O documento descreve a transição entre o Renascimento e o Barroco na arte. No Renascimento, os artistas se inspiraram na arte clássica e buscaram mais autonomia e criatividade. Já no Barroco, a Igreja Católica usou a arte para atrair fiéis durante a Contrarreforma, enfatizando temas bíblicos e emoções humanas de forma mais realista.
2. No final da Idade Média novos questionamentos
no mundo e na arte deram início ao
Renascimento.
3. Basicamente o nome vem do renascer da
cultura clássica Greco-romana que,
durante a Idade Média, foi deixada um
pouquinho de lado por conta da
propagação do Cristianismo pela Igreja
Católica e da arte cristã.
4. O nascimento da
Vênus,
Sandro Botticelli
No Renascimento os artistas
voltam a retratar temas
mitológicos que foram
proibidos pela Igreja durante
a Idade Média
5. Mais do que retomar ideais da arte
clássica, os renascentistas queriam
mesmo mostrar um novo tipo de arte mais
autônoma, mais livre e mais criativa. É
quando surge a figura do mecenas, o
empresário do artista, que buscava
patrocínio e ajudava na divulgação do seu
trabalho por toda a Europa. A maior
financiadora era a Burguesia, mas a Corte
e a Igreja também se envolverambastante
6. E assim, surgiram grandes nomes na arte
como Michelangelo, Leonardo da Vinci,
Rafael Sanzio e tantos outros. Em suma,
a arte renascentista se caracterizou como
uma arte bastante racional.
7. Monalisa,
Leonardo da Vinci
Leonardo da Vinci
certamente foi o maior
representante da figura do
“gênio renascentista” por se
especializar em várias áreas
diferentes além da arte.
8. Até que, no final do século XVI, quando o
protestantismo começou a ganhar força
pela Europa, a Igreja Católica teve de
reagir e usou a arte pra isso. Na
contrarreforma, para atrair os fiéis, a arte
deveria valorizar as emoções humanas,
em especial por meio das temáticas
bíblicas.
9. Mas diferente dos renascentistas que
ressaltavam a beleza dos corpos por meio
da nudez (aos moldes dos deuses e
deusas da mitologia clássica), agora os
personagens bíblicos deveriam ser menos
idealizados e mais humanizados.
Ao olhar uma cena de uma passagem
bíblica, o espectador deveria se identificar
com o personagem e sentir as mesmas
emoções transmitidas pela obra.
11. E assim um novo estilo artístico surgiu,
chamado hoje em dia de Barroco, que
marcou todo um período na história da
arte. Em suma, a arte barroca se
caracterizou como uma arte bastante
emocional.
13. Uma das maneiras de representar as
emoções na pintura era por meio da
contraposição de ideias como amor e
ódio, a vida e a morte, a alegria e o
sofrimento, etc. A arte barroca tende a
exagerar essas sensações nos
personagens por meio de muita
diagonalidade, teatralidade e o contraste
gritante entre a luz e a sombra.
14. Erguendo da cruz,
Rubens
Note a linha diagonal
formada pelo corpo de Cristo
no centro da imagem central
do tríptico de Rubens. O
corpo mais iluminado do
personagem central também
ajudam o espectador a
direcionar seu olhar pro
centro da tela, a parte mais
importante.
15. A temática predominante é bíblica, mas
também surge nesse período a pintura de
gênero (que retratava as pessoas em
suas atividades diárias) além de retratos,
autorretratos, natureza-morta e até temas
mitológicos.
16. Moça com brinco
de pérolas,
Vermeer
Já no retrato de Vermeer o
destaque está no forte
contraste entre o fundo
escuro e o rosto iluminado
da moça. Dessa forma o foco
central da imagem é pura e
simplesmente o retrato em si
e não alguma paisagem
fundo, como acontece na
“Monalisa” de Da Vinci, por
exemplo.
17.
18. CARAVAGGIO
Um dos primeiros expoentes
do estilo Barroco na Itália,
Caravaggio se destacou com
seus inúmeros trabalhos
para a Igreja. Mas o artista
gostava também de temas
mitológicos, retratos e
também autorretratos.
Vocação de São Mateus - 1600
19. JOHANNES
VERMEER
Pintor holandês adepto da
pintura de gênero que
mostrava as pessoas em
suas casas em suas
atividades diárias como
vemos em “A leiteira” de
1658.
20. DIEGO
VELAZQUÉZ
Pintor espanhol que chegou
a trabalhar para a corte
espanhola e fez inúmeros
retratos do rei Filipe IV e
sua família como vemos em
“As meninas”, de 1656, que
retrata as filhas do rei. O
artista também se
autorretrata na obra olhando
pro espectador que na
verdade, como vemos na
imagem refletida no espelho
ao fundo, seriam o rei e a
rainha.
21. PETER PAUL
RUBENS
Os temas preferidos desse
artista holandês eram
históricos e mitológicos, mas
também fez pinturas
religiosas, retratos da corte e
temas alegóricos como
vemos ao lado na “Alegoria
sobre Paz e Guerra”, de
1630.
22. REMBRANDT
VAN RIJN
Certamente foi o pintor
barroco holandês mais
importante desse período.
Rembrandt usou e abusou
da técnica criada por
Leonardo da Vinci e muito
utilizada por Caravaggio
conhecida como
CHIAROSCOURO (claro-
escuro) , jogo de luz e
sombra que intensificava
ainda mais a expressão dos
personagens retratados.