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Alfabetização Pelo
Método Fônico
O método fônico é um método
de alfabetização que primeiro ensina
os sons de cada letra e então constrói a
mistura destes sons em conjunto para
alcançar a pronúncia completa da palavra.
Permitindo dessa forma que se consiga ler
toda e qualquer palavra.
Aprenda mais sobre este método com este
curso.
Métodos de Alfabetização
• Método Sintético
O método sintético estabelece uma
correspondência entre o som e a grafia,
entre o oral e o escrito, através do
aprendizado por letra por letra, ou sílaba
por sílaba e palavra por palavra.
• Os métodos sintéticos podem ser
divididos em três tipos: o alfabético, o
fônico e o silábico. No alfabético, o
estudante aprende inicialmente as letras,
depois forma as sílabas juntando as
consoantes com as vogais, para, depois,
formar as palavras que constroem o texto.
• No fônico, também conhecido como
fonético, o aluno parte do som das letras,
unindo o som da consoante com o som da
vogal, pronunciando a sílaba formada. Já
no silábico, ou silabação, o estudante
aprende primeiro as sílabas para formar
as palavras.
• Por este método, a aprendizagem é feita
primeiro através de uma leitura mecânica
do texto, através da decifração das
palavras, vindo posteriormente a sua
leitura com compreensão.
• Neste método, as cartilhas são utilizadas
para orientar os alunos e professores no
aprendizado, apresentando um fonema e
seu grafema correspondente por vez,
evitando confusões auditivas e visuais.
• Como este aprendizado é feito de forma
mecânica, através da repetição, o método
sintético é tido pelos críticos como mais
cansativo e enfadonho para as crianças,
pois é baseado apenas na repetição e é
fora da realidade da criança, que não cria
nada, apenas age sem autonomia.
• Método Analítico
O método analítico, também conhecido
como “método olhar-e-dizer”, defende que
a leitura é um ato global e audiovisual.
Partindo deste princípio, os seguidores do
método começam a trabalhar a partir de
unidades completas de linguagem para
depois dividi-las em partes menores.
• Por exemplo, a criança parte da frase para
extrair as palavras e, depois, dividi-las em
unidades mais simples, as sílabas.
• Este método pode ser divido em
palavração, setenciação ou global. Na
palavração, como o próprio nome diz,
parte-se da palavra.
• Primeiro, existe o contato com os
vocábulos em uma sequência que
engloba todos os sons da língua e, depois
da aquisição de um certo número de
palavras, inicia-se a formação das frases.
• Na setenciação, a unidade inicial do
aprendizado é a frase, que é depois
dividida em palavras, de onde são
extraídos os elementos mais simples: as
sílabas.
• Já no global, também conhecido como
conto e estória, o método é composto por
várias unidades de leitura que têm
começo, meio e fim, sendo ligadas por
frases com sentido para formar um enredo
de interesse da criança. Os críticos deste
método dizem que a criança não aprende
a ler, apenas decora.
• Método Alfabético
Um dos mais antigos sistemas de
alfabetização, o método alfabético,
também conhecido como soletração, tem
como princípio de que a leitura parte da
decoração oral das letras do alfabeto,
depois, todas as suas combinações
silábicas e, em seguida, as palavras.
• A partir daí, a criança começa a ler
sentenças curtas e vai evoluindo até
conhecer histórias.
• Por este processo, a criança vai
soletrando as sílabas até decodificar a
palavra. Por exemplo, a palavra casa
soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O
método Alfabético permite a utilização de
cartilhas.
• As principais críticas a este método estão
relacionadas à repetição dos exercícios, o
que o tornaria tedioso para as crianças,
além de não respeitar os conhecimentos
adquiridos pelos alunos antes de eles
ingressarem na escola.
• O método alfabético, apesar de não ser o
indicado pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais, ainda é muito utilizado em
diversas cidades do interior do Nordeste e
Norte do país, já que é mais simples de
ser aplicado por professores leigos,
através da repetição das Cartas de ABC, e
na alfabetização doméstica.
Método fônico
• O método fônico consiste no aprendizado
através da associação entre fonemas e
grafemas, ou seja, sons e letras.
• Esse método de ensino permite primeiro
descobrir o princípio alfabético e,
progressivamente, dominar o
conhecimento ortográfico próprio de sua
língua, através de textos produzidos
especificamente para este fim.
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• O método é baseado no ensino do código
alfabético de forma dinâmica, ou seja, as
relações entre sons e letras devem ser
feitas através do planejamento de
atividades lúdicas para levar as crianças a
aprender a codificar a fala em escrita e a
decodificar a escrita no fluxo da fala e do
pensamento.
• O método fônico nasceu como uma crítica
ao método da soletração ou alfabético.
Primeiro são ensinadas as formas e os
sons das vogais.
• Depois são ensinadas as consoantes,
sendo, aos poucos, estabelecidas
relações mais complexas.
• Cada letra é aprendida como um fonema
que, juntamente com outro, forma sílabas
e palavras. São ensinadas primeiro as
sílabas mais simples e depois as mais
complexas.
• Visando aproximar os alunos de algum
significado é que foram criadas variações
do método fônico.
• O que difere uma modalidade da outra é a
maneira de apresentar os sons: seja a
partir de uma palavra significativa, de uma
palavra vinculada à imagem e som, de um
personagem associado a um fonema, de
uma onomatopéia ou de uma história para
dar sentido à apresentação dos fonemas.
