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PASSES NAS
REUNIÕES
MEDIÚNICAS
Aprendendo com os Espíritos
SUMÁRIO
1. Introdução – Reuniões Mediúnicas e os Passes.........................................1
1.1 Os Princípios fundamentais da atividade Mediúnica..................................1
1.2 A Mediunidade e a Doutrina Espírita .........................................................3
2. Reuniões Mediúnicas ...................................................................................3
2.1 Objetivos e Finalidades...............................................................................3
2.2 Características .............................................................................................5
2.3 Recursos e Técnicas ....................................................................................8
2.4 Síntese .......................................................................................................10
3. O Passe – nas Reuniões Mediúnicas.........................................................15
3.1 O Passe – Como Terapia Auxiliar.............................................................15
3.2 O Passe – E o Médium mediunizado ........................................................21
3.3 O Passe – Quem aplica e como.................................................................25
3.4 O Passe – Aonde aplicar ...........................................................................26
3.5 O Passe – Quando aplicar .........................................................................28
3.5.1 Para Recomposição Emocional e Prosseguimento do Diálogo..........................28
3.5.1.1 Estudo de Casos – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 2 ..............................30
3.5.1.2 Estudo de Casos – Grilhões Partidos – Cap. 19..............................................31
3.5.2 Para interromper a Comunicação Mediúnica .....................................................32
3.5.2.1 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 9 .........................................35
3.5.2.2 Estudo de Casos – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 25...............................37
3.5.3 Para auxiliar a Sonoterapia.................................................................................38
3.5.3.1 Para auxiliar a Sonoterapia – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 1..............41
3.5.3.2 Para auxiliar a Sonoterapia – Tormentos da Obsessão – Cap. 12...................42
3.5.4 Para auxiliar a Regressão de Memória em Espíritos..........................................43
3.5.4.1 Estudo de Casos – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 3 ..............................49
3.5.4.2 Estudo de Casos – Tramas do Destino – Cap. 20 ...........................................50
3.5.4.3 Estudo de Casos – Sexo e Obsessão - Cap. 16 ...............................................51
3.5.5 Para desfazer Ideoplastias...................................................................................53
3.5.5.1 Estudo de Casos – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 28...............................54
3.5.5.2 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 30 .......................................56
3.5.6 Para harmonização dos Médiuns no final das Reuniões.....................................59
3.5.6.1 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 29 .......................................60
3.6 Síntese .......................................................................................................61
3.6.1 Considerações Finais..........................................................................................61
3.6.2 Passes/Finalidade x Passes/Como x Referências ...............................................62
4. Referências..................................................................................................64
4.1 Livros ........................................................................................................64
4.2 Mensagens/Artigos....................................................................................65
4.3 Perguntas & Respostas..............................................................................69
1
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
1. Introdução – Reuniões Mediúnicas e os Passes
Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de
graça recebestes, de graça dai.
Jesus - Mateus, 10:8
1.1 Os Princípios fundamentais da atividade Mediúnica
 Quais são os princípios fundamentais da atividade Mediúnica?
Missão: tomaríamos, a partir dos ensinos dos Espíritos, como sendo a regeneração da
Humanidade através da canalização do pensamento dos Mentores Espirituais, sob o comando
de Jesus, no seio das ideias humanas para fecundá-las de modo a promover ou acelerar o
crescimento ético-moral das criaturas. Neste particular, a missão da mediunidade se confunde
com a do Espiritismo.
Objetivos: são as três grandes propostas do Codificador: instrução dos encarnados,
erradicação da incredulidade e o trabalho terapêutico de aconselhamento aos Espíritos que
sofrem e aos que fazem sofrer.
Finalidades: tomamo-las ao pensamento de Manoel Philomeno de Miranda, Espírito,
na obra Temas da Vida e da Morte:
“Para os encarnados são as lições proveitosas que a prática mediúnica proporciona, a
melhor compreensão da lei de causa e efeito que o fato mediúnico traz à tona em lições vivas,
o exercício da caridade e da fraternidade anônimas entre os membros da prática mediúnica e
destes em relação aos desencarnados que não vemos, sensibilizando-nos para ajudar aos que
vemos e, por fim, a conquista de amizades entre os Espíritos que se comunicam conosco”.
Divaldo Franco – Qualidade na Prática Mediúnica –3º Parte – Perg. 80
O fim providencial das manifestações é dar aos crentes ideias mais justas sobre o
futuro..., convencer os incrédulos... e nos pôr em contato com Espíritos sofredores que
podemos aliviar e cujo adiantamento podemos facilitar por meio de bons conselhos.
Allan Kardec - O que é o Espiritismo – Cap. 2 - item 50
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
• Meio de comprovação da imortalidade.
Mais difundido o exercício da mediunidade através das comunicações dos
desencarnados com os encarnados, tal faculdade se faz a porta por meio da qual se abrem os
horizontes da imortalidade, propiciando amplas possibilidades para positivar a
indestrutibilidade da vida, não obstante o desgaste da transitória indumentária fisiológica.
Joanna de Angelis – Estudos Espíritas – Cap. 18 - Mediunidade
• Instrumento de equilíbrio e iluminação.
Natural, aparece espontaneamente, mediante constrição segura, na qual os
desencarnados de tal ou qual estágio evolutivo convocam à necessária observância de suas leis,
conduzindo o instrumento mediúnico a precioso labor por cujos serviços adquire vasto
patrimônio de equilíbrio e iluminação, resgatando, simultaneamente, os compromissos
negativos a que se encontra enleado desde vidas anteriores.
Joanna de Angelis - Estudos Espíritas – Cap. 18 - Mediunidade
Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o
bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.
Desse modo, ainda mesmo que te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente,
utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e
servindo, no auxílio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu
próprio caminho, como benção de Deus a brilhar sobre ti.
Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 1 – Na Mediunidade
• Instrumento Provacional/Uma Âncora.
Outras vezes surge como impositivo provacional mediante o qual é possível mais
ampla libertação do próprio médium, que, em dilatando o exercício da nobilitação a que se
dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz.
Joanna de Angelis - Estudos Espíritas – Cap. 18 - Mediunidade
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
1.2 A Mediunidade e a Doutrina Espírita
 O que a Doutrina Espírita pode oferecer a Mediunidade?
Em Espiritismo, é imperioso distinguir entre Mediunidade e Doutrina para que as
surpresas do mundo não nos ensombrem a marcha.
MEDIUNIDADE é progresso.
DOUTRINA é realização.
O processo passa.
A realização permanece.
MEDIUNIDADE é caminho.
DOUTRINA é bússola.
O caminho pode bifurca-se.
A bússola guia sempre.
MEDIUNIDADE é argumento.
DOUTRINA é lógica.
O argumento é variável.
A lógica é inamovível
MEDIUNIDADE é pormenor.
DOUTRINA é base.
O pormenor é superfície.
A base é substância.
MEDIUNIDADE é trato de terra.
DOUTRINA é semente nobre.
A leira obedece aos ditames do lavrador.
A semente nobre enriquece a vida.
MEDIUNIDADE é fenômeno da Alma.
DOUTRINA é alma do fenômeno.
MEDIUNIDADE inclui a telementação e a letargia, a sugestão e hipnose.
A DOUTRINA é responsabilidade, estudo edificante, serviço ao próximo e sacrifício
pessoal.
Na primeira, temos a observação e a experiência; na segunda, a educação e a caridade.
Em síntese, a Mediunidade é trabalho da criatura humana e a Doutrina Espírita é
Jesus de braços abertos.
Dignifiquemos, assim, a MEDIUNIDADE com a nossa consagração ao bem puro e
simples, mas não nos esquecemos de plasmar a DOUTRINA ESPÍRITA no livro da própria
alma, a fim de que o nosso coração se converta em flama da Vida Eterna.
André Luiz – Através do Tempo – Cap. 38 – Mediunidade e a Doutrina
2
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
O de que necessita o Espiritismo hoje, como o Cristianismo de ontem difundiu, é o
serviço anônimo do herói desconhecido, capaz de guardar-se no silêncio da renúncia após o
bem que faça.
Profetas e médiuns, faladores e escreventes, fiscais e orientadores, examinadores e
críticos eficientes, a Humanidade sempre os teve, sem que, contudo, a dor tivesse recebido o
devido amparo e a aflição fosse honrada com a assistência fraternal.
(...)
Não se esqueça de viver a sua condição de médium, como se cada dia fosse o seu
último dia de vida física, na Terra.
A mediunidade, que lhe positiva a sobrevivência do Espírito ao trânsito pelo túmulo,
oferece-lhe segurança e paz para o momento decisivo da sua partida.
Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 34- Herói Anônimo/Cap. 19 – Você e a
Mediunidade
O melhor médium para o Mundo Espiritual não é o que seja portador de múltiplas
faculdades, mas é aquele que esteja sempre disposto a aprender e sempre pronto a servir.
Albino Teixeira – Paz e Renovação – Cap. 34 – Decálogo para Médiuns
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
2. Reuniões Mediúnicas
2.1 Objetivos e Finalidades
 Quais são os objetivos e as finalidades de uma Reunião Mediúnica?
• Exercitar a faculdade mediúnica de forma saudável e segura, em perfeita harmonia
com os princípios da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus;
• Garantir o intercâmbio mediúnico com Espíritos desencarnados, participando do
trabalho espiritual de auxílio aos que sofrem e aos que fazem sofrer, assim como
refletir a respeito das orientações e dos esclarecimentos transmitidos pelos
benfeitores da Vida maior;
• Auxiliar, direta ou indiretamente, encarnados e desencarnados envolvidos em
processo de reajuste espiritual;
• Cooperar com os benfeitores espirituais no trabalho de defesa do Centro Espírita
ante as investidas de Espíritos descompromissados com o bem;
• Aprender a desenvolver a humildade, a fraternidade e a solidariedade no trato com
encarnados e desencarnados em sofrimento, exemplificando, assim, o esforço de
transformação moral.
Federação Espírita Brasileira - Mediunidade – Estudo e Prática – II – Pag. 31 –
Objetivos da Reunião Mediúnica
Erraríamos frontalmente se julgássemos que a desobsessão apenas auxilia os
desencarnados que ainda pervagam nas sombras da mente.
Semelhantes atividades beneficiam a eles, a nós, bem assim os que nos partilham a
experiência quotidiana, seja em casa ou fora do reduto doméstico, e, ajuda, os próprios lugares
espaciais em que se desenvolve a nossa influência.
Reuniões dedicadas à desobsessão constituem, bastas vezes, trabalho difícil, pois, em
muitas circunstâncias, parece cair em monotonia desagradável, não só pela repetição frequente
de manifestações análogas umas às outras, como também porque a elas comparecem, durante
largo tempo, entidades cronicificadas em rebeldia e presunção.
Isso, porém, não pode e não deve desencorajar os tarefeiros desse gênero de serviço, de
vez que nenhum pesquisador encarnado na Terra está em condições de avaliar os benefícios
resultantes da desobsessão quando está sendo corretamente praticada.
André Luiz - Desobsessão – Cap. 64 – Benefícios da Desobsessão
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
A sessão mediúnica é a porta aberta para o constante intercâmbio como o mundo
espiritual, onde aprendemos sempre.
Há pessoas que afirmam: “Eu gosto da sessão mediúnica, porque vou fazer a caridade”.
É uma colocação simpática, mas errada. Ali é o lugar onde vamos aprender e receber
a caridade, porque mesmo o Espírito em sofrimento, que vem ter conosco, a quem
pressupomos estar a esclarecer, este é que nos faz a caridade, dizendo sem palavras: “Olhe o
que aconteceu comigo. Ou você muda de comportamento, ou vai sofrer a mesma coisa. E
necessário que você veja no meu exemplo o perigo que está correndo...”
A sessão mediúnica vitaliza o trabalhador, porque é o momento em que ele se despoja
das aparências, em que se desnuda.
