SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 74
Baixar para ler offline
FACULDADES INTA
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Clínica I
Profº. Francisco Monteiro Loiola Neto
1
 Puericultura
 É o estudo dos cuidados necessários para com o lactante e os
problemas daí oriundos.
 Conjunto de meios que visam assegurar o perfeito
desenvolvimento físico, mental e moral da criança (Aurélio).
 Ocupa-se da infância normal, da promoção da saúde e
prevenção da doença na criança.
 Relaciona a evolução da criança, nos aspectos físicos, sociais e
psíquicos, com o ambiente onde ela está inserida e com o
comportamento das pessoas que lhe prestamos cuidados nas
etapas do seu desenvolvimento.
2
 Pediatria: estudo das doenças da criança. Não se
trata de “Medicina Legal” aplicada á infância, já que
esta apresenta certas patologias específicas.
 Recém Nascido: corresponde á criança do nascimento
ao 28º dia de vida.
 Lactente: do 29º dia até completar 01 ano.
3
 1ª infância: do 1º ano até a fase escolar.
 2ª infância: vai até a puberdade.
 Puberdade: corresponde ao inicio da adolescência.
4
5
 Do latim Ne (o) : Novo
 Nat (o) : Nascimento
 Logia : Estudo
 É o ramo da pediatria que se ocupa das crianças desde o
nascimento até 28º dia, quando deixam de ser recém nascido e
passa a ser lactente.
6
 Considera-se o médico francês Pierre Budin como
sendo o pai da neonatologia. Ele foi o primeiro a
escrever um livro (1892) sobre lactentes nascidos
de partos prematuros e classificou as crianças em
pequenas e grandes para a idade gestacional.
 Em 1914, os Drs Julius Hess e Evelyn Lundeen
implantaram unidades de cuidados para recém-
nascidos prematuros no Hospital Michael Reese em
Chicago. 7
 Em 1953 a Dra Virgínia Apgar divulgou no meio científico sua
escala para avaliação do grau de asfixia neonatal.
 Em 1960, o médico Alexander Schaffer usou o termo
Neonatologia pela primeira vez.
 Na década de 1960 os monitores eletrônicos começaram a
ser utilizados, as medidas de gasometrias arteriais se
tornaram possíveis, e os antibióticos apropriados para tratar
a sepse neonatal foram disponibilizados.
 Em 1967, o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia
reconheceu a necessidade do trabalho conjunto de Obstetras 8
 Desde 1970 se têm noções mais
detalhadas com relação à nutrição –
alimentação por sondas e alimentação
parenteral.
 Mais recentemente, muitos progressos
houveram com relação à Ventilação
Pulmonar Mecânica e o uso do
Surfactante exógeno, tudo propiciando
melhor sobrevida aos pequenos
prematuros. 9
 Na instalação de uma unidade de atendimento ao
RN e gestante tem sido utilizado o modelo de
"Sistema de Regionais Integrado e Hierarquizado".
 Nível de maternidades, o sistema prevê três níveis
(I, II e III) com um adequado sistema de referência e
contra-referência entre eles.
10
 PRIMÁRIOPRIMÁRIO: será feito o acompanhamento de
gestante e Recém-Nascido (RN) de baixo risco,
identificando e encaminhado os casos de maior risco
para os próximos níveis, para melhor assistência.
 SECUNDÁRIOSECUNDÁRIO: acompanhará gestantes e RN de
baixo e médio risco, selecionando e encaminhado
casos de maior risco para os Centros mais
habilitados para o seu atendimento.
 TERCIÁRIOTERCIÁRIO: destinado ao atendimento de gestantes 11
 Incubadora: mantém a temperatura e isola o RN.
Possui controlador de temperatura.
 Monitor de freqüência cardíaca: fornece os
batimentos cardíacos, dispara alarme quando ocorre
alguma alteração nos batimentos do RN.
 Monitores de pressão: fornecem o nível
pressórico do RN. 12
 Monitor de freqüência respiratória: indica
quantas respirações por minuto o RN apresenta.
 Oxímetro: indica qual a concentração de oxigênio
através de um sensor na pele do RN.
 Bomba de Infusão: usada para manter um fluxo
contínuo de líquido, evitando variações súbitas do
volume sangüíneo e da glicemia.
 Unidade de fototerapia: usada quando o RN13
14
 Equipe Médica
 Equipe de Enfermagem
 A Equipe de Enfermagem da Unidade de
Neonatologia deverá permanecer sob a supervisão
constante de uma enfermeira com treinamento
específico em neonatologia. Todo pessoal auxiliar
deve ser submetido a treinamento prévio e
mantido em atualização constante e fixo no setor.
 Assistente Social;
 Fonoaudiólogo;
 Nutricionista;
 Psicólogo;
15
 Higiene Corporal
 Cuidado com coto umbilical
 Verificação do peso e sinais vitais
 Alimentação e hidratação
 Observação das eliminações e orientações aos pais
16
 Isolamento
 Complicações do trato gastrointestinais e do
tegumento
 Prematuridade
 Infecções e síndromes respiratórios
17
 Cuidados relacionados ao ambiente do berçário;
 Materiais , equipamentos e pessoal.
18
 O Conhecimento da alguns dados fisiológicos
básicos é indispensável para a compreensão da
patologia do recém nascido e do lactente normais.
19
Medidas
20
 Ao nascimento, encontra-se por volta de 3.200g, sendo a
média mais elevada entre meninas (3.300g) do que entre os
meninos (3.100g), sem que haja explicação válida para isso.
 O bebê poderá perder, fisiologicamente, até 10% do seu peso
até o 5º dia.
 O ganho de peso em média e de 700g por mês até o 5º mês.
 Após o 5º mês se lentifica: Ganha em média 500g/mês.
Triplicando até aos 12 meses.
 OBS. O ganho de peso está relacionado com a alimentação
do bebê.
21
 Quanto ao peso
 Quanto a Idade Gestacional
22
 PIG- Pequeno para
idade gestacional
(abaixo do percentil 10)
 AIG- Adequado para
Idade gestacional (entre
o percentil 10 e 90)
 GIG- Grande para Idade
Gestacional(acima do
percentil 90). 23
 Pré termo: nascidos vivos , 24ª a 36
semanas e 6 dias, antes da 37ª semana;
 Termo: nascidos vivos entre 37ª e
41ªsemana e 6 dias de gestação;
 Pós termo: nascidos vivos a partir da 42ª
semanas ou mais.
24
25
Exemplo :
RN, 31 semanas e 4 dias, peso
1610g, 45 cm.
Conclusão: RN, AIG
 Apresenta um comprimento médio de 50 cm (48 a 52 cm.).
 Nos 03 primeiros meses o crescimento é de 3 a 4 cm;
 Nos meses seguinte é de 1 a 2 cm;
 No primeiro ano- 75cm.
 Aos 04 anos -1m.
26
 Ao nascimento, é igual ao perímetro torácico: 35 a 36 cm.
 Nos 3 primeiros meses -2cm por mês (regular ou esporádico);
 Após o primeiro trimestre- 1cm por mês.
 Aos doze meses o PC, tem um aumento de 12 cm.
 OBS. PC com crescimento rápido: Hidrocefalia
PC com crescimento lento: Microcefalia.
27
 O exame do crânio permite observar alguns pontos de
referência: Fontanelas e Suturas;
 As suturas, examinadas com as pontas dos dedos, são
irregulares, reconhecendo-se habitualmente as que separam os
ossos frontais dos parietais por um lado, e os occipitais dos
parietais por outro.
28
29
 São espaços livres entre as suturas:
 A Fontanela Anterior, levemente losangular, de grande eixo
sagital, chamada bregmática;
 Tem seu eixo maior medindo 1 cm ao nascimento,
aumentando nos dois a três meses seguintes devido ao
cavalgamento ósseo ocorrido nos primeiros dias.
 Diminui, a seguir, progressivamente até fechar, primeiro
cartilaginosa, depois ossificada, antes do 18º mês de vida, caso
contrário, deve-se pensar em dois diagnóstico:
 Raquitismo; Hidrocefalia.
30
 A Fontanela apresenta-se geralmente pulsátil,
acompanhando o ritmo cardíaco. Flexível, torna-se
abaulada ao choro.
 O exame sistemático do bebê inclui a palpação das
fontanelas:
 Deprimida, pode indicar desidratação;
 Abaulada ou tensa, sem que o bebê esteja
chorando, meningite ou hipertensão intracraniana,
líquido se acumula na cavidade do crânio.
31
 A Fontanela Posterior, triangular, é chamada lambdóide.
Apresenta-se habitualmente fechada ao nascimento e sempre
antes do 2º mês.
32
(LAMBDÓIDE)
(BREGMÁTICA)
 Ao nascimento a pele encontra-se recoberta pela vernix
caseosa, material gorduroso esbranquiçado proteger e
lubrificar a pele do feto na vida intra-uterina, que logo
desaparece.
 Os ombros e a face dorsal dos membros apresentam-se
recobertos por leve penugem que cai ao final da primeira
semana;
 Desde as primeiras horas de vida a pele apresenta intensa
coloração avermelhada, que só dará lugar á tez definitiva no
final da primeira semana.
33
 Pequenas dilatações capilares : Na pálpebra superior e raiz do
nariz coexistindo com placas idênticas na nuca e raiz dos
cabelos, tais sinais faciais constituem o “nevus flammeus”, que
desaparece entre o 12º e o 18º mês.
34
 Mancha mongólica: Zona azulada na região sacra, de
forma irregular e coloração geralmente uniforme.
Atenua-se com o passar dos anos;
 Hipercoloração dos órgãos genitais externos: Mais
acentuada no saco escrotal do que no pênis. Tal
pigmentação persiste, muitas vezes, na idade adulta.
35
36
 É um anexo exclusivo dos mamíferos que permite a
comunicação entre o embrião e a placenta.
 É um longo cordão constituído por duas artérias e uma veia
além de um material gelatinoso.
 O cordão umbilical pode chegar a 60 cm de comprimento, o
que varia de acordo com cada organismo, se for pequeno
demais pode dificultar o parto normal e se for grande demais
pode enrolar no corpo do bebê podendo provocar asfixia e
enforcamento.
37
 Possui duas artérias e uma veia que levam
substâncias que nutrem o organismo do bebê e
ainda garantem sua respiração.
 veia umbilical transporta sangue rico em oxigênio proveniente
da placenta e as artérias carregam sangue pobre em oxigênio.
Então já que os pulmões do feto não estão em funcionamento,
a placenta é que fica responsável em fazer o papel deles

