Solidariedade,
onde também podem ser feitas as doações.
Informações pelo telefone: 2137-8666
CELEBRAÇÃO DO NATAL DE JESUS
Dia 24 de dezembro, missa da Vigília do Natal, às 17h, na Igreja de São Pedro.
Dia 25 de dezembro, missa às 7h30, 9h30 e 11h30, na Igreja de São Pedro.
FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA: JESUS, MARIA E JOSÉ
Dia 31 de dezembro, missa às 7h30, 9h30 e 11h30, na Igreja de São Pedro.
4. No próximo dia 10 de dezembro, será celebrado, em
memória, o centenário de nascimento de Dom Tomás
Murphy, que foi missionário americano no Brasil, pri-
meiro bispo de Juazeiro e bispo auxiliar da nossa Arqui-
diocese. Para marcar esse acontecimento haverá na nossa
Paróquia, no dia 10 de dezembro, das 7h30 às 13h, três
missas em ação de graças e momentos de oração e adora-
çãoaoSantíssimoSacramento,naIgrejadeSão Pedro.
Thomaz William Murphy era o seu nome de batismo,
porém, a cada momento de sua vida, seu nome foi sendo
mudado: Bill, Padre Tomás, Bispo Bill, Bispo Murphy,
Dom Tomás Guilherme Murphy para nós, brasileiros, e,
mais carinhosamente ainda, Dom Tomás. Nasceu na
cidade de Omaha, no Estado de Nebraska, nos Estados
Unidos daAmérica,em10 dedezembrode1917, defamí-
lia profundamente católica, de origem irlandesa. Seus
pais foram Tomás Luís Murphy e Loretta Elizabeth
Murphy. Ele foi o segundo filho do casal, tendo como
irmãsLorettaeGeraldine.
Desde sua infância, já demonstrava a vocação sacer-
dotal e, aos 13 anos, entrou para o seminário. Mais tarde,
ele mesmo revelou que não foi tão fácil decidir. Seus
primeiros anos de estudos foram na Escola do Santo
Nome, na sua cidade natal, prosseguindo os estudos no
Colégio São José, em Kikwood, no Estado do Missouri.
Cursou Filosofia e Teologia no Seminário da Imaculada
Conceição, da Congregação do Santíssimo Redentor –
Seminário Redentorista –, em Oconomowoc, no Estado
do Wisconsin, tendo feito seus votos religiosos nessa
Congregação em 2 de agosto de 1938. Fez pós-graduação
em Educação, em Melwaukee, também no Wisconsin, na
Universidade Maquette, e pós-graduação em Psicologia
Pastoral,emChicago,naUniversidadeLoyola.
Sua ordenação sacerdotal ocorreu na cidade de Oco-
nomowoc,Wisconsin, em 29 de junho de 1943, mas, para
ele, uma data inesquecível foi quando celebrou sua pri-
meira missa, na sua cidade natal, Omaha, em 3 de julho
daqueleano.
Padre Tomás foi, então, designado para ser pregador
de missões no Brasil, no Estado do Amazonas, tão dife-
rente do seu torrão
natal. Era o ano de
1945, e o mundo
estava em guerra.
Após viajar de
navio até Recife,
ele e outros missi-
onários america-
nos foram para
M a n a u s , o n d e
Padre Tomás assu-
miu a Paróquia de
Nossa Senhora
Aparecida. Como
missionário foi
coordenador, pre-
gador de Santas
Missões Popula-
res, pároco em
Manacapuru e vice-provincial da Missão Redentorista na
Amazônia.
Transcorreram os anos de 1945 a 1958, retornando
aos Estados Unidos por decisão dos seus superiores. De
volta à sua terra natal, o então Padre Tomás foi ser reitor
do novo Seminário Menor da sua Congregação, em
Edgerton, Wisconsin. Pouco tempo ficou na América.
Em 16 de outubro de 1962, recebe o chamado de Roma,
através do núncio apostólico no Brasil, para ser o primei-
ro bispo da recém-criada Diocese de Juazeiro, na Bahia.
Sua ordenação episcopal se deu em 2 de janeiro de 1963,
na Igreja do Santo Nome, na sua cidade natal, em pleno
inverno. A cidade ficou coberta com um denso nevoeiro
durantequatrodias.
