O documento discute os principais aspectos da puericultura e neonatologia. Aborda temas como o desenvolvimento da criança, cuidados com recém-nascidos e lactentes, classificação por idade gestacional, exames físicos, equipamentos e equipe de uma unidade neonatal. Fornece também informações sobre aspectos fisiológicos como peso, comprimento e perímetro cefálico de recém-nascidos.
2. Puericultura
É o estudo dos cuidados necessários para com o lactante e os
problemas daí oriundos.
Conjunto de meios que visam assegurar o perfeito
desenvolvimento físico, mental e moral da criança (Aurélio).
Ocupa-se da infância normal, da promoção da saúde e
prevenção da doença na criança.
Relaciona a evolução da criança, nos aspectos físicos, sociais e
psíquicos, com o ambiente onde ela está inserida e com o
comportamento das pessoas que lhe prestamos cuidados nas
etapas do seu desenvolvimento.
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3. Pediatria: estudo das doenças da criança. Não se
trata de “Medicina Legal” aplicada á infância, já que
esta apresenta certas patologias específicas.
Recém Nascido: corresponde á criança do nascimento
ao 28º dia de vida.
Lactente: do 29º dia até completar 01 ano.
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4. 1ª infância: do 1º ano até a fase escolar.
2ª infância: vai até a puberdade.
Puberdade: corresponde ao inicio da adolescência.
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6. Do latim Ne (o) : Novo
Nat (o) : Nascimento
Logia : Estudo
É o ramo da pediatria que se ocupa das crianças desde o
nascimento até 28º dia, quando deixam de ser recém nascido e
passa a ser lactente.
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7. Considera-se o médico francês Pierre Budin como
sendo o pai da neonatologia. Ele foi o primeiro a
escrever um livro (1892) sobre lactentes nascidos
de partos prematuros e classificou as crianças em
pequenas e grandes para a idade gestacional.
Em 1914, os Drs Julius Hess e Evelyn Lundeen
implantaram unidades de cuidados para recém-
nascidos prematuros no Hospital Michael Reese em
Chicago. 7
8. Em 1953 a Dra Virgínia Apgar divulgou no meio científico sua
escala para avaliação do grau de asfixia neonatal.
Em 1960, o médico Alexander Schaffer usou o termo
Neonatologia pela primeira vez.
Na década de 1960 os monitores eletrônicos começaram a
ser utilizados, as medidas de gasometrias arteriais se
tornaram possíveis, e os antibióticos apropriados para tratar
a sepse neonatal foram disponibilizados.
Em 1967, o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia
reconheceu a necessidade do trabalho conjunto de Obstetras 8
9. Desde 1970 se têm noções mais
detalhadas com relação à nutrição –
alimentação por sondas e alimentação
parenteral.
Mais recentemente, muitos progressos
houveram com relação à Ventilação
Pulmonar Mecânica e o uso do
Surfactante exógeno, tudo propiciando
melhor sobrevida aos pequenos
prematuros. 9
10. Na instalação de uma unidade de atendimento ao
RN e gestante tem sido utilizado o modelo de
"Sistema de Regionais Integrado e Hierarquizado".
Nível de maternidades, o sistema prevê três níveis
(I, II e III) com um adequado sistema de referência e
contra-referência entre eles.
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11. PRIMÁRIOPRIMÁRIO: será feito o acompanhamento de
gestante e Recém-Nascido (RN) de baixo risco,
identificando e encaminhado os casos de maior risco
para os próximos níveis, para melhor assistência.
SECUNDÁRIOSECUNDÁRIO: acompanhará gestantes e RN de
baixo e médio risco, selecionando e encaminhado
casos de maior risco para os Centros mais
habilitados para o seu atendimento.
TERCIÁRIOTERCIÁRIO: destinado ao atendimento de gestantes 11
12. Incubadora: mantém a temperatura e isola o RN.
Possui controlador de temperatura.
Monitor de freqüência cardíaca: fornece os
batimentos cardíacos, dispara alarme quando ocorre
alguma alteração nos batimentos do RN.
Monitores de pressão: fornecem o nível
pressórico do RN. 12
13. Monitor de freqüência respiratória: indica
quantas respirações por minuto o RN apresenta.
Oxímetro: indica qual a concentração de oxigênio
através de um sensor na pele do RN.
Bomba de Infusão: usada para manter um fluxo
contínuo de líquido, evitando variações súbitas do
volume sangüíneo e da glicemia.