38
 O sangue presente no cordão umbilical possui a
mesma potencialidade do sangue encontrado na
medula óssea, pois é rico em células-tronco
maduras que são eficazes no tratamento de
doenças como leucemia.
39
 OBS. A constatação da presença de uma só artéria impõe a
urografia intravenosa, em geral aos seis meses, para pesquisar
uma malformação urológica, sendo mais freqüente uma
agenesia renal unilateral.
40
 Ao nascimento, a temperatura do bebê apresenta-se idêntica á
materna +/- 0,3°C.
 Cai em alguns instantes, elevando-se a 37°C em 20 a 30 min.
espontaneamente.
 OBS. A persistência de hipotermia resistente aos meios
clássicos de aquecimento (cobertor, incubadora,manta).
41
 As diversas enzimas digestivas existem desde a vida intra-
uterina, porém suas secreções só se tornam ativas em resposta
á ingestão de alimentos;
 A integridade do tubo digestivo é indispensável, devendo se
verificar, ao nascimento:
 Permeabilidade esofagiana;
 Presença do orifício anal.
OBS. Sucção e deglutição constituem atos reflexos
42
 Mistura de células descamativas intestinais, resíduos de
digestão do líquido amniótico, contendo em suspensão células
fetais, sais e pigmentos biliares. Trata-se de líquido muito
viscoso, preto e pegajoso.
 A eliminação do mecônio: ocorre durante a vida intra-
uterina, acumula-se no intestino.
 É eliminado a partir da décima hora de vida, sempre antes do
fim do primeiro dia, indo até o 4º dia.
 Anota-se aspecto, intensidade e viscosidade aparente, horário
da primeira emissão.
43
MECÔNIO
 Ao nascimento, o volume encontra-se em torno de 10 ml. Sua
capacidade aumenta rapidamente, mas, como não é um saco
infinitamente extensível, torna-se indispensável, às vezes,
retirar-se o resíduo gástrico antes de se “gavar” um lactente.
 O estômago esvazia-se 2 horas após a mamada de leite
materno.
 Pode dilatar-se à custa da mamada, ocorrendo então um
abaulamento da região epigástrica.
44
ESTÔMAGO
 PESO(gramas)/100-3=capacidade gástrica
 Ex: 2000g/100-3=20-3=17 cc* de capacidade gástrica.
 *Centímetro cúbico=1 mililitro
45
 O trânsito alimentar no intestino delgado se realiza em duas a
três horas, dependendo do leite utilizado.
 A repleção e progressão dos alimentos podem ser observadas,
sob a pele, nas crianças emagrecidas com a parede muscular
hipotônica.
46
INTESTINO DELGADO
 É percorrido em 4 horas se a mamada for de leite materno, e em
12 horas, se de leite de vaca.
 Tal diferença se repercute nas evacuações:
IV.A cada mamada, no aleitamento materno,
V. Duas por dia, no aleitamento artificial.
47
CÓLON
 Apresenta um papel quase que exclusivamente
hematopoiético, no feto. As outras funções encontra-se
imaturas no recém-nascido, principalmente:
III.A função de coagulação: verifica-se uma hipoprotrombinemia
transitória associada a hipoproconvertinemia (deficiência do
fator VII) e hipoproacelerinemia(fator acessório na ativação
da protrombina).
48
FÍGADO
 Tal baixa dos fatores de coagulação associada ao
déficit de vitamina K (assepsia do meio intestinal
neonatal), pode ser responsável por uma síndrome
hemorrágica digestiva neonatal, surgindo no segundo
ao terceiro dias de vida quando os fatores se
apresentam mínimos, antes da elevação espontânea
no quarto - sexto dias.
49
II. A função de glicuroconjugação inicia-se entre o segundo e/ou
terceiro dias de vida. Esta imaturidade, associada ao afluxo
de pigmentos biliares devido ao desaparecimento da
poliglobulia neonatal e da HbF, torna-se parcialmente
responsável pela icterícia fisiológica, nunca presente ao
nascimento, surgindo após 36 a 48 horas e desaparecendo
antes do 15° dia.
50
 Ao nascimento apresentam-se pouco ativas, atingindo o pleno
funcionamento no 2º mês de vida: nesta época, a criança
excesso de saliva.
51
GLÂNDULAS SALIVARES
 Ao nascimento, o volume renal apresenta-se comparável ao dos
adultos, apenas um pouco maior, e de altura inferior a três
vértebras lombares.
 Funcionalmente imaturo, só atinge plena função no terceiro mês
de vida.
 Entretanto, ocorre produção de urina desde a vida intra-uterina,
sendo lançada no líquido amniótico.
 A primeira micção ocorre nas primeiras 12 horas de vida, sempre
antes da 36ª hora.
 Deve-se verificar, nos meninos, micção de jato, e não por
regurgitamento ou gota a gota.
 As primeiras urinas apresentam-se claras e pouco abundantes.
52
 É o órgão mais imaturo ao nascimento. O exame
neurológico nesta idade permite observar-se:
II. Reflexos arcaicos,
III.Tônus postural,
IV.Reflexos clássicos.
53
 Numerosos, exploram por um lado a integridade do
sistema nervoso e, por outro, a maturação neuromotora
do lactente.
 O desaparecimento ou diminuição destes reflexos em
geral demonstra sofrimento do sistema nervoso,
exigindo repetidas avaliações com a criança acordada.
54
REFLEXOS ARCAICOS
 Inclui diversos métodos de avaliação: ruído forte, palmada
sobre a superfície da mesa de exame ou à maneira clássica: o
bebê, seguro pelos punhos, tem a cabeça levantada alguns
centímetros da mesa de exame, sendo então solto – o reflexo
ocorre:
a) 1° tempo: extensão e abdução dos braços:
o Costas em extensão;
o Joelhos se estendem e se tocam;
o Pés em extensão e rotação interna;
o Artelhos fletidos.
55
REFLEXO DE MORO
b) 2° tempo: os braços se aproximam (abraço).
o Pés voltam à posição de flexão;
o Cabeça fletida;
o Choro.
 O reflexo de Moro está presente no bebê normal desde o
nascimento. Desaparece no terceiro ou quarto mês, e sua
persistência é em geral patológica.
 O Moro constitui causa de inquietude materna: o bebê