Usando uma imagem já comprometida por outras doutrinas, é o “momento eucarístico”.
Um Espírito nos disse certa vez: “É o momento de beber o sangue e comer o corpo de Jesus,
referido no Evangelho, porque é o momento da verdadeira comunhão de almas evocando a
Ceia Pascal, que a seu turno recorda a libertação do povo hebreu da casa do Egito”.
A imagem, embora vigorosa, tem aplicação no caso, do ponto de vista espiritual.
A sessão mediúnica é a porta que se abre para que saiamos de nós, como indivíduos,
para o encontro com todos, como comunidade, não dos dois mundos, mas do mesmo mundo,
nas suas duas faixas de vibrações — física e espiritual.
Divaldo Franco – Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas – Pag. 12 –
Importância dos Trabalhos Práticos
Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das
de seus membros, formando uma espécie de feixe. Ora, quanto mais homogêneo for esse feixe,
tanto mais força terá.
Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – Cap. 29 – Item 331– Das Reuniões em Geral
O grupo mediúnico é um ser coletivo que necessita da harmonia do conjunto para bem
funcionar. Para isso é preciso que cada um busque o equilíbrio próprio através do preparo
doutrinário contínuo, de vigilância permanente, não apenas nos dias de reunião.
(…) é vital que os unam laços da mais sincera e descontraída afeição. O bom
entendimento entre todos é condição indispensável, insubstituível, se o grupo almeja
tarefas mais nobres.
Não pode haver desconfianças, reservas, restrições mútuas. Qualquer dissonância entre
os componentes encarnados pode servir de instrumento de desagregação.
Hermínio de Miranda – Diálogo com as Sombras – Cap. 2 – Os Encarnados
5
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
2.2 Características
 Quais são as características de uma Reunião Mediúnica Séria?
Características de uma reunião bem orientada:
• Realizada em local adequado e reservado para as reuniões.
• Dirigente prático e instruído doutrinariamente.
• Pontualidade na abertura dos trabalhos, embora a flexibilidade no encerramento.
• Preces curtas.
• Leituras preparatórias.
• Médiuns educados.
• Controle nas comunicações.
• Caridade para com os sofredores.
• Compreensão evangélica para com os Espíritos endurecidos.
• Ausência de ornamentos e objetos estranhos à reunião.
• Análise criteriosa de todas as comunicações.
• Assiduidade, pontualidade e disciplina por parte da equipe, sempre em atitude
respeitosa, no recinto.
• Harmonia entre os integrantes da reunião.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Reuniões Mediúnicas – Cap. 1 – Natureza das
Reuniões
As reuniões instrutivas apresentam caráter muito diverso e, como são aquelas em que
se pode colher o verdadeiro ensino, insistiremos especialmente sobre as condições em que se
devem realizar-se.
A primeira de todas é que sejam sérias, na completa acepção da palavra.
É imperioso que todos se convençam de que os Espíritos a quem desejam dirigir-se são
de natureza especialíssima; que não podendo o sublime aliar-se ao trivial, nem o bem com o
mal, quem quiser obter boas coisas precisa dirigir-se a espíritos bons [...].
Uma reunião só é verdadeiramente séria quando se ocupa das coisas úteis, com
exclusão de todas as demais.
Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – Cap. 29 – Item 327
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Em síntese, podemos dizer que são características das reuniões mediúnicas sérias:
• Cogita de coisas úteis, são exclusivamente voltadas para a prática do bem, jamais
são utilizadas para obtenção de fenômenos extraordinários, como passatempo ou
diversão.
• Há um esforço coletivo, no grupo, de neutralizar as más influências e as imperfeições
pessoais, sobretudo o orgulho e o egoísmo.
• Os participantes procuram instruir-se e desenvolver sentimentos elevados,
favoráveis à homogeneidade.
• A equipe tem consciência da necessidade do estudo, a fim de que os Espíritos
encontrem no cérebro do médium recursos que lhes facilitem a manifestação, ainda
que estas tragam a forma e o colorido pessoal de cada medianeiro.
• A reunião é privativa e sem número excessivo de participantes, onde é possível
desenvolver um clima de recolhimento e comunhão de ideias.
• Os médiuns não devem se sentir constrangidos com a análise das comunicações
recebidas por seu intermédio.
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Estudo e prática da mediunidade –
Programa II – Módulo 1 - As Reuniões Mediúnicas
As reuniões espíritas são compromissos graves assumidos perante a consciência de
cada um, regulamentadas pelo esforço, pontualidade, sacrifício e perseverança dos seus
membros.
Somente aqueles que sabem perseverar, sem postergarem o trabalho de edificação
interior, se fazem credores da assistência dos Espíritos interessados na sementeira da esperança
e da felicidade na Terra.
Manoel Philomeno de Miranda – Nos Bastidores da Obsessão – Introdução.
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Entendemos por grupo mediúnico a associação de pessoas que têm conhecimento da
Doutrina Espírita e que pretendem dedicar-se ao estudo da fenomenologia medianímica
e, simultaneamente, praticar a excelente lição do próprio Espiritismo, que é a caridade.
O número de pessoas oscila de acordo com as possibilidades dos que dirigem o grupo.
Ideal é que este seja constituído de elementos, como diz Allan Kardec, simpáticos entre
si, que persigam objetivos superiores, que desejem instruir-se e que estejam dispostos ao
ministério do serviço contínuo; entretanto, merece considerar que todo grupo de experiências
mediúnicas fundamentado num número excessivo de membros está relativamente fadado ao
fracasso.
Os espíritos prescrevem um número em torno de 15 (quinze), no máximo 20 (vinte), ou
não inferior a 6 (seis), para que haja a equipe dos que funcionarão na mediunidade,
propriamente chamada, bem como a equipe dos que atenderão no socorro dos passes e através
da mediunidade de doutrinação, e, ao mesmo tempo, o grupo dos que poderão atender como
assessores para qualquer outra cooperação necessária.
Divaldo Franco – Diretrizes de Segurança – Questão 30 – O que é um Grupo
Mediúnico
8
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
2.3 Recursos e Técnicas
 Quais os recursos que podem ser utilizados durante as Reuniões Mediúnicas?
Quando um Espírito sofredor, ou mesmo um calceta, endurecido, incorpora num
médium adestrado numa reunião mediúnica séria dá-se um choque fluídico, que vem a ser
terapia fundamental, processando-se pela interpenetração entre os períspiritos do médium e do
Espírito e caracterizando-se por trocas energéticas entre ambos: – “A energia doentia do
comunicante sendo absorvida pelo médium, que a elimina enquanto doa energia saudável ao
enfermo”.
Simultaneamente o poder magnético do médium impede que o Espírito desvairado fuja
do diálogo com o terapeuta-doutrinador que, ato contínuo, se inicia.
Esse diálogo, vai complementar o choque anímico, levando o Espírito à reflexão, e
despertando-o para uma realidade nova, felicitadora.
O terapeuta-doutrinador, em sintonia com o Mentor Espiritual da reunião, na medida
em que aconselha o Espírito pode sentir a necessidade de adotar outros procedimentos
favorecedores da terapia desobsessiva, conduzindo-a para resultados promissores.
Por exemplo:
Utilizar-se da prece, quando sentir que a onda de desespero do Espírito amainou e este
precisa se aproximar de Deus de que se afastou,
Aplicar passe, quando sentir a necessidade de controlar a energia da comunicação, para
que o desequilíbrio não se estabeleça prejudicando a terapia e os delicados equipamentos
mediúnicos, funcionando também como recurso calmante e sonoterapia para os Espíritos
exauridos no processo da comunicação;
Poderá utilizar-se da hipnose, no seu aspecto sugestivo, para a projeção de ideoplastias
proveitosas ao esclarecimento ou como recurso de contenção dos impulsos asselvajados dos
Espíritos comunicantes; por fim,
Induzi-los à regressão de memória, sob orientação do Mentor, quando perceber a
necessidade de remover traumas ou levá-los a compreender os motivos desencadeadores dos
acontecimentos atuais
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Organização e Funcionamento de
Reuniões Mediúnicas – Pag. 65- As Terapias Mediúnicas
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
− O Choque Anímico (a comunicação psicofônica)
Não ignora o amigo que, do mesmo modo que o médium, pelo perispírito, absorve as
energias dos comunicantes espirituais que, no caso de estarem em sofrimento, perturbação ou
desespero, de imediato experimenta melhora no estado geral, por diminuir-lhes a carga
vibratória prejudicial, a recíproca é verdadeira...
Trazido o Espírito rebelde ou malfazejo ao fenômeno da incorporação o perispírito do
médium transmite-lhe alta carga fluídica animal, chamemo-la assim, que bem comandada
aturde-o, fá-lo quebrar algemas e mudar a maneira de pensar...
Manoel Philomeno de Miranda – Loucura e Obsessão – Cap. 11 – Técnicas de
Libertação
− Regressão de Memória
Técnica a ser utilizada com muito cuidado em casos específicos. Normalmente o
psicoterapeuta espiritual recebe a intuição dos Benfeitores para proceder a regressão nos casos
em que o mergulho no passado auxiliará o Espírito a se libertar de ideias fixas como a de
vitimização, em que ele somente vê um lado do que está vivendo.
− Indução Hipnótica
Técnica utilizada em várias ocasiões, especialmente para induzir ao sono para que o
Espírito seja socorrido pelos Benfeitores ou para que possa perceber Espíritos familiares e
outros.
Pratiquem a hipnose construtiva, quando necessário, no ânimo dos Espíritos sofredores
comunicantes, quer usando a sonoterapia para entregá-los à direção e ao tratamento dos
instrutores espirituais presentes, efetuando a projeção de quadros mentais proveitosos ao
esclarecimento, improvisando idéias providenciais do ponto de vista de reeducação, quer
sugerindo a produção e ministração de medicamentos ou recursos de contenção em favor dos
desencarnados que se mostrem menos acessíveis à enfermagem do grupo.
André Luiz - Desobsessão – Cap. 33 – Manifestação de Enfermo Espiritual - II
− Doação Amorosa
A principal técnica a ser utilizada no diálogo terapêutico é a doação de amor.
O doutrinador encarnado era o centro dum quadro singular. Seu tórax convertera-se num
foco irradiante, e cada palavra que lhe saía dos lábios assemelhava-se a um jato de luz
alcançando diretamente o alvo, fosse ele os ouvidos perturbados dos enfermos ou o coração dos
obsessores cruéis.
Suas palavras eram, com efeito, de uma simplicidade encantadora, mas a substância
sentimental de cada uma assombrava pela sublimidade, elevação e beleza.
André Luiz – Missionários da Luz – Cap. 17 - Doutrinação
10
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
2.4 Síntese
No limiar deste livro, formado com a palavra viva dos amigos desencarnados,
recordamos o Benfeitor Celeste, em sua gloriosa ressurreição, e desejamos sejam essas páginas
uma saudação dos vivos da Espiritualidade que bradam para os vivos da Escola Humana:
— Irmãos, aproveitai o tempo que vos é concedido na Terra para a construção da
verdadeira felicidade!
A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si
mesma durante a existência.
Vinde à esperança, vós que chorais na sombra da provação!
Suportai a dor como bênção do Céu e avançai para a luz sem desfalecer!...
Além da cinza que o túmulo espalha sobre os sonhos da carne, a alma que amou e
elevou-se renasce plena de alegria na vida eterna, qual esplendoroso sol, fulgurando além da
noite.
Depois de curto estágio na Terra, estareis conosco na triunfante imortalidade!
Ajudai-vos uns aos outros.
Educai-vos, aprendendo e servindo!...
E, buscando a inspiração de Jesus para a nossa luta de cada dia, roguemos a
Deus nos abençoe.