Unidade de fototerapia: usada quando o RN13
15. Equipe Médica
Equipe de Enfermagem
A Equipe de Enfermagem da Unidade de
Neonatologia deverá permanecer sob a supervisão
constante de uma enfermeira com treinamento
específico em neonatologia. Todo pessoal auxiliar
deve ser submetido a treinamento prévio e
mantido em atualização constante e fixo no setor.
Assistente Social;
Fonoaudiólogo;
Nutricionista;
Psicólogo;
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16. Higiene Corporal
Cuidado com coto umbilical
Verificação do peso e sinais vitais
Alimentação e hidratação
Observação das eliminações e orientações aos pais
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17. Isolamento
Complicações do trato gastrointestinais e do
tegumento
Prematuridade
Infecções e síndromes respiratórios
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21. Ao nascimento, encontra-se por volta de 3.200g, sendo a
média mais elevada entre meninas (3.300g) do que entre os
meninos (3.100g), sem que haja explicação válida para isso.
O bebê poderá perder, fisiologicamente, até 10% do seu peso
até o 5º dia.
O ganho de peso em média e de 700g por mês até o 5º mês.
Após o 5º mês se lentifica: Ganha em média 500g/mês.
Triplicando até aos 12 meses.
OBS. O ganho de peso está relacionado com a alimentação
do bebê.
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22. Quanto ao peso
Quanto a Idade Gestacional
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23. PIG- Pequeno para
idade gestacional
(abaixo do percentil 10)
AIG- Adequado para
Idade gestacional (entre
o percentil 10 e 90)
GIG- Grande para Idade
Gestacional(acima do
percentil 90). 23
24. Pré termo: nascidos vivos , 24ª a 36
semanas e 6 dias, antes da 37ª semana;
Termo: nascidos vivos entre 37ª e
41ªsemana e 6 dias de gestação;
Pós termo: nascidos vivos a partir da 42ª
semanas ou mais.
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26. Apresenta um comprimento médio de 50 cm (48 a 52 cm.).
Nos 03 primeiros meses o crescimento é de 3 a 4 cm;
Nos meses seguinte é de 1 a 2 cm;
No primeiro ano- 75cm.
Aos 04 anos -1m.
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27. Ao nascimento, é igual ao perímetro torácico: 35 a 36 cm.
Nos 3 primeiros meses -2cm por mês (regular ou esporádico);
Após o primeiro trimestre- 1cm por mês.
Aos doze meses o PC, tem um aumento de 12 cm.
OBS. PC com crescimento rápido: Hidrocefalia
PC com crescimento lento: Microcefalia.
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28. O exame do crânio permite observar alguns pontos de
referência: Fontanelas e Suturas;
As suturas, examinadas com as pontas dos dedos, são
irregulares, reconhecendo-se habitualmente as que separam os
ossos frontais dos parietais por um lado, e os occipitais dos
parietais por outro.
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30. São espaços livres entre as suturas:
A Fontanela Anterior, levemente losangular, de grande eixo
sagital, chamada bregmática;
Tem seu eixo maior medindo 1 cm ao nascimento,
aumentando nos dois a três meses seguintes devido ao
cavalgamento ósseo ocorrido nos primeiros dias.
Diminui, a seguir, progressivamente até fechar, primeiro
cartilaginosa, depois ossificada, antes do 18º mês de vida, caso
contrário, deve-se pensar em dois diagnóstico:
Raquitismo; Hidrocefalia.
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31. A Fontanela apresenta-se geralmente pulsátil,
acompanhando o ritmo cardíaco. Flexível, torna-se
abaulada ao choro.
O exame sistemático do bebê inclui a palpação das
fontanelas:
Deprimida, pode indicar desidratação;
Abaulada ou tensa, sem que o bebê esteja
chorando, meningite ou hipertensão intracraniana,
líquido se acumula na cavidade do crânio.
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32. A Fontanela Posterior, triangular, é chamada lambdóide.
Apresenta-se habitualmente fechada ao nascimento e sempre
antes do 2º mês.
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(LAMBDÓIDE)
(BREGMÁTICA)
33. Ao nascimento a pele encontra-se recoberta pela vernix
caseosa, material gorduroso esbranquiçado proteger e
lubrificar a pele do feto na vida intra-uterina, que logo
desaparece.
Os ombros e a face dorsal dos membros apresentam-se
recobertos por leve penugem que cai ao final da primeira
semana;
Desde as primeiras horas de vida a pele apresenta intensa
coloração avermelhada, que só dará lugar á tez definitiva no
final da primeira semana.
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34. Pequenas dilatações capilares : Na pálpebra superior e raiz do
nariz coexistindo com placas idênticas na nuca e raiz dos
cabelos, tais sinais faciais constituem o “nevus flammeus”, que
desaparece entre o 12º e o 18º mês.