sobressalta-se ao menor ruído... É, na realidade, um Moro.
56
 O bebê é mantido na vertical, com as plantas dos pés sobre a
superfície e ligeiramente inclinado para a frente. Observa-se
então retificação progressiva dos diversos segmentos dos
membros inferiores.
 Propulsionando o bebê levemente para a frente, verifica-se o
aparecimento do reflexo da marcha automática.
 Tais reflexos, assim com o Moro, desaparecem entre 2 a 4
meses.
57
REFLEXO DE RETIFICAÇÃO
CORPORAL
 Grasping, se verifica nos membros inferior e superior, onde se
apresenta mais nítido.
 Estimula-se a palma do recém nascido com o dedo ou lápis. O
bebê agarra-se aí, podendo ter os ombros suspensos da cama,
ou até mesmo todo o corpo.
 Tal reflexo desaparece no 2º mês.
58
REFLEXO DE PRESSÃO
 Consiste em um reflexo fundamental do recém-nascido: surge
no 7º mês de vida fetal.
 A estimulação dos lábios desencadeia protrusão, seguida de
movimentos rítmicos de sucção.
 Associa-se o reflexo dos pontos cardiais: estimulando-se o
lábio superior, inferior ou bochechas, ocorrem torção da
cabeça no sentido do estímulo, abertura da boca e movimentos
de sucção.
59
REFLEXO DA SUCÇÃO
 Não constitui verdadeiro reflexo arcaico, já que surge apenas
na 7ª semana de vida.
 O lactente, colocado na mão do examinador em decúbito
ventral, retifica a cabeça, as costas se curvam e as pernas se
estendem.
60
REFLEXO DE LANDAU
 Coloca em evidência a diferença entre a cabeça hipotônica e
os membros hipertônicos.
 Hipotonia da cabeça: o bebê suspenso da cama apresenta a
cabeça oscilante, para trás (ou para a frente, se em decúbito
ventral), até o final do 1º mês.
 Hipotonia dos membros, sobretudo flexores, é responsável
pela atitude “em rã” dos bebês – membros superiores fletidos
sobre os ombros, punhos fechados repousando de cada lado da
cabeça.
 As coxas apresentam-se fletidas sobre a bacia e as pernas
sobre as coxas, com discreta rotação externa.
61
TÔNUS POSTURAL
 A medida do ângulo poplíteo permite observar-se tal
hipertonia: o bebê é posto em decúbito dorsal; flete-se ao
máximo a coxa sobre a bacia, estendendo-se depois a perna
sobre a coxa; medindo-se o ângulo assim formado, verifica-se
80° a 90° do nascimento aos dois meses, atingindo 180° aos
dois anos.
 A prova calcanhar-nádega indica que tal hipertonia
predomina nos flexores. Coloca-se o bebê em decúbito
ventral, mantendo-se as coxas no sentido do corpo; fletindo-se
a perna sobre a coxa observa-se que o calcanhar toca as
nádegas até os três meses.
62
 Os reflexos clássicos. Apesar de difícil avaliação nesta idade,
não devem ser negligenciados.
 Os reflexos osteotendinosos. Apresentam-se simétricos,
porém exagerados, bruscos e difusos.
 O reflexo aquileu pode aparecer apenas ao primeiro ano de
idade.
 O reflexo cutaneoplantar. Discutível nesta idade, pois ainda
não houve mielinização da via piramidal. Ocorre em extensão,
não correspondendo ao sinal de Babinski.
63
 Os reflexos pupilares. O fotomotor existe desde o
nascimento, não constituindo sinal de integridade da visão.
 O reflexo coleopalpebral (fechamento os olhos em caso de
ruído) está presente desde o nascimento. Supõe integridade ao
menos parcial da via auditiva.
 Por fim, o sistema nervoso, enquanto órgão de relação
intelectual, apresenta-se ainda mais imaturo.
64
65
PATOLOGIA
NEONATAL
66
 É um quadro de sofrimento neonatal mas pode ter diversas
etiologias;
 É necessário reconhecê-la de imediato, tratá-la, ou melhor,
prevení-la.
67
 No momento do nascimento, índice APGAR é útil como
parâmetro para avaliar as condições do recém-nascido e
orientar nas medidas a serem tomadas quando necessárias.
 As notas obtidas nos primeiro e quinto minutos são registradas
no “Cartão da Criança” e nos permitem identificar
posteriormente as condições de nascimento desta criança (se
ela nasceu sem asfixia ou com asfixia leve, moderada ou
grave).
 Quando o bebê nasce, iniciamos a contagem do tempo e
avaliamos o índice de Apgar no primeiro e no quinto minutos
de vida da criança.
68
 Elaborada por Viginia Apgar(1953), avalia
vitalidade e o grau de asfixia do recém
nascido:
II. Freqüência cardíaca
III.Esforço respiratório
IV.Tônus muscular
V.Irritabilidade reflexa
VI.Cor da pele
69
Tabela para cálculo do índice
Pontos 0 1 2
Freqüência cardíaca Ausente <100/min >100/min
Respiração Ausente Irregular ou
superficial,choro
fraco
Respiração irregular/
choro vigoroso
Tônus muscular Flácido Alguma flexão de
pernas e braços
Movimento
ativo/Boa flexão
Irritabilidade reflexa Ausente Careta Choro/Espirro
Cor Palidez ou cianose Corpo
róseo/acrocianose
Completamente
Róseo
70
 0 A 3:Asfixia grave (anoxiado grave)
 4 a 6:Asfixia moderada(Anoxiado moderado)
 7 a 10:Boa vitalidade, boa adaptação à vida
extra-uterina.
 Obs:
 Sinal mais importante:Batimento Cardíaco.
 Sinal menos relevante:cor da pele.
71
 Novos sintomas podem surgir:
3. Modificação do choro;
4. Instalação de irregularidade no ritmo respiratório;
5. Aparecimento de tiragem;
6. Aparecimento de sinais extra respiratórios: Crise convulsivas,
Tremores, Irregularidade térmica.
Mas uma vez, o exame clínico permitirá descobrir os índices
numéricos de gravidade. O índice de Silverman é o mais
utilizado.
72
NOTAS O 1 2
Expansão de metade
superior do tórax
Boa sincronia
abdominal
Respiração
difícil,mas
sincronizada
Balanceamento
diafragmático
Tiragem intercostal 0 Discreta Acentuada
Afunilamento
xifoideano
0 Discreta Acentuada
Batimento de asa do
nariz
0 Discreta Acentuada
Gemido 0 Audível ao
estetoscópio
Audível sem
necessidade de
estetoscópio
73
74

