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A formação dentária é um complexo processo que envolve
tecido conjuntivo e tecido epitelial envolvendo três
importantes estruturas:
Órgão do esmalte - estrutura epitelial derivada do
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células da crista neural.
Cistos Odontogênicos
Cistos Odontogênicos
Embriologia
Bainha de Hertwing forma os restos epiteliais de Malassez
que acreditam ser a fonte do epitélio para a maioria dos
cistos periapicais.
Epitélio reduzido do órgão dos esmalte - se há acumulo de
fluído entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa
dentária, pode haver a formação de um cisto.
Cistos Odontogênicos
Cavidade patológica preenchida ou não por liquido,
frequentemente revestida por epitélio e suportado por tecido
conjuntivo fibroso.
Cistos revestidos por epitélio no osso são vistos somente nos
maxilares, com raras exceções.
Muitos autores consideram o o processo de crescimento
cístico se dá por osmose, pelo desequilíbrio de pressão entre
o meio interno e externo, fazendo com que o liquido se
acumule no interior do cisto.
A remodelação óssea circundante é modulada por
mediadores químicos (prostaglandinas, linfocina e
interleucinas) que agem como ativadores osteoclásticos.
Cistos Odontogênicos
Cistos Odontogênicos
Características Radiográficas dos Cistos Odontogênicos
Radiograficamente os cistos apresentam-se como áreas
radiolúcidas, uniloculares, com margens bem definidas e
escleróticas.
Crescimento lento.
Indolor.
Provoca expansão das corticais ósseas.
Geralmente deslocam as estruturas adjacentes.
Podem induzir a reabsorção radicular.
O tratamento dos cistos odont. é a enucleação da lesão.
Cistos Odontogênicos
Cistos Odontogênicos
Cistos Odontogênicos
Classificação dos cistos odontogênicos
Cistos de desenvolvimento
Cisto Dentígero
Cisto de Erupção
Cisto Odontogênico Ortoceratinizado
Cisto Gengival
Cisto Periodontal Lateral
Cisto Odontogênico Glandular
Cistos inflamatórios
Cisto Periapical
Cisto Residual
Cisto da Bifurcação Vestibular
Cistos Odontogênicos
Cisto Dentígero
Cisto que ocorre associado à coroa de um dente incluso,
unindo-se ao dente na junção esmalte-cementária.
Mais comum cisto odontogênico de desenvolvimento.
20% de todos os cistos epiteliais.
Mais frequentes em terceiros molares inferiores, caninos
superiores e terceiros molares superiores.
Raramente encontram-se em dentes decíduos.
Podem estar associados a supranumerários ou odontomas.
Mais frequentes em pacientes de 10 a 30 anos de idade.
Crescimento lento, indolor, descoberto geralmente em
exame radiográfico de rotina.
Cistos Odontogênicos
Cisto Dentígero
Apresenta-se como uma lesão radiolúcida, unilocular,
associada à coroa de um dente incluso. Margens bem definidas
e escleróticas.
Variações radiográficas na relação cisto / coroa:
Central
Lateral
Circunferencial
Cistos Odontogênicos
Cisto Dentígero
Cistos Odontogênicos
Cisto Dentígero
Cistos Odontogênicos
Cisto Dentígero
Diagnóstico diferencial:
Folículo pericoronário hiperplásico.
Tumor odontogênico queratocistico.
Ameloblastoma unicístico.
Fibroma ameloblástico.
Tumor odontogênico adenomatoide (TOA).
Cistos Odontogênicos
Cisto de Erupção
O cisto de erupção é uma patologia extra óssea, que ocorre em
tecidos moles, pelo acumulo de sangue ou fluído tecidual.
Caracteriza-se por uma pequena tumefação em gengiva,
impedindo a erupção dentária.
A presença de tecido fibroso pode ser a causo do acumulo
de liquido e formação do cisto.
Incomum pois há o rompimento espontâneo do cisto.
Cistos Odontogênicos
Cisto de Erupção
Cistos Odontogênicos
Cisto Gengival
Caracteriza-se por uma pequena tumefação em gengiva.
Recém nascido - múltiplos
Adulto - único
Cistos Odontogênicos
Cisto Gengival
Raro.
Pode ou não haver alteração radiográfica.
Pode ser confundido com o cisto periodontal lateral.
Cistos Odontogênicos
Cisto Periodontal Lateral
É um tipo incomum de cisto odontogênico que,
caracteristicamente, ocorre ao longo da superfície lateral da
raiz de um dente.