Viajou para o Brasil para assumir a nova diocese de
Juazeiro, numa região de grande pobreza, com grandes
desafios. “Ad Iesum per Mariam” (AJesus por Maria) foi
seu lema como bis-
po. A devoção a
Nossa Senhora e à
Eucaristia era a mar-
ca de sua espirituali-
dade. Os 12 anos que
ele permaneceu em
Juazeiro foram de
muito trabalho: cou-
be-lhe organizar a
nova diocese desde
os alicerces, dotá-la
de estruturas míni-
mas, traçar linhas
pastorais, abrir casas
de formação para
o sacerdócio, criar
obras sociaisvárias,
Dom Tomás com familiares nos EUA
Padre Tomás, em 1950
1.º bispo de Juazeiro
5. inclusive para
recuperaçãodepros-
titutas, sem desleixo
da evangelização.
Nes-se período de
pastoreio, o povo o
acolheu com muito
a-mor e reconheci-
mento do seu traba-
lho. Uma vez, em
uma entrevista, ele
mesmo recordou o
quanto aprendeu
com os pobres, as
lavadeiras, as pro-
fessoras e as pessoas
simples. Isso lhe
dava grande alegria.
Juazeiro ainda é saudosa por sua partida, contudo, neces-
sária,porquesuasaúdehaviadecaídomuito,o queo levou
a pedir o Papa Paulo VI sua transferência para Salvador, o
quesedeuem1975.
Não menos trabalhou na Arquidiocese de Salvador,
auxiliando o então Cardeal Arcebispo Dom Avelar Bran-
dão Vilela, que veio a falecer em 1986. Dom Tomás admi-
nistrou a Arquidiocese vacante até a chegada do novo
arcebispo, Dom Lucas Moreira Neves, em setembro de
1987. Como bispo auxiliar atuou na Cúria Metropolitana
e na administração financeira da Arquidiocese, prestou
assistência junto aos leigos (Movimento de Cursilhos da
Cristandade, Renovação Carismática Católica, Instituto
Feminino, Missionários da Eucaristia, treinamento de
lideranças cristãs) e outros, sem falar junto às religiosas,
tanto na direção espiritual quanto no confessionário, e
ainda, no aten-
dimento a ido-
sos e doentes.
Ele também
fundou o Curso
Igreja, valori-
zou e promo-
veu a Pastoral
da Comunica-
ção da nossa
Arquidiocese,
expressando
grande apoio à
Rádio Excel-
sior e ao Setor
deVídeoeTV.
A desco-
berta de uma
leucemia o le-
vou aos Esta-
dos Unidos em
busca de tratamento em 1993. Poucos meses depois retor-
nou ao Brasil, mas permaneceu por pouco tempo, tendo
que retornar à sua terra para continuar o tratamento da
doença que avançava apressadamente. Com o tratamento,
a leucemia estava controlada, porém seu coração não
suportou. Na tarde de 6 de julho de 1995, no Hospital
Santa Maria, em Saint Louis, no Missouri, ele retornou ao
Pai. Deus o quis perto de Si. Nas últimas conversas telefô-
nicas com amigos brasileiros, despediu-se. Já previa o seu
fim. Seu corpo foi levado para Omaha, com missa de
corpo presente no dia 10 de julho, depois seguiu para
Ligouri, para ser sepultado no cemitério da sua Congrega-
ção, o que aconteceu no dia 11 de julho, com a presença do
CardealArcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do
Brasil, Dom Lucas Moreira Neves, irmãos da Congrega-
ção dos Redentoristas, familiares e amigos brasileiros e
americanos.
Em Salvador, havia ocorrido uma Celebração Eucarís-
tica em sua memória, no Santuário de Nossa Senhora de
Fátima, no dia 7 de julho, com grande participação de
fiéis. Em Ligouri, seu corpo foi devolvido à terra, ao pó.
DomTomás retornou ao Pai, sim. Ele se foi, como expres-
sou a enfermeira que o assistiu nos últimos momentos no
Hospital Santa Maria, mas, com certeza, ele está interce-
dendopor nós. Pai,Amém.