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Exame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoExame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoEnayad
 
Aula 2 conceitos e definições
Aula 2 conceitos e definições Aula 2 conceitos e definições
Aula 2 conceitos e definições Viviane da Silva
 
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana PaulaAtenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana PaulaProf Ana Paula Gonçalves
 
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - NascidoManual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascidoblogped1
 
Alterações físicas da gravidez
Alterações físicas da gravidezAlterações físicas da gravidez
Alterações físicas da gravidezmarianagusmao39
 
Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)
Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)
Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)flaviobrendon
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemjusantos_
 
A história da Neonatologia
A história da NeonatologiaA história da Neonatologia
A história da NeonatologiaAG CURSOS
 
Aula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetal
Aula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetalAula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetal
Aula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetalGustavo Henrique
 
Alterações fisiológicas da gravidez curso de pré-natal - jean mendes
Alterações fisiológicas da gravidez   curso de pré-natal - jean mendesAlterações fisiológicas da gravidez   curso de pré-natal - jean mendes
Alterações fisiológicas da gravidez curso de pré-natal - jean mendesdrjeanmendes
 
Fecundação, Gravidez e Parto
Fecundação, Gravidez e PartoFecundação, Gravidez e Parto
Fecundação, Gravidez e PartoElio Rocha
 
Aula 13 -_crescimento_e_desenvolvimento
Aula 13 -_crescimento_e_desenvolvimentoAula 13 -_crescimento_e_desenvolvimento
Aula 13 -_crescimento_e_desenvolvimentoGustavo Henrique
 
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)Neto Pontes
 
8 ano: Desenvolvimento e maturidade
8 ano: Desenvolvimento e maturidade8 ano: Desenvolvimento e maturidade
8 ano: Desenvolvimento e maturidadeSarah Lemes
 

Mais procurados (20)

Exame do Recém-Nascido
Exame do Recém-NascidoExame do Recém-Nascido
Exame do Recém-Nascido
 
Apostila puerperio
Apostila puerperioApostila puerperio
Apostila puerperio
 
Neonatologia
NeonatologiaNeonatologia
Neonatologia
 
Aula 2 conceitos e definições
Aula 2 conceitos e definições Aula 2 conceitos e definições
Aula 2 conceitos e definições
 
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana PaulaAtenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
 
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - NascidoManual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido
Manual de Alterações Fisiológicas do Recém - Nascido
 
Alterações físicas da gravidez
Alterações físicas da gravidezAlterações físicas da gravidez
Alterações físicas da gravidez
 
Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)
Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)
Seminaria de pisicologia ( metodo mae canguru)
 
Alojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagemAlojamento conjunto e enfermagem
Alojamento conjunto e enfermagem
 
A história da Neonatologia
A história da NeonatologiaA história da Neonatologia
A história da Neonatologia
 
Alterações do corpo da mulher durante a gestação
Alterações do corpo da mulher durante a gestaçãoAlterações do corpo da mulher durante a gestação
Alterações do corpo da mulher durante a gestação
 
Puerpério
PuerpérioPuerpério
Puerpério
 
Aula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetal
Aula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetalAula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetal
Aula 5 -_pelve_ossea__estatica_fetal
 
Alterações fisiológicas da gravidez curso de pré-natal - jean mendes
Alterações fisiológicas da gravidez   curso de pré-natal - jean mendesAlterações fisiológicas da gravidez   curso de pré-natal - jean mendes
Alterações fisiológicas da gravidez curso de pré-natal - jean mendes
 
Fecundação, Gravidez e Parto
Fecundação, Gravidez e PartoFecundação, Gravidez e Parto
Fecundação, Gravidez e Parto
 
Aula 13 -_crescimento_e_desenvolvimento
Aula 13 -_crescimento_e_desenvolvimentoAula 13 -_crescimento_e_desenvolvimento
Aula 13 -_crescimento_e_desenvolvimento
 
Alojamento conjunto indicações e vantagens
Alojamento conjunto indicações e vantagensAlojamento conjunto indicações e vantagens
Alojamento conjunto indicações e vantagens
 
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
 
Cuidado ao Recém-nascido no Parto e Nascimento
Cuidado ao Recém-nascido no Parto e NascimentoCuidado ao Recém-nascido no Parto e Nascimento
Cuidado ao Recém-nascido no Parto e Nascimento
 
8 ano: Desenvolvimento e maturidade
8 ano: Desenvolvimento e maturidade8 ano: Desenvolvimento e maturidade
8 ano: Desenvolvimento e maturidade
 

Semelhante a Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02

Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAmanda Corrêa
 
Manual de neonatologia
Manual de neonatologiaManual de neonatologia
Manual de neonatologiaBruno Rezende
 
Caderno de obstetricia digitado
Caderno de obstetricia digitadoCaderno de obstetricia digitado
Caderno de obstetricia digitadoRafaela Rezende
 