• Um exemplo deste método é o professor
que escreve uma letra no quadro e
apresenta imagens de objetos que
comecem com esta letra.
• Em seguida, escreve várias palavras no
quadro e pede para os alunos apontarem
a letra inicialmente apresentada.
• A partir do conhecimento já adquirido, o
aluno pode apresentar outras palavras
com esta letra.
• Os especialistas dizem que este método
alfabetiza crianças, em média, no período
de quatro a seis meses. Este é o método
mais recomendado nas diretrizes
curriculares dos países desenvolvidos que
utilizam a linguagem alfabética.
• A maior crítica a este método é que não
serve para trabalhar com as muitas
exceções da língua portuguesa. Por
exemplo, como explicar que cassa e caça
têm a mesma pronúncia e se escrevem de
maneira diferente?
O método nasceu como uma crítica
ao método da soletração ou método
alfabético, usado no Brasil até a década de
1980.
O método fônico diferentemente do método
Paulo Freire é indicado para crianças mais
jovens e recomendado ser introduzido logo
no início da alfabetização.
Como funciona o método
fônico
• Antes de ser dado a criança um livro para
ler, elas aprendem os sons das
letras, fonemas. Depois que algumas
desses já foram aprendidos, ai então se
ensina a combiná-las de modo a formar
palavras (FEITELSON, 1988).
• Sons das letras. A introdução inicial dos
fonemas, sons das letras, geralmente dá-
se por meio de historinhas criadas para
que elas identifiquem a relação
grafema/fonema, letra/som, estuda.
• Podemos citar a "História da Abelhinha" e
a História da Casa Feliz"; ou seguindo
sugestão de (CAPOVILA, 2007) o/a
professor(a) mostra a letra e pronuncia o
som da mesma, depois dá exemplos de
coisas, conhecidas das crianças, que
iniciam com o som “a” e pede que repitam
as palavras pronunciadas; escreve-as no
quadro destacando a letra trabalhada.
• Combinando sons. O aluno pode começar
o intento de combinar os sons antes de
dominar todo o alfabeto.
• Após já terem aprendidos alguns
fonemas, como: /u/ /a/ /o/ /t/ e /p/, usa-se
um alfabeto móvel e solicita que as
crianças formem palavras com essas
letras; elas formarão algumas palavras:
pata, pato, tato, tatu, tapa, topo, etc;
• Depois disso elas são incentivadas a
pronunciar o som de cada letra uma por
uma e em seguida combina-os para gerar
a pronúncia da palavra.
• Use no início palavras simples, com até 4
letras, até os alunos se sentirem
confortáveis com o processo, depois
palavras maiores, palavras com dígrafos
/ch/ /tr/ e por ultimo as exceções fonéticas,
casa /kaza/ hospital /ospital/.
• A cada nova relação som/letra ensinado
revise as já aprendidas usando as
mesmas para formar novas palavras.
Desta forma estará gradativamente
ampliando a capacidade leitora de seus
alunos.
• Montando frases. Quando os alunos já
poderem a pronunciar várias palavras
confortavelmente, monte frases com
essas palavras e incentive-os a lê-las e
depois a criarem suas próprias frases.
• Assim a criança constrói a pronuncia por
si própria.
• Muitas das correspondências som-letra,
incluindo consoantes e vogais e dígrafos,
podem ser ensinados num espaço de
poucos meses, desse modo as crianças
são alfabetizadas num período de quatro
a seis meses, quando passam a ler textos
cada vez mais complexos e variados.
• Isso significa que as crianças poderão ler
muitas das palavras desconhecidas que
elas mesmas encontram nos textos, sem
o auxilio do professor para tal.
VANTAGENS DA
ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS
DA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO
FÔNICO
• O método fônico é inteligente, lúdico e
nada mecânico. As crianças são
alfabetizadas muito bem, num período de
quatro a seis meses, quando passam a ler
textos cada vez mais complexos e
variados.
• O método fônico é mais eficaz na
compreensão e na produção de textos,
porque, de modo sistemático e lúdico,
favorece a autonomia de leitura e fortalece
o raciocínio e a inteligência verbal.
• O método fônico mais atual e conhecido
no Brasil é o Método Iracema Meireles.
Este método baseia o aprendizado na
associação das letras com figuras do
universo das crianças, facilitando assim o
domínio das relações grafema-fonema.
• Usa de início textos produzidos
especialmente para a alfabetização e
permite aos alunos, em menos de um ano
letivo, chegar à leitura corrente de
qualquer tipo de texto.
Método Iracema Meireles
• Iracema Furtado Soares de Meireles,
nasceu a 17 de março de 1907, em Recife
e morreu a 9 de março de 1982, no Rio de
Janeiro. Filha de Tito Lívio da Silva e
Maria Joana Guerra da Silva. Foi casada
com Silo Furtado Soares de Meireles, teve
2 filhos e 6 netos.
• Passou a infância em Recife com seu
irmão Luiz. Tinha saúde frágil, razão pela
qual aprendeu a ler em casa e só
frequentou escola a partir dos oito anos.
• Estudou na Academia de Santa
Gertrudes, em Olinda, e no Colégio das
Damas, em Recife. Com a mudança de
sua família para Salvador, Iracema ali
continuou seus estudos formando-se
professora pelo Instituto Normal, em 1926.
