2. Foi o primeiro dos grandes movimentos
artísticos do pós-guerra nos Estados Unidos,
pois surgiu logo após a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945).
Originou-se do automatismo psíquico do
surrealismo e dos princípios estéticos do
expressionismo associados à arte abstrata.
3. EXPRESSIONISMO
A noiva do vento, de Oskar Kokoschka
SURREALISMO
A persistência da memória, Salvador Dalí
4. A partir de 1924, na Europa, os surrealistas
ficaram cada vez mais preocupados
com o seu relacionamento com o
comunismo e, por isso, durante a
guerra, esses artistas tiveram que se
exilar em NovaYork na década de 40.
Ali, os antigos e polêmicos argumentos
políticos perderam a relevância numa
época de conflito armado e NY
representava um território novo e
desafiador para suas atividades. Logo
conquistaram novos adeptos
americanos, como Arshile Gorky.
Arshile Gorky, O Noivado, 1947
5. Foi um desses artistas que marcou a transição entre o surrealismo
europeu e o que viria a seguir. Ele fugiu do estilo meticuloso de
Magritte ou da perspectiva estonteante de Dalí e seguiu um estilo
mais biomórfico de Miró, no qual as formas apenas sugerem uma
semelhança com objetos reais.
O Espelho Falso, René Magritte O Sono, Salvador Dalí Canção do rouxinol à meia-
noite, Joan Miró
6. Gorky certa vez disse:
“Nunca termino um quadro,
simplesmente deixo de
trabalhar nele por um tempo.
Gosto de mudar de ideia
frequentemente. O certo é
sempre estar começando, nunca
terminar a pintura.”
Essa ideia de uma pintura
contínua, dinâmica, se
tornou o princípio do
expressionismo abstrato.
Arshile Gorky, Jardim em Sochi – 1940-41
Nessa pintura o artista que era da Armênia faz
referência à sua infância na cidade de Sochi
7. Ele revolucionou o mundo artístico a partir
da criação de uma arte destituída de
valores sociais. Em meio aos conflitos e
guerras, o artista se voltava para as
condições de sua própria existência.
O artista transportava para a tela imagens
emocionantes e carregadas de expressão
em um ritmo agitado aplicando a tinta
levemente em uma tela de grande
proporção sem nenhuma preocupação ou
referência à realidade. Essa técnica ficou
conhecida como gotejamento.
Assim como Gorki, Pollock também foi influenciado pela
pintura surrealista, mas por volta de 1947 começou a adotar
um estilo próprio, mais abstrato e menos figurativo.
11. Dessa forma o artista criou o
movimento que recebe o nome de
Action Painting (Pintura de ação),
devido ao seu caráter dinâmico. A
concepção da obra dava-se a partir
de uma grande tela jogada ao chão,
do lado de fora do ateliê. O artista
saltava sobre a tela jogando
respingos de tinta de modo bem
arranjado até que a tela estivesse
completamente coberta de modo
bem harmonioso.
Fotos tiradas por Hans Namuth em 1950
12. Essa “pintura de ação” defende a
gestualidade e expressão da
personalidade e sentimento de
liberdade do artista.
Trata-se de um ato cinestésico que
estabelece o trabalho
simultâneo entre corpo e mente.
Jackson Pollock, Mural, 1943
“Minha pintura não vem do cavalete, mal estico a
tela antes de pintar. Prefiro prendê-la, sem chassi,
sobre a parede ou o piso duro. Preciso da resistência
de uma superfície firma. Sinto-me mais à vontade
no chão, mais próximo, mais parte da pintura,
porque assim posso caminhar ao seu redor,
trabalhar dos quatro lados e literalmente me fazer
presente nela. Afasto-me cada vez mais das
ferramentas usuais do pintor. Prefiro gravetos,
espátulas, facas e tinta fluida gotejante.”
14. Além de Pollock, que é o mais conhecido,
outros artistas contribuíram para a pintura
nova-iorquina no pós-guerra e são
considerados “organizadores” ou
divulgadores do movimento mundo afora.
São eles:
15. Hans Hofmann
Admirava a obra de Matisse, e
é isso que se pode considerar
como fundamento implícito do
lado mais decorativo da pintura
expressionista abstrata.
Nascer da Lua, 1964
16. Robert Motherwell
Suas obras mais famosas são a
longa série de telas conhecidas
coletivamente como “Elegias à
república espanhola”, da qual a
obra ao lado faz parte.
Elegias à república
espanhola NºLV,
1955-60
20. Os movimentos artísticos a partir de 1945/Edward Lucie-Smith;
tradução Cássia Maria Nasser; revisão da tradução Marcelo
Brandão Cipolla. – São Paulo: Martins Fontes, 2006
Estudo Dirigido de Artes: Ensino Médio: volume único/ Borges e
Ribeiro. Brasília, DF:Editora do Centro, 2011.
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