Emmanuel – Instruções Psicofônicas – Cap. 1 - Renuncia
Espíritas, irmãos de ideal, se quiserdes o triunfo nas promessas que assinastes Mais Alto,
antes de empreenderdes a presente romagem no mundo, é preciso acordar para a
responsabilidade de viver e de crer, lutando destemerosamente na regeneração de nós
mesmos e no soerguimento moral da Terra!
Guardemos a provação por bênção, o trabalho por alimento espiritual de cada dia, o
obstáculo por medida de nossa confiança, a fé por nosso incessante estímulo e a consciência
tranquila por nosso melhor galardão.
A batalha neste século é decisiva para nós, espiritistas e servidores da Boa-Nova,
quinhoados com a riqueza do conhecimento renovador!
Aceitaremos o Cristo, libertando-nos definitivamente das trevas, ou permaneceremos
nas trevas, adiando indefinidamente a nossa libertação com o Cristo.
Antônio Luiz Sayão - Vozes do Grande Além – Cap. 1 – Mensagem de Alerta
11
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Um grupo para sessões de caridade reclama trabalhadores devotados à divina virtude
para a produção de amor e luz nos Espíritos necessitados.
A caridade de quem ensina é a garantia daquele que aprende. A caridade nos
pensamentos, palavras e ações, é o processo de renovar nossas almas.
Onde há caridade não há lugar para a mistificação, porque tudo resulta em aprendizado,
cooperação, trabalho e harmonia.
Organizemos núcleos de assistência cristã às mentes enfermiças da Terra e do Além,
mas não nos esqueçamos de que só pela caridade fraternal acenderemos bastante luz no coração
para que o nosso agrupamento seja uma luz, brilhando na Vida Espiritual.
Meimei – Instruções Psicofônicas – Adenda
Em verdade, não podemos prescindir do Espiritismo prático para a cura de nossos males,
mas para que as nossas reuniões de contato com o Plano Espiritual frutifiquem, vitoriosas, em
bênçãos de saúde e alegria, precisamos trazer conosco o Espiritismo do Cristo, devidamente
praticado.
José Xavier – Instruções Psicofônicas – Adenda
Cada agrupamento espírita deve possuir o seu núcleo de amparo cristão aos
companheiros desencarnados, em dificuldades na sombra, com reduzido número de irmãos
responsáveis, que lhes possam lenir o sofrimento e sanar os desequilíbrios morais, usando os
valores da prece e da palavra fraternal.
Revelando o roteiro do bem, nele acertamos os próprios passos; consolando, somos por
nossa vez consolados; ajudando, recebemos auxílio, e, acendendo a luz da oração para os que
padecem, transviados na ignorância e na dor, temos nosso caminho iluminado para a obra de
redenção que nos cabe realizar em nós mesmos.
Francisco de Menezes Dias da Cruz – Instruções Psicofônicas – Adenda
12
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
1º — Acenda a luz do amor e da oração no próprio espírito se você deseja ser útil aos
sofredores desencarnados.
2º — Receba a visita do companheiro extraviado nas sombras, nele abraçando com
sinceridade um irmão do caminho.
3º — Não exponha as chagas do comunicante infeliz à curiosidade pública, auxiliando-
o em ambiente privado como se você estivesse socorrendo um parente enfermo na intimidade
do próprio lar.
4º — Não condene, nem se encolerize.
5º — Não critique, nem fira.
6º — Não fale da morte ao Espírito que a desconhece, clareando-lhe a estrada com
paciência, para que ele descubra a realidade por si próprio.
7º — Converse com precisão e carinho, substituindo as preciosas divagações e os longos
discursos pelo sentimento de pura fraternidade.
8º — Coopere com o doutrinador e com o médium, endereçando-lhes pensamentos e
vibrações de auxílio, compreensão e simpatia, sem reclamar deles soluções milagrosas.
9º — Não olvide, a distância, o equilíbrio, a paz e a alegria, a fim de que o irmão sofredor
encontre o equilíbrio, a paz e a alegria em você.
10º — Não se esqueça de que toda visita espiritual é muito importante, recordando que,
no socorro prestado por nós a quem sofre, estamos recebendo da vida o socorro que nos é
necessário, a erguer-se em nós por ensinamento valioso, que devemos assimilar, na regeneração
ou na elevação de nosso próprio destino
André Luiz – Instruções Psicofônicas – Cap. 46 – Sessões Mediúnicas
Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o
bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.
Desse modo, ainda mesmo que te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente,
utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e
servindo, no auxílio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu
próprio caminho, como benção de Deus a brilhar sobre ti.”
Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 12 – Na Mediunidade
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Hoje, não podemos precisar de que modo desencarnarão os médiuns espíritas ocupados
em tarefa libertadora das consciências, mas é importante que vivam atendendo aos próprios
deveres, para que recebam corretamente a morte, quando não seja na palma do heroísmo, pelo
menos na dignidade do trabalho edificante.
Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 31 – Mediunidade e Privilégios
Se fosse concedida à criatura vulgar uma vista de olhos, ainda que ligeira, sobre uma
assembleia de espíritos desencarnados, em perturbação e sofrimento, muito se lhes
modificariam as atitudes na vida normal.
Nessa afirmativa, devemos incluir, igualmente, a maioria dos próprios espiritistas, que
frequentam as reuniões doutrinárias, alheios ao esforço auto-educativo, guardando da
espiritualidade uma vaga idéia, na preocupação de atender ao egoísmo habitual.
André Luiz – Os Mensageiros – Cap. 43 – Antes da Reunião
Não nos cansaremos de insistir, de instar, de pedir o contributo daqueles que
despertaram para Jesus, no campo da caridade mediúnica, seja tornando-se instrumentos para
trazer a mensagem, seja na condição de doutrinadores, captando a palavra de esperança para os
necessitados, a fim de se esforçarem em favor da própria transformação moral, do
equilíbrio mental, para que rompam, em definitivo, com os condicionamentos que vilipendiam
o caráter e que oferecem plasma para explorações psíquicas na área da sexualidade, do humor
negativo, graças à manutenção dos vícios mentais, nas atitudes infelizes em que tombam pela
insensatez e pelo descuido.
Não é tão cedo quanto parece, para que se estabeleça a renovação espiritual. Até agora
já recebestes uma quota muita alta de esclarecimento.
Àquele, portanto, a quem muito se deu, muito se lhe pedirá, mais se oferecendo
àquele que mais doou.
João Cleófas – Intercâmbio Mediúnico – Cap. 59 – Cartas-Vivas
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Qual a força que te sustentou no exercício da Mediunidade?
“A Caridade sempre foi a força que me sustentou; tudo sempre valeu a pena, por
causa dela...
Quando ficava muito aborrecido comigo mesmo, com as minhas imperfeições e erros,
procurava a periferia da cidade, visitando as favelas. Sempre encontrei na pratica do bem a
mensagem de consolação e o conforto espiritual de que me achava carente!
O médium que vive distante da vivência na caridade não possui retaguarda... Emmanuel
me ensinou isto.
Ele me dizia: - Chico, deixemos os nossos escritos; a pagina mediúnica pode esperar um
pouco; é hora de você se reabastecer... Vamos para a periferia! E eu ia com ele ou ele comigo,
não sei... Quando na minha cabeça eu já tinha esquecido tudo, voltava para a psicografia...
Sem caridade, o médium não consegue sustentar o vínculo com a sua própria
espiritualidade!...
Mediunidade é assim: aprimoramento constante, luta sem tréguas contra o
personalismo, exercício de humildade, estudo e devotamento ao próximo... Infelizmente,
muitos médiuns acham que mediunidade é só contato com os espíritos...”
Francisco Cândido Xavier - O Evangelho de Chico Xavier – Item 13 – Sustento na
Mediunidade
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3. O Passe – nas Reuniões Mediúnicas
3.1 O Passe – Como Terapia Auxiliar
 O Passe, como terapia auxiliar, pode ser usado indiscriminadamente ou somente
em momentos adequados?
Os passes, durante a doutrinação dos Espíritos, devem ser usados com moderação e
cautela, somente quando sua aplicação seja indicada.
Neste particular devemos copiar a Natureza — ela nunca se utiliza de recursos que não
estão sendo reclamados e jamais consome energia além do necessário.
Devemos ter sempre em mente que, quando o Espírito incorpora no médium dá-se uma
imantação e através do choque anímico começa a fluir energia num circuito de ida e de volta,
do médium para o Espírito e desse para aquele, num sistema energético que é ajustado e
controlado pelo Mentor Espiritual, a funcionar como um verdadeiro "técnico" em eletrônica
espiritual ou transcendental.
Ora, se o nível de energia estiver bom, isto é, a comunicação do médium se expressando
equilibrada e controladamente, não há necessidade alguma de passes, não sendo de estranhar
que estes possam ser mais prejudiciais que úteis, por se constituírem uma energia externa nem
sempre bem dosada e corretamente aplicada.
Imaginemo-la em excesso: poderá causar irritação; imaginemo-la aplicada com uma
técnica dispersiva: agirá no sentido de desimantar, podendo arrefecer a energia da comunicação,
afrouxar os contatos mediúnicos e até fazer cessar a transmissão da mensagem.
Não é assim que procedemos quando queremos impedir uma comunicação indesejável,
fora da reunião mediúnica, por exemplo, através de um médium desarmonizado?
Uma imagem de que nós podemos utilizar para entender o que estamos propondo é
tomarmos por comparação uma solução de sal marinho em água: à medida que vamos
adicionando sal à água, a solução vai ficando concentrada, até o seu limite de saturação, a partir
do qual todo sal que se adicione se precipita, antes turvando a solução.
Quando se age no sentido inverso, o da diluição, a solução pode tornar-se tão fraca que
não se consiga perceber a presença do soluto.
Comparando esta imagem com um sistema mediúnico (apenas para fins didáticos)
teremos: precipitação sólida no fundo do vaso equivale a excesso de fluido agindo no recipiente
físico (soma), criando irritação e outros transtornos ao equipamento mediúnico; turvação da
solução significa perturbação no campo magnético da comunicação, destacando impurezas,
dificultando a transmissão e a recepção da mensagem; já uma diluição excessiva lembra um
passe dispersivo desnecessariamente aplicado numa dupla médium-Espírito em ação,
diminuindo a força energética da comunicação.
Portanto, passes somente no momento adequado e com conhecimento de causa.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica mediúnica – Perg.
96 – Passe – terapia auxiliar
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 Que energias, basicamente, são transmitidas e recebidas durante o passe?
Quando se trata da ação pura e simples do magnetizador, veicula-se fluido vital,
bioenergia, que poderá estar saturada de fluidos espirituais representativos das qualidades
morais do doador.
Quando se trata da ação desenvolvida pelos Espíritos, a transmissão é de fluidos sutis
por eles gerados correspondentes aos seus sentimentos. Classificam--se, didaticamente, esses
fluidos produzidos pelos Espíritos, como espirituais.
Muitas vezes, os seres desencarnados associam os seus a outros recursos, extraídos da
Natureza ou mesmo da esfera dos homens, em doações inconscientes e involuntárias.
Um terceiro tipo de ação é o do magnetismo misto ou humano/espiritual, quando o
doador encarnado funciona como médium, canalizando, juntamente com as suas, as energias
que os bons Espíritos irradiam por seu intermédio.
Essa é a proposta básica do passe espírita, aquele em que um doador, orando, atende
alguém que espera em estado de súplica respeitosa e afervorada.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos,
Mecanismos de Ação e Resultados
 Qual o papel do Passe Espírita?
O papel do passe espírita é equilibrar o movimento e a atividade das forças vitais
através da ação de um doador encarnado que se associa a outro doador espiritual para transmutar
energias pela força da vontade ativa (concentração) e através de sentimentos nobres (amor
irradiante).
Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos,
Mecanismos de Ação e Resultados
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 Qual os princípios essenciais quanto aos movimentos durante a aplicação dos
Passes?