• De volta a Recife, fez o Curso Pedagógico
- equivalente hoje ao de Pedagogia – no
Colégio Pritaneu.
• Ainda jovem, conheceu a Europa,
morando na França, na Alemanha e em
Portugal. Lecionava na rede pública de
Pernambuco e também particularmente.
• Embora de família católica e educada em
colégio de freiras, entusiasmou-se com as
idéias socialistas e aproximou-se do
Partido Comunista, onde estavam muitos
dos seus amigos.
• Engajou-se na luta por justiça social, mas
sem ser radical, lutou por uma democracia
que contemplasse os prismas políticos,
econômicos e sociais.
• Assim conheceu Silo Meireles - que era
um dos chefes da revolução de 1935 em
Recife – com quem viria mais tarde a se
casar. Com a eclosão e o fracasso do
movimento, Silo foi preso e Iracema
demitida do serviço público do seu estado.
• Cursando então a Faculdade de Medicina,
Iracema interrompeu seus estudos e se
envolveu nas lutas pela garantia de vida
dos presos políticos.
• A repressão se intensificava, inclusive
com ameaça de fuzilamento dos líderes
da revolução. Silo permaneceu preso e
incomunicável por dois anos.
• Neste período, Iracema acompanhou-o de
longe, como pôde, levando a ele e a seus
companheiros, pequenas encomendas e
muitas mensagens disfarçadas.
• Depois de dois anos em cela úmida e
escura, Silo encontrava-se com a saúde
abalada. Transferido para uma prisão no
Rio de Janeiro, e com o estado de saúde
agravado, foi, depois de algum tempo,
removido para uma prisão hospitalar, onde
Iracema então passou a acompanhá-lo na
condição de esposa.
• Mais tarde, já em liberdade, Silo aceita o
convite de João Alberto Lins de Barros
para trabalhar na Fundação Brasil Central
em Caiapônia em Goiás e Iracema, já com
dois filhos, o acompanha.
• Nesta ocasião, volta a trabalhar em
Educação, num grupo escolar da cidade,
atuando voluntariamente. Silo é
transferido para Uberlândia em Minas
Gerais. Nesta cidade, moram numa
chácara afastada do centro.
• Iracema passa a lecionar em casa e
alfabetiza a filha mais velha. A família
volta a residir no Rio de Janeiro, em 1948.
Nessa época dava aulas de matemática
para filhos de amigos e de familiares.
• Certo dia chegou André, com 12 anos,
analfabeto. Desanimado, parecia
indiferente a tudo e tristemente
conformado com a condição de incapaz.
• Iracema começou a conversar com ele e
da conversa, saiu o projeto de construir
um parque. Idas ao Jardim Zoológico da
cidade, as compras de material, a serrinha
tico-tico não parava de subir e descer. Os
bichos iam surgindo das mãos de Iracema
e André.
• As conversas intermináveis iam dando em
frases, que iam dando em palavras. As
palavras eram partidas em sílabas. As
sílabas iam sendo selecionadas para
formarem novas palavras.
• A maquete do zoológico estava quase
pronta, Iracema inventava situações de
leitura e escrita e o menino aprendeu a ler,
a escrever e a gostar de estudar. Para
André, o problema estava resolvido.
• Com aulas particulares, ele venceu a
defasagem idade/série. Tratava-se de
uma dislexia, depois identificada. Para
Iracema, entretanto, o “problema” apenas
começava.
• Ela, que adorava desafios, ficou
extremamente motivada diante daquele
“desafio pedagógico”: alfabetização de
pessoas que não aprendiam na escola
como todo mundo.
• O caso de André em particular e o
analfabetismo existente no país, problema
que sempre a preocupara, colocaram,
deste momento em diante, a alfabetização
no centro dos seus interesses
pedagógicos.
• Lia tudo a respeito, acompanhava as
atividades da Escola Guatemala, a escola
pública do Rio de Janeiro, onde se
realizavam as experiências e os estudos
pedagógicos mais avançados da época
(anos 50).
• Em 1952 colaborou na fundação do
Instituto Santa Inez, no Rio de Janeiro.
Nesta escola, começa a desenvolver
algumas ideias próprias, que põe em
prática em pequenos grupos de crianças e
a partir de suas observações em sala de
aula começa a esboçar o que será seu
futuro método.
• Com base nas observações do MEC, a
professora Carmen Teixeira, diretora do
Centro Educacional Carneiro Ribeiro em
Salvador, decidiu utilizar o novo método
nas Escolas-classe.
• Como consequência desta experiência ,
em outubro de 1963, a pedido do
professor Anísio Teixeira, foi feita a
primeira edição da cartilha, com o nome
de História da Casinha Feliz.
• Seu trabalho se expande. Leva para
diferentes lugares a Casinha Feliz e seus
moradores- bonecos e letras, e vai
contando suas histórias e ensinando a ler
e escrever.
• Assim Iracema chega às favelas,
alfabetiza crianças repetentes com
distúrbios de conduta, estende seu
trabalho aos adultos e doentes de
tuberculose, começa a ser convidada para
outros estados e viaja por quase todo o
país, alfabetizando e ensinando a
alfabetizar.
