Desenvolvimento da criança dos 0 aos 3 anos - 3.pptx

Mod.CF.066/01
UFCD 9183 - Desenvolvimento da criança dos 0 aos 3 anos - iniciação
Formação de Amas Certificadas | Mirandela
74-N-1.08.21/22
Mafalda Bento
mafalda.bento@hotmail.com
13/10/2022 a 21/10/2022
3ª Sessão Síncrona

Mod.CF.066/01
Conteúdos a explorar na sessão de hoje:
1. Fatores Condicionantes do Desenvolvimento da Criança
2. Problemas de Desenvolvimento: Sinais de Alerta

Mod.CF.066/01
Fatores de
desenvolvimento
Genéticos
Ambientais
Nutricionais
Socioemocionais
Culturais
Políticos e
socioeconómicos
Todo o ser humano nasce com um
potencial genético de crescimento
que pode ou não ser alcançado,
dependendo das condições de vida
a que esteja exposto desde a
conceção até à idade adulta.
Portanto, o processo de
desenvolvimento está influenciado
por fatores intrínsecos (genéticos) e
extrínsecos (ambientais), dos quais
se destacam a saúde, a higiene, a
habitação e os cuidados gerais da
criança, que atuam acelerando ou
retardando o processo.

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Os fatores ambientais são inúmeros e podem atuar e influenciar períodos
diferentes do desenvolvimento.
Podem ser de múltiplas origens:
 Físicos (poluição: exposição a metais pesados, toxinas);
 Químicos (drogas, álcool, medicação);
 Infeciosos (HIV, Malária);
 Imunologia (ausência de vacinas);
 Ausência de água potável e saneamento.
Ambientais

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 A nutrição inadequada na primeira infância pode impactar
profundamente o neuro-desenvolvimento dos bebês, causando
deficiências na competência educacional e cognitiva durante toda a
infância e adolescência
 Presença de uma alimentação saudável, rica em nutrientes e vitaminas é
fundamental para o normal desenvolvimento da criança, uma vez que vai
satisfazer ou não as necessidades da mesma.
 Crianças ou adolescentes bem nutridos têm maior capacidade de
concentração em sala de aula. Conseguem obter um maior rendimento
escolar.
Nutricionais

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 Uma doença genética é aquela causada por uma alteração no nosso DNA.
 Algumas doenças genéticas são hereditárias e podem passar de uma geração
para outra e outras podem não ser herdada e acontecer de forma esporádica.
 Embora se pense que se pode estabelecer limites do potencial biológico
individual, este pode também sofrer influencias ambientais.
Genéticos

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Classificação dos distúrbios genéticos:
Monogênicos: (também chamado de Mendeliano) - É causado por mudanças ou
mutações que acontecem na sucessão de DNA de um único gene.
Ex: Fibrose cística; Anemia falciforme; Distrofia miotônica …
Cromossômicas: Alterações estruturais e numéricas no conjunto de cromossomo
de um indivíduo.
Ex: Sindrome de Down; Trissomias:18, 13; Síndrome de Turner, …
Multifatoriais: (também chamado de complexo ou poligênico) - É causado por
uma combinação de fatores ambientais e mutações em genes múltiplos.
Ex: Alzheimer; Mal formações congénitas; Obesidade; certos tipos de câncer.
Obs.: A herança multifatorial também é associada com características de hereditariedade como padrões
de impressão digital, altura, cor de olho, e cor de pele.

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 São vários os fatores socioemocionais que influenciam o
desenvolvimento, tais como:
 A posição da criança na família, a qualidade de interação entre as
crianças e os pais, as metas estabelecidas para a criança e os conceitos
pessoais e necessidades dos pais, são muito importantes para o grau de
realização pessoal conseguido pela criança.
 Exposição a violência doméstica – ambiente doméstico caótico.
 A falta de tempo e disponibilidade para acompanhar os filhos.
Socioemocionais

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 A cultura é aprendida por meio de um processo de sociabilização com a
família e com outras instituições básicas (amigos, escola, televisão etc.) e,
por isso, uma determinada sociedade pressiona o indivíduo consciente ou
inconscientemente a comportar-se de uma maneira relativamente padrão.
 A pressão cultural que existe nas crianças sobre crenças, gostos e ideias
pode levar à exclusão social de umas crianças em relação a outras crianças.
 Os fatores culturais podem limitar a criança estabelecendo expetativas para
o seu comportamento.
 Estigmatização social relativamente às crianças com dificuldades no seu
desenvolvimento.
Culturais