Representa a contra-parte intra óssea do cisto gengival do
adulto.
Encontrado entre a quinta e sétima década de vida.
Geralmente associados a caninos e pré-molares inferiores
(dentes vitais).
Cisto pequeno (+- 1cm de diâmetro).
Cistos Odontogênicos
Cisto Periodontal Lateral
Cistos Odontogênicos
Cisto Periodontal Lateral
Diagnóstico diferencial:
Tumor odontogênico queratocistico.
Ameloblastoma unicístico.
Cisto periapical inflamatório lateral.
Cistos Odontogênicos
Cisto Odontogênico Ortoceratinizado
É uma variante do tumor odontogênico queratocistico.
O termo não define um tipo específico de cisto e sua localização
e sim que em sua histologia há a presença de um limite epitelial
ortoceratinizado.
Não apresenta a agressividade vista no queratocístico,
nem as taxas de recidiva.
2:1 homens : mulheres.
2:1 mandíbula : maxila.
Radiograficamente não pode-se diferenciar de um outro
cisto odontogênico.
Cistos Odontogênicos
Cisto Odontogênico Glandular
É um tipo de cisto raro e recentemente conhecido, que pode
apresentar comportamento agressivo.
Apesar da origem odontogênica, ele apresenta aspectos
glandulares ou salivares.
Adultos de meia idade - 49 anos.
85% na mandíbula, região anterior, podendo atravessar a
linha média.
Varia de pequenas lesões uniloculares assintomáticas à
extensas lesões multiloculares que podem causar dor e
parestesia.
Margens bem definidas com bordas escleróticas.
Cistos Odontogênicos
Cisto Odontogênico Glandular
Enucleação / curetagem - recorrência maior que 30%.
Crioterapia.
Ressecção em bloco.
Cistos Odontogênicos
Cisto Periapical / Cisto Radicular
Cisto formado associado a um ápice dental de um dente
necrosado presumivelmente. Resposta inflamatória.
Cisto radicular lateral ou cisto periapical lateral.
Crescimento lento e assintomático.
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Cistos Odontogênicos
Cisto Periapical / Cisto Radicular
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Cisto Periapical / Cisto Radicular
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Cisto Periapical / Cisto Radicular
Diagnóstico diferencial:
Granuloma periapical.
Displasia cementária periapical.
Cicatriz apical.
Cistos Odontogênicos
Cisto Residual
O cisto periapical inflamatório que permanece após axtração
dentária.
Pode ter inicio após a extração dentária, se o tecido
inflamatório periapical não for curetado no momento da
remoção do dente.
Região de rebordo desdentado.
Crescimento lento e assintomático, continua o crescimento
mesmo sem a presença do dente.
Mais comum em mandíbula.
Cistos Odontogênicos
Cisto Residual
Cistos Odontogênicos
Cisto Residual
Diagnóstico diferencial:
Tumor odontogênico queratocistico.
Ameloblastoma unicístico.
Cisto ósseo simples.
Defeito ósseo de Stafne.
Cistos Odontogênicos
Cisto da Bifurcação Vestibular
É um cisto odontogênico inflamatório incomum que,
caracteristicamente, desenvolve-se na face vestibular do
primeiro molar permanente inferior.
Acredita-se que quando o dente erupciona uma resposta
inflamatória pode ocorrer em torno do folículo pericoronário.
Pico de incidência entre 5 e 11 anos de idade.
Tumefação e sensibilidade na área.
É comum o paciente relatar gosto ruim.
Radiograficamente apresenta-se unilocular, dando a
impressão de circundar todo órgão dental.
Desloca os ápices dentários para a lingual.
Cistos Odontogênicos
Cisto da Bifurcação Vestibular
Cistos Odontogênicos
Cisto da Bifurcação Vestibular
Diagnóstico diferencial:
Cisto dentígero.
Cisto paradentário.
Tumor odontogênico queratocístico.
Ameloblastoma unicístico.
Cistos Odontogênicos
Cisto Paradentário
Cistos Odontogênicos
Cisto Paradentário
Cistos Odontogênicos
Cisto do ducto nasopalatino.
Cisto nasolabial.
Cistos de Desenvolvimento Não
Odontogênicos
Cisto do Ducto Nasopalatino
Acredita-se que o cisto origina-se de remanescentes
embrionários do ducto nasopalatino (estrutura que liga a
cavidade nasal à oral, na região de canal incisivo).