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35. Mancha mongólica: Zona azulada na região sacra, de
forma irregular e coloração geralmente uniforme.
Atenua-se com o passar dos anos;
Hipercoloração dos órgãos genitais externos: Mais
acentuada no saco escrotal do que no pênis. Tal
pigmentação persiste, muitas vezes, na idade adulta.
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37. É um anexo exclusivo dos mamíferos que permite a
comunicação entre o embrião e a placenta.
É um longo cordão constituído por duas artérias e uma veia
além de um material gelatinoso.
O cordão umbilical pode chegar a 60 cm de comprimento, o
que varia de acordo com cada organismo, se for pequeno
demais pode dificultar o parto normal e se for grande demais
pode enrolar no corpo do bebê podendo provocar asfixia e
enforcamento.
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38. Possui duas artérias e uma veia que levam
substâncias que nutrem o organismo do bebê e
ainda garantem sua respiração.
veia umbilical transporta sangue rico em oxigênio proveniente
da placenta e as artérias carregam sangue pobre em oxigênio.
Então já que os pulmões do feto não estão em funcionamento,
a placenta é que fica responsável em fazer o papel deles
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39. O sangue presente no cordão umbilical possui a
mesma potencialidade do sangue encontrado na
medula óssea, pois é rico em células-tronco
maduras que são eficazes no tratamento de
doenças como leucemia.
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40. OBS. A constatação da presença de uma só artéria impõe a
urografia intravenosa, em geral aos seis meses, para pesquisar
uma malformação urológica, sendo mais freqüente uma
agenesia renal unilateral.
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41. Ao nascimento, a temperatura do bebê apresenta-se idêntica á
materna +/- 0,3°C.
Cai em alguns instantes, elevando-se a 37°C em 20 a 30 min.
espontaneamente.
OBS. A persistência de hipotermia resistente aos meios
clássicos de aquecimento (cobertor, incubadora,manta).
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42. As diversas enzimas digestivas existem desde a vida intra-
uterina, porém suas secreções só se tornam ativas em resposta
á ingestão de alimentos;
A integridade do tubo digestivo é indispensável, devendo se
verificar, ao nascimento:
Permeabilidade esofagiana;
Presença do orifício anal.
OBS. Sucção e deglutição constituem atos reflexos
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43. Mistura de células descamativas intestinais, resíduos de
digestão do líquido amniótico, contendo em suspensão células
fetais, sais e pigmentos biliares. Trata-se de líquido muito
viscoso, preto e pegajoso.
A eliminação do mecônio: ocorre durante a vida intra-
uterina, acumula-se no intestino.
É eliminado a partir da décima hora de vida, sempre antes do
fim do primeiro dia, indo até o 4º dia.
Anota-se aspecto, intensidade e viscosidade aparente, horário
da primeira emissão.
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MECÔNIO
44. Ao nascimento, o volume encontra-se em torno de 10 ml. Sua
capacidade aumenta rapidamente, mas, como não é um saco
infinitamente extensível, torna-se indispensável, às vezes,
retirar-se o resíduo gástrico antes de se “gavar” um lactente.
O estômago esvazia-se 2 horas após a mamada de leite
materno.
Pode dilatar-se à custa da mamada, ocorrendo então um
abaulamento da região epigástrica.
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ESTÔMAGO
46. O trânsito alimentar no intestino delgado se realiza em duas a
três horas, dependendo do leite utilizado.
A repleção e progressão dos alimentos podem ser observadas,
sob a pele, nas crianças emagrecidas com a parede muscular
hipotônica.
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INTESTINO DELGADO
47. É percorrido em 4 horas se a mamada for de leite materno, e em
12 horas, se de leite de vaca.
Tal diferença se repercute nas evacuações:
IV.A cada mamada, no aleitamento materno,
V. Duas por dia, no aleitamento artificial.
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CÓLON
48. Apresenta um papel quase que exclusivamente
hematopoiético, no feto. As outras funções encontra-se
imaturas no recém-nascido, principalmente:
III.A função de coagulação: verifica-se uma hipoprotrombinemia
transitória associada a hipoproconvertinemia (deficiência do
fator VII) e hipoproacelerinemia(fator acessório na ativação
da protrombina).
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FÍGADO
49. Tal baixa dos fatores de coagulação associada ao
déficit de vitamina K (assepsia do meio intestinal
neonatal), pode ser responsável por uma síndrome
hemorrágica digestiva neonatal, surgindo no segundo
ao terceiro dias de vida quando os fatores se
apresentam mínimos, antes da elevação espontânea
no quarto - sexto dias.
