Este documento descreve as principais características dos seios paranasais, notadamente o seio maxilar, e possíveis alterações de interesse para o cirurgião-dentista. São descritos os achados radiográficos de cistos, tumores e infecções dos seios maxilares.
Principais Alterações dos Seios Maxilares de Interesse do Cirurgião-dentista
1.
2. • Os seios paranasais são quatro conjuntos de cavidades
preenchidas por ar.
• Seio Frontal
• Células Aéreas do Etmoide
• Seio Esfenoidal
• Seio Maxilar
6. • São os primeiros a se desenvolver, surgindo no 17º dia de vida
intra uterina.
• Surgem a partir de invaginação logo acima da concha inferior do
meato médio e crescem lateralmente.
• Comunicam-se com a cavidade nasal através do óstio sinusal
maxilar.
7. O volume médio de um seio maxilar é de 15ml, podendo continuar
aumentando por toda a vida e estender-se por outros ossos.
8. Sobreposta ao seio maxilar estão as raízes dos pré-molares e molares que
podem dar a falsa impressão de que as raízes estão dentro do seio.
9. • Umidificar e aquecer o ar inalado
• Aumentar a ressonância da voz
• Equilibrar a pressão durante variações barométricas
• Isolantes do cérebro e órbitas
• Reservatórios de ar
24. Principais Alterações dos Seios Maxilares de Interesse do Cirurgião-dentista
• Espessamento da mucosa
• Achado mais comum
• Opacificação da cavidade sinusal
• Sinusite aguda
• Patognomônico: níveis hidroaéreos
• Sinusite crônica
• Pólipos e cistos de retenção
26. Cistos odontogênicos
• Grupo mais comum de lesões extrínsecas dos seios maxilares: quase 50% do total.
CISTO RADICULAR
CISTO DENTÍGERO
CERATOCISTO ODONTOGÊNICO
27. • Dentes não-vitais;
• Assintomáticos;
• Localização: ápice de todos os dentes, porções laterais das raízes, próximos à região
cervical
RADIOGRAFICAMENTE
Unilocular
Radiolúcido
Contorno regular, bem definido, corticalizado
Forma redonda ou oval
28. Notar a relação de contato do cisto
periapical do dente 16 com o
assoalho do seio maxilar; a resposta
frente a este quadro é a instalação
de um espessamento mucoso:
mucosite periapical.
https://www.papaizassociados.com.br/2015/04/15/os-seios-maxilares-e-sua-relevancia-para-o-
cirurgiao-dentista-parte-ii/
CISTO RADICULAR
Diagnóstico diferencial
CISTO PERIODONTAL LATERAL
(DENTE NÃO-VITAL)
29. • Cisto que se forma ao redor da coroa de um dente não erupcionado;
• Dente vital;
• Junção amelocementária
Terceiro molar
Caninos superior
31. Ceratocisto
odontogênico
Mecanismo de crescimento e comportamento biológico diferentes dos cistos
radicular e dentígero.
Crescimento consequente do aumento da
pressão osmótica dentro do lúmen cístico
O crescimento pode ser por fatores
desconhecidos, inerentes ao próprio
epitélio ou à atividade enzimática na
parede cística
Neville et al. (2009)
Crescimento em direção ântero-
posterior, dentro da cavidade
medular do osso, sem causar
expansão óssea óbvia
Principais Alterações dos Seios Maxilares de Interesse do Cirurgião-dentista
32. Ceratocisto odontogênico
RADIOGRAFICAMENTE
• Margens escleróticas normalmente bem
definidas
• Dente não erupcionado pode estar envolvido
(25% a 40% dos casos – Neville et al., 2009)
• Contornos festonados
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Baseado no histopatológico
Cisto dentígero
Cisto radicular
Cisto residual
Cisto periodontal
lateral
35. Como resultado, tem-se uma linha radiopaca localizada entre a
lesão e o espaço aéreo do seio.