Mais comum entre a quarta e sexta década de vida.
Geralmente assintomático, porém pode causar tumefação
em palato e dor.
Radiograficamente apresenta-se como uma área
radiolúcida bem circunscrita, próximo a linha média da
região anterior da maxila, entre os ápices dos incisivos
centrais.
Em geral a lesão é arredondada, porém quando atinge
grandes proporções pode assumir um aspecto que lembra
uma pêra ou um coração.
Cistos de Desenvolvimento Não
Odontogênicos
Cistos de Desenvolvimento Não
Odontogênicos
Cisto Nasolabial
Raro cisto de desenvolvimento que acomete o lábio superior
lateralmente a linha média.
Patologia incerta.
Tumefação do lábio superior, causando uma elevação da
asa do nariz.
Pode causar obstrução nasal e dificultar posicionamento de
próteses.
Quarta e quinta década de vida.
3:1 mulheres : homens.
Como o cisto origina-se em tecido mole, na maioria dos
casos não há alteração radiográfica. Ocasionalmente pode
ocorrer reabsorção superficial do osso devido à pressão do
cisto.
Cistos de Desenvolvimento Não
Odontogênicos
Cistos de Desenvolvimento Não
Odontogênicos
Não são cistos verdadeiros mas apresentam características
radiográficas compatíveis.
Cisto ósseo simples.
Cisto ósseo aneurismático.
Cavidade óssea de Stafne.
Pseudocistos
Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático
Cavidade benigna, vazia ou contendo liquido dentro do osso,
desprovida de revestimento epitelial.
Etiologia desconhecida - trauma.
Pode acometer qualquer osso do corpo, mais frequente nos
osso gnáticos.
10 à 20 anos de idade.
Restrito a mandíbula.
Assintomático e tende a regredir com o avanço da idade.
Pseudocistos
Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático
Radiograficamente:
Defeito radiolúcido bem delimitado.
Enluvamento - efeito de cúpula nas raízes dentárias.
Dentes vitais.
Não causa expansão de corticais nem deslocamento de
estruturas adjacentes.
Pseudocistos
Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático
Pseudocistos
Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático
Pseudocistos
Cisto Ósseo Aneurismático
Acumulo intra ósseo de espaços cheios de sangue com tamanho
variável, circundado por tecido conjuntivo fibroso.
Etiologia desconhecida - trauma.
Pode acometer qualquer osso do corpo, incomum nos osso
gnáticos.
Pacientes com menos de 30 anos de idade.
Predominância pela mandíbula.
Tumefação manifestando-se rapidamente e dor são
comuns.
No trans cirúrgico é comum observar a presença do
periósteo recobrindo a lesão (não perfura a cortical).
Aparência cirúrgica de uma esponja ensopada de sangue.
Pseudocistos
Cisto Ósseo Aneurismático
Radiograficamente:
Área radiolúcida unilocular ou multilocular.
Expansão de corticais ósseas.
Bordas variáveis, por vezes bem definidas e outras vezes
difusa.
Raramente pode-se observar focos de radiopacidade no
interior da lesão.
Predominância pela mandíbula.
Tumefação manifestando-se rapidamente e dor são
comuns.
Pseudocistos
Cisto Ósseo Aneurismático
Pseudocistos
Cavidade Óssea de Stafne / Cisto Ósseo de Stafne
Cavidade superficial na face lingual da mandíbula, revestida
por cortical óssea intacta.
Mais comum em região de fossa da glandular
submandibular.
Compressão da glândula.
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Pseudocistos
Cavidade Óssea de Stafne / Cisto Ósseo de Stafne
Pseudocistos
Cavidade Óssea de Stafne / Cisto Ósseo de Stafne
Pseudocistos
NEVILLE, B.W.; DAMM, D.D.; ALEM, C.M.; BOUQUOT, J.E.; Patologia oral e
maxilofacial 2004; Guanabara Koogan; segunda edição.
PANELLA, J. Radiologia Odontológica e Imaginologia. 2006; Guanabara
Koogan.
WHITE, S.C.; PHAROAH, M.J.; Radiologia Oral: Fundamentos e
Interpretação 2007; Mosby Elsevier; Quinta Edição.
BIBLIOGRAFIA
Obrigado.