• Foi condecorada em 1971 com a Medalha
do Pacificador, conferida pelo Ministério
do Exército, em virtude dos relevantes
serviços prestados à alfabetização de
adultos.
• Ao caminhar pelo Brasil, marcou uma
trajetória de iniciativas e ações dedicadas
à educação e à questão social. Lutou
tenazmente pela dignidade do ser humano
que precisava tornar-se um leitor
consciente e participativo nas mudanças
do seu país.
• Criou um método de alfabetização
completamente original, profético em
vários sentidos.
• O Método Iracema Meireles foi aplicado
no Brasil e no exterior por mais de meio
século e em 1997 foi substituído pelos
métodos de alfabetização construtivista,
contudo sua experiência marcou a
infância de muitas pessoas que se
alfabetizaram de maneira prazerosa e
lúdica.
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Alfabetização fônica – Plano
de aulas
Sequência de atividades para apresentação
dos sons.
• 1- Professora mostra a letra e pronuncia o
som da mesma:
--“
Vamos conhecer o som da letra.
Repitam comigo: A. Agora você.......Agora
você...
• 2- Dar exemplos de coisas, conhecidas
das crianças, que iniciam com o som “
a”
.
Pedir que repitam as palavras
pronunciadas, desenhar no quadro ou
mostrar figuras das mesmas.
• 3- Escrever ao lado de cada desenho o
nome e destacar a letra a.
4- Escrever as diferentes formas que esta
letra pode ser representada. Maiúscula,
minúscula, de máquina e manuscrita.
• 5- Escrever o nome dos alunos e analisar
se existe o som trabalhado nele. Destacar.
6- Vamos ler um texto sobre esta letra. A
professora lê o texto podendo escrevê-lo
no quadro ou dar uma folha com o texto
digitado. (obs: explicar o que significa
cada palavra nova apresentada)
• A
Ela está no astronauta
a nas asa do avião.
Na andorinha, na arara,
na amizade e no azulão.
Pintar as figuras da folha apresentada
destacando a letra A.
• Aula 2
1- Recordar o som A trabalhado na aula
anterior;(auditivo, visual e falado)
Mostrar a forma manuscrita e gráfica.
• 2- Oferecer uma folha com a letra A e
várias figuras (sem os nomes) onde os
alunos irão apontar, circular e pintar as
que iniciam com o som trabalhado.
Sugestão de figuras: Amendoim, alfinete,
agulha, alho, abajur, arara, avião, gravata,
sapato, fósforo.
• 3- Após esta atividade feita a professora
escreve o nome destas figuras e o aluno
aponta e destaca a letra no início da
palavra com uma cor e no meio e no final
com outra cor.
• 4- Apresentar uma folha com figuras e
seus respectivos nomes onde falta a letra
a.
• Pedir aos alunos que completem as
palavras com a letra A (caixa alta).
• Aula 3
1- Representar a letra no quadro em
manuscrito;
2- Representar a letra em tamanho
aumentado para que cada aluno possa
experimentar o movimento correto da
letra;
• 3- Solicitar que os alunos,
individualmente, vão até a lousa e
escrevam a letra com giz; (trabalho 100%
acompanhado pela professora e
observado pelos colegas)
• 4- Distribuir uma folha com a letra a em
manuscrito .Fazer o movimento da letra
na folha dada; (com cola, tinta, colagem,
etc)
• 5- Em folha branca treinar o movimento da
letra livremente;
6- Cantar a música da D. Aranha.
Distribuir uma folha com letra em
manuscrito e pedir que circulem as letras
a encontradas. Colorir as figuras.
• 7- Estar sempre com os seus nomes à
vista para que estejam em contato com as
letras de seus nomes;
• Aula 4
1- Distribuir folha com vários nomes
escritos e pedir que pintem somente os
que iniciam com o som a.
• 2- Sugestão de música e brincadeiras
para desenvolver a percepção auditiva:
- O sapo não lava o pé; ( cantar trocando
as vogais)
- Repetir palavras trocando as vogais,
- Completar frases com palavras que
terminem com som parecido;
• 3- Apresentar a vogal escrita em tarja;
4- Desenhar a tarja no quadro e solicitar
que cada um venha escrever a letra com o
movimento correto;
• 5- Após a criança escrever no quadro dar
a ela o seu caderno de tarja com a lição já
preparada para que ela escreva; (elaborar
atividades de escrita e de percepção
visual e auditiva).
• Dicas:
· Executar o mesmo processo para as
demais vogais;
· É importante criar uma rotina e um ritmo
para o desenvolvimento das atividades;
• · Não esquecer de associação
grafema/fonema;
· Solicitar aos alunos o apontamento do
está sendo trabalhado em momentos fora
das aulas de alfabetização para que o
aluno fora do contexto de sala aprimore
sua aprendizagem.
Resumo do Método Fônico
• No método fônico, a alfabetização se dá
através da associação entre símbolo e
som. Para que a criança se torne capaz
de decifrar milhares de palavras, ela
aprende a reconhecer o som de cada
letra.
• De outra forma, ela teria que memorizar
visualmente todo o léxico, algo ineficiente
do ponto de vista dos defensores do
método fônico. O método parte da regra
para a exceção.
• Quando se usa o método fônico se
melhora a compreensão do texto. No
método ideovisual, onde o professor dá
logo o texto, o que acontece é que a
criança tende a memorizar as palavras.