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptxAula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptxIgrejaBblica1
 
Gestação Normal - Noturno - enfermagem.ppt
Gestação Normal - Noturno - enfermagem.pptGestação Normal - Noturno - enfermagem.ppt
Gestação Normal - Noturno - enfermagem.pptWerbertCosta1
 
ASSISTÊNCIA AO RN.pptx
ASSISTÊNCIA AO RN.pptxASSISTÊNCIA AO RN.pptx
ASSISTÊNCIA AO RN.pptxNatasha Louise
 
materno infantil II mecanismo do parto.pptx
materno infantil II mecanismo do parto.pptxmaterno infantil II mecanismo do parto.pptx
materno infantil II mecanismo do parto.pptxLuanMiguelCosta
 
Saúde da Criança - 10.07 campinas.pptx
Saúde da Criança - 10.07 campinas.pptxSaúde da Criança - 10.07 campinas.pptx
Saúde da Criança - 10.07 campinas.pptxgizaraposo
 
0416 emergências obstétricas - Marion
0416 emergências obstétricas - Marion0416 emergências obstétricas - Marion
0416 emergências obstétricas - Marionlaiscarlini
 
merg_obstetricas.pdf
merg_obstetricas.pdfmerg_obstetricas.pdf
merg_obstetricas.pdfKauaneStanley
 
_19_emerg_obstetricas.pdf
_19_emerg_obstetricas.pdf_19_emerg_obstetricas.pdf
_19_emerg_obstetricas.pdfKauaneStanley
 
Semiologia 14 neonatologia - semiologia do recém-nascido pdf
Semiologia 14   neonatologia - semiologia do recém-nascido pdfSemiologia 14   neonatologia - semiologia do recém-nascido pdf
Semiologia 14 neonatologia - semiologia do recém-nascido pdfJucie Vasconcelos
 
Cuidados imediatos ao rn
Cuidados imediatos ao rnCuidados imediatos ao rn
Cuidados imediatos ao rnAlvaro Felipe
 
ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTEENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTEpamelacastro71
 
Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013Antonio Souto
 
UFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptx
UFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptxUFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptx
UFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptxFranciscoAntunes41
 

Semelhante a Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02 (20)

ADOLESCENTE - AULA
ADOLESCENTE - AULA ADOLESCENTE - AULA
ADOLESCENTE - AULA
 
Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologia
 
Manual de neonatologia
Manual de neonatologiaManual de neonatologia
Manual de neonatologia
 
Manual de neonatologia
Manual de neonatologiaManual de neonatologia
Manual de neonatologia
 
Caderno de obstetricia digitado
Caderno de obstetricia digitadoCaderno de obstetricia digitado
Caderno de obstetricia digitado
 
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptxAula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
 
Gestação Normal - Noturno - enfermagem.ppt
Gestação Normal - Noturno - enfermagem.pptGestação Normal - Noturno - enfermagem.ppt
Gestação Normal - Noturno - enfermagem.ppt
 
Gestação Normal.ppt
Gestação Normal.pptGestação Normal.ppt
Gestação Normal.ppt
 
ASSISTÊNCIA AO RN.pptx
ASSISTÊNCIA AO RN.pptxASSISTÊNCIA AO RN.pptx
ASSISTÊNCIA AO RN.pptx
 
materno infantil II mecanismo do parto.pptx
materno infantil II mecanismo do parto.pptxmaterno infantil II mecanismo do parto.pptx
materno infantil II mecanismo do parto.pptx
 
Saúde da Criança - 10.07 campinas.pptx
Saúde da Criança - 10.07 campinas.pptxSaúde da Criança - 10.07 campinas.pptx
Saúde da Criança - 10.07 campinas.pptx
 
0416 emergências obstétricas - Marion
0416 emergências obstétricas - Marion0416 emergências obstétricas - Marion
0416 emergências obstétricas - Marion
 
merg_obstetricas.pdf
merg_obstetricas.pdfmerg_obstetricas.pdf
merg_obstetricas.pdf
 
_19_emerg_obstetricas.pdf
_19_emerg_obstetricas.pdf_19_emerg_obstetricas.pdf
_19_emerg_obstetricas.pdf
 
Puerpério
PuerpérioPuerpério
Puerpério
 
Semiologia 14 neonatologia - semiologia do recém-nascido pdf
Semiologia 14   neonatologia - semiologia do recém-nascido pdfSemiologia 14   neonatologia - semiologia do recém-nascido pdf
Semiologia 14 neonatologia - semiologia do recém-nascido pdf
 
Cuidados imediatos ao rn
Cuidados imediatos ao rnCuidados imediatos ao rn
Cuidados imediatos ao rn
 
ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTEENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
 
Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013Suporte básico de vida em pediatria 2013
Suporte básico de vida em pediatria 2013
 
UFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptx
UFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptxUFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptx
UFCD 6578 - cuidados-na-saude-materna.pptx
 

Último

Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 

Último (12)

Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 

Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02

  • 1. FACULDADES INTA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Clínica I Profº. Francisco Monteiro Loiola Neto 1
  • 2.  Puericultura  É o estudo dos cuidados necessários para com o lactante e os problemas daí oriundos.  Conjunto de meios que visam assegurar o perfeito desenvolvimento físico, mental e moral da criança (Aurélio).  Ocupa-se da infância normal, da promoção da saúde e prevenção da doença na criança.  Relaciona a evolução da criança, nos aspectos físicos, sociais e psíquicos, com o ambiente onde ela está inserida e com o comportamento das pessoas que lhe prestamos cuidados nas etapas do seu desenvolvimento. 2
  • 3.  Pediatria: estudo das doenças da criança. Não se trata de “Medicina Legal” aplicada á infância, já que esta apresenta certas patologias específicas.  Recém Nascido: corresponde á criança do nascimento ao 28º dia de vida.  Lactente: do 29º dia até completar 01 ano. 3
  • 4.  1ª infância: do 1º ano até a fase escolar.  2ª infância: vai até a puberdade.  Puberdade: corresponde ao inicio da adolescência. 4
  • 5. 5
  • 6.  Do latim Ne (o) : Novo  Nat (o) : Nascimento  Logia : Estudo  É o ramo da pediatria que se ocupa das crianças desde o nascimento até 28º dia, quando deixam de ser recém nascido e passa a ser lactente. 6
  • 7.  Considera-se o médico francês Pierre Budin como sendo o pai da neonatologia. Ele foi o primeiro a escrever um livro (1892) sobre lactentes nascidos de partos prematuros e classificou as crianças em pequenas e grandes para a idade gestacional.  Em 1914, os Drs Julius Hess e Evelyn Lundeen implantaram unidades de cuidados para recém- nascidos prematuros no Hospital Michael Reese em Chicago. 7
  • 8.  Em 1953 a Dra Virgínia Apgar divulgou no meio científico sua escala para avaliação do grau de asfixia neonatal.  Em 1960, o médico Alexander Schaffer usou o termo Neonatologia pela primeira vez.  Na década de 1960 os monitores eletrônicos começaram a ser utilizados, as medidas de gasometrias arteriais se tornaram possíveis, e os antibióticos apropriados para tratar a sepse neonatal foram disponibilizados.  Em 1967, o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia reconheceu a necessidade do trabalho conjunto de Obstetras 8
  • 9.  Desde 1970 se têm noções mais detalhadas com relação à nutrição – alimentação por sondas e alimentação parenteral.  Mais recentemente, muitos progressos houveram com relação à Ventilação Pulmonar Mecânica e o uso do Surfactante exógeno, tudo propiciando melhor sobrevida aos pequenos prematuros. 9
  • 10.  Na instalação de uma unidade de atendimento ao RN e gestante tem sido utilizado o modelo de "Sistema de Regionais Integrado e Hierarquizado".  Nível de maternidades, o sistema prevê três níveis (I, II e III) com um adequado sistema de referência e contra-referência entre eles. 10
  • 11.  PRIMÁRIOPRIMÁRIO: será feito o acompanhamento de gestante e Recém-Nascido (RN) de baixo risco, identificando e encaminhado os casos de maior risco para os próximos níveis, para melhor assistência.  SECUNDÁRIOSECUNDÁRIO: acompanhará gestantes e RN de baixo e médio risco, selecionando e encaminhado casos de maior risco para os Centros mais habilitados para o seu atendimento.  TERCIÁRIOTERCIÁRIO: destinado ao atendimento de gestantes 11
  • 12.  Incubadora: mantém a temperatura e isola o RN. Possui controlador de temperatura.  Monitor de freqüência cardíaca: fornece os batimentos cardíacos, dispara alarme quando ocorre alguma alteração nos batimentos do RN.  Monitores de pressão: fornecem o nível pressórico do RN. 12
  • 13.  Monitor de freqüência respiratória: indica quantas respirações por minuto o RN apresenta.  Oxímetro: indica qual a concentração de oxigênio através de um sensor na pele do RN.  Bomba de Infusão: usada para manter um fluxo contínuo de líquido, evitando variações súbitas do volume sangüíneo e da glicemia.  Unidade de fototerapia: usada quando o RN13
  • 14. 14
  • 15.  Equipe Médica  Equipe de Enfermagem  A Equipe de Enfermagem da Unidade de Neonatologia deverá permanecer sob a supervisão constante de uma enfermeira com treinamento específico em neonatologia. Todo pessoal auxiliar deve ser submetido a treinamento prévio e mantido em atualização constante e fixo no setor.  Assistente Social;  Fonoaudiólogo;  Nutricionista;  Psicólogo; 15
  • 16.  Higiene Corporal  Cuidado com coto umbilical  Verificação do peso e sinais vitais  Alimentação e hidratação  Observação das eliminações e orientações aos pais 16
  • 17.  Isolamento  Complicações do trato gastrointestinais e do tegumento  Prematuridade  Infecções e síndromes respiratórios 17
  • 18.  Cuidados relacionados ao ambiente do berçário;  Materiais , equipamentos e pessoal. 18
  • 19.  O Conhecimento da alguns dados fisiológicos básicos é indispensável para a compreensão da patologia do recém nascido e do lactente normais. 19
  • 21.  Ao nascimento, encontra-se por volta de 3.200g, sendo a média mais elevada entre meninas (3.300g) do que entre os meninos (3.100g), sem que haja explicação válida para isso.  O bebê poderá perder, fisiologicamente, até 10% do seu peso até o 5º dia.  O ganho de peso em média e de 700g por mês até o 5º mês.  Após o 5º mês se lentifica: Ganha em média 500g/mês. Triplicando até aos 12 meses.  OBS. O ganho de peso está relacionado com a alimentação do bebê. 21
  • 22.  Quanto ao peso  Quanto a Idade Gestacional 22
  • 23.  PIG- Pequeno para idade gestacional (abaixo do percentil 10)  AIG- Adequado para Idade gestacional (entre o percentil 10 e 90)  GIG- Grande para Idade Gestacional(acima do percentil 90). 23
  • 24.  Pré termo: nascidos vivos , 24ª a 36 semanas e 6 dias, antes da 37ª semana;  Termo: nascidos vivos entre 37ª e 41ªsemana e 6 dias de gestação;  Pós termo: nascidos vivos a partir da 42ª semanas ou mais. 24
  • 25. 25 Exemplo : RN, 31 semanas e 4 dias, peso 1610g, 45 cm. Conclusão: RN, AIG
  • 26.  Apresenta um comprimento médio de 50 cm (48 a 52 cm.).  Nos 03 primeiros meses o crescimento é de 3 a 4 cm;  Nos meses seguinte é de 1 a 2 cm;  No primeiro ano- 75cm.  Aos 04 anos -1m. 26
  • 27.  Ao nascimento, é igual ao perímetro torácico: 35 a 36 cm.  Nos 3 primeiros meses -2cm por mês (regular ou esporádico);  Após o primeiro trimestre- 1cm por mês.  Aos doze meses o PC, tem um aumento de 12 cm.  OBS. PC com crescimento rápido: Hidrocefalia PC com crescimento lento: Microcefalia. 27
  • 28.  O exame do crânio permite observar alguns pontos de referência: Fontanelas e Suturas;  As suturas, examinadas com as pontas dos dedos, são irregulares, reconhecendo-se habitualmente as que separam os ossos frontais dos parietais por um lado, e os occipitais dos parietais por outro. 28
  • 29. 29