Primeiro, o sentido das correntes energéticas: estas circulam de cima para baixo, dos
chacras superiores para os inferiores, sendo esse o sentido da movimentação das mãos. Assim
sendo, não se deve magnetizar de baixo para cima, sob risco de se provocar dificuldades no
paciente, mal-estares por força de um congestionamento fluídico que possa dar--se em função
do um movimento contrário ao das correntes.
Segundo, a proteção do campo magnético: o campo é a área de irradiação de energias
que se forma em torno da dupla em ação - passista e paciente -, onde são dispersadas e
veiculadas. Essa área deve ser preservada. Esse campo pode vir a ser contaminado pelas
energias de baixo teor deslocadas da aura de quem está recebendo o Passe.
Terceiro, o ritmo: o passe é movimento rítmico; o ritmo é ciclo, como na vida. Cada
movimento impõe um outro de complementação e equilíbrio, entremeado de pausa para mudar
a direção.
Dispersão, Pausa, assimilação ou Doação, eis o ritmo no Passe em três etapas bem
caracterizadas.
Quarto, a sintonia: trata-se do ajuste inicial, o acoplamento fluídico que se faz
indispensável, definida em magnetismo como contato. Esse contato se estabelece através de
uma preparação, que tanto pode ser uma leitura, ou reunião doutrinária, que predispõe o
beneficiário, uma apresentação entre pessoas, um gesto ou uma vibração simpática.
Nunca começar um passe mecanicamente, simplesmente por começar.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos,
Mecanismos de Ação e Resultados
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 Qual as fases principais da execução do Passe?
Teremos o nosso passe padrão em três fases:
1º Fase - Dispersão
Através de passes rotativos sobre o chacra coronário, seguidos de movimento para
baixo, duas a três vezes, à semelhança de passes longitudinais.
Repete-se a operação por um tempo em torno de um minuto e meio a dois.
Essa sequência de operações dispersivas dá uma ideia de estarmos desembaraçando algo
com as mãos e envolvendo nelas esse material recolhido para, em seguida, joga-lo fora adiante
É nessa fase que os cuidados com o campo devem ser observados.
2º Fase: Repouso
Trata-se de uma simples pausa para mudar de movimento.
2º Fase: Doação
Faz-se com uma imposição dupla sobre o coronário, a uma distância controlada,
conforme as necessidades do enfermo e que não deve ser muito demorada para não provocar
uma irritação fluídica em quem recebe o passe.
Outros chacras, órgãos ou regiões localizadas podem ser estimulados por imposição das
mãos, além da que se fez sobre o coronário, conforme as necessidades do paciente.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos,
Mecanismos de Ação e Resultados
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
O passe é comumente utilizado nas reuniões mediúnicas.
É uma forma de doar fluidos salutares ao Espírito sofredor comunicante, auxiliando-o
na recuperação ou no equilíbrio do seu estado mental e emocional.
Tem o poder de também auxiliar o médium durante a comunicação mediúnica, de forma
que os fluidos deletérios sejam dissipados e não atinjam diretamente o equilíbrio somático do
medianeiro.
Naturalmente, não é uma conduta obrigatória, uma vez que o médium harmonizado com
o plano espiritual superior encontra recursos necessários para não se deixar influenciar pelas
ações, emoções ou sentimentos do sofredor, que lhe utiliza as faculdades psíquicas para
manifestar-se.
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Apostila do Curso Estudo e Educação
da Mediunidade - Programa I - Módulo 2 - 1.ª parte, roteiro 3, cont. 3, p. 88
O atendimento a esses Espíritos, nas reuniões mediúnicas, indica que a aplicação do
passe “deve ser observada regularmente, de vez que o serviço de desobsessão pede energias
de todos os presentes e os instrutores espirituais estão prontos a repor os dispêndios de força
havidos, através dos instrumentos do auxílio magnético que se dispõem a servi-los, sem ruídos
desnecessários, de modo a não quebrarem a paz e a respeitabilidade do recinto.
Fora dos momentos normais [manifestações mediúnicas usuais], os médiuns passistas
atenderão aos companheiros necessitados de auxílio tão-só nos casos de exceção, respeitando
com austeridade disposições estabelecidas, de modo a não favorecerem caprichos e
indisciplinas.”
André Luiz – Desobsessão - Cap. 52 - Passes
Os passes, como transfusões de forças psíquicas, em que preciosas energias espirituais
fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficiários, representam a continuidade
do esforço do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo.
Emmanuel - Caminho, Verdade e Vida – Cap. 153 - Passes
Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe
é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado
das forças espirituais. [...] é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando
qualquer contato físico na sua aplicação.
Emmanuel - O Consolador – Perg. 99- Como deve ser recebidos e dados o passe?
Meu amigo, o passe é transfusão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade,
dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício.
O passe exprime também gasto de forças e não deves provocar o dispêndio de energias
do Alto, com infantilidades e ninharias.
Emmanuel – Revista Reformador – 1951 – Fevereiro – O Passe/Segue-me – Cap. 47 – O
Passe
O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da
mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.
Espíritas e médiuns espíritas, cultivemos o passe, no veículo da oração, com o respeito
quem se deve a um dos mais legítimos complementos da terapêutica usual.
Certamente os abusos da hipnose, responsáveis por leviandades lamentáveis e por
truanices de salão, em nome da ciência, são perturbações novas no mundo, mas o passe, na
dignidade da prece, foi sempre auxilio divino às necessidades humanas. Basta lembrar que o
Evangelho apresenta Jesus, ao pé dos sofredores, impondo as mãos.
André Luiz – Opinião Espírita – Cap. 55 – O Passe
O passe pode, entretanto, ser considerado necessário durante a manifestação de
entidades espirituais portadoras de necessidades especiais, como, por exemplo, os
obsessores, suicidas, alienados mentais ou as que revelam possuir graves lesões perispirituais.
Marlene Nobre - A Obsessão e suas Máscaras: um estudo da obra de André Luiz – 1º
Parte - Cap. 17 – Terapêutica e Profilaxia
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.2 O Passe – E o Médium mediunizado
 Deve-se aplicar Passe no médium mediunizado? Em que circunstância?
Acredito que os médiuns em transe somente deverão receber passes quando se
encontrem sob ação perturbadora de Entidades em desequilíbrio, cujas emanações
psíquicas possam afetar-lhes os delicados equipamentos perispirituais.
Notando-se que o médium apresenta estertores, asfixia, angústia acentuada durante o
intercâmbio, como decorrência de intoxicação pelas emanações perniciosas do comunicante, é
de bom alvitre que seja aplicada a terapia do passe, que alcançará também o desencarnado,
diminuindo-lhe as manifestações enfermiças.
Nesse caso, também será auxiliado o instrumento mediúnico, que terá suavizadas as
cargas vibratórias deletérias. Invariavelmente, em casos de tal natureza, deve-se objetivar os
chakras coronário e cerebral do médium, através de movimentos rítmicos dispersivos, logo após
seguidos de revitalização dos referidos Centros de Força.
Com essa terapia se pode liberar o médium das energias miasmáticas que o
desencarnado lhe transmite, ao tempo em que são diminuídas as cargas negativas do Espírito
em sofrimento.
Divaldo Franco – Terapia pelos Passes– Cap. 9 – Passes em Reuniões Mediúnicas–
Pag. 108
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Terapia pelos Passes – Cap. 7
Essa intervenção do doutrinador (conforme explanado pelo Divaldo) se dará no
momento em que o desequilíbrio se instala, o que pode ocorrer no início, no meio ou no final
da comunicação.
Uma outra situação extremamente dramática e perturbadora é a que acompanha a
comunicação de Espíritos vigorosa e demoradamente fixados ao mal, vinculados às
organizações das sombras, de que se fizeram líderes, o que efetivamente acontece em
memoráveis encontros, divididos em dois tempos: um no plano físico e o outro no plano
espiritual, com a equipe mediúnica desdobrada pelo sono.
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Nesses encontros, líderes enlouquecidos do anticristo são atendidos por Espíritos com
grande competência, funcionando como doutrinadores. Esses líderes da Sombra trazem
máscaras ideoplásticas aderidas ao perispírito. construídas e vitalizadas há séculos, as quais
ocultam o estado de miséria moral em que se encontram; são capazes ainda, esses Espíritos, de
construir outras figurações momentâneas, fruto de grande treino mental, tais como a de
monstros, demônios etc. para assustarem suas vítimas e contendores. Vencidos pela força
crística que os doutrinadores conseguem portar, são submetidos a processos magnéticos
complexos quão eficazes para o desfazimento dessas ideoplastias.
Resta-nos colocar uma terceira situação em que se pode aplicar passes em médiuns
já incorporados, que é durante a indução hipnótica que o doutrinador inspirado direciona para
fins de regressão de memória.
Ainda recorrendo a Divaldo Franco, aparece a necessidade de, como ato preparatório,
desfazer fixações perturbadoras, monoideias inquietadoras antes de conduzir os Espíritos ao
passado como no caso anterior citado, daí porque ele sugere "ao mesmo tempo que se procede
à indução hipnótica, retirar-se os fluidos enfermiços que envolvem o perispírito do
comunicante, mediante movimentos longitudinais e, de imediato, rotativos, no chakra cerebral,
a fim de facilitar as recordações dos momentos gerados da aflição que ora se expressa em forma
de sofrimento, revolta, perseguição impiedosa..."
Portanto, passe com variação de técnica, conforme a indicação específica a cada tipo de
caso é, também, padrão de qualidade
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg.
97 - Passes em médiuns em transe
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 Existe necessidade de incorporação mediúnica para aplicação do Passe?
Nenhuma necessidade, já que se pode magnetizar pela própria energia, como fazia Allan
Kardec e os magnetizadores do passado.
A incorporação mediúnica rem uma outra finalidade.
Quando os Espíritos vêm comunicar-se conosco e trazem as suas mensagens, fazem-no
em movimentos próprios, adrede estabelecidos.
Durante a terapia pelos passes não é conveniente a incorporação mediúnica, para evitar
a mística e a superstição, e também o desgaste do próprio passista, porque durante o fenômeno
de incorporação há um desgaste de energia ectoplásmica, uma perda de energia curativa.
Esses dois desgastes irão perturbar o equilíbrio psicossomático do agente aplicador de
passes.
A pessoa que aplica passes, estando incorporada, vai ter uma despesa de energia
desnecessária.
O que acontece, no entanto, quando se faz a aplicação do passe em estado de lucidez e
de consciência?
No breve intervalo do repouso entre um passe e outro, o organismo se refaz qual ocorre
na transfusão de sangue.
Terminada a operação, alguns minutos de repouso permitem que o organismo elabore
nova quantidade de energia, às vezes maior, pelo estímulo, para manter o equilíbrio do aparelho
circulatório.
Então, não é necessária a comunicação mediúnica para se aplicar o passe.
Divaldo Franco – Terapia pelos Passes – Cap. 8 - Entrevista
O passe significa, no capítulo da troca de energias, o que a transfusão de sangue
representa para a permuta das hemácias, ajudando o aparelho circulatório.
O passe é essa doação de energias que nós colocamos ao alcance dos que se encontram
com deficiências, de modo que eles possam ter seus centros vitais reestimulados e, em
consequência disso, recobrem o equilíbrio ou a saúde, se for o caso.
O passe magnético tem uma técnica especial, conhecida por todos aqueles que leram
alguma coisa sobre o mesmerismo. É transfusão da energia do doador, do agente.
O passe que nós aplicamos, nos Centros Espíritas, decorre da sintonia com os Espíritos
Superiores, o que convém considerar sintonia mental, não uma vinculação para a incorporação.
O passe deve ser sempre dado em estado de lucidez e absoluta tranquilidade, no qual o
passista se encontre com saúde e com perfeito tirocínio, a fim de que possa atuar na condição
de agente, não como paciente.