Tiago França Araripe Cariri
dr.tiagofranca@hotmail.com

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Cistos dos Maxilares: Características e Classificação

  • 1. Cistos dos Maxilares Tiago França Araripe Cariri CIRURGIÃO DENTISTA - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - 2008 ESPECIALISTA EM RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA E IMAGINOLOGIA - UNIVERSIDADE UNINGÁ (PR) / INSTITUTO CEARENSE DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS - 2011 ESPECIALISTA EM CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO MAXILO FACIAL - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA / UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ - 2012
  • 2. Embriologia A formação dentária é um complexo processo que envolve tecido conjuntivo e tecido epitelial envolvendo três importantes estruturas: Órgão do esmalte - estrutura epitelial derivada do ectoderma. Folículo dental - estrutura ectomesenquimal derivada das células da crista neural. Papila dental - estrutura ectomesenquimal derivada das células da crista neural. Cistos Odontogênicos
  • 4. Embriologia Bainha de Hertwing forma os restos epiteliais de Malassez que acreditam ser a fonte do epitélio para a maioria dos cistos periapicais. Epitélio reduzido do órgão dos esmalte - se há acumulo de fluído entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa dentária, pode haver a formação de um cisto. Cistos Odontogênicos
  • 5. Cavidade patológica preenchida ou não por liquido, frequentemente revestida por epitélio e suportado por tecido conjuntivo fibroso. Cistos revestidos por epitélio no osso são vistos somente nos maxilares, com raras exceções. Muitos autores consideram o o processo de crescimento cístico se dá por osmose, pelo desequilíbrio de pressão entre o meio interno e externo, fazendo com que o liquido se acumule no interior do cisto. A remodelação óssea circundante é modulada por mediadores químicos (prostaglandinas, linfocina e interleucinas) que agem como ativadores osteoclásticos. Cistos Odontogênicos
  • 7. Características Radiográficas dos Cistos Odontogênicos Radiograficamente os cistos apresentam-se como áreas radiolúcidas, uniloculares, com margens bem definidas e escleróticas. Crescimento lento. Indolor. Provoca expansão das corticais ósseas. Geralmente deslocam as estruturas adjacentes. Podem induzir a reabsorção radicular. O tratamento dos cistos odont. é a enucleação da lesão. Cistos Odontogênicos
  • 10. Classificação dos cistos odontogênicos Cistos de desenvolvimento Cisto Dentígero Cisto de Erupção Cisto Odontogênico Ortoceratinizado Cisto Gengival Cisto Periodontal Lateral Cisto Odontogênico Glandular Cistos inflamatórios Cisto Periapical Cisto Residual Cisto da Bifurcação Vestibular Cistos Odontogênicos
  • 11. Cisto Dentígero Cisto que ocorre associado à coroa de um dente incluso, unindo-se ao dente na junção esmalte-cementária. Mais comum cisto odontogênico de desenvolvimento. 20% de todos os cistos epiteliais. Mais frequentes em terceiros molares inferiores, caninos superiores e terceiros molares superiores. Raramente encontram-se em dentes decíduos. Podem estar associados a supranumerários ou odontomas. Mais frequentes em pacientes de 10 a 30 anos de idade. Crescimento lento, indolor, descoberto geralmente em exame radiográfico de rotina. Cistos Odontogênicos
  • 12. Cisto Dentígero Apresenta-se como uma lesão radiolúcida, unilocular, associada à coroa de um dente incluso. Margens bem definidas e escleróticas. Variações radiográficas na relação cisto / coroa: Central Lateral Circunferencial Cistos Odontogênicos
  • 15. Cisto Dentígero Diagnóstico diferencial: Folículo pericoronário hiperplásico. Tumor odontogênico queratocistico. Ameloblastoma unicístico. Fibroma ameloblástico. Tumor odontogênico adenomatoide (TOA). Cistos Odontogênicos
  • 16. Cisto de Erupção O cisto de erupção é uma patologia extra óssea, que ocorre em tecidos moles, pelo acumulo de sangue ou fluído tecidual. Caracteriza-se por uma pequena tumefação em gengiva, impedindo a erupção dentária. A presença de tecido fibroso pode ser a causo do acumulo de liquido e formação do cisto. Incomum pois há o rompimento espontâneo do cisto. Cistos Odontogênicos
