QUE CONTROLAM A CONDROGÊNESE FORMAÇÃO NA PLACA DE CRESCIMENTO E, PORTANTO, REGULAM O CRESCIMENTO LINEAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES. NO ENTANTO, NAS ÚLTIMAS DÉCADAS GRANDES VARIEDADES DE NOVAS ABORDAGENS EXPERIMENTAIS PRODUZIRAM UMA EXPLOSÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE A FUNÇÃO DA PLACA DE CRESCIMENTO. ESTES FATOS NÃO ELIMINAM A IMPORTÂNCIA DO EIXO GH - IGF – I
1. ACHADOS RECENTES, TANTO EM ESTUDOS BÁSICOS COMO EM
ESTUDOS CLÍNICOS, REVELARAM QUE O EIXO GH-IGF-I
A cartilagem hialina é a variedade mais encontrada no corpo
humano e, portanto, a mais estudada. É encontrada no disco
epifisário, permitindo o crescimento longitudinal dos ossos.
Neste disco, a cartilagem hialina apresenta os condrócitos dispostos
em fileiras ou colunas paralelas, comumente recebendo a
designação de cartilagem seriada. Os principais locais onde a
cartilagem hialina é encontrada no adulto são: fêmur, traqueia e
brônquios, extremidade ventral das costelas e recobrindo a
superfície dos ossos longos.
2. A matriz da cartilagem hialina contém fibrilas de colágeno tipo II
imersas em substância fundamental amorfa. As fibrilas de colágeno
não podem ser visualizadas em preparados comuns, pois, além de
possuírem reduzidas dimensões, seu índice de refração é muito
semelhante ao da substância amorfa. A parte amorfa da matriz é
composta por macromoléculas de proteoglicanos.
Os proteoglicanos consistem em uma parte central, proteica, de
onde se irradiam as moléculas de glicosaminoglicanos (condroitina
4-sulfato, condroitina 6-Cobre, queratossulfato). O ácido hialurônico
é outro glicosaminoglicano presente na matriz, porém esta é uma
molécula muito grande, que integra vários proteoglicanos. O
knockout (golpe inesperado) de muitos genes que antes não eram
conhecidos como importantes na placa de crescimento produziram
fenótipos envolvendo crescimento esquelético na placa de
3. crescimento, abrindo assim novas áreas inesperadas da fisiologia da
placa de crescimento.
O termo "fenótipo" refere-se às propriedades físicas observáveis de
um organismo; estes incluem a aparência, desenvolvimento e
comportamento do organismo. O fenótipo de um organismo é
determinado pelo seu genótipo, que é o conjunto de genes que o
organismo carrega, bem como pelas influências ambientais sobre
esses genes. Devido à influência de fatores ambientais, organismos
com genótipos idênticos, como gêmeos idênticos, acabam por
expressar fenótipos não idênticos porque cada organismo encontra
influências ambientais únicas à medida que se desenvolve.
4. Exemplos de fenótipos incluem altura, comprimento da asa e cor do
cabelo. Os fenótipos também incluem características observáveis
que podem ser medidas em laboratório, como níveis de hormônios
ou células sanguíneas. Paralelamente, novas técnicas genéticas
moleculares usadas na pesquisa clínica identificaram anormalidades
genéticas causando baixa estatura, muitas das quais ocorrem em
genes envolvidos, não no eixo GH-IGF-I, mas em outras vias, muitas
vezes locais, necessárias para a placa de crescimento normal
função.
Juntos, a biologia básica e estudos genéticos clínicos têm
sinergicamente expandido nossa visão da fisiologia do crescimento
infantil e fisiopatologia. Há evidências de que cada um desses
fatores endócrinos regulam o crescimento em parte por uma ação
direta sobre a placa de crescimento. Por exemplo, a infusão de
dexametasona, um glicocorticóide sintético, diretamente na placa
de crescimento provoca a desaceleração local do crescimento
naquela placa de crescimento e a adição de dexametasona ao meio
de cultura retarda o crescimento de ossos metatarsais fetais
cultivados.
5. Clinicamente, o tratamento com GH pode compensar parcialmente
uma dose baixa de glicocorticóide, melhorando o crescimento linear,
mas tem pouco efeito em altas concentrações de glicocorticóides,
principalmente os sintéticos. Da mesma forma, há evidências de
efeitos diretos do hormônio tireoidiano e corticóides. A repetição
desse fato, há evidências de efeitos diretos do hormônio tireoidiano,
andrógeno, e estrogênio sem o bloqueio de substâncias da
aromatase pois a aromatase é uma das principais substâncias
relacionadas com andrógenos que antecipam as substâncias
responsáveis por fechamento da placa de crescimento ou epífise
óssea.
6. O estrogênio tem efeitos complexos
sobre a placa de crescimento, não só
alterando a taxa de crescimento, mas
também acelerando a perda de células
progenitoras na zona de repouso e assim
acelerando o programa de
desenvolvimento da senescência da placa
de crescimento, causando a cessação
precoce do crescimento. Em
consequência, a inativação de mutações
no receptor de estrogênio ERα ou na
aromatase, a enzima que converte os
androgênios em estrogênios, fazem com
que o programa de crescimento da
senescência do crescimento progrida
mais lentamente e assim permita um
crescimento linear prolongado além da
adolescência e, estatura alta.
Os inibidores da aromatase produzem efeitos semelhantes e,
portanto, estão sob investigação como um tratamento para baixa
estatura em meninos. Alguns dos estrogênios que modulam o
crescimento fisiologicamente podem ser produzidos localmente por
condrócitos de placas de crescimento que expressam a aromatase e
outras enzimas que metabolizam esteróides. As citoquinas pró-
inflamatórias são produzidas endogenamente pelos condrócitos da
placa de crescimento e podem atuar intrinsecamente para modular
o crescimento ósseo longitudinal.
7. Além disso, a placa de crescimento é direcionada por fatores
extrínsecos incluindo cortisol e citocinas pró-inflamatórias, ambos
induzidos por estresse e inflamação crônica. Algumas destas
citocinas pró-inflamatórias regulam negativamente a função da
placa de crescimento. Há evidências de que o fator de necrose
tumoral-α, a interleucina-1β e a interleucina-6 atuam diretamente
na cartilagem da placa de crescimento para suprimir o crescimento
ósseo.
Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neurocientista-Endócrino
CRM 20611
Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930
COMO SABER MAIS:
1. Citocinas pró-inflamatórias podem estimular o eixo HPA –
8. hipotálamo – pituitária - adrenal; por outro lado, o cortisol diminui a
produção de citocinas e de outros mediadores inflamatórios...
http://tireoidecontrolada.blogspot.com
2. Portanto, é evidente que existe uma disfonia entre o eixo HPA –
hipotálamo – pituitária - adrenal e a resposta inflamatória; isto pode
estar relacionado com o papel das alterações do eixo HPA –
hipotálamo – pituitária - adrenal no desenvolvimento da
obesidade...
http://hipotireoidismosubclinico2.blogspot.com
3. Um estudo recente relatou que um IMC mais elevado foi
associado com diminuição da ação anti-inflamatória dos
glicocorticóides. No entanto, a natureza destas relações permanece
indeterminada...
http://hipotireoidismosubclinico2.blogspot.com
AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO DOS
AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.
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