  • 30.  São espaços livres entre as suturas:  A Fontanela Anterior, levemente losangular, de grande eixo sagital, chamada bregmática;  Tem seu eixo maior medindo 1 cm ao nascimento, aumentando nos dois a três meses seguintes devido ao cavalgamento ósseo ocorrido nos primeiros dias.  Diminui, a seguir, progressivamente até fechar, primeiro cartilaginosa, depois ossificada, antes do 18º mês de vida, caso contrário, deve-se pensar em dois diagnóstico:  Raquitismo; Hidrocefalia. 30
  • 31.  A Fontanela apresenta-se geralmente pulsátil, acompanhando o ritmo cardíaco. Flexível, torna-se abaulada ao choro.  O exame sistemático do bebê inclui a palpação das fontanelas:  Deprimida, pode indicar desidratação;  Abaulada ou tensa, sem que o bebê esteja chorando, meningite ou hipertensão intracraniana, líquido se acumula na cavidade do crânio. 31
  • 32.  A Fontanela Posterior, triangular, é chamada lambdóide. Apresenta-se habitualmente fechada ao nascimento e sempre antes do 2º mês. 32 (LAMBDÓIDE) (BREGMÁTICA)
  • 33.  Ao nascimento a pele encontra-se recoberta pela vernix caseosa, material gorduroso esbranquiçado proteger e lubrificar a pele do feto na vida intra-uterina, que logo desaparece.  Os ombros e a face dorsal dos membros apresentam-se recobertos por leve penugem que cai ao final da primeira semana;  Desde as primeiras horas de vida a pele apresenta intensa coloração avermelhada, que só dará lugar á tez definitiva no final da primeira semana. 33
  • 34.  Pequenas dilatações capilares : Na pálpebra superior e raiz do nariz coexistindo com placas idênticas na nuca e raiz dos cabelos, tais sinais faciais constituem o “nevus flammeus”, que desaparece entre o 12º e o 18º mês. 34
  • 35.  Mancha mongólica: Zona azulada na região sacra, de forma irregular e coloração geralmente uniforme. Atenua-se com o passar dos anos;  Hipercoloração dos órgãos genitais externos: Mais acentuada no saco escrotal do que no pênis. Tal pigmentação persiste, muitas vezes, na idade adulta. 35
  • 36. 36
  • 37.  É um anexo exclusivo dos mamíferos que permite a comunicação entre o embrião e a placenta.  É um longo cordão constituído por duas artérias e uma veia além de um material gelatinoso.  O cordão umbilical pode chegar a 60 cm de comprimento, o que varia de acordo com cada organismo, se for pequeno demais pode dificultar o parto normal e se for grande demais pode enrolar no corpo do bebê podendo provocar asfixia e enforcamento. 37
  • 38.  Possui duas artérias e uma veia que levam substâncias que nutrem o organismo do bebê e ainda garantem sua respiração.  veia umbilical transporta sangue rico em oxigênio proveniente da placenta e as artérias carregam sangue pobre em oxigênio. Então já que os pulmões do feto não estão em funcionamento, a placenta é que fica responsável em fazer o papel deles  38
  • 39.  O sangue presente no cordão umbilical possui a mesma potencialidade do sangue encontrado na medula óssea, pois é rico em células-tronco maduras que são eficazes no tratamento de doenças como leucemia. 39
  • 40.  OBS. A constatação da presença de uma só artéria impõe a urografia intravenosa, em geral aos seis meses, para pesquisar uma malformação urológica, sendo mais freqüente uma agenesia renal unilateral. 40
  • 41.  Ao nascimento, a temperatura do bebê apresenta-se idêntica á materna +/- 0,3°C.  Cai em alguns instantes, elevando-se a 37°C em 20 a 30 min. espontaneamente.  OBS. A persistência de hipotermia resistente aos meios clássicos de aquecimento (cobertor, incubadora,manta). 41
  • 42.  As diversas enzimas digestivas existem desde a vida intra- uterina, porém suas secreções só se tornam ativas em resposta á ingestão de alimentos;  A integridade do tubo digestivo é indispensável, devendo se verificar, ao nascimento:  Permeabilidade esofagiana;  Presença do orifício anal. OBS. Sucção e deglutição constituem atos reflexos 42
  • 43.  Mistura de células descamativas intestinais, resíduos de digestão do líquido amniótico, contendo em suspensão células fetais, sais e pigmentos biliares. Trata-se de líquido muito viscoso, preto e pegajoso.  A eliminação do mecônio: ocorre durante a vida intra- uterina, acumula-se no intestino.  É eliminado a partir da décima hora de vida, sempre antes do fim do primeiro dia, indo até o 4º dia.  Anota-se aspecto, intensidade e viscosidade aparente, horário da primeira emissão. 43 MECÔNIO
  • 44.  Ao nascimento, o volume encontra-se em torno de 10 ml. Sua capacidade aumenta rapidamente, mas, como não é um saco infinitamente extensível, torna-se indispensável, às vezes, retirar-se o resíduo gástrico antes de se “gavar” um lactente.  O estômago esvazia-se 2 horas após a mamada de leite materno.  Pode dilatar-se à custa da mamada, ocorrendo então um abaulamento da região epigástrica. 44 ESTÔMAGO
  • 45.  PESO(gramas)/100-3=capacidade gástrica  Ex: 2000g/100-3=20-3=17 cc* de capacidade gástrica.  *Centímetro cúbico=1 mililitro 45
  • 46.  O trânsito alimentar no intestino delgado se realiza em duas a três horas, dependendo do leite utilizado.  A repleção e progressão dos alimentos podem ser observadas, sob a pele, nas crianças emagrecidas com a parede muscular hipotônica. 46 INTESTINO DELGADO
  • 47.  É percorrido em 4 horas se a mamada for de leite materno, e em 12 horas, se de leite de vaca.  Tal diferença se repercute nas evacuações: IV.A cada mamada, no aleitamento materno, V. Duas por dia, no aleitamento artificial. 47 CÓLON
  • 48.  Apresenta um papel quase que exclusivamente hematopoiético, no feto. As outras funções encontra-se imaturas no recém-nascido, principalmente: III.A função de coagulação: verifica-se uma hipoprotrombinemia transitória associada a hipoproconvertinemia (deficiência do fator VII) e hipoproacelerinemia(fator acessório na ativação da protrombina). 48 FÍGADO
  • 49.  Tal baixa dos fatores de coagulação associada ao déficit de vitamina K (assepsia do meio intestinal neonatal), pode ser responsável por uma síndrome hemorrágica digestiva neonatal, surgindo no segundo ao terceiro dias de vida quando os fatores se apresentam mínimos, antes da elevação espontânea no quarto - sexto dias. 49
  • 50. II. A função de glicuroconjugação inicia-se entre o segundo e/ou terceiro dias de vida. Esta imaturidade, associada ao afluxo de pigmentos biliares devido ao desaparecimento da poliglobulia neonatal e da HbF, torna-se parcialmente responsável pela icterícia fisiológica, nunca presente ao nascimento, surgindo após 36 a 48 horas e desaparecendo antes do 15° dia. 50
  • 51.  Ao nascimento apresentam-se pouco ativas, atingindo o pleno funcionamento no 2º mês de vida: nesta época, a criança excesso de saliva. 51 GLÂNDULAS SALIVARES
  • 52.  Ao nascimento, o volume renal apresenta-se comparável ao dos adultos, apenas um pouco maior, e de altura inferior a três vértebras lombares.  Funcionalmente imaturo, só atinge plena função no terceiro mês de vida.  Entretanto, ocorre produção de urina desde a vida intra-uterina, sendo lançada no líquido amniótico.  A primeira micção ocorre nas primeiras 12 horas de vida, sempre antes da 36ª hora.  Deve-se verificar, nos meninos, micção de jato, e não por regurgitamento ou gota a gota.  As primeiras urinas apresentam-se claras e pouco abundantes. 52