  • 17. Cisto de Erupção Cistos Odontogênicos
  • 18. Cisto Gengival Caracteriza-se por uma pequena tumefação em gengiva. Recém nascido - múltiplos Adulto - único Cistos Odontogênicos
  • 19. Cisto Gengival Raro. Pode ou não haver alteração radiográfica. Pode ser confundido com o cisto periodontal lateral. Cistos Odontogênicos
  • 20. Cisto Periodontal Lateral É um tipo incomum de cisto odontogênico que, caracteristicamente, ocorre ao longo da superfície lateral da raiz de um dente. Representa a contra-parte intra óssea do cisto gengival do adulto. Encontrado entre a quinta e sétima década de vida. Geralmente associados a caninos e pré-molares inferiores (dentes vitais). Cisto pequeno (+- 1cm de diâmetro). Cistos Odontogênicos
  • 22. Cisto Periodontal Lateral Diagnóstico diferencial: Tumor odontogênico queratocistico. Ameloblastoma unicístico. Cisto periapical inflamatório lateral. Cistos Odontogênicos
  • 23. Cisto Odontogênico Ortoceratinizado É uma variante do tumor odontogênico queratocistico. O termo não define um tipo específico de cisto e sua localização e sim que em sua histologia há a presença de um limite epitelial ortoceratinizado. Não apresenta a agressividade vista no queratocístico, nem as taxas de recidiva. 2:1 homens : mulheres. 2:1 mandíbula : maxila. Radiograficamente não pode-se diferenciar de um outro cisto odontogênico. Cistos Odontogênicos
  • 24. Cisto Odontogênico Glandular É um tipo de cisto raro e recentemente conhecido, que pode apresentar comportamento agressivo. Apesar da origem odontogênica, ele apresenta aspectos glandulares ou salivares. Adultos de meia idade - 49 anos. 85% na mandíbula, região anterior, podendo atravessar a linha média. Varia de pequenas lesões uniloculares assintomáticas à extensas lesões multiloculares que podem causar dor e parestesia. Margens bem definidas com bordas escleróticas. Cistos Odontogênicos
  • 25. Cisto Odontogênico Glandular Enucleação / curetagem - recorrência maior que 30%. Crioterapia. Ressecção em bloco. Cistos Odontogênicos
  • 26. Cisto Periapical / Cisto Radicular Cisto formado associado a um ápice dental de um dente necrosado presumivelmente. Resposta inflamatória. Cisto radicular lateral ou cisto periapical lateral. Crescimento lento e assintomático. Cisto odontogênico mais comum - 65%. Cistos Odontogênicos
  • 27. Cisto Periapical / Cisto Radicular Cistos Odontogênicos
  • 28. Cisto Periapical / Cisto Radicular Cistos Odontogênicos
  • 29. Cisto Periapical / Cisto Radicular Diagnóstico diferencial: Granuloma periapical. Displasia cementária periapical. Cicatriz apical. Cistos Odontogênicos
  • 30. Cisto Residual O cisto periapical inflamatório que permanece após axtração dentária. Pode ter inicio após a extração dentária, se o tecido inflamatório periapical não for curetado no momento da remoção do dente. Região de rebordo desdentado. Crescimento lento e assintomático, continua o crescimento mesmo sem a presença do dente. Mais comum em mandíbula. Cistos Odontogênicos
  • 32. Cisto Residual Diagnóstico diferencial: Tumor odontogênico queratocistico. Ameloblastoma unicístico. Cisto ósseo simples. Defeito ósseo de Stafne. Cistos Odontogênicos
  • 33. Cisto da Bifurcação Vestibular É um cisto odontogênico inflamatório incomum que, caracteristicamente, desenvolve-se na face vestibular do primeiro molar permanente inferior. Acredita-se que quando o dente erupciona uma resposta inflamatória pode ocorrer em torno do folículo pericoronário. Pico de incidência entre 5 e 11 anos de idade. Tumefação e sensibilidade na área. É comum o paciente relatar gosto ruim. Radiograficamente apresenta-se unilocular, dando a impressão de circundar todo órgão dental. Desloca os ápices dentários para a lingual. Cistos Odontogênicos
  • 34. Cisto da Bifurcação Vestibular Cistos Odontogênicos
  • 35. Cisto da Bifurcação Vestibular Diagnóstico diferencial: Cisto dentígero. Cisto paradentário. Tumor odontogênico queratocístico. Ameloblastoma unicístico. Cistos Odontogênicos
