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C A P A / A L F A B E T I Z A Ç Ã O
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Isabel Frade, as formas clássicas de ensinar a língua
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MÉTODOALFABÉTICO
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GLOBAL
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completa, que é a frase. O
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analisar as suas partes menores
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Considera a sílaba a unidade
linguística fundamental, já que,
na prática, só se pode pronunciar
a consoante juntamente com a
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formadas por uma consoante e
uma vogal, até chegar às
mais complexas.
Parte-se de um texto,
trabalhado por certo tempo,
no qual o aluno memoriza e
entende o sentido geral do que
é “lido”. Só depois se analisam
as sentenças e se identificam as
palavras, comparando as suas
composições silábicas.
COMOFUNCIONA COMOFUNCIONA
Ensinam-se estratégias de
soletração que ajudam o aluno
a associar o nome da letra à sua
representação visual e ao som
que ela adquire na palavra. A
palavra “banana”, por exemplo,
pode ser soletrada como be a ba
(ba), ene a na (na), ene a na (na).
Apresenta-se um grupo de
palavras que os alunos tentam
reconhecer pelas características
gráficas. São propostas
atividades de memorização de
palavras, às vezes associadas
a imagens, exercícios de
movimento de escrita etc.
Há várias maneiras de
apresentar os fonemas,
partindo de palavras
significativas para os alunos
ou relacionando uma palavra
a uma imagem e a um som. Há
exemplos na clássica Cartilha
Nacional, do século 19.
A pedagoga argentina Cecilia
Braslavsky ensina que é possível
partir da oralidade das crianças,
a partir da qual se extraem
orações simples, escritas em
faixas expostas na sala de aula.
As frases podem depois ser
consultadas permanentemente.
Em geral, o processo se apoia
em cartilhas que apresentam
as famílias silábicas, que podem
ser associadas a desenhos ou
palavras-chave, cujas sílabas
iniciais são destacadas. Aos
poucos, o aluno entra em
contato com pequenos textos.
No Brasil, o método é associado
aos contos, conforme as práticas
difundidas pela educadora
Lúcia Casasanta nos anos 30. As
cinco fases vão da compreensão
geral da história à análise
comparativa da composição
silábica das palavras.
VANTAGENS VANTAGENS
Reconhecer as letras é etapa
fundamental e inescapável
do processo de aquisição
da escrita, já que as relações
entre os sinais gráficos e os
sons que eles representam são
o princípio básico de qualquer
sistema alfabético.
É um meio-termo entre
as práticas sintéticas e as
analíticas, pois permite
trabalhar em unidades menores,
sem dissociá-las do significado.
O aluno aprende estratégias de
leitura inteligente e associa a
leitura com prazer e informação.
Ao aproximar fonemas e
grafemas, o método estabelece
relação direta entre a escrita
e a fala, outra característica
básica de sistemas alfabéticos,
abrindo caminho para a
codificação e a decodificação
dos textos.
A exemplo do método de
palavração, a sentenciação
permite que os alunos se
relacionem com o significado
dos textos e aprendam, desde
o início da alfabetização, a
utilizar estratégias de leitura
inteligente.
O método enfatiza uma
unidade facilmente
identificável com o som, já que,
na fala, pronunciamos sílabas,
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Assim, não é preciso analisar
cada elemento da palavra para
decifrá-la.
Com práticas semelhantes
às adotadas pela moderna
alfabetização de linha
construtivista, o método
mantém o foco no sentido dos
textos e proporciona, desde
o início da aprendizagem, o
contato com o texto.
RISCOS RISCOS
A memorização fora de contexto
das letras e de algumas sílabas
afasta o aluno do significado das
palavras. É possível desenvolver
o conhecimento sistemático do
alfabeto em textos com sentido
e com o uso de materiais como
letras móveis.
Focar só no reconhecimento
gráfico das palavras pode
prejudicar a análise das sílabas,
letras e grafemas, afetando o
reconhecimento de palavras
novas. Isso costuma ser
amenizado pelo uso de palavras
estáveis, como o nome próprio.