Brasão pessoal de Dom Tomás
Celebração na Igreja de São Pedro
Fundação dos Missionários da Eucaristia, em Salvador, em 1989
Em tratamento, nos EUA, em 1994
6. 01-ELOÍSA ELIAS DA SILVA PORTELLA
01-JOSÉ NILTON CARDOSO
01-MARLENE RODRIGUES MACIEL
01-TELMA CONCEIÇÃO OLIVEIRA MENDES
02-HELIOMAR GOMES DE SOUZA
02-NIVALDO BISPO DE JESUS
03-IVANEIDE MARIA DOS SANTOS
04-BÁRBARA RIBEIRO GRANJA
04-GEORGINA DA SILVAARCANJO
05-HAMILTON LIMA ROCHA
05-JESUS NUNES FREIRE
05-PATRÍCIA FALCÃO DOS SANTOS
05-VALDETE DOS SANTOS DE SÃO MIGUEL
06-ANA BÁRBARA UMBURANAS
06-LEONES SILVA CARILO
07-SARAJANE BARREITO FREITAS
07-SÔNIA S. VASCONCELOS
07-VICTÓRIA GAMA MOURA
08-ANTÔNIO MARTINS ESPÍNOLA
08-HELIJANDRO SILVA DOS SANTOS
08-M.ª MACHADO
08-NATHALIAALVES DE SOUZA
08-NILSON NERE DOS SANTOS
09-ALEX DE JESUS SILVA
09-HAYSE LYRA MACHADO
09-JAIR CRAVO
09-Mª CÁSSIA DE ANDRADE
09-MINERVINAAFONSO RAMOS
10-HELENA PALMAAZEVEDO DE SANTANA
10-IZAURINA PASSOS DE SOUZA
10-M.ª DAS GRAÇAS DA SILVA
10-Mª EMÍLIA DA SILVA NOVA
11-ANA PAULA LIMA SANTOS
11-CÉLIA MARIA GUEDES
11-ESTERLINA GONSALVES DOS REIS
11-JAQUES RODRIGUES DA CRUZ
11-SARAADRIANE DOS SANTOS
11-TÂNIA CONCEIÇÃO S. DE M. ESPÍNOLA
12-MATEUS MENDONÇA VALE
13-ANÍSIAALVES DA SILVA
13-LUZIA BARROS CERQUEIRA SANTOS
13-LUZIA MARIA DA COSTA PINTO
14-GISÉLIA BASTOS LEITE BATINGA
14-M.ª DAS GRAÇAS SANTOS BOTTAS
15-ANTONIETA MARQUES M. DE LIMA
15-EDNA PEREIRA BATISTA
15-FRANCISCO MARTINS FERRAZ
16-CORÁLIA DE O. BRAGA MACEDO
16-M.ª PIRES SANTOS
16-NEIDE OLINDA CARDOSO SOUZA
16-NORMA TERESA FERREIRA VITÓRIO
16-PAULO CÉSAR SILVA DE MATOS
17-JORGE ANTÔNIO SOUZA ZUZA
17-JOSÉ ALMIR BATISTA DOS SANTOS
17-MARLENE TEREZINHA DACROCE
18-CELINA NASCIMENTO DE JESUS
18-EDVALDO DOS SANTOS PEREIRA
18-HONORATA BORBA DA TRINDADE
18-JOSÉ OTÁVIO CORDEIRO DE OLIVEIRA
18-JUDITE ALVES DOS REIS
18-MOACIR DOS SANTOS FERREIRA
19-EDINEI ROBERTO PEREIRAATAÍDE
19-JOSÉ MURICY
19-VIVIANE ARAÚJO DOS SANTOS
20-ALBÉRICO LEÔNCIO E FRANÇA
20-JANETE SILVAALMEIDA
20-NADNALVAARAÚJO LEITE
20-PALMIRO PINTO DA SILVA
20-VANILDA LEITE LAGO
21-ELOÁ DE JESUS DOS SANTOS
21-HELENA LIMA PALMA
21-UDILÃ SALES CORTÊS UMBELINO
22-GUANACY OLIVEIRA DE SANTANA
22-JOÃO CARLOS SANTANA DA CRUZ
22-M.ª CONCEIÇÃO MORAES
22-M.ª JÚLIA DA R. CAMPOS MARINHO
22-ROMÁRIO FERREIRA DE SOUZA
22-SANDRA FERREIRA BARBARINO
23-ALOÍSIA CRISPINA DE JESUS SALES
23-AMÉLIA SANTOS DA SILVA
23-MARGARIDA G. LOPES DE MORAES
23-ZILNARA DA SILVA BRITO
24-LEONARDO ALESSANDRO L. MENDES
24-PATRÍCIA MARIA OLIVEIRA PRADO
24-SULIMAR SAMPAIO DA SILVA
25-CLOTILDES SILVA SOUZA
25-DULCE M.ª MONTEIRO BONFIM
25-M.ª DA GLÓRIA SILVA COSTA
25-M.ª DE LOURDES F. SANTANA
25-NATALICE BARBOSA PESTANA
25-TELMA IRACEMAALVES ARAÚJO
26-ESTEFÂNIA DO ESPÍRITO SANTO DIAS
26-MARILENE DOS ANJOS DE FREITAS
26-TEREZA NERI REIS
27-VANDA SANTOS LIMA
28-SIOMARA BISPO DOS SANTOS
29-ALEXANDRO SALES FERREIRA
29-JAILTON JOSÉ TEIXEIRA
29-Mª JOSÉ DE SANTANA OLIVEIRA
29-URANITA MARIA DO NASCIMENTO
30-ANA RAFAELA DO SACRAMENTO FREIRE
30-LEONARDO VENTURA MACEDO
30-MANELITA SENHORINHA DO NASCIMENTO
31-ELIENE SANTOS RODRIGUES
31-JOSENALVA BORGES SANTOS