Porém, o código alfabético não se presta
à memorização fácil porque as letras são
muito parecidas.
• Com isso, o que acontece é que a criança
troca as palavras quando lê (paralexia) e
troca palavras na escrita (paragrafia).
Esses erros ocorrem porque o alfabeto
não se presta à memorização visual. Ele
tem que ser decodificado.
• Ele foi inventado pelos Fenícios para
mapear sons da fala, por isso é eficiente.
Se você sabe decodificar não precisa
memorizar.
• Quem opta por ser alfabetizador o faz por
amor, por idealismo. Uma pessoa idealista
é a primeira a se apaixonar pelo seu
trabalho quando ele funciona.
• O método fônico produz resultados
extraordinários. Em três meses uma
criança está lendo o que não lia em dois
anos sob o método ideovisual. As
professoras que empregam o método
fônico ficam maravilhadas com sua
eficácia.
• Para aprender é necessário decodificar.
Decodificar nada mais é do que converter
os grafemas em fonemas. Aprender a
pronunciar a palavra em presença da
escrita.
• Quando pensamos em palavras usamos
nossa voz interna. Quando lemos em voz
baixa escutamos nossa voz. Isto é o
processo fônico: a invocação da fala
interna em presença do texto.
• O método ideovisual desestimula esta fala
interna. Ele tenta estimular a leitura visual
direta, portanto, a memorização. Só que
não é possível memorizar
ideograficamente todas essas palavras. A
forma correta é aprender a decodificar.
• Quando fazemos isso, naturalmente se
consegue produzir a fala e entender o que
se está lendo.
• Para alfabetizar, a criança deve ser levada
a participar da linguagem escrita. Para
isso, é necessário um diagnóstico prévio
que aponte qual é a relação do sujeito
com o texto.
• Assim, podem-se definir estratégias e
exercícios que façam o aluno ler e
escrever.
Programas no Método Fônico
• Existe no Brasil:
• A "História da Abelhinha" de Almira
Sampaio Brasil da Silva, também
conhecido como "Método da Abelhinha"
• A "História da Casinha Feliz" de Iracema
Meireles, popularmente chamada de
"Método Iracema Meireles"
• O Livro "Alfabetização: método fônico"
de Alessandra G. S. Capovilla, Professora
da USP
• O Livro "Alfabetização com as Boquinhas"
de Renata Jardini.
Leituras Recomendadas
• CAPOVILLA, Alessandra G. S.;
CAPOVILLA, Fernando C. Alfabetização :
método fônico. 4. ed – São Paulo:
Memnon, 2007
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  • 3. O método fônico é um método de alfabetização que primeiro ensina os sons de cada letra e então constrói a mistura destes sons em conjunto para alcançar a pronúncia completa da palavra. Permitindo dessa forma que se consiga ler toda e qualquer palavra.
  • 4. Aprenda mais sobre este método com este curso.
  • 6. • Método Sintético O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.
  • 7. • Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
  • 8. • No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.
  • 9. • Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.
  • 10. • Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.
  • 11. • Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.
  • 12. • Método Analítico O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores.
  • 13. • Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.
  • 14. • Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra.
  • 15. • Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.
  • 16. • Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas.
  • 17. • Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.
  • 18. • Método Alfabético Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras.
  • 19. • A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.
  • 20. • Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.
  • 21. • As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
  • 22. • O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.
  • 24. • O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras.
  • 25. • Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.
  • 27. • O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.
  • 28. • O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais.
  • 29. • Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas.
  • 30. • Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas.
  • 31. • Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico.
  • 32. • O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas.
  • 33. • Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra.
  • 34. • Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada.
  • 35. • A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.
  • 36. • Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.
  • 37. • A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
  • 38. O método nasceu como uma crítica ao método da soletração ou método alfabético, usado no Brasil até a década de 1980.
  • 39. O método fônico diferentemente do método Paulo Freire é indicado para crianças mais jovens e recomendado ser introduzido logo no início da alfabetização.
  • 40. Como funciona o método fônico
  • 41. • Antes de ser dado a criança um livro para ler, elas aprendem os sons das letras, fonemas. Depois que algumas desses já foram aprendidos, ai então se ensina a combiná-las de modo a formar palavras (FEITELSON, 1988).
  • 42. • Sons das letras. A introdução inicial dos fonemas, sons das letras, geralmente dá- se por meio de historinhas criadas para que elas identifiquem a relação grafema/fonema, letra/som, estuda.
  • 43. • Podemos citar a "História da Abelhinha" e a História da Casa Feliz"; ou seguindo sugestão de (CAPOVILA, 2007) o/a professor(a) mostra a letra e pronuncia o som da mesma, depois dá exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “a” e pede que repitam as palavras pronunciadas; escreve-as no quadro destacando a letra trabalhada.
  • 44. • Combinando sons. O aluno pode começar o intento de combinar os sons antes de dominar todo o alfabeto.
  • 45. • Após já terem aprendidos alguns fonemas, como: /u/ /a/ /o/ /t/ e /p/, usa-se um alfabeto móvel e solicita que as crianças formem palavras com essas letras; elas formarão algumas palavras: pata, pato, tato, tatu, tapa, topo, etc;
  • 46. • Depois disso elas são incentivadas a pronunciar o som de cada letra uma por uma e em seguida combina-os para gerar a pronúncia da palavra.