Na nossa língua, as relações
entre letras e sons variam
muito. Uma mesma letra pode
representar diferentes sons e
vice-versa. O sistema de escrita
é uma representação complexa,
e a abordagem fônica, sozinha,
pode não dar conta dela.
O ensino por sentenciação
pode acarretar problemas
semelhantes aos encontrados na
palavração, como a dificuldade
de decodificar textos novos por
falta de uma análise mais detida
nas unidades que compõem a
base do sistema de escrita.
O foco excessivo em uma
unidade sonora, assim como
em outros métodos sintéticos,
pode tirar do aluno o contato
com textos reais, dotados
de estrutura e função social,
dando lugar a frases sem nexo,
como “vovô viu a uva”.
O trabalho sistemático com
as unidades menores, que
são parte da estrutura básica
da língua escrita, pode ficar
enfraquecido. Além disso, o uso
só de textos para fins escolares
não é positivo: a criança precisa
conviver com textos reais.
MÉTODOSSINTÉTICOS
Vão das partes para o todo, começando com as unidades sonoras ou gráficas
MÉTODOSANALÍTICOS
Vão do todo para as partes, originando-se de unidades de significado
FONTE: Glossário Ceale, disponível em ceale.fae.ufmg.br/app/
webroot/glossarioceale/. Acessado em 8 de maio de 2019.
Consultoria: Isabel Frade, diretora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Maria José Nóbrega, professora de pós-
-graduação no Instituto Vera Cruz e assessora pedagógica dos planos de aula NOVA ESCOLA
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Comparação métodos alfabetização

  • 1. 37 36 C A P A / A L F A B E T I Z A Ç Ã O Conheça, a partir dos estudos da pesquisadora Isabel Frade, as formas clássicas de ensinar a língua escrita e o que as pesquisas afirmam sobre elas MÉTODOALFABÉTICO OUSOLETRAÇÃO MÉTODOFÔNICO OUFONÉTICO MÉTODO SILÁBICO PALAVRAÇÃO SENTENCIAÇÃO MÉTODO GLOBAL COMOÉ COMOÉ É considerado o mais antigo dos métodos. A proposta é que o indivíduo aprenda os nomes das letras, reconheça-as fora da ordem alfabética e, por fim, tente redescobri-las em palavras ou textos, a partir da soletração. A unidade linguística é a palavra que deve ser reconhecida graficamente sem a necessidade de decompô-la em sílabas, letras ou mesmo fonemas e grafemas. A proposta é de que se forme um repertório antes de construir frases e pequenos textos. Desenvolvido na França e na Alemanha, parte da relação direta entre o fonema e o grafema. Começa sempre dos sons mais simples para os mais complexos, das vogais para as consoantes. Por fim, formam- se as sílabas e as palavras. A proposta é partir de uma unidade de significado mais completa, que é a frase. O estudante deve reconhecer e compreender o sentido de uma sentença para só depois analisar as suas partes menores (palavras e sílabas). Considera a sílaba a unidade linguística fundamental, já que, na prática, só se pode pronunciar a consoante juntamente com a vogal. Começa-se pelas sílabas formadas por uma consoante e uma vogal, até chegar às mais complexas. Parte-se de um texto, trabalhado por certo tempo, no qual o aluno memoriza e entende o sentido geral do que é “lido”. Só depois se analisam as sentenças e se identificam as palavras, comparando as suas composições silábicas. COMOFUNCIONA COMOFUNCIONA Ensinam-se estratégias de soletração que ajudam o aluno a associar o nome da letra à sua representação visual e ao som que ela adquire na palavra. A palavra “banana”, por exemplo, pode ser soletrada como be a ba (ba), ene a na (na), ene a na (na). Apresenta-se um grupo de palavras que os alunos tentam reconhecer pelas características gráficas. São propostas atividades de memorização de palavras, às vezes associadas a imagens, exercícios de movimento de escrita etc. Há várias maneiras de apresentar os fonemas, partindo de palavras significativas para os alunos ou relacionando uma palavra a uma imagem e a um som. Há exemplos na clássica Cartilha Nacional, do século 19. A pedagoga argentina Cecilia Braslavsky ensina que é possível