31-JURACY PITA FERREIRA
31-LEONARDO ALVES DOS SANTOS
31-Mª DE FÁTIMA MATO GROSSO DE JESUS
31-MARTA LÚCIA R. MACIEL DE SOUZA
31-SILVIO GOMES DE SOUZA
A você, meu irmão, minha irmã, que assume esta Paróquia como dizimista e se compromete com o trabalho
pastoral, parabéns! Como presente do seu aniversário, a comunidade paroquial estará unida a você, seus amigos e
familiares, nesse dia tão especial, para celebrar esta data.
Venha participar, nesse dia, da Santa Missa, às 8h, na Igreja de São Pedro.
Caso a data seja no Domingo ou Dia Santo, a missa começa às 7h30.
PARÓQUIA DE SÃO PEDRO
MOVIMENTO FINANCEIRO
OUTUBRO/2017
RECEITAS
Espórtulas de missas ............................... 8.545,00
Espórtulas de batizados .............................. 240,00
Espórtulas de matrimônios .......................... 705,00
Dízimos .................................................. 34.674,00
Coletas ordinárias .................................. 8.980,95
Coleta para as Missões......................... 1.688,00
Taxas de certidões ...................................... 210,00
Donativos ............................................... 5.600,00
Rendimento do bazar ............................. 7.760,00
Rendimento do restaurante .................... 7.845,29
TOTAL ............................................... 76.248,24
DESPESAS
Manutenção e conservação .................. 2.221,77
Material litúrgico ...................................... 1.034,16
Promoção humana/formação ................... 600,00
Ajuda pastoral a moradores de rua .......... 1.000,00
Ajuda pastoral a mulheres marginalizadas 937,00
Ajuda social ............................................. 2.600,00
Salários ....................................... 24.872,15
Vale refeição ......................................... 9.191,58
Vale transporte .........................................2.880,00
Encargos sociais ......................... 14.746,02
Assistência odontológica a funcionários .. 299,00
Côngrua ao pároco ....................... 3.000,00
Material de informática ............................ 100,00
Correios .................................................. 1.181,40
Água, energia e telefonia ........................ 2.994,89
Tarifa bancária ...............................................72,90
Repasse de taxa à Cúria ........................ 5.314,50
Repasse à Cúria da Coleta das Missões .1.688,00
TOTAL ............................................. 74.733,37
SALDO DO MÊS 1.514,87
Dízimo é colaboração com a comunidade
em sua caminhada, mas é, também,
partilha com os mais pobres.
SEJA DIZIMISTA
INSCREVA-SE NA SECRETARIA
PAROQUIAL
7. Nas noites negras do Brasil contemporâneo, houve neste
ano um dia de céu aberto – 10 de dezembro –, quando duas
inesquecíveis pessoas completariam 100 anos, se vivas fos-
sem: Dom Tomás Murphy e Carmita Overbeck. Foram duas
histórias diferentes, mas dois rios que fluíram na mesma dire-
ção: Cristo Jesus. Ambos admiráveis na fé e na luta para
ampliar os limites do Reino de Deus entre os homens. Vive-
ram adorando e construindo, contemplando e evangelizando.