  • 47. • Use no início palavras simples, com até 4 letras, até os alunos se sentirem confortáveis com o processo, depois palavras maiores, palavras com dígrafos /ch/ /tr/ e por ultimo as exceções fonéticas, casa /kaza/ hospital /ospital/.
  • 48. • A cada nova relação som/letra ensinado revise as já aprendidas usando as mesmas para formar novas palavras. Desta forma estará gradativamente ampliando a capacidade leitora de seus alunos.
  • 49. • Montando frases. Quando os alunos já poderem a pronunciar várias palavras confortavelmente, monte frases com essas palavras e incentive-os a lê-las e depois a criarem suas próprias frases.
  • 50. • Assim a criança constrói a pronuncia por si própria.
  • 51. • Muitas das correspondências som-letra, incluindo consoantes e vogais e dígrafos, podem ser ensinados num espaço de poucos meses, desse modo as crianças são alfabetizadas num período de quatro a seis meses, quando passam a ler textos cada vez mais complexos e variados.
  • 52. • Isso significa que as crianças poderão ler muitas das palavras desconhecidas que elas mesmas encontram nos textos, sem o auxilio do professor para tal.
  • 53. VANTAGENS DA ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO FÔNICO
  • 54. • O método fônico é inteligente, lúdico e nada mecânico. As crianças são alfabetizadas muito bem, num período de quatro a seis meses, quando passam a ler textos cada vez mais complexos e variados.
  • 55. • O método fônico é mais eficaz na compreensão e na produção de textos, porque, de modo sistemático e lúdico, favorece a autonomia de leitura e fortalece o raciocínio e a inteligência verbal.
  • 56. • O método fônico mais atual e conhecido no Brasil é o Método Iracema Meireles. Este método baseia o aprendizado na associação das letras com figuras do universo das crianças, facilitando assim o domínio das relações grafema-fonema.
  • 57. • Usa de início textos produzidos especialmente para a alfabetização e permite aos alunos, em menos de um ano letivo, chegar à leitura corrente de qualquer tipo de texto.
  • 59. • Iracema Furtado Soares de Meireles, nasceu a 17 de março de 1907, em Recife e morreu a 9 de março de 1982, no Rio de Janeiro. Filha de Tito Lívio da Silva e Maria Joana Guerra da Silva. Foi casada com Silo Furtado Soares de Meireles, teve 2 filhos e 6 netos.
  • 60. • Passou a infância em Recife com seu irmão Luiz. Tinha saúde frágil, razão pela qual aprendeu a ler em casa e só frequentou escola a partir dos oito anos.
  • 61. • Estudou na Academia de Santa Gertrudes, em Olinda, e no Colégio das Damas, em Recife. Com a mudança de sua família para Salvador, Iracema ali continuou seus estudos formando-se professora pelo Instituto Normal, em 1926.
  • 62. • De volta a Recife, fez o Curso Pedagógico - equivalente hoje ao de Pedagogia – no Colégio Pritaneu.
  • 63. • Ainda jovem, conheceu a Europa, morando na França, na Alemanha e em Portugal. Lecionava na rede pública de Pernambuco e também particularmente.
  • 64. • Embora de família católica e educada em colégio de freiras, entusiasmou-se com as idéias socialistas e aproximou-se do Partido Comunista, onde estavam muitos dos seus amigos.
  • 65. • Engajou-se na luta por justiça social, mas sem ser radical, lutou por uma democracia que contemplasse os prismas políticos, econômicos e sociais.
  • 66. • Assim conheceu Silo Meireles - que era um dos chefes da revolução de 1935 em Recife – com quem viria mais tarde a se casar. Com a eclosão e o fracasso do movimento, Silo foi preso e Iracema demitida do serviço público do seu estado.
  • 67. • Cursando então a Faculdade de Medicina, Iracema interrompeu seus estudos e se envolveu nas lutas pela garantia de vida dos presos políticos.
  • 68. • A repressão se intensificava, inclusive com ameaça de fuzilamento dos líderes da revolução. Silo permaneceu preso e incomunicável por dois anos.
  • 69. • Neste período, Iracema acompanhou-o de longe, como pôde, levando a ele e a seus companheiros, pequenas encomendas e muitas mensagens disfarçadas.
  • 70. • Depois de dois anos em cela úmida e escura, Silo encontrava-se com a saúde abalada. Transferido para uma prisão no Rio de Janeiro, e com o estado de saúde agravado, foi, depois de algum tempo, removido para uma prisão hospitalar, onde Iracema então passou a acompanhá-lo na condição de esposa.
  • 71. • Mais tarde, já em liberdade, Silo aceita o convite de João Alberto Lins de Barros para trabalhar na Fundação Brasil Central em Caiapônia em Goiás e Iracema, já com dois filhos, o acompanha.
  • 72. • Nesta ocasião, volta a trabalhar em Educação, num grupo escolar da cidade, atuando voluntariamente. Silo é transferido para Uberlândia em Minas Gerais. Nesta cidade, moram numa chácara afastada do centro.
  • 73. • Iracema passa a lecionar em casa e alfabetiza a filha mais velha. A família volta a residir no Rio de Janeiro, em 1948. Nessa época dava aulas de matemática para filhos de amigos e de familiares.
  • 74. • Certo dia chegou André, com 12 anos, analfabeto. Desanimado, parecia indiferente a tudo e tristemente conformado com a condição de incapaz.