partir da oralidade das crianças, a partir da qual se extraem orações simples, escritas em faixas expostas na sala de aula. As frases podem depois ser consultadas permanentemente. Em geral, o processo se apoia em cartilhas que apresentam as famílias silábicas, que podem ser associadas a desenhos ou palavras-chave, cujas sílabas iniciais são destacadas. Aos poucos, o aluno entra em contato com pequenos textos. No Brasil, o método é associado aos contos, conforme as práticas difundidas pela educadora Lúcia Casasanta nos anos 30. As cinco fases vão da compreensão geral da história à análise comparativa da composição silábica das palavras. VANTAGENS VANTAGENS Reconhecer as letras é etapa fundamental e inescapável do processo de aquisição da escrita, já que as relações entre os sinais gráficos e os sons que eles representam são o princípio básico de qualquer sistema alfabético. É um meio-termo entre as práticas sintéticas e as analíticas, pois permite trabalhar em unidades menores, sem dissociá-las do significado. O aluno aprende estratégias de leitura inteligente e associa a leitura com prazer e informação. Ao aproximar fonemas e grafemas, o método estabelece relação direta entre a escrita e a fala, outra característica básica de sistemas alfabéticos, abrindo caminho para a codificação e a decodificação dos textos. A exemplo do método de palavração, a sentenciação permite que os alunos se relacionem com o significado dos textos e aprendam, desde o início da alfabetização, a utilizar estratégias de leitura inteligente. O método enfatiza uma unidade facilmente identificável com o som, já que, na fala, pronunciamos sílabas, e não letras ou sons separados. Assim, não é preciso analisar cada elemento da palavra para decifrá-la. Com práticas semelhantes às adotadas pela moderna alfabetização de linha construtivista, o método mantém o foco no sentido dos textos e proporciona, desde o início da aprendizagem, o contato com o texto. RISCOS RISCOS A memorização fora de contexto das letras e de algumas sílabas afasta o aluno do significado das palavras. É possível desenvolver o conhecimento sistemático do alfabeto em textos com sentido e com o uso de materiais como letras móveis. Focar só no reconhecimento gráfico das palavras pode prejudicar a análise das sílabas, letras e grafemas, afetando o reconhecimento de palavras novas. Isso costuma ser amenizado pelo uso de palavras estáveis, como o nome próprio. Na nossa língua, as relações entre letras e sons variam muito. Uma mesma letra pode representar diferentes sons e vice-versa. O sistema de escrita é uma representação complexa, e a abordagem fônica, sozinha, pode não dar conta dela. O ensino por sentenciação pode acarretar problemas semelhantes aos encontrados na palavração, como a dificuldade de decodificar textos novos por falta de uma análise mais detida nas unidades que compõem a base do sistema de escrita. O foco excessivo em uma unidade sonora, assim como em outros métodos sintéticos, pode tirar do aluno o contato com textos reais, dotados de estrutura e função social, dando lugar a frases sem nexo, como “vovô viu a uva”. O trabalho sistemático com as unidades menores, que são parte da estrutura básica da língua escrita, pode ficar enfraquecido. Além disso, o uso só de textos para fins escolares não é positivo: a criança precisa conviver com textos reais. MÉTODOSSINTÉTICOS Vão das partes para o todo, começando com as unidades sonoras ou gráficas MÉTODOSANALÍTICOS Vão do todo para as partes, originando-se de unidades de significado FONTE: Glossário Ceale, disponível em ceale.fae.ufmg.br/app/ webroot/glossarioceale/. Acessado em 8 de maio de 2019. Consultoria: Isabel Frade, diretora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Maria José Nóbrega, professora de pós- -graduação no Instituto Vera Cruz e assessora pedagógica dos planos de aula NOVA ESCOLA novaescola.org.br J U N H O /J U L H O 2 0 1 9 J U N H O /J U L H O 2 0 1 9 novaescola.org.br