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50. II. A função de glicuroconjugação inicia-se entre o segundo e/ou
terceiro dias de vida. Esta imaturidade, associada ao afluxo
de pigmentos biliares devido ao desaparecimento da
poliglobulia neonatal e da HbF, torna-se parcialmente
responsável pela icterícia fisiológica, nunca presente ao
nascimento, surgindo após 36 a 48 horas e desaparecendo
antes do 15° dia.
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51. Ao nascimento apresentam-se pouco ativas, atingindo o pleno
funcionamento no 2º mês de vida: nesta época, a criança
excesso de saliva.
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GLÂNDULAS SALIVARES
52. Ao nascimento, o volume renal apresenta-se comparável ao dos
adultos, apenas um pouco maior, e de altura inferior a três
vértebras lombares.
Funcionalmente imaturo, só atinge plena função no terceiro mês
de vida.
Entretanto, ocorre produção de urina desde a vida intra-uterina,
sendo lançada no líquido amniótico.
A primeira micção ocorre nas primeiras 12 horas de vida, sempre
antes da 36ª hora.
Deve-se verificar, nos meninos, micção de jato, e não por
regurgitamento ou gota a gota.
As primeiras urinas apresentam-se claras e pouco abundantes.
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53. É o órgão mais imaturo ao nascimento. O exame
neurológico nesta idade permite observar-se:
II. Reflexos arcaicos,
III.Tônus postural,
IV.Reflexos clássicos.
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54. Numerosos, exploram por um lado a integridade do
sistema nervoso e, por outro, a maturação neuromotora
do lactente.
O desaparecimento ou diminuição destes reflexos em
geral demonstra sofrimento do sistema nervoso,
exigindo repetidas avaliações com a criança acordada.
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REFLEXOS ARCAICOS
55. Inclui diversos métodos de avaliação: ruído forte, palmada
sobre a superfície da mesa de exame ou à maneira clássica: o
bebê, seguro pelos punhos, tem a cabeça levantada alguns
centímetros da mesa de exame, sendo então solto – o reflexo
ocorre:
a) 1° tempo: extensão e abdução dos braços:
o Costas em extensão;
o Joelhos se estendem e se tocam;
o Pés em extensão e rotação interna;
o Artelhos fletidos.
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REFLEXO DE MORO
56. b) 2° tempo: os braços se aproximam (abraço).
o Pés voltam à posição de flexão;
o Cabeça fletida;
o Choro.
O reflexo de Moro está presente no bebê normal desde o
nascimento. Desaparece no terceiro ou quarto mês, e sua
persistência é em geral patológica.
O Moro constitui causa de inquietude materna: o bebê
sobressalta-se ao menor ruído... É, na realidade, um Moro.
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57. O bebê é mantido na vertical, com as plantas dos pés sobre a
superfície e ligeiramente inclinado para a frente. Observa-se
então retificação progressiva dos diversos segmentos dos
membros inferiores.
Propulsionando o bebê levemente para a frente, verifica-se o
aparecimento do reflexo da marcha automática.
Tais reflexos, assim com o Moro, desaparecem entre 2 a 4
meses.
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REFLEXO DE RETIFICAÇÃO
CORPORAL
58. Grasping, se verifica nos membros inferior e superior, onde se
apresenta mais nítido.
Estimula-se a palma do recém nascido com o dedo ou lápis. O
bebê agarra-se aí, podendo ter os ombros suspensos da cama,
ou até mesmo todo o corpo.
Tal reflexo desaparece no 2º mês.
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REFLEXO DE PRESSÃO
59. Consiste em um reflexo fundamental do recém-nascido: surge
no 7º mês de vida fetal.
A estimulação dos lábios desencadeia protrusão, seguida de
movimentos rítmicos de sucção.
Associa-se o reflexo dos pontos cardiais: estimulando-se o
lábio superior, inferior ou bochechas, ocorrem torção da
cabeça no sentido do estímulo, abertura da boca e movimentos
de sucção.
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REFLEXO DA SUCÇÃO
60. Não constitui verdadeiro reflexo arcaico, já que surge apenas
na 7ª semana de vida.
O lactente, colocado na mão do examinador em decúbito
ventral, retifica a cabeça, as costas se curvam e as pernas se
estendem.
60
REFLEXO DE LANDAU
61. Coloca em evidência a diferença entre a cabeça hipotônica e
os membros hipertônicos.
Hipotonia da cabeça: o bebê suspenso da cama apresenta a
cabeça oscilante, para trás (ou para a frente, se em decúbito
ventral), até o final do 1º mês.