  • 75. • Iracema começou a conversar com ele e da conversa, saiu o projeto de construir um parque. Idas ao Jardim Zoológico da cidade, as compras de material, a serrinha tico-tico não parava de subir e descer. Os bichos iam surgindo das mãos de Iracema e André.
  • 76. • As conversas intermináveis iam dando em frases, que iam dando em palavras. As palavras eram partidas em sílabas. As sílabas iam sendo selecionadas para formarem novas palavras.
  • 77. • A maquete do zoológico estava quase pronta, Iracema inventava situações de leitura e escrita e o menino aprendeu a ler, a escrever e a gostar de estudar. Para André, o problema estava resolvido.
  • 78. • Com aulas particulares, ele venceu a defasagem idade/série. Tratava-se de uma dislexia, depois identificada. Para Iracema, entretanto, o “problema” apenas começava.
  • 79. • Ela, que adorava desafios, ficou extremamente motivada diante daquele “desafio pedagógico”: alfabetização de pessoas que não aprendiam na escola como todo mundo.
  • 80. • O caso de André em particular e o analfabetismo existente no país, problema que sempre a preocupara, colocaram, deste momento em diante, a alfabetização no centro dos seus interesses pedagógicos.
  • 81. • Lia tudo a respeito, acompanhava as atividades da Escola Guatemala, a escola pública do Rio de Janeiro, onde se realizavam as experiências e os estudos pedagógicos mais avançados da época (anos 50).
  • 82. • Em 1952 colaborou na fundação do Instituto Santa Inez, no Rio de Janeiro. Nesta escola, começa a desenvolver algumas ideias próprias, que põe em prática em pequenos grupos de crianças e a partir de suas observações em sala de aula começa a esboçar o que será seu futuro método.
  • 83. • Com base nas observações do MEC, a professora Carmen Teixeira, diretora do Centro Educacional Carneiro Ribeiro em Salvador, decidiu utilizar o novo método nas Escolas-classe.
  • 84. • Como consequência desta experiência , em outubro de 1963, a pedido do professor Anísio Teixeira, foi feita a primeira edição da cartilha, com o nome de História da Casinha Feliz.
  • 85. • Seu trabalho se expande. Leva para diferentes lugares a Casinha Feliz e seus moradores- bonecos e letras, e vai contando suas histórias e ensinando a ler e escrever.
  • 86. • Assim Iracema chega às favelas, alfabetiza crianças repetentes com distúrbios de conduta, estende seu trabalho aos adultos e doentes de tuberculose, começa a ser convidada para outros estados e viaja por quase todo o país, alfabetizando e ensinando a alfabetizar.
  • 87. • Foi condecorada em 1971 com a Medalha do Pacificador, conferida pelo Ministério do Exército, em virtude dos relevantes serviços prestados à alfabetização de adultos.
  • 88. • Ao caminhar pelo Brasil, marcou uma trajetória de iniciativas e ações dedicadas à educação e à questão social. Lutou tenazmente pela dignidade do ser humano que precisava tornar-se um leitor consciente e participativo nas mudanças do seu país.
  • 89. • Criou um método de alfabetização completamente original, profético em vários sentidos.
  • 90. • O Método Iracema Meireles foi aplicado no Brasil e no exterior por mais de meio século e em 1997 foi substituído pelos métodos de alfabetização construtivista, contudo sua experiência marcou a infância de muitas pessoas que se alfabetizaram de maneira prazerosa e lúdica.
  • 92. Alfabetização fônica – Plano de aulas Sequência de atividades para apresentação dos sons.
  • 93. • 1- Professora mostra a letra e pronuncia o som da mesma: --“ Vamos conhecer o som da letra. Repitam comigo: A. Agora você.......Agora você...
  • 94. • 2- Dar exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “ a” . Pedir que repitam as palavras pronunciadas, desenhar no quadro ou mostrar figuras das mesmas.
  • 95. • 3- Escrever ao lado de cada desenho o nome e destacar a letra a. 4- Escrever as diferentes formas que esta letra pode ser representada. Maiúscula, minúscula, de máquina e manuscrita.
  • 96. • 5- Escrever o nome dos alunos e analisar se existe o som trabalhado nele. Destacar. 6- Vamos ler um texto sobre esta letra. A professora lê o texto podendo escrevê-lo no quadro ou dar uma folha com o texto digitado. (obs: explicar o que significa cada palavra nova apresentada)
  • 97. • A Ela está no astronauta a nas asa do avião. Na andorinha, na arara, na amizade e no azulão. Pintar as figuras da folha apresentada destacando a letra A.
  • 98. • Aula 2 1- Recordar o som A trabalhado na aula anterior;(auditivo, visual e falado) Mostrar a forma manuscrita e gráfica.
  • 99. • 2- Oferecer uma folha com a letra A e várias figuras (sem os nomes) onde os alunos irão apontar, circular e pintar as que iniciam com o som trabalhado. Sugestão de figuras: Amendoim, alfinete, agulha, alho, abajur, arara, avião, gravata, sapato, fósforo.
  • 100. • 3- Após esta atividade feita a professora escreve o nome destas figuras e o aluno aponta e destaca a letra no início da palavra com uma cor e no meio e no final com outra cor.