Então, acreditamos que os passes praticados sob a ação de uma incorporação propiciam
resultados menos valiosos, porque, enquanto o médium está em transe, ele sofre um desgaste.
Aplicando passe, ele sofre outro desgaste, então experimenta uma despesa dupla.
Os espíritos, para ajudarem, principalmente no socorro pelo passe, não necessitam,
compulsoriamente, de retirar o fluido do médium, nele incorporando. Podem manipular, extrair
energia, sem o desgastar, não sendo, pois, necessário o transe.
Divaldo Franco – Diretrizes de Segurança – 7º Parte – Passes - Perg. 69 – O
Que é o Passe
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Reconhecendo que o passe é a contribuição vibratória que nós poderemos doar em nome
da caridade, desconhecemos a necessidade de comunicações Psicofônicas durante o seu
transcurso.
Encontramos em Allan Kardec, no livro A Gênese, a informação de que nós poderemos
estar submetidos a três tipos ou condições energéticas ou de ações fluídicas.
Existe fluidificação eminentemente magnética, que são as energias do próprio sensitivo,
nesse caso, tido como magnetizador. Ele se desgasta porque doa do seu próprio plasma, e a
partir dessa doação sente se cansado, esgotado.
Um outro nível é o das energias espirituais materiais ou psicofísicas, quando se dá a
conjugação dos recursos do mundo espiritual com os elementos do médium; o indivíduo se
coloca na posição de um vaso de cujos recursos os Benfeitores se utilizam.
Eis quando caracterizamos o médium aplicador de passes ou passista: aquele em quem,
segundo a Instrução do Espírito André Luiz, as energias circulam em torno da cabeça, como
que assimilando os valores da sua mentalização escoarem do através das mãos, para beneficiar
o assistido.
Vemos que quanto mais o trabalhador se aprimora, se aperfeiçoa quanto mais se integra
e se entrega ao ministério dos passes, sem cansaço, vai melhorando a si mesmo, pois, ao aplicar
as energias socorristas, será primeiramente beneficiado com os fluidos dos Servidores do Além,
que dele se utilizam.
Kardec ainda aponta o terceiro nível de energia que é o espiritual por excelência. Neste
caso, não haverá nenhuma necessidade de um instrumento físico.
Os espíritos projetam diretamente as energias sobre os necessitados.
Assim, vemos que mesmo no segundo nível, em que encontramos o médium aplicador
de passes, sobre o qual agem as entidades para atender a terceiros, não há nenhuma necessidade
de incorporação desses espíritos.
Os Benfeitores, comumente, não incorporam para aplicar passes, o que não impede que,
uma vez incorporados, os Benfeitores apliquem passes.
São situações diferentes.
Uma é o indivíduo receber espíritos para aplicar passes, o que muitas vezes esconde a
sua insegurança, o seu atavismo não-espírita, os seus hábitos deseducados.
Ele não crê que os espíritos dele possam se utilizar sem a necessidade da incorporação.
Então, muitas vezes, por um processo de indução psicológica, o espírito projeta os seus
fluidos e o médium age como se o estivesse incorporado.
Não se dá conta de que não se trata de uma incorporação, mas de um envolvimento
vibratório, que lhe faz arrepiar. Com isso, vamos perceber que, embora haja a atuação dos
Benfeitores Espirituais no trabalho dos passes, não há nenhuma necessidade de que
incorporemos espíritos para aplicá-los.
Há companheiros que ainda não foram educados para o trabalho do passe e apresentam
uma atuação mais característica de distúrbio do que de ascendência mediúnica: os cacoetes
psicológicos, a respiração ofegante, o retorcimento dos lábios, os gestos bruscos, estalidos de
dedos, etc.; quando nada disso tem a ver, evidentemente, com a realidade dos fluidos, da sua
natureza do seu contato com os espíritos que se faz em nível mental.
Raul Teixeira - Diretrizes de Segurança – 7º Parte – Passes - Perg. 83- Quando é necessária
ou desaconselhável, durante o passe, a manifestação psicofônica?
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.3 O Passe – Quem aplica e como
 A quem cabe a aplicação dos Passes durante a fase do atendimento, aos
Doutrinadores ou aos Médiuns passistas?
Ainda recorrendo à experiência do médium baiano vejamos como ele responde:
A tarefa de aplicar passes nas reuniões mediúnicas sempre cabe ao encarregado da
doutrinação. Poderá ele, no entanto, solicitar a contribuição de outros médiuns, especialmente
passistas...
A razão desse cuidado decorre da natural vinculação que se estabelece entre o diretor
dos trabalhos e os cooperadores, que se tornam mais receptivos, por motivo do intercâmbio
vibratório que deve viger entre todos os membros.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg.
99 – A Quem cabe a aplicação dos Passes?
Divaldo Franco - Terapia pelos Passes – Cap. 9 – Passes em Reuniões Mediúnicas
 Há necessidade de o Médium tocar ou encostar as mãos na pessoa que recebe o
Passe?
Desde que se trata de permuta de energias, deve-se mesmo, por medida de cautela e de
zelo ao próprio bom nome, e ao do Espiritismo, evitar tudo aquilo que possa comprometer,
como toques físicos, abraços, etc.
Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – Perg. 75
 Na aplicação dos Passes, há necessidade de que os médiuns passistas retirem de
seus braços, de suas mãos os adornos, como pulseiras, relógios, anéis? Isso tem
alguma implicação magnética ou é apenas para evitar ruídos e dar-lhes maior
liberdade de ação?
Em nossa forma de ver, a eliminação dos adornos não tem uma implicação direta no
efeito positivo ou negativo do passe.
Devem ser retirados porque é mais cômodo e o seu chocalhar produz dispersão,
comprometendo a concentração nos benefícios do momento.
Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – 7º Parte – Passes - Perg. 78 – Aplicação
dos Passes
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.4 O Passe – Aonde aplicar
 Quando é admissível fazerem-se passes fora do Centro Espírita, isto é, fazerem-se
passes a domicílio? Quais as consequências dessa prática para o médium?
Somente se devem aplicar passes a domicílio, quando o paciente, de maneira nenhuma,
pode ir ao local reservado para o mister, que são o hospital espírita, ou a escola espírita, ou o
próprio Centro Espírita.
As consequências de um médium andar daqui para ali aplicando passes são muito
graves, porque ele não pode pretender estar armado de defesas para se acautelar das influências
que o aguardam em lugares onde a palavra superior não é ventilada, onde as regras de moral
não são preservadas, e onde o bom comportamento não é mantido.
Devemos, sim, atender a uma solicitação, vez que outra.
Mas, se um paciente tem um problema orgânico muito grave, chama o médico e este faz
o exame local, encaminhando-o ao hospital para os exames complementares, tais como as
radiografias, os eletrocardiogramas, eletroencefalogramas, e outros, o paciente vai, e por quê?
Porque acredita no médico. Se, porém, não vai ao Centro Espírita é porque não acredita,
por desprezo ou preconceito. Crê mais na falsa pudicícia do que na necessidade legítima.
Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – 7º Parte - Perg. 81 – Passes fora do
Centro Espírita
O melhor local para o passe é a Casa Espírita.
Somente em casos excepcionais devem ser ministrados passes fora do Centro Espírita,
a fim de não favorecer o comodismo e a indisciplina, devendo a tarefa ser realizada por dois
médiuns, no mínimo; é de bom senso aconselhar o passe à distância, no caso do enfermo não
poder comparecer à Casa Espírita.
FERGS – Fluidoterapia - Cap. 3
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 Onde se deve aplicar Passes?
Na Casa Espírita.
Onde se devem fazer cirurgias de grande porte? Nos hospitais.
Onde se deve fazer um leve curativo? Em qualquer lugar.
O passe espírita é uma atividade de profundidade.
Muitas vezes, no momento do passe, as Entidades venerandas realizam cirurgias
perispirituais. Pessoas que têm "células fotoelétricas" (usamos essa palavra na falta de outra
expressão) implantadas no cérebro, no cerebelo, ou que têm determinados implantes em órgãos
enfermos são beneficiadas por esses benfeitores, que se utilizam dos momentos de concentração
do paciente e de harmonia com o agente do passe para realizar tais cirurgias.
No Centro Espírita, sim, por se tratar de um lugar onde existe um clima psíquico
apropriado, onde se encontram condições mesológicas, porque ali os Espíritos colocam
equipamentos especiais de que se utilizam.
Em emergência, pode-se aplicar o passe em qualquer lugar.
O essencial é a condição do agente, e como consequência, a receptividade do paciente.
Pode-se aplicá-lo no lar, naqueles que o habitam, ao término do culto evangélico, ou
quando se torna uma necessidade.
Não por hábito, para não descaracterizá-lo, evitando-se que se torne rotina, repetição de
natureza negativa e, às vezes, enfadonha.
Num hospital, quando as circunstâncias assim o exigirem. Mas, o ideal é que a terapia
pelos passes seja aplicada no lugar conveniente que é o Centro Espírita.
E por que aí?
Porque no Centro Espírita a pessoa antes faz uma terapia psicológica, ouve para poder
libertar-se de ideias que não correspondem à realidade, faz uma psicanálise de grupo, recebe
uma onda vibratória essencial e vai, naturalmente, relaxar, por causa do próprio psiquismo
ambiente, tornando-se facilmente receptiva.
Divaldo Franco – Terapia pelos Passes – Cap. 8 - Entrevista
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5 O Passe – Quando aplicar
3.5.1 Para Recomposição Emocional e Prosseguimento do Diálogo
 Quando aplicar o Passe para recomposição emocional e prosseguimento do
diálogo com o Espírito?
Acredito que os médiuns em transe somente deverão receber passes quando se
encontrem sob ação perturbadora de Entidades em desequilíbrio, cujas emanações psíquicas
possam afetar-lhes os delicados equipamentos perispirituais.
Notando-se que o médium apresenta estertores, asfixia angústia acentuada durante o
intercâmbio, como decorrência de intoxicação pelas emanações perniciosas do comunicante, é
de bom alvitre que seja aplicada a terapia do passe, que alcançará também o desencarnado,
diminuindo-lhe as manifestações enfermiças.
Nesse caso, também será auxiliado o instrumento mediúnico, que terá suavizadas as
cargas vibratórias deletérias.
Invariavelmente, em casos de tal natureza, devem-se objetivar os chacras coronário e
cerebral do médium, através de movimentos rítmicos dispersivos, logo após seguidos de
revitalização dos referidos centros de força.
Com essa terapia pode-se liberar o médium das energias miasmáticas que o
desencarnado lhe transmite, ao tempo em que são diminuídas as cargas negativas do Espírito
em sofrimento.
Divaldo Franco - Terapia pelos Passes – Cap. 9 – Passes nas Reuniões Mediúnicas -
página 114
 No desenvolvimento da faculdade em médiuns principiantes, há alguma utilidade
em se lhes aplicar Passes para facilitar, por exemplo, a psicofonia?
Este exercício é, às vezes, positivo, porque o médium estando com os centros psíquicos
ainda não disciplinados durante a hora da concentração, entra em conflito, por não saber
distinguir as sensações e emoções suas, daquelas que ele registra e que pertencem ao espírito
desencarnado.
Experimenta taquicardia, há o resfriamento corporal colapso periférico, a ansiedade que
são típicos da presença dos espíritos que padecem, mas que, muitas vezes são da própria
expectativa.
No caso da aplicação do passe objetivando ajudar, aumenta no médium a carga
vibratória e isso facilita-lhe o fenômeno. Mas, por outro lado, não deve ser habitual, para não
lhe criar condicionamentos. Por isto, deve-se aplicar passes só esporadicamente.
Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – Perg. 55
29
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 O que é Choque Anímico e como funciona terapeuticamente nas Reuniões
Mediúnicas?
Podemos dizer que toda contribuição energética do médium em transe a favor do
Espírito comunicante é choque anímico.
(...)