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 A importância da análise dos determinantes econômicos, sociais e políticos
para a formulação de políticas sociais e de saúde são determinantes para o
desenvolvimento, uma vez que:
 O tipo de estruturas e infraestruturas que se coloca ao dispor da criança
podem funcionar como facilitador e promotor, ou por outro lado, como
limitador do potencial de desenvolvimento - oferta de escolas, bibliotecas,
material lúdico, hospitais…
 A pobreza, uma vez que vai influenciar/limitar as respostas e as
oportunidades das crianças
Políticos e
Socioeconómicos

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Fatores de
Risco
São condições variáveis
ambientais, genéticas ou sociais
que colaboram para o
aparecimento de uma desordem
emocional ou comportamental
e/ou interferem negativamente
no desenvolvimento da criança
em qualquer nível de
desenvolvimento.
Fatores de
Proteção
São condições ou variáveis
ambientais, biológicas,
genéticas ou sociais que
agem a favor do
desenvolvimento da criança
e atuam na prevenção de
aparecimento de desordem
emocional ou
comportamental.

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Consequências
dos Fatores de
Risco
Abandono de casa;
Morte ou ideação suicida;
Repetir os comportamentos
desajustados no futuro;
Abuso de substâncias, álcool;
Prostituição;
Dificuldades de aprendizagem;
Dificuldades sócio emocionais.
Benefícios dos
Fatores de
Proteção
Autonomia e independência;
Autoestima e autocuidado;
Relacionamentos saudáveis;
Bom suporte emocional;
Objetivos alcançados.

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 Oferecer programas educativos aos pais;
 Desenvolver ações de sensibilização sobre nutrição e cuidados de
saúde;
 Oferecer acesso a amas, creches, escolas, parques infantis,
hospitais, eventos culturais,…;
 Realizar visitas e acompanhamento devido durante o
desenvolvimento da criança;
 Estruturar ações voltadas à promoção de um desenvolvimento
saudável.
Como podemos agir preventivamente?

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Atraso de Desenvolvimento - É quando uma criança não atinge alguns dos
marcos do desenvolvimento com a idade esperada mesmo tendo em conta as
variações individuais.
Este atraso pode ocorrer numa ou mais áreas:
o Coordenação motora ampla/grossa (habilidades físicas como rebolar, sentar,
andar);
o Coordenação motora fina (capacidade de segurar as coisas, manipular
objetos);
o Linguagem e fala (tanto a compreensão como na fala);
o Habilidades sociais (relacionamento com outras pessoas, reações
emocionais);
o Capacidade de autocuidado (vestir-se, higiene);

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Exemplos de sinais de atraso de desenvolvimento na
criança:
Aos 3 meses:
 Não faz qualquer controlo da cabeça;
 Chora e grita quando é tocado;
 Tem os membros rígidos quando está em repouso;
 Não fixa nem segue objetos com o olhar;
 Tem as mãos sempre fechadas;
 Sobressalta-se ao menor ruído ou, pelo contrário, não reage a qualquer
som;
 Não sorri;
 Apresenta um estrabismo significativo e persistente.

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criança:
Aos 6 meses:
 Não controla a cabeça, tem os membros inferiores rígidos e passa
diretamente à posição de pé quando o tentam sentar;
 Apresenta assimetrias entre as partes do corpo;
 Não olha nem pega qualquer objeto;
 Mostra desinteresse pelo ambiente e irritabilidade;
 Não reage à voz da mãe/pai (ou cuidador principal);
 Não reage aos sons, não vocaliza;
 Não se expressa através de gritos ou gargalhadas;
 Apresenta estrabismo, mesmo que ligeiro ou intermitente.

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criança:
Aos 9 meses:
 Não se mantém sentado;
 Não procura mudar de posição nem tenta deslocar-se ou erguer-se;
 Não demonstra interesse por objetos, e não procura manipulá-los com as
mãos;
 Não reage aos sons, vocaliza monotonamente ou perde a vocalização;
 Não mostra iniciativa para agarrar e morder os objetos e os alimentos;
 Engasga-se com facilidade;
 Mostra desinteresse pelo ambiente ou pelos familiares.

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criança:
Aos 12 meses:
 Não suporta o seu peso sobre os membros inferiores;
 Não consegue permanecer sentado;
 Não procura mudar de posição nem deslocar-se (Gatinhar, arrastar-se,
caminhar agarrado à mobília,…)
 Não brinca nem estabelece contacto;
 Não manifesta nítida preferência por pessoas significativas, na presença de
pessoas estranhas;
 Mostra pouco interesse por brinquedos ou livros;
 Não responde à voz;
 Não mostra indícios de compreender palavras como papá, mamã, bola,
papa, rua, “anda cá”, palmas…
 Não mastiga, engasga-se com facilidade.