  • 53.  É o órgão mais imaturo ao nascimento. O exame neurológico nesta idade permite observar-se: II. Reflexos arcaicos, III.Tônus postural, IV.Reflexos clássicos. 53
  • 54.  Numerosos, exploram por um lado a integridade do sistema nervoso e, por outro, a maturação neuromotora do lactente.  O desaparecimento ou diminuição destes reflexos em geral demonstra sofrimento do sistema nervoso, exigindo repetidas avaliações com a criança acordada. 54 REFLEXOS ARCAICOS
  • 55.  Inclui diversos métodos de avaliação: ruído forte, palmada sobre a superfície da mesa de exame ou à maneira clássica: o bebê, seguro pelos punhos, tem a cabeça levantada alguns centímetros da mesa de exame, sendo então solto – o reflexo ocorre: a) 1° tempo: extensão e abdução dos braços: o Costas em extensão; o Joelhos se estendem e se tocam; o Pés em extensão e rotação interna; o Artelhos fletidos. 55 REFLEXO DE MORO
  • 56. b) 2° tempo: os braços se aproximam (abraço). o Pés voltam à posição de flexão; o Cabeça fletida; o Choro.  O reflexo de Moro está presente no bebê normal desde o nascimento. Desaparece no terceiro ou quarto mês, e sua persistência é em geral patológica.  O Moro constitui causa de inquietude materna: o bebê sobressalta-se ao menor ruído... É, na realidade, um Moro. 56
  • 57.  O bebê é mantido na vertical, com as plantas dos pés sobre a superfície e ligeiramente inclinado para a frente. Observa-se então retificação progressiva dos diversos segmentos dos membros inferiores.  Propulsionando o bebê levemente para a frente, verifica-se o aparecimento do reflexo da marcha automática.  Tais reflexos, assim com o Moro, desaparecem entre 2 a 4 meses. 57 REFLEXO DE RETIFICAÇÃO CORPORAL
  • 58.  Grasping, se verifica nos membros inferior e superior, onde se apresenta mais nítido.  Estimula-se a palma do recém nascido com o dedo ou lápis. O bebê agarra-se aí, podendo ter os ombros suspensos da cama, ou até mesmo todo o corpo.  Tal reflexo desaparece no 2º mês. 58 REFLEXO DE PRESSÃO
  • 59.  Consiste em um reflexo fundamental do recém-nascido: surge no 7º mês de vida fetal.  A estimulação dos lábios desencadeia protrusão, seguida de movimentos rítmicos de sucção.  Associa-se o reflexo dos pontos cardiais: estimulando-se o lábio superior, inferior ou bochechas, ocorrem torção da cabeça no sentido do estímulo, abertura da boca e movimentos de sucção. 59 REFLEXO DA SUCÇÃO
  • 60.  Não constitui verdadeiro reflexo arcaico, já que surge apenas na 7ª semana de vida.  O lactente, colocado na mão do examinador em decúbito ventral, retifica a cabeça, as costas se curvam e as pernas se estendem. 60 REFLEXO DE LANDAU
  • 61.  Coloca em evidência a diferença entre a cabeça hipotônica e os membros hipertônicos.  Hipotonia da cabeça: o bebê suspenso da cama apresenta a cabeça oscilante, para trás (ou para a frente, se em decúbito ventral), até o final do 1º mês.  Hipotonia dos membros, sobretudo flexores, é responsável pela atitude “em rã” dos bebês – membros superiores fletidos sobre os ombros, punhos fechados repousando de cada lado da cabeça.  As coxas apresentam-se fletidas sobre a bacia e as pernas sobre as coxas, com discreta rotação externa. 61 TÔNUS POSTURAL
  • 62.  A medida do ângulo poplíteo permite observar-se tal hipertonia: o bebê é posto em decúbito dorsal; flete-se ao máximo a coxa sobre a bacia, estendendo-se depois a perna sobre a coxa; medindo-se o ângulo assim formado, verifica-se 80° a 90° do nascimento aos dois meses, atingindo 180° aos dois anos.  A prova calcanhar-nádega indica que tal hipertonia predomina nos flexores. Coloca-se o bebê em decúbito ventral, mantendo-se as coxas no sentido do corpo; fletindo-se a perna sobre a coxa observa-se que o calcanhar toca as nádegas até os três meses. 62
  • 63.  Os reflexos clássicos. Apesar de difícil avaliação nesta idade, não devem ser negligenciados.  Os reflexos osteotendinosos. Apresentam-se simétricos, porém exagerados, bruscos e difusos.  O reflexo aquileu pode aparecer apenas ao primeiro ano de idade.  O reflexo cutaneoplantar. Discutível nesta idade, pois ainda não houve mielinização da via piramidal. Ocorre em extensão, não correspondendo ao sinal de Babinski. 63
  • 64.  Os reflexos pupilares. O fotomotor existe desde o nascimento, não constituindo sinal de integridade da visão.  O reflexo coleopalpebral (fechamento os olhos em caso de ruído) está presente desde o nascimento. Supõe integridade ao menos parcial da via auditiva.  Por fim, o sistema nervoso, enquanto órgão de relação intelectual, apresenta-se ainda mais imaturo. 64
  • 65. 65
  • 67.  É um quadro de sofrimento neonatal mas pode ter diversas etiologias;  É necessário reconhecê-la de imediato, tratá-la, ou melhor, prevení-la. 67
  • 68.  No momento do nascimento, índice APGAR é útil como parâmetro para avaliar as condições do recém-nascido e orientar nas medidas a serem tomadas quando necessárias.  As notas obtidas nos primeiro e quinto minutos são registradas no “Cartão da Criança” e nos permitem identificar posteriormente as condições de nascimento desta criança (se ela nasceu sem asfixia ou com asfixia leve, moderada ou grave).  Quando o bebê nasce, iniciamos a contagem do tempo e avaliamos o índice de Apgar no primeiro e no quinto minutos de vida da criança. 68
  • 69.  Elaborada por Viginia Apgar(1953), avalia vitalidade e o grau de asfixia do recém nascido: II. Freqüência cardíaca III.Esforço respiratório IV.Tônus muscular V.Irritabilidade reflexa VI.Cor da pele 69
  • 70. Tabela para cálculo do índice Pontos 0 1 2 Freqüência cardíaca Ausente <100/min >100/min Respiração Ausente Irregular ou superficial,choro fraco Respiração irregular/ choro vigoroso Tônus muscular Flácido Alguma flexão de pernas e braços Movimento ativo/Boa flexão Irritabilidade reflexa Ausente Careta Choro/Espirro Cor Palidez ou cianose Corpo róseo/acrocianose Completamente Róseo 70
  • 71.  0 A 3:Asfixia grave (anoxiado grave)  4 a 6:Asfixia moderada(Anoxiado moderado)  7 a 10:Boa vitalidade, boa adaptação à vida extra-uterina.  Obs:  Sinal mais importante:Batimento Cardíaco.  Sinal menos relevante:cor da pele. 71
  • 72.  Novos sintomas podem surgir: 3. Modificação do choro; 4. Instalação de irregularidade no ritmo respiratório; 5. Aparecimento de tiragem; 6. Aparecimento de sinais extra respiratórios: Crise convulsivas, Tremores, Irregularidade térmica. Mas uma vez, o exame clínico permitirá descobrir os índices numéricos de gravidade. O índice de Silverman é o mais utilizado. 72
  • 73. NOTAS O 1 2 Expansão de metade superior do tórax Boa sincronia abdominal Respiração difícil,mas sincronizada Balanceamento diafragmático Tiragem intercostal 0 Discreta Acentuada Afunilamento xifoideano 0 Discreta Acentuada Batimento de asa do nariz 0 Discreta Acentuada Gemido 0 Audível ao estetoscópio Audível sem necessidade de estetoscópio 73
  • 74. 74