Ameloblastoma
Neville et al. (2009)
RADIOGRAFICAMENTE
TUMOR ODONTOGÊNICO
• Sólido: bolhas de sabão ou favos de
mel
• Unicístico: semelhante a cistos
• Geralmente, observam-se: expansão
da cortical óssea vestibular e lingual,
reabsorção radicular e associação a
dentes retidos
Thomas J. Vogl et al. (2003)
36. Cistos muito volumosos podem apagar completamente a cavidade sinusal. Quando
isto ocorre, pode parecer que o cisto é o próprio seio.
A radiopacidade do cisto pode simular sinusite com radiopacificação do seio
A parede cística é, geralmente, mais espessa e regular do que a parede do seio.
O pseudocisto de retenção pode simular um cisto odontogênico que invadiu o seio maxilar.
O pseudocisto não apresenta limite corticalizado, como normalmente se vê no cisto.
38. NEOPLASIAS
PAPILOMA EPITELIAL
• Neoplasia benigna do epitélio respiratório –
cavidade nasal e seios paranasais
• SINTOMAS: obstrução nasal unilateral,
secreção nasal, dor, epistaxe
• Em 10% dos casos, está associado ao
carcinoma
• Imagem pouco específica. Diagnóstico pelo histopatológico
• Massa radiopaca homogênea de densidade de tecido mole
Patologias intrínsecas
39. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
➢NEOPLASIA MALIGNA
➢RARAS: nos seios paranasais, neoplasias malignas representam menos de 1% de
todas as que ocorrem no corpo
➢ Carcinoma equivale a mais de 80% das neoplasias nesta região
➢ Sinais e sintomas se confundem com sinusite inflamatória
As evidências radiográficas se baseiam nas
alterações vistas no osso adjacente, nas paredes
dos seios e no processo alveolar da maxila.
Principais Alterações dos Seios Maxilares de Interesse do Cirurgião-dentista
42. Tipo de exame Cobertura Resolução Limitação
Periapical LIMITADA Alta Sobreposição de
estruturas, baixa
cobertura, imagens 2D
Panorâmica AMPLA Moderada Sobreposição de
estruturas e imagens 2D
Waters AMPLA Moderada Sobreposição de
estruturas e imagens 2D
49. Características
• Localização
• Tamanho e forma
• Bordas
• Estrutura interna
• Efeitos sobre estruturas adjacentes
• Normal ou anormal?
• Adquirido ou desenvolvido?
50. • WHITE SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral: Princípios e Interpretação. 7 ed. St. Louis: Mosby; 2015.
• ROCHA BC, Rosa BSPA, Visconti MA. Utilização da Imagem por Ressonância Magnética na Odontologia: Revisão de
Literatura. HU Revista, Juiz de Fora, v. 44, n. 1, p. 49-54, jan./mar. 2018.
• NEVILLE BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3a Edição. Editora Elsevier, 2009.
• HAITER, F.; KURITA, L.M.; CAMPOS, P.S.F. Tomografia Computadorizada em Odontologia. 1a Ed., São Paulo: Editora Tota,
2014.
• Cavalcanti, M. Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico: Interpretação e Diagnóstico para o Cirurgião-dentista. 1a
Ed., São Paulo: Santos Editora, 2010.
• NEVILLE, B.W.; DAMM, D.D.; ALLEN, C.M.; BOUQUOT, J.E. Patologia Oral e Maxilofacial. Trad.3a Ed., Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.
• VOGL, T.J.; BALZER, J.; STEGER, W. Diagnóstico Diferencial por Imagem da Cabeça e Pescoço: Abordagem Sistemática para
Interpretação de Casos Difíceis. Trad.1a Ed., Rio de Janeiro: Editora Revinte, 2003.
http://anatpat.unicamp.br/bineurmnlcoronal1.html
51.
52. • Neste exame de TCFC da maxila você notou alguma
alteração patológica?
• Pode descrever as alterações encontradas?
• Fique atento às estruturas adjacentes!