A etapa inicial do nosso trabalho coroa-se de bênçãos... Desejávamos produzir um
choque anímico em nosso irmão para colhermos resultados futuros...
A partir daquele momento, o Espírito passou a experimentar sensações agradáveis, a
que se desacostumara. O mergulho nos fluidos salutares do médium propiciou-lhe uma rápida
desintoxicação, modificando-lhe, por um momento embora, a densa psicosfera em que se
situava.
O choque anímico decorrente da psicofonia controlada debilitou-o, fazendo-o
adormecer por largo período.
Manoel Philomeno de Miranda – Nas Fronteiras da Loucura - Cap. 25 – Técnica de
Libertação/Cap.26 – Considerações e Preparativos
Na comunicação física (o corpo do médium como veículo) o perispírito do médium
encarnado absorve parte dessa energia cristalizada, diminuindo-a no Espírito, e ele, por
sua vez, receberá um choque do fluido animal do instrumento, que tem a finalidade de
abalar as camadas sucessivas das ideias absorvidas e nele condensadas.
Quando um Espírito de baixo teor mental se comunica, mesmo que não seja
convenientemente atendido, o referido choque do fluido animal produz-lhe alteração
vibratória melhorando-lhe a condição psíquica e predispondo-o a próximo
despertamento.
No caso daqueles que tiveram desencarnação violenta — suicidas, assassinados,
acidentados, em guerras — por serem portadores de altas doses de energia vital, descarregam
parte delas no médium, que as absorve com pesadas cargas de mal estar, de indisposição e até
mesmo de pequenos distúrbios para logo eliminá-las, beneficiando o comunicante que se sente
melhor...
Eis porque a mediunidade dignificada é sempre veículo de amor e caridade, porta de
renovação e escada de ascensão para o seu possuidor.
Manoel Philomeno de Miranda – Nas Trilhas da Libertação – Cap. A Luta Prossegue
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg. 92 -
Equipe
30
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5.1.1 Estudo de Casos – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 2
• Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 2 –
Socorro Espiritual
O ambiente é o da antiga União Espírita Bahiana, hoje Federação Espírita do Estado da
Bahia; as providências socorristas a benefício de Mariana, iniciadas na reunião mediúnica da
noite, prosseguiriam na madrugada.
Saturnino (Espírito) trouxe, desdobrados pelo sono, os envolvidos no caso. E porque
Mariana se desesperasse ao defrontar com seu perseguidor, o Mentor tranquiliza-a, passando
aos procedimentos terapêuticos programados, a começar pelo despertamento do inimigo
espiritual da moça.
A Entidade, vendo-se em uso da razão e reconhecendo-a, como se fora tomada de horror,
agitando os punhos, intentou atirar-se sobre ela, no que foi impedido por auxiliares vigilantes.
O verbo agressivo então escorreu de seus lábios, dos quais saía substância escura, nauseante.
Nominalmente convocada, a moça desferiu horrível grito e caiu dominada por
convulsões, sendo igualmente assistida. Entrando em transe e mergulhando no passado, sai para
o repto, contestando o seu acusador.
O diálogo entre ambos prossegue dramático, com interferências moderadoras do
Benfeitor Espiritual, que dialoga longamente com o algoz, levando-o, de surpresa em surpresa,
às lembranças do passado. Em dado momento, o sofredor evoca a região punitiva em que se
surpreendera após o suicídio nefando e, parecendo sofrer indescritíveis padecimentos, pôs-se a
debater, chorando copiosamente.
O Assessor de Saturnino, solícito, acudiu presto o indigitado sofredor, aplicando-lhe
passes reconfortantes, de modo a desembaraçar lhe a mente dos fantasmas da evocação
dolorosa.
Depois de demorada operação magnética, em que eram dispersadas as energias
venenosas, elaboradas pelo baixo teor vibratório do próprio Espírito, este se refez
paulatinamente, recobrando alguma serenidade.
A intervenção mediante os passes dá-se em momento dramático da catarse do Espírito
e tem a finalidade de abrandar o impacto emocional das lembranças, trazendo sua
consciência para a realidade espaço-tempo em que se encontrava, a fim de que o diálogo
pudesse continuar em clima favorável à absorção dos recursos educativos oferecidos pela fala
amorosa de Saturnino.
O Espírito dialoga com o Mentor sem estar incorporado por médium, embora Petitinga,
a mãe de Mariana e outros membros da equipe de encarnados ali se encontrassem, certamente
em atitude de colaboração. Houvesse incorporação mediúnica e o procedimento de passe seria
idêntico, a começar pelos dispersivos.
Quão importante é sabermos que os Amigos Espirituais reservam a noite para
desdobrarem providências libertadoras em prol dos enfermos da Terra! Todo participante de
reunião mediúnica deve estar disponível e pronto para atender ao chamamento dos bons
Espíritos, enquanto o corpo repousa nas horas de refazimento pelo sono.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos –
Subgrupo 1.1
31
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5.1.2 Estudo de Casos – Grilhões Partidos – Cap. 19
 Manoel Philomeno de Miranda - Grilhões Partidos – Cap. 19 – Revelações
Surpreendentes
Ester, menina-moça de família tradicional carioca, em plena festa de seus quinze anos
sofre violação obsessiva que a conduz a demorado internamento hospitalar. Após longo período
de amargura, seus pais conseguem aproximar-se do Espiritismo, permitindo fosse introduzida
a terapêutica desobsessiva no tratamento da filha.
Estamos em reunião mediúnica da Instituição Espírita em que o Espírito Bezerra de
Menezes atende o caso.
O obsessor, conduzido ao transe mediúnico pela terceira vez, dirige-se ao pai da jovem
enferma, presente na reunião, e é fraternalmente convidado pelo doutrinador a identificar-se.
Ao fazê-lo, lembra-se de sua desencarnação — “Pois, bem, chamo-me Matias. Morri na
guerra por ordem dele... Pergunte-lhe. Talvez não recorde. Quem lembraria de um reles soldado
infeliz?... Ele era, então, capitão, e dava a impressão de que a guerra era dele... Era dezembro
de 1944... As ordens eram para tomar a Cordilheira de Monte Castelo. Eu participava da última
batalha e retornava ao combate...” — e começa a deblaterar, dolorosamente, revivendo a sua
morte.
O abnegado Bezerra, que o socorria carinhosamente, presto lhe aplicou recursos
balsamizantes, de modo a auxiliá-lo no depoimento esclarecedor, ajudando-o a descarregar as
energias negativas que o enlouqueciam.
O Coronel Sobreira, inspirado pelo Mentor, acercou-se do médium e acudiu Matias
incorporado com o recurso da aplicação de passes magnéticos de longo curso com a função
calmante.
A fluidoterapia oportuna recompôs a Entidade, que, estimulada pelo afável Bezerra, deu
curso à narração dos infaustosos acontecimentos.
Nesses dois atendimentos em sequência, o do Mentor e o do doutrinador, fica
demonstrada, por parte do terapeuta encarnado, a compreensão clara do seu papel, tomando
iniciativas apropriadas no momento exato em que observou as dificuldades do médium,
atingido pelo desequilíbrio emocional do Espírito. Atento, soube aliar a lógica da razão com a
da intuição, captando a onda-pensamento do Mentor.
Nestes casos, a atuação pelos passes dar-se-á no momento em que o desequilíbrio se
instalar, que poderá ser no início, durante ou no final da comunicação. A rapidez de ação do
terapeuta é fator de sucesso no atendimento, pois, do contrário, corre-se o risco de se
acentuarem as dificuldades do médium pela exacerbação de seu sistema nervoso.
Um terapeuta atento chamará o médium à atenção toda vez que ele relaxe o controle,
pedindo-lhe para reagir.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos –
Subgrupo 1.1
32
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5.2 Para interromper a Comunicação Mediúnica
 Quando aplicar o Passe para interromper a Comunicação Mediúnica?
O passe é recurso auxiliar importante quando Mentores ou terapeutas encarnados,
inspirados pelos primeiros, precisam suspender uma comunicação mediúnica por
necessidade de serviço, por questões de segurança ou quando se transfere ação para
ocasião mais oportuna.
A técnica para o passe é dispersiva, envolvendo os centros de captação mediúnica, ou
seja, o coronário e o cerebral.
Tais necessidades não ocorrem apenas em reuniões mediúnicas; podem dar-se, por
exemplo, num socorro emergencial no Atendimento Espiritual da Casa Espírita, quando,
lidando-se com pessoas encarnadas, alguém entra em transe mediúnico, subitamente, ou chega
na Casa mediunizado.
Nesses casos, a técnica de passe é a mesma, auxiliada por apelos verbais para que o
médium reaja — se consciente estiver — ou direcionados para o Espírito — nos casos de transes
sonambúlicos —, com austeridade amorosa, solicitando que se afaste até outra oportunidade,
quando será atendido.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos –
Subgrupo 1.2
 Quando o doutrinador perceber no médium, durante a comunicação, alguns
exageros de expressão, tendências ao descontrole, como deverá proceder?
O doutrinador se desloca até próximo do médium e, caso o Espírito esteja a impulsioná-
lo a falar muito alto, dirá: — "Não é necessário gritar".
Se o Espírito retrucar dizendo: — "Eu vou fazer isto ou aquilo...", o doutrinador contra-
argumentará, e quando exceder dos limites apelará para o médium: — "Peço para reagir.
Controle um pouco".
Isto porque o Espírito utiliza o estado de excitação nervosa do sensitivo e, a medida em
que se comunica, vai apossando-se do seu sistema nervoso central, assim como do sistema
simpático, provocando um mal-estar que vai tomando conta da aparelhagem mediúnica.
Não havendo os cuidados necessários, poderá acontecer exacerbação de
comportamentos culminando na quebra de utensílios existentes no recinto.
Apelando-se para o médium, produz-se um choque capaz de alertá-lo, levando-o a se
controlar e a controlar melhor o comunicante.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg.
52
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
À medida que o médium educa a força nervosa, logra diminuir o impacto do
desequilíbrio do comunicante.
É compreensível que, em se comunicando um suicida, não venhamos a esperar harmonia
por parte da entidade em sofrimento; alguém que foi vítima de uma tragédia sendo arrebatado
do corpo sem o preparo para a vida espiritual apresentará no médium o estertor do momento
final, na própria comunicação, algumas convulsões em virtude do quadro emocional em que o
espírito se encontra.
Há, porém, certos cacoetes e viciações que nos cumpre disciplinar.
Há médiuns que só incorporam (termo incorreto), isto é, somente dão comunicação
psicofônica, se bocejarem bastante.
É lógico que uma entidade sofredora nos impregna de energia perniciosa, advindo o
desejo de exteriorizar pelo bocejo. É uma forma de eliminar toxinas. Mas nós podemos eliminá-
las pela sudorese, por outros processos orgânicos, não necessariamente o bocejo.
Os médiuns têm o dever de coibir o excesso de distúrbios da entidade comunicante.
Na minha terra, vi senhoras que se jogavam no chão, e vinham os cavalheiros
prestimosos ajudá-las...
Graças a Deus eram todas magrinhas...
O médium deve controlar o espírito que se comunica, para que este lhe respeite a
instrumentalidade, mesmo porque o espírito não entra no médium.
A comunicação é sempre através do perispírito, que vai oferecer campo ao
desencarnado. Todavia, a diretriz é do encarnado.
Divaldo Franco – Diretrizes de Segurança – 1º Parte - Perg. 6
Os medianeiros psicofônicos nunca admitam tanto descontrole que cheguem ao
ponto de derribar móveis ou quaisquer objetos, tumultuando o ambiente.
Lembrem-se de que não se encontram à revelia das manifestações menos felizes que
venham a ocorrer.
Benfeitores desencarnados estão a postos, na reunião, sustentando a harmonia da casa,
e resguardarão as forças de todos os médiuns em serviço para que se desincumbam com limpeza
e dignidade das obrigações que lhes assistem.