  • 101. • 4- Apresentar uma folha com figuras e seus respectivos nomes onde falta a letra a. • Pedir aos alunos que completem as palavras com a letra A (caixa alta).
  • 102. • Aula 3 1- Representar a letra no quadro em manuscrito; 2- Representar a letra em tamanho aumentado para que cada aluno possa experimentar o movimento correto da letra;
  • 103. • 3- Solicitar que os alunos, individualmente, vão até a lousa e escrevam a letra com giz; (trabalho 100% acompanhado pela professora e observado pelos colegas)
  • 104. • 4- Distribuir uma folha com a letra a em manuscrito .Fazer o movimento da letra na folha dada; (com cola, tinta, colagem, etc)
  • 105. • 5- Em folha branca treinar o movimento da letra livremente; 6- Cantar a música da D. Aranha. Distribuir uma folha com letra em manuscrito e pedir que circulem as letras a encontradas. Colorir as figuras.
  • 106. • 7- Estar sempre com os seus nomes à vista para que estejam em contato com as letras de seus nomes;
  • 107. • Aula 4 1- Distribuir folha com vários nomes escritos e pedir que pintem somente os que iniciam com o som a.
  • 108. • 2- Sugestão de música e brincadeiras para desenvolver a percepção auditiva: - O sapo não lava o pé; ( cantar trocando as vogais) - Repetir palavras trocando as vogais, - Completar frases com palavras que terminem com som parecido;
  • 109. • 3- Apresentar a vogal escrita em tarja; 4- Desenhar a tarja no quadro e solicitar que cada um venha escrever a letra com o movimento correto;
  • 110. • 5- Após a criança escrever no quadro dar a ela o seu caderno de tarja com a lição já preparada para que ela escreva; (elaborar atividades de escrita e de percepção visual e auditiva).
  • 111. • Dicas: · Executar o mesmo processo para as demais vogais; · É importante criar uma rotina e um ritmo para o desenvolvimento das atividades;
  • 112. • · Não esquecer de associação grafema/fonema; · Solicitar aos alunos o apontamento do está sendo trabalhado em momentos fora das aulas de alfabetização para que o aluno fora do contexto de sala aprimore sua aprendizagem.
  • 113. Resumo do Método Fônico • No método fônico, a alfabetização se dá através da associação entre símbolo e som. Para que a criança se torne capaz de decifrar milhares de palavras, ela aprende a reconhecer o som de cada letra.
  • 114. • De outra forma, ela teria que memorizar visualmente todo o léxico, algo ineficiente do ponto de vista dos defensores do método fônico. O método parte da regra para a exceção.
  • 115. • Quando se usa o método fônico se melhora a compreensão do texto. No método ideovisual, onde o professor dá logo o texto, o que acontece é que a criança tende a memorizar as palavras. Porém, o código alfabético não se presta à memorização fácil porque as letras são muito parecidas.
  • 116. • Com isso, o que acontece é que a criança troca as palavras quando lê (paralexia) e troca palavras na escrita (paragrafia). Esses erros ocorrem porque o alfabeto não se presta à memorização visual. Ele tem que ser decodificado.
  • 117. • Ele foi inventado pelos Fenícios para mapear sons da fala, por isso é eficiente. Se você sabe decodificar não precisa memorizar.
  • 118. • Quem opta por ser alfabetizador o faz por amor, por idealismo. Uma pessoa idealista é a primeira a se apaixonar pelo seu trabalho quando ele funciona.
  • 119. • O método fônico produz resultados extraordinários. Em três meses uma criança está lendo o que não lia em dois anos sob o método ideovisual. As professoras que empregam o método fônico ficam maravilhadas com sua eficácia.
  • 120. • Para aprender é necessário decodificar. Decodificar nada mais é do que converter os grafemas em fonemas. Aprender a pronunciar a palavra em presença da escrita.
  • 121. • Quando pensamos em palavras usamos nossa voz interna. Quando lemos em voz baixa escutamos nossa voz. Isto é o processo fônico: a invocação da fala interna em presença do texto.
  • 122. • O método ideovisual desestimula esta fala interna. Ele tenta estimular a leitura visual direta, portanto, a memorização. Só que não é possível memorizar ideograficamente todas essas palavras. A forma correta é aprender a decodificar.
  • 123. • Quando fazemos isso, naturalmente se consegue produzir a fala e entender o que se está lendo. • Para alfabetizar, a criança deve ser levada a participar da linguagem escrita. Para isso, é necessário um diagnóstico prévio que aponte qual é a relação do sujeito com o texto.
  • 124. • Assim, podem-se definir estratégias e exercícios que façam o aluno ler e escrever.
  • 125. Programas no Método Fônico • Existe no Brasil: • A "História da Abelhinha" de Almira Sampaio Brasil da Silva, também conhecido como "Método da Abelhinha"
  • 126. • A "História da Casinha Feliz" de Iracema Meireles, popularmente chamada de "Método Iracema Meireles"
  • 127. • O Livro "Alfabetização: método fônico" de Alessandra G. S. Capovilla, Professora da USP • O Livro "Alfabetização com as Boquinhas" de Renata Jardini.
  • 128. Leituras Recomendadas • CAPOVILLA, Alessandra G. S.; CAPOVILLA, Fernando C. Alfabetização : método fônico. 4. ed – São Paulo: Memnon, 2007