1. Escola Técnica Irmã Dulce
Curso técnico em Enfermagem
QUEIMADURAS
Disciplina: Emergência
Salvador - BA
2023
Andreia Conceição
Bruna Cardoso
Luciene Santos
Queliane de Jesus
2. CONCEITO
Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto
com algum uma fonte de calor ou frio, produtos químicos,
corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e
plantas (como larvas, água- viva, urtiga) entre outros.
1º GRAU: atinge a epiderme (camada superficial da pele)
apresentação com vermelhidão sem bolhas e discreto
inchaço local.
2º GRAU: atinge a epiderme e parte da derme (segunda
camada da pele) há presença de bolhas e a dor é
acentuada sua vida
3º GRAU: atinge todas as camadas da pele, músculo e
ossos.
3. BREVE HISTÓRICO
Guillaume Dupuytren (1777–1835) foi o autor da escala de
classificação da gravidade de queimaduras.
A arte rupestre de há mais de 3500 anos documenta já as
queimaduras e o respetivo tratamento. Os primeiros
registos egípcios sobre o tratamento de queimaduras descrevem
compressas preparadas com leite materno. O papiro de Edwin
Smith descreve o tratamento com recurso a mel e pomada de
resina. Ao longo da História foram usados diversos tratamentos,
entre os quais a utilização de folhas de chá pelos chineses,
documentada em 600 a.C., a utilização de banha de porco e de
vinagre por Hipócrates, documentada em 400 a.C., e vinho
e mirra por Aulo Cornélio Celso em 100 a.C.. No século XVI, o
cirurgião francês Ambroise Paré foi o primeiro a descrever
diferentes graus de queimadura.
4. Em 1832, Guillaume Dupuytren desenvolveu estes graus numa
escala em função de seis tipos de gravidade.
O primeiro hospital destinado ao tratamento de queimaduras
foi inaugurado em Londres em 1843.
O tratamento de queimaduras moderno teve início em finais
do século XIX e início do século XX. Durante a I Guerra
Mundial, Henry Drysdale Dakin e Alexis Carrel desenvolveram
normas para a limpeza e desinfeção de queimaduras e feridas
com o uso de soluções de hipoclorito de sódio, reduzindo de
forma significativa a mortalidade. Na década de 1940, foi
reconhecida a importância das excisões serem feitas no menor
intervalo de tempo possível, tendo também sido desenvolvidas
normas para a terapia intravenosa.
5. O tratamento de emergência inicia-se com a avaliação e
estabilização das vias respiratórias, respiração e circulação da
pessoa queimada. Nos casos em que haja suspeita de lesões
que impeçam a respiração, pode ser necessária intubação
endotraqueal. Em seguida inicia-se o tratamento da própria
queimadura. As pessoas com queimaduras extensas podem ser
envoltas em lençóis limpos até à chegada ao hospital. Uma vez
que as lesões de queimaduras são suscetíveis a inflamações, no
caso do indivíduo não ter sido vacinado contra o tétano nos
últimos cinco anos pode ser necessário administrar uma vacina
de reforço. Nos Estados Unidos, 95% dos queimados admitidos
em urgências são tratados e recebem imediatamente alta,
enquanto que os restantes 5% necessitam de internamento. No
caso de queimaduras extensas é importante a administração de
soro.
TRATAMENTO ATUAL
6. TERAPIA INTRAVENOSA
Em pessoas com pouca perfusão devem ser
administrados bolus de solução cristaloide isotônica. Em crianças
com queimaduras em mais de 10-20% do corpo e em adultos com
mais de 15% deve-se proceder a reanimação volémica formal
seguida de monitorização.
Caso seja possível, em pessoas com queimaduras superiores a 25%
do corpo este procedimento deve ser iniciado em fase pré-
hospitalar. A fórmula de Parkland tem por base a área queimada e
peso do queimado e ajuda a determinar o volume de solução
intravenosa necessária nas primeiras 24 horas.
Metade da solução é administrada nas primeiras 8 horas e o
restante durante as 16 horas seguintes. O intervalo de tempo é
calculado a partir do momento da queimadura e não a partir do
momento em que a reanimação é iniciada. As crianças necessitam
de uma solução de manutenção que inclua glicose. Os queimados
com lesões nas vias respiratórias necessitam também de solução
adicional.
7. IMPORTÂNCIA
O atendimento prestado ao paciente queimado tem como
objetivo, parar a progressão da queimadura por meio do
resfriamento do local com água a temperatura ambiente.
O uso de gelo ou água excessivamente gelada é
inadequado, uma vez que pode causar vasoconstrição,
ratificando a importância da retirada dos pertences da
vítima, queridinhas e mensuração da superfície corporal
queimada, para um atendimento pré-hospitalar bem
conduzido. O atendimento pré-hospitalar ao paciente
acometido por injúrias térmicas exige uma avaliação
dérmica, habilidades e conhecimentos específicos sobre
primeiros para um bom prognóstico dessa enfermidade.
8. DIFICULDADE DE IMPLANTAÇÃO
As queimaduras estão entre os acidentes domésticos mais
comuns. O Instituto Nacional de Emergência Médica diz que
não deve ser aplicado gelo, pasta de dente, manteiga ,azeite
ou outro tipo de produto para arrefecer ou hidratar a
queimadura pois os mesmos, poderá agravar a lesão. O tópico
ideal para o tratamento local da lesão, seria aquele que ao
mesmo tempo que controla o crescimento bacteriano remove
o tecido desvitalizado e estimula o crescimento dos
queratinocitos. O tópico mais eficaz para controle da infecção
local é a sulfadiazina de prata, alguns laboratórios associam a
lindocaina 1% para aliviar a dor e a Vitamina A, para estimular
a epitelização, tópicos debridantes vêm sendo testados há
muitos anos, primeiro com a papaína, a colagenase, a
bromelina, extraída do ananais7-9.
10. EPIDEMIOLOGIA
Maior taxa de mortalidade em idosos
em crianças maior taxa de mortalidade em< 1 ano
maior mortalidade de mulheres
mais de 250 mil internações em 10 anos
11.
12. CAUSAS
Térmicas- causadas pelo calor: queimaduras mais comuns.
podem ser provocadas por gases líquidos e sólidos
quentes.
Químicas- causadas por álcalis ou ácidos.
Elétricas- lesões causadas pelo trajeto da corrente
através do organismo.
Radiação- raios UV, ou por radiações ionizantes.