André Luiz - Desobsessão – Cap. 46
Atitude positivamente desaconselhável é a de permitir que comunicantes enfermos
ensaiem qualquer impulso de agressão.
André Luiz - Desobsessão – Cap. 47
Dever inadiável impedir que os manifestantes doentes subvertam a ordem com
pancadas e ruídos que os médiuns psicofônicos conseguem facilmente frustrar.
André Luiz - Desobsessão – Cap. 48
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 Como deve proceder o Doutrinador diante de uma comunicação que se prolonga
por tempo demasiado? A quem cabe pôr termo a essa comunicação, ao
Doutrinador ou ao Médium? Pode-se interromper a fala do Espírito, quando
estiver se alongando? Quanto tempo disponibilizar ao Espírito comunicante,
antes da intervenção do Esclarecedor?
O médium, como passivo que é não tem vontade; deve liberar o fenômeno.
Ao doutrinador cabe discipliná-lo, pois ele é o terapeuta. Não tem, ali, a tarefa de
libertar o Espírito de todos os seus traumas.
A função primordial da comunicação mediúnica de um ser desencarnado sofredor é
aliviá-lo através do choque anímico ou fluídico: o Espírito absorve a energia animalizada do
médium para dar-se conta da ocorrência da sua desencarnação. O doutrinador desperta-o, um
pouco, para os Benfeitores Espirituais continuarem o trabalho depois de realizada essa primeira
etapa.
Toda vez que o diálogo se prolonga, se for o caso de um Espírito perturbador, é
prejudicial ao médium, que assimila um excesso de energias deletérias. Ao doutrinador cabe,
depois de cinco a dez minutos, no máximo, dizer: — "Muito bem, agora permaneça no recinto
para continuar ouvindo, pois que, bons Espíritos vão assisti-lo e quanto ao médium, colabore
encerrando a comunicação".
É tarefa, portanto do orientador. Neste ensejo sua responsabilidade é muito delicada,
porque terá de possuir tato psicológico para poder orientar o paciente.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg.
69
O esclarecimento não será, todavia, longo em demasia, compreendendo-se que há
determinações de horário e que outros casos requisitam atendimento. A palestra reeducativa,
ressalvadas as situações excepcionais, não perdurará, assim, além de dez minutos.
Se o comunicante perturbado procura fixar-se no braseiro da revolta ou na sombra da
queixa, indiferente ou recalcitrante, o diretor ou o auxiliar em serviço solicitará a cooperação
dos benfeitores espirituais presentes para que o necessitado rebelde seja confiado à assistência
de organizações espirituais adequadas a isso.
André Luiz - Desobsessão – Cap. 37
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5.2.1 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 9
• Manoel Philomeno de Miranda Trilhas da Libertação – Cap. 9 - Terapia
Desobsessiva
A cena é de uma reunião mediúnica no Plano Físico. A médium Raulinda oferece
passividade ao seu próprio obsessor, uma passividade atormentada.
O Espírito, que destilava amargura, controlava-lhe os centros coronário, cerebral e
cardíaco, produzindo sudorese abundante e colapso periférico, seguido de alteração respiratória,
além de comprimir lhe fortemente os ovários, como se desejasse estrangulá-los.
Gargalhava, estentórico, levando a paciente à perda do autocontrole.
Ela se debatia atabalhoadamente e, mesmo emulada pelo doutrinador a manter o
controle, toda vez que o invasor lhe comprimia a região sensível e enferma, sentia dores e
estrugia em gritos, que misturava a gargalhadas e quase convulsões nervosas.
A palavra calma do Orientador mais o excitava à vingança, prosseguindo nas atitudes
de desforço e maus-tratos.
Aplicando energias saudáveis na médium e fluidos dispersivos nos centros da
fixação mediúnica, por entender que a terapia deveria ser de longo curso, o dirigente conseguiu
interromper a psicofonia atormentada, enquanto o irmão Vicente induzia psiquicamente o
obsessor para o afastamento da vítima.
O passe dispersivo foi intencionalmente aplicado para interromper a comunicação,
direcionado, portanto, para os centros de fixação mediúnica, conforme consta da narrativa de
Manoel Philomeno de Miranda.
E quais são esses centros?
Sendo o fenômeno mediúnico processo essencialmente telepático, de mente a mente, os
centros de força envolvidos são os relacionados com a captação das ondas de pensamento —
o coronário — e a introjeção desse material no mundo mental do médium através do
cerebral.
Casos de sevícias e maus-tratos praticados pelo Comunicante contra o médium, sempre
impõem a necessidade imediata de interromper a comunicação.
Pelo ímpeto com que se apresentava a Entidade, a impressão que se tem é de que o
perseguidor de Raulinda manifestava-se ostensivamente na reunião mediúnica pela primeira
vez, tornando possível, naquele momento, compreender-se as dificuldades existenciais por que
a médium vinha passando.
Seria necessário que o doutrinador percebesse, conforme se deu que o comunicante era
obsessor da própria médium e que aquela situação não se resolveria de imediato.
A ocorrência pode surpreender alguém desacostumado com os labores desobsessivos,
que se perguntará:
— Por que a comunicação do Espírito vingador através de sua própria devedora? Por
que os Mentores não programaram a comunicação através de outro médium experiente e em
situação de neutralidade emocional, mais apto, portanto, para exercer o controle?
E a resposta será:
— Poderiam fazê-lo. Todavia, a médium, naquelas circunstâncias, precisava viver a
experiência. Afinal, quem semeia é o mesmo que colhe.
36
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Certamente Raulinda aportou à Casa Espírita com a mediunidade avassalada pela
presença ostensiva do inimigo.
Como porto seguro, a Casa e a terapia espírita suavizaram-lhe as aflições e porque tinha
compromisso com a mediunidade, candidatou-se ao seu exercício.
Aceita, foi colocada na linha de frente do serviço ativo; mas a avença, ou desavença,
que é dela somente a ela cabe deslindar.
Já houve época em que pessoas como Raulinda chegavam à Casa Espírita com sintomas
mediúnicos exacerbados pela presença de inimigos espirituais. E os dirigentes de Grupos não
tergiversavam em colocá-las imediatamente nas salas mediúnicas, a fim de solucionarem suas
dificuldades.
Tinham a intuição da importância de um compromisso mediúnico provacional e de que
seus detentores seriam, eles mesmos, os instrumentos de socorro para seus desafetos espirituais,
mas pecavam pela precipitação de os vincular ao serviço mediúnico antes do tempo.
Hoje, compreende-se o valor de uma preparação bem cuidada.
Não se pode esperar o fruto antes da hora, nem deixar a árvore que vai produzi-lo sem
o cuidado da adubação e da melhor rega.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos –
Subgrupo 1.2
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5.2.2 Estudo de Casos – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 25
• Manoel Philomeno de Miranda – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 25 –
Técnica de Libertação
O atendimento é para Julinda, jovem mulher obsidiada internada em hospital
psiquiátrico.
O Espírito Bezerra de Menezes interessou-se pelo caso atraído pela prece que a mãe da
jovem, aflita, envia aos céus. Católica, D. Angélica ouve falar do “médico dos pobres” e clama
por sua intercessão. Bezerra, sensibilizado ante a veemência daquela invocação, acorre em
atitude de ajuda; inteira-se das dificuldades da enferma, atende-a com passes e providencia a
desobsessão na Casa Espírita onde exercia o ministério da caridade a Auxiliar de Enfermagem
Rosângela que, no hospital, se transformara em benfeitora devotada de Ester.
Estamos em reunião mediúnica. O Espírito agressor — Ricardo — incorporado num
médium equilibrado está sendo atendido. O diálogo já ia adiantado quando o comunicante
encolerizou-se e quis agredir o doutrinador, acionando o médium.
Depois da tentativa não consumada, o doutrinador, inspirado pelo Espírito Bezerra de
Menezes, decide interromper o diálogo, que fora programado tão-somente para que se desse o
choque anímico, ponto de partida do programa socorrista estabelecido.
Compreendendo que mais nada poderia ser feito naquela conjuntura e inspirado por
Doutor Bezerra que acompanhava a tarefa sob controle, passou a aplicar passes no médium,
enquanto o Mentor desprendia Ricardo, que se liberou, partindo na direção de Julinda, sob a
força da imantação demorada a que se fixara não se dando conta de como sequer retornava.
Em doutrinação a inspiração é tudo. O apercebimento de que o atendimento não se
deveria estender, naquele caso, foi essencial. Primeiro, porque não se perdeu tempo com
diálogo prolongado e improdutivo e, segundo, porque se poupou o médium de desgaste
desnecessário.
Como o Espírito expressou mentalmente o desejo de agredir o doutrinador, o médium,
educado que era, envolveu-o em energias mentais de controle, facilitando ao terapeuta, de
pronto, tomar as providências que lhe cabiam.
Em muitos desses casos, quando os encarregados do esclarecimento, por inexperiência,
deixam de tomar as iniciativas necessárias para interromper a comunicação, os Mentores
Espirituais o fazem, deixando-os surpresos por não compreenderem o ocorrido.
Convém destacar um fato: interrompido o transe, o Espírito agressor volta à sua
hospedeira e vítima, atraído por vigorosos laços magnéticos que o atavam a ela.
É o início da terapia. Mais adiante esse caminho para a vítima lhe é interditado ou
desvanece-se naturalmente pela diluição dos sentimentos de ódio, dando ensejo a outras
providências terapêuticas mais efetivas.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos –
Subgrupo 1.2
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Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5.3 Para auxiliar a Sonoterapia
 Quando aplicar o Passe com a finalidade de adormecer, finalizando
atendimentos?
Podemos afirmar que, na maioria dos tratamentos desobsessivos a que são submetidos
os Espíritos que fazem sofrer (porque sofrem também), haverá, em algum momento, em algum
dos atendimentos que se lhes dispense a necessidade de conduzi-los ao sono.
Constituindo-se o sono um dos instintos básicos do ser humano-espiritual, está na raiz
de suas necessidades e, portanto, a indução a esse estado é, de certa forma, facilmente
assimilável pelos Comunicantes.
O fundamento dessa terapia encontra-se no conhecimento das técnicas sugestivas, que
são apelos direcionados ao inconsciente, não à razão consciente. O passe, nesses casos, é
recurso auxiliar extremamente útil.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos –
Subgrupo 1.3
 No processo da sugestão hipnótica para a regressão de memória e na sonoterapia,
devem-se aplicar passes na Entidade sofredora? Sendo recomendável, qual a
técnica a ser utilizada? Qual a contribuição que os Passes fornecem para os
resultados?
É de muita utilidade a aplicação de passes na Entidade sofredora, que se deseja conduzir
à regressão de memória, bem como, quando se quer utilizar a terapia do sono, a fim de diminuir
as aflições que se expressam durante a comunicação mediúnica.
Estando a mente sobrecarregada de fixações perturbadoras, os passes conseguem
desfazer as ideoplastias estabelecidas, as monoidéias inquietadoras, rompendo as camadas
vibratórias das emanações viciosas, facilitando o repouso do desencarnado, bem como a sua
viagem ao passado, que sempre será realizada sob a orientação dos benfeitores espirituais, que
se encarregam de dirigir a reunião desobsessiva.
Nesses casos, ao mesmo tempo em que se procede à indução hipnótica, retiram-se os
fluidos negativos que envolvem o perispírito do comunicante, mediante movimentos
longitudinais e, de imediato, rotativos, no chacra cerebral, a fim de facilitar as recordações
dos momentos geradores da aflição que ora se expressa em forma de sofrimento, revolta,
perseguição impiedosa...
Os resultados são muito positivos, porque identificadas as causas dos sofrimentos e
realizada a conveniente psicoterapia, sucedem o despertar da consciência e o natural desejo de
reparação naquele que descobre estar sem razão.