Conheci-os em momentos diferentes da minha vida, mas os
admirei sempre pela simplicidade e coerência. Souberam ser
amigos,entusiasmadospelaféesempreabertosaos irmãos.
Conheci Carmita quando eu tinha 16 anos, e ela esperava
ser mãe, não me lembro bem de qual das filhas. Era cliente do
meu avô, médico obstetra, que teve o privilégio de abrir a
porta do mundo para muita gente, inclusive para mim. Carmi-
ta e eu fazíamos diferença na idade. Como não são os anos que
nos identificam, porém ideias e ideais, conversávamos muito
quando voltávamos para casa
depois da missa diária das 6h30
do Hospital Português. Nunca
mais a perdi de vista, acompa-
nhando a edificante trajetória
quefoiasua vida.
Bem diversa foi a descober-
ta de Dom Tomás que, para
mim e para tantos, não precisou
de nenhum cartão de apresenta-
ção. Já era casada e mãe, quan-
do ele chega a Salvador com a
missão de auxiliar o tão querido
Dom Avelar no pastoreio do
seu rebanho. Era americano que,
apesar de tanto tempo no Brasil,
nunca perdeu o sotaque de estran-
geiro, embora se tornasse um nor-
destino que tanto conhecia o mor-
maço da seca como a brisa do
Atlântico. Tinha um jeito tão cati-
vante de conviver que criou uma
imensa constelação de amigos
fiéisatéo fim.
Falar sobre a trajetória pasto-
ral de Dom Tomás é tarefa que
não pode ser cumprida no limita-
do espaço de um jornal. Só um
livro de muitos capítulos, traba-
lhado por inteligência que enxer-
gue além do que os olhos veem, pode registrar os passos de
um homem de Deus, como ele foi, na profundidade da fé e na
experiência do amor. Foi amado por muita gente que admira-
va a lucidez da sua inteligência, os valores do seu caráter e
principalmente a sabedoria do seu coração. Foi confessor e
diretor espiritual de inúmeros baianos que encontraram na
sua palavra e no seu exemplo um roteiro para uma caminhada
cristã,numasociedadepluralista.
CarmitaeDomTomásforam,paranós, umaescoladecris-
tianismo autêntico, mostrando que através de opções diferen-
tes podemos trilhar uma vida santa, caminhando para a Casa
do Pai. Chegaram lá eles que, unidos na terra pela mais frater-
nal amizade, agora no eterno hoje contemplam face a face o
Deus emqueacreditaram.
Yvette Amaral
yvettealemosmaral@gmail.com
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo
excessivo de gordura corporal em um nível que compromete
a saúde da pessoa, acarretando prejuízos como alterações
metabólicas, dificuldades locomotoras e risco cardiovascu-
lar aumentados. O problema do excesso de peso e da obesi-
dade tem alcançado proporções epidêmicas no mundo todo.
Pesquisas mostram que o excesso de peso tem aumentado
emtodasasfaixasdeidade.
Com o crescimento alarmante da obesidade, são atendi-
dos cada vez mais pacientes com excesso de peso, sendo
fundamental abordar adequadamente esse problema. Do
ponto de vida clínico, é importante verificar a época do iní-
cio do ganho de peso e investigar possíveis fatores desenca-
deantes.Agestação tem grande influência nas mulheres para
o ganho de peso. Outro período crítico é a menopausa porque
há modificação na composição corporal com o aumento da
gordura abdominal visceral, com consequências metabóli-
cas significativas. Em homens, a cessação de atividade física
tem papel decisivo no ganho de peso, assim como a cessação
do tabagismo e o uso de alguns medicamentos (corticoides e
antidepressivos).
Existem doenças que podem estar associadas ao excesso
de peso e devem ser investigadas, como baixa produção do
hormônio cortisol, hipotireoidismo, hipoglicemia, síndrome
dos ovários policísticos. Outro ponto de investigação é o
hábito alimentar.Verificar se há compulsão alimentar, inges-
tão de comida em excesso, alimentação fora de horário (be-
liscar alimentos em qualquer hora). Os antecedentes familia-
res de obesidade e os hábitos de vida também são importan-
tes.