Hipotonia dos membros, sobretudo flexores, é responsável
pela atitude “em rã” dos bebês – membros superiores fletidos
sobre os ombros, punhos fechados repousando de cada lado da
cabeça.
As coxas apresentam-se fletidas sobre a bacia e as pernas
sobre as coxas, com discreta rotação externa.
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TÔNUS POSTURAL
62. A medida do ângulo poplíteo permite observar-se tal
hipertonia: o bebê é posto em decúbito dorsal; flete-se ao
máximo a coxa sobre a bacia, estendendo-se depois a perna
sobre a coxa; medindo-se o ângulo assim formado, verifica-se
80° a 90° do nascimento aos dois meses, atingindo 180° aos
dois anos.
A prova calcanhar-nádega indica que tal hipertonia
predomina nos flexores. Coloca-se o bebê em decúbito
ventral, mantendo-se as coxas no sentido do corpo; fletindo-se
a perna sobre a coxa observa-se que o calcanhar toca as
nádegas até os três meses.
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63. Os reflexos clássicos. Apesar de difícil avaliação nesta idade,
não devem ser negligenciados.
Os reflexos osteotendinosos. Apresentam-se simétricos,
porém exagerados, bruscos e difusos.
O reflexo aquileu pode aparecer apenas ao primeiro ano de
idade.
O reflexo cutaneoplantar. Discutível nesta idade, pois ainda
não houve mielinização da via piramidal. Ocorre em extensão,
não correspondendo ao sinal de Babinski.
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64. Os reflexos pupilares. O fotomotor existe desde o
nascimento, não constituindo sinal de integridade da visão.
O reflexo coleopalpebral (fechamento os olhos em caso de
ruído) está presente desde o nascimento. Supõe integridade ao
menos parcial da via auditiva.
Por fim, o sistema nervoso, enquanto órgão de relação
intelectual, apresenta-se ainda mais imaturo.
64
67. É um quadro de sofrimento neonatal mas pode ter diversas
etiologias;
É necessário reconhecê-la de imediato, tratá-la, ou melhor,
prevení-la.
67
68. No momento do nascimento, índice APGAR é útil como
parâmetro para avaliar as condições do recém-nascido e
orientar nas medidas a serem tomadas quando necessárias.
As notas obtidas nos primeiro e quinto minutos são registradas
no “Cartão da Criança” e nos permitem identificar
posteriormente as condições de nascimento desta criança (se
ela nasceu sem asfixia ou com asfixia leve, moderada ou
grave).
Quando o bebê nasce, iniciamos a contagem do tempo e
avaliamos o índice de Apgar no primeiro e no quinto minutos
de vida da criança.
68
69. Elaborada por Viginia Apgar(1953), avalia
vitalidade e o grau de asfixia do recém
nascido:
II. Freqüência cardíaca
III.Esforço respiratório
IV.Tônus muscular
V.Irritabilidade reflexa
VI.Cor da pele
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70. Tabela para cálculo do índice
Pontos 0 1 2
Freqüência cardíaca Ausente <100/min >100/min
Respiração Ausente Irregular ou
superficial,choro
fraco
Respiração irregular/
choro vigoroso
Tônus muscular Flácido Alguma flexão de
pernas e braços
Movimento
ativo/Boa flexão
Irritabilidade reflexa Ausente Careta Choro/Espirro
Cor Palidez ou cianose Corpo
róseo/acrocianose
Completamente
Róseo
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71. 0 A 3:Asfixia grave (anoxiado grave)
4 a 6:Asfixia moderada(Anoxiado moderado)
7 a 10:Boa vitalidade, boa adaptação à vida
extra-uterina.
Obs:
Sinal mais importante:Batimento Cardíaco.
Sinal menos relevante:cor da pele.
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72. Novos sintomas podem surgir:
3. Modificação do choro;
4. Instalação de irregularidade no ritmo respiratório;
5. Aparecimento de tiragem;
6. Aparecimento de sinais extra respiratórios: Crise convulsivas,
Tremores, Irregularidade térmica.
Mas uma vez, o exame clínico permitirá descobrir os índices
numéricos de gravidade. O índice de Silverman é o mais
utilizado.
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73. NOTAS O 1 2
Expansão de metade
superior do tórax
Boa sincronia
abdominal
Respiração
difícil,mas
sincronizada
Balanceamento
diafragmático
Tiragem intercostal 0 Discreta Acentuada
Afunilamento
xifoideano
0 Discreta Acentuada
Batimento de asa do
nariz
0 Discreta Acentuada
Gemido 0 Audível ao
estetoscópio
Audível sem
necessidade de
estetoscópio
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