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criança:
Aos 18 meses:
 Não se põe de pé, não suporta o peso sobre os membros inferiores;
 Anda sempre na ponta dos pés;
 Não consegue puxar e empurrar brinquedos, apanhar objetos do chão sem
cair nem sentar-se numa cadeira pequena;
 Não brinca nem se interessa pelo que o rodeia;
 Não estabelece contato ocular, desviando o olhar;
 Deita os objetos fora ou leva-os sempre à boca;
 Não faz pinça com o polegar e indicador;

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 Não mostra indícios de compreender palavras familiares ou ordens simples;
 Não responde à voz, não vocaliza;
 Não utiliza palavras reconhecíveis nem tenta acompanhar rimas e canções;
 Não exprime os seus desejos apontando ou vocalizando com insistência;
 Não tenta levar a colher ou copo à boca para se alimentar e beber;
 Não procura afeto do adulto;
 Não imita atividades do dia a dia nem participa nas rotinas (vestir, tirar
meias e sapatos).
criança:
Aos 18 meses
(continuação):

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criança:
Entre 2-3 anos:
 Não anda ou anda sempre na ponta dos pés;
 Não brinca nem estabelece contacto, não se interessa pelo que a rodeia;
 Deita os objetos fora, não constrói, não procura imitar;
 Não se interessa por livros de imagens e não consegue virar as páginas;
 Não mostra sinais de reconhecer familiares ou a si própria em fotografia;
 Não segura o lápis nem rabisca;
 Parece não compreender o que se lhe diz, não pronuncia palavras inteligíveis.
 Não come com colher nem bebe por um copo sozinha;
 Não imita atividades domésticas nem desenvolve jogos simbólicos;
 Não procura o adulto;
 Não manifesta qualquer frustração quando contrariada ou, pelo contrário,
reage catastrófica ou desproporcionalmente.

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criança:
Por volta dos 3 anos:
 Anda com dificuldade;
 Tem dificuldade em subir e descer escadas (mesmo com os dois pés em cada
degrau);
 Não salta com os pés juntos;
 Não mostra interesse pelos brinquedos;
 Controla o lápis com muita dificuldade e não desenha figuras humanas
reconhecíveis;
 Não associa cores;
 Recorta com dificuldade utilizando uma tesoura adequada ao seu tamanho;
 Não se interessa por histórias, canções ou rimas;

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 Tem dificuldade em fazer-se entender, especialmente junto de estranhos;
 Não consegue construir frases nem contar pequenos episódios;
 Não sabe o seu nome nem a sua idade;
 Não come sozinha nem lava as mãos;
 Não demonstra interesse pelas atividades domésticas;
 Não veste nem despe roupas simples;
 Não tem qualquer controlo esfincteriano, diurno ou noturno;
 Não demonstra afeto pelos familiares ou pessoas mais próximas.
criança:
Por volta dos 3 anos
(Continuação):

Mod.CF.066/01
Nota de reforço:
 A observação dos pais e das pessoas mais próximas da criança
(educadores/cuidadores) é a melhor forma de identificar eventuais atrasos
no desenvolvimento.
 O ritmo de desenvolvimento varia de criança para criança.

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O que fazer em caso de alerta?
Caso identifique alguns destes sinais ou tenha dúvidas sobre alguma destas
questões, deverá contatar profissionais especializados nesta área, nomeadamente o
Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), mais informações em :
http://www.dgs.pt/sistema-nacional-de-intervenção-precoce-na-infância.aspx
As crianças entre os 0 e os 6 anos e respetivas famílias deverão apresentar
condições incluídas num destes dois grupos:
1- Alterações nas Funções ou Estruturas do Corpo – que limitam o normal
desenvolvimento e a participação nas atividades típicas, tendo em conta os
referenciais de desenvolvimento próprios, para a respetiva idade e contexto social.
2- Risco Grave de Atraso de Desenvolvimento – pela existência de condições
biológicas, psicoafectivas ou ambientais, que implicam uma alta probabilidade de
atraso relevante no desenvolvimento da criança.

Mod.CF.066/01
A inclusão de todas as crianças implica a adoção de práticas
pedagógicas diferenciadas, que respondam ás características
individuais de cada uma e atendam ás suas diferenças, apoiando as
suas aprendizagens e progressos. A interação e cooperação entre
crianças permitem que estas aprendam, não só com o/a
educador/a, mas também umas com as outras.
Esta perspetiva supõe que o planeamento realizado seja adaptado
e diferenciado, em função do grupo e de acordo com
características individuais, de modo a proporcionar a todas e a
cada uma das crianças, condições estimulantes para o seu
desenvolvimento e aprendizagem, promovendo em todas um
sentido de segurança e autoestima.

Mod.CF.066/01
Na próxima sessão
síncrona continuamos
este assunto!
Obrigada

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