  • 38. Cisto do ducto nasopalatino. Cisto nasolabial. Cistos de Desenvolvimento Não Odontogênicos
  • 39. Cisto do Ducto Nasopalatino Acredita-se que o cisto origina-se de remanescentes embrionários do ducto nasopalatino (estrutura que liga a cavidade nasal à oral, na região de canal incisivo). Mais comum entre a quarta e sexta década de vida. Geralmente assintomático, porém pode causar tumefação em palato e dor. Radiograficamente apresenta-se como uma área radiolúcida bem circunscrita, próximo a linha média da região anterior da maxila, entre os ápices dos incisivos centrais. Em geral a lesão é arredondada, porém quando atinge grandes proporções pode assumir um aspecto que lembra uma pêra ou um coração. Cistos de Desenvolvimento Não Odontogênicos
  • 40. Cistos de Desenvolvimento Não Odontogênicos
  • 41. Cisto Nasolabial Raro cisto de desenvolvimento que acomete o lábio superior lateralmente a linha média. Patologia incerta. Tumefação do lábio superior, causando uma elevação da asa do nariz. Pode causar obstrução nasal e dificultar posicionamento de próteses. Quarta e quinta década de vida. 3:1 mulheres : homens. Como o cisto origina-se em tecido mole, na maioria dos casos não há alteração radiográfica. Ocasionalmente pode ocorrer reabsorção superficial do osso devido à pressão do cisto. Cistos de Desenvolvimento Não Odontogênicos
  • 42. Cistos de Desenvolvimento Não Odontogênicos
  • 43. Não são cistos verdadeiros mas apresentam características radiográficas compatíveis. Cisto ósseo simples. Cisto ósseo aneurismático. Cavidade óssea de Stafne. Pseudocistos
  • 44. Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático Cavidade benigna, vazia ou contendo liquido dentro do osso, desprovida de revestimento epitelial. Etiologia desconhecida - trauma. Pode acometer qualquer osso do corpo, mais frequente nos osso gnáticos. 10 à 20 anos de idade. Restrito a mandíbula. Assintomático e tende a regredir com o avanço da idade. Pseudocistos
  • 45. Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático Radiograficamente: Defeito radiolúcido bem delimitado. Enluvamento - efeito de cúpula nas raízes dentárias. Dentes vitais. Não causa expansão de corticais nem deslocamento de estruturas adjacentes. Pseudocistos
  • 46. Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático Pseudocistos
  • 47. Cisto Ósseo Simples / Cisto Ósseo Traumático Pseudocistos
  • 48. Cisto Ósseo Aneurismático Acumulo intra ósseo de espaços cheios de sangue com tamanho variável, circundado por tecido conjuntivo fibroso. Etiologia desconhecida - trauma. Pode acometer qualquer osso do corpo, incomum nos osso gnáticos. Pacientes com menos de 30 anos de idade. Predominância pela mandíbula. Tumefação manifestando-se rapidamente e dor são comuns. No trans cirúrgico é comum observar a presença do periósteo recobrindo a lesão (não perfura a cortical). Aparência cirúrgica de uma esponja ensopada de sangue. Pseudocistos
  • 49. Cisto Ósseo Aneurismático Radiograficamente: Área radiolúcida unilocular ou multilocular. Expansão de corticais ósseas. Bordas variáveis, por vezes bem definidas e outras vezes difusa. Raramente pode-se observar focos de radiopacidade no interior da lesão. Predominância pela mandíbula. Tumefação manifestando-se rapidamente e dor são comuns. Pseudocistos
  • 51. Cavidade Óssea de Stafne / Cisto Ósseo de Stafne Cavidade superficial na face lingual da mandíbula, revestida por cortical óssea intacta. Mais comum em região de fossa da glandular submandibular. Compressão da glândula. Abaixo do canal mandibular. Pseudocistos
  • 52. Cavidade Óssea de Stafne / Cisto Ósseo de Stafne Pseudocistos
  • 53. Cavidade Óssea de Stafne / Cisto Ósseo de Stafne Pseudocistos
  • 54.
  • 55. NEVILLE, B.W.; DAMM, D.D.; ALEM, C.M.; BOUQUOT, J.E.; Patologia oral e maxilofacial 2004; Guanabara Koogan; segunda edição. PANELLA, J. Radiologia Odontológica e Imaginologia. 2006; Guanabara Koogan. WHITE, S.C.; PHAROAH, M.J.; Radiologia Oral: Fundamentos e Interpretação 2007; Mosby Elsevier; Quinta Edição. BIBLIOGRAFIA
  • 56. Obrigado. Tiago França Araripe Cariri dr.tiagofranca@hotmail.com