A obesidade pode piorar diversas situações clínicas,
entre elas: hipertensão arterial sistêmica, diabete melito,
excesso de colesterol e triglicerídeos, osteoartrose, doenças
cardiovasculares, apneia do sono, refluxo gastroesofágico e
deposição de gordura no fígado (esteatose hepática). Por isso
é importante, na consulta clínica, avaliar todos os fatores que
contribuem para a obesidade para que haja uma melhor con-
duçãonoseu controleetratamento.
OBESIDADE
Dr. Getúlio Tanajura Machado
gemachado@bol.com.br - tel. 71-3328-5633
8. Informativo da Paróquia de São Pedro
Praça da Piedade, 11 - São Pedro - CEP: 40.060-300 - Salvador - Bahia - Brasil
Site: www.paroquiadesaopedro.org - E-mail: padreaderbal@bol.com.br
Direção e Coordenação: Padre Aderbal Galvão de Sousa
Diagramação e Revisão: Equipe da Pastoral da Comunicação
Colaboração: Getúlio Machado, Yvette Amaral, Zélia Vianna
Ilustrações: Getúlio Machado, Acervo de fotografias de Dom Tomás e internet
Jornalista responsável: Maria Alcina Pipolo - MTb/DRT/BA 915
Tiragem: 5 mil exemplares Distribuição Gratuita
Arquidiocese de São Salvador da Bahia - Brasil
Prezado(a) paroquiano(a) e leitor(a) do Folha de São Pedro,
O Advento, como nos lembra o Papa
Francisco, “é um tempo de ampliar os
horizontes e estar pronto para mudar. É
um novo caminho de fé em que o povo
de Deus vai ao seu encontro e Ele vem
aténós”.
Depois da primeiravisita do Senhor à
humanidade, com o nascimento de
Jesus nagrutadeBelém,asegundaacon-
tece no presente. O Senhor nos visita
continuamente, todo dia, caminha ao
nosso lado, é uma presença de consola-
ção.
O meu desejo é que, nesse Natal,
você faça verdadeiramente essa expe-
riência de Jesus na sua vida e possa caminhar com Ele em cada dia do novo ano que se aproxima, deixan-
do-sesurpreenderpelasnovidadesqueDeus nos apresenta.
Um frutuoso Advento e um Santo e Feliz Natal!
Padre Aderbal Galvão de Sousa
Expediente:
Fone: (71) 3329-3280
ORAÇÃO DO PEREGRINO
Senhor, vós sabeis melhor do que eu que estou envelhecendo e que um dia estarei velho. Preservai-me o hábito
fatal de pensar que devo sempre dizer alguma coisa sobre todo e qualquer assunto, em toda e qualquer ocasião.
Livrai-me do desejo de pôr em ordem a vida dos outros.
Fazei-me ponderado, mas não melancólico, prestativo, mas não mandão.
Parece uma pena não poder usar todo o meu vasto cabedal de sabedoria, mas vós sabeis, Senhor, que quero
conservar alguns amigos até o fim.
Conservai minha mente livre da recitação de pormenores sem fim...
Dai-me asas para chegar ao miolo das questões. Selai os meus lábios para que eu não fale das minhas dores e
sofrimentos. Eles estão aumentando e a vontade de enumerá-los vai-se tornando cada vez mais doce com o correr
dos anos.
Não me atrevo a pedir boa vontade suficiente para apreciar as histórias dos outros, porém ajudai-me a suportá-
las com paciência.
Não ouso pedir uma memória perfeita, mas, sim, uma crescente humildade e decrescente “infalível segurança”,
quando minhas lembranças entrarem em choque com as lembranças dos outros.
Ensinai-me a gloriosa missão de que, às vezes, posso estar errado.
Conservai-me razoavelmente amável. Não quero ser um santo. É tão difícil conviver com alguns deles! Porém, um
velho mal-humorado é uma das obras-primas do demônio. Dai-me habilidade para descobrir coisas boas em
lugares imprevistos e talento em pessoas inesperadas. Dai-me a graça de saber dizer isso.
Dom Tomás Guilherme Murphy