Divaldo Franco - Terapia pelos Passes – Cap. 9 – Passes nas Reuniões Mediúnicas
39
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
 É válido o terapeuta espiritual aplicar técnicas de Hipnose durante a
doutrinação? Quando deve utilizá-las e como avaliá-las?
É de muita utilidade a hipnose como recurso terapêutico em favor dos Espíritos
comunicantes desde que se saiba aplicá-la corretamente, até porque essa terapia, na maioria dos
casos, irá funcionar como contra-hipnose no sentido de diluir fixações mentais
deprimentes que eles próprios se auto infligiram ou que neles foram implantadas pelos
Espíritos agressivos e dominadores que infestam os Planos Espirituais de densidade inferior.
A hipnose se baseia fundamentalmente na ação sugestiva, uma sequência de ordens e
apelos que o agente dirige ao paciente, estando este preparado para receber a terapia.
Esta condição ideal para ser hipnotizado, o denominado estado de sugestibilidade é um
nível alterado de consciência situado entre a vigília e o sono natural em que a vontade do
hipnotizador suplanta, até certo ponto, a vontade consciente do hipnotizado, que assim tem
algumas zonas do inconsciente acessadas, ficando mais apto para movimentar os estímulos
externos e os mecanismos internos promotores da cura.
Quando se fornece a alguém uma causa consciente de ação, convence-se, persuade-se a
pessoa; porém quando se lhe insinua uma razão inconsciente de ação, sugestiona-se.
Esse é o domínio da hipnose.
Como o inconsciente é mais abrangente, poderoso e dominador que o consciente, a
sugestão prevalece sobre a razão analítica. Por isso a hipnose é tanto mais eficiente quanto
maior a habilidade para se conseguir, o mais plenamente possível, o estado de
sugestibilidade, a partir do qual o inconsciente é mais fortemente estimulado, colocando o
paciente num estado de obediência e de adesão total às propostas terapêuticas sugeridas pelo
doutrinador.
Seja qual for a explicação para o estado hipnótico, o que importa mesmo é que o
doutrinador saiba os caminhos que a ele conduzem e os benefícios a serem alcançados no trato
com os Espíritos sofredores.
Em primeiro lugar, procurará conduzir o Espírito a quem quer transmitir sugestões
hipnóticas a um estado de confiança total depois de vencer-lhe os argumentos — falsos
argumentos — frutos do tresvario emocional e psíquico em que se encontra.
40
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
Arrefecido o ânimo agitado da Entidade, e já dando esta os primeiros sinais de entrega,
deve o doutrinador parar a fala discursiva e, escolhida a sugestão, compatível com a necessidade
do comunicante, ficar a repeti-la com voz pausada, clara e incisiva até envolvê-lo totalmente na
energia da sugestão, se necessário aplicando passes longitudinais, a partir do chacra
cerebral.
Semelhantes sugestões pós-hipnóticas poderão ser dadas de forma enfática, no estilo de
cada um, conforme a percepção do doutrinador e objetivos por ele imaginados: — "Durma,
durma, durma. Quando acordar você perceberá o quanto Deus o ama e como você poderá ser
feliz. Durma, durma!"
Para o Espírito que se deprime, dizer-lhe repetitivamente, depois de levá-lo ao estado
de sugestibilidade (sonolência ou relax) frases assim: — "Você é filho de Deus; foi criado para
ser feliz! Sinta como está melhor agora! Descanse um pouco pensando em ser feliz".
Há também as sugestões relacionadas com a prescrição de medicamentos: — "Você já
foi medicado, logo estará bem". Ou então: — "Vamos aplicar-lhe uma injeção anestésica!
Pronto. Já aplicamos. Um brando torpor lhe invade. Não pense em nada. Durma".
Há momentos dramáticos na doutrinação em que se faz necessário conter advertindo o
Espírito em atitude afrontosa e desrespeitosa ao Poder Divino. Quando isso acontecer usará o
doutrinador de energia demonstrando sua indignação e exercerá o império de sua vontade com
expressões do tipo: — "Como você se atreve a afrontar o Todo Poderoso dessa forma,
desconsiderando que Ele lhe deu a vida e o conduziu até hoje?". E caso o Espírito insista,
ordenar incisivamente: — "Agora você não mais falará. Ficará, assim, sem voz, por um tempo,
para refletir. Pronto, cessou!”.
Um outro tipo de sugestão útil é a que objetiva chamara atenção do Espírito com relação
a quadros ideoplásticos que são construídos e projetados pelos Mentores, a fim de funcionarem
como lições educativas para o socorrido.
Por último, alguns breves comentários sobre a auto hipnose, que nada mais é do que
propor ao visitante espiritual, depois de adequadamente preparado, repetir ele mesmo, várias
vezes a sugestão libertadora.
Por exemplo, proporá o doutrinador: — "Não se deprecie tanto. Depois do
arrependimento virá a reparação que antecede a liberdade, porque todos somos filhos de Deus.
Repita: 'Eu sou filho de Deus, eu sou filho de Deus, Deus me ama!"
Tais expressões últimas, repetidas pelo Espírito, fazem com que uma "janela" se abra
para o inconsciente superior sem a necessidade de recorrermos ao escancaramento da "porta"
como faz a hipnose plena.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg.
100 – Hipnose
41
Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos
3.5.3.1 Para auxiliar a Sonoterapia – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 1
• Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Cap.1 – A
Família Soares
José Petitinga, fundador da antiga União Espírita Bahiana, está doutrinando o inimigo
espiritual que se vinculara à jovem Mariana. O caso em tela foi atendido em reuniões
mediúnicas no Plano Físico, seguidas de outras, no Plano Espiritual, nas dependências da
veneranda Casa. Em verdade, aquele não era problema só de Mariana, mas de todo o seu grupo
familiar, já que o pai, viciado na jogatina e no álcool, de comportamento inadequado, constituía-
se, com os outros irmãos, campo fácil para a ação dos adversários espirituais, mormente o que,
naquele momento, Petitinga atendia.
O irmão Saturnino, semi-incorporado no venerando doutrinador, ergueu-o, e, dirigindo-
se ao perturbador-perturbado, em oração, começou a aplicar-lhe passes, de modo a diminuir-
lhe as agudíssimas ulcerações e torturas.
Branda claridade envolveu o comunicante, enquanto as mãos de Saturnino, justapostas
às de Petitinga, como depósitos de radiosa energia, que também se exteriorizava do plexo
cardíaco do passista, lentamente penetraram os centros de força do comunicante, como a
anestesiar lhe a organização perispiritual em desalinho. Com voz compassiva, o diretor dos
trabalhos começou a exortar:
Durma, durma meu irmão... O sono far-lhe-á bem. Procure tudo esquecer para
somente lembrar-se de que hoje é novo dia... Durma, durma, durma...
O perseguidor foi vencido por estranho torpor, sendo desligado do médium por
devotados assessores desencarnados, que cooperavam no serviço de iluminação.
No momento em que a providência sonoterápica foi utilizada, a Entidade estava
inflexível na disposição de continuar prejudicando sua vítima. Petitinga, inspirado, compreende
que era chegado o momento de aliviar aquela dor — a dor de um suicida vencido pelo ódio —
reforçando, com os passes, a terapia do choque anímico que fora programada como etapa inicial
do processo de desobsessão.
O doutrinador deve saber o momento de interromper ou finalizar um diálogo. Ele não
pode esperar que o Espírito mude seus sentimentos de uma hora para outra, nem levar suas
tentativas, nesse sentido, até o limite da exaustão do médium ou do Espírito.
Sobre a técnica, o narrador afirma: “As mãos do passista penetraram lentamente os
centros de força” (no plural), o que sugere passe longitudinal direcionado para mais de um,
muito provavelmente a partir do coronário. Já a palavra “lentamente” dá ideia de ação
revigorante, associada ao efeito anestésico do passe.
Detalhe importante na ação de Petitinga: ele associa à sugestão hipnótica — dormir —
outra, pós-hipnótica dormir, sim, mas lembrar-se de que aquele era novo dia e que ele deveria
esquecer o passado. É sempre bom quando, ao induzir o Espírito ao sono, propõe-se algo
que possa concretizar-se depois, no despertamento.
Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos –
Subgrupo 1.3
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O que a Doutrina Espírita oferece à Mediunidade

  • 2. SUMÁRIO 1. Introdução – Reuniões Mediúnicas e os Passes.........................................1 1.1 Os Princípios fundamentais da atividade Mediúnica..................................1 1.2 A Mediunidade e a Doutrina Espírita .........................................................3 2. Reuniões Mediúnicas ...................................................................................3 2.1 Objetivos e Finalidades...............................................................................3 2.2 Características .............................................................................................5 2.3 Recursos e Técnicas ....................................................................................8 2.4 Síntese .......................................................................................................10 3. O Passe – nas Reuniões Mediúnicas.........................................................15 3.1 O Passe – Como Terapia Auxiliar.............................................................15 3.2 O Passe – E o Médium mediunizado ........................................................21 3.3 O Passe – Quem aplica e como.................................................................25 3.4 O Passe – Aonde aplicar ...........................................................................26 3.5 O Passe – Quando aplicar .........................................................................28 3.5.1 Para Recomposição Emocional e Prosseguimento do Diálogo..........................28 3.5.1.1 Estudo de Casos – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 2 ..............................30 3.5.1.2 Estudo de Casos – Grilhões Partidos – Cap. 19..............................................31 3.5.2 Para interromper a Comunicação Mediúnica .....................................................32 3.5.2.1 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 9 .........................................35 3.5.2.2 Estudo de Casos – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 25...............................37 3.5.3 Para auxiliar a Sonoterapia.................................................................................38 3.5.3.1 Para auxiliar a Sonoterapia – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 1..............41 3.5.3.2 Para auxiliar a Sonoterapia – Tormentos da Obsessão – Cap. 12...................42 3.5.4 Para auxiliar a Regressão de Memória em Espíritos..........................................43 3.5.4.1 Estudo de Casos – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 3 ..............................49 3.5.4.2 Estudo de Casos – Tramas do Destino – Cap. 20 ...........................................50 3.5.4.3 Estudo de Casos – Sexo e Obsessão - Cap. 16 ...............................................51 3.5.5 Para desfazer Ideoplastias...................................................................................53 3.5.5.1 Estudo de Casos – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 28...............................54 3.5.5.2 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 30 .......................................56
  • 3. 3.5.6 Para harmonização dos Médiuns no final das Reuniões.....................................59 3.5.6.1 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 29 .......................................60 3.6 Síntese .......................................................................................................61 3.6.1 Considerações Finais..........................................................................................61 3.6.2 Passes/Finalidade x Passes/Como x Referências ...............................................62 4. Referências..................................................................................................64 4.1 Livros ........................................................................................................64 4.2 Mensagens/Artigos....................................................................................65 4.3 Perguntas & Respostas..............................................................................69
  • 4. 1 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 1. Introdução – Reuniões Mediúnicas e os Passes Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai. Jesus - Mateus, 10:8 1.1 Os Princípios fundamentais da atividade Mediúnica  Quais são os princípios fundamentais da atividade Mediúnica? Missão: tomaríamos, a partir dos ensinos dos Espíritos, como sendo a regeneração da Humanidade através da canalização do pensamento dos Mentores Espirituais, sob o comando de Jesus, no seio das ideias humanas para fecundá-las de modo a promover ou acelerar o crescimento ético-moral das criaturas. Neste particular, a missão da mediunidade se confunde com a do Espiritismo. Objetivos: são as três grandes propostas do Codificador: instrução dos encarnados, erradicação da incredulidade e o trabalho terapêutico de aconselhamento aos Espíritos que sofrem e aos que fazem sofrer. Finalidades: tomamo-las ao pensamento de Manoel Philomeno de Miranda, Espírito, na obra Temas da Vida e da Morte: “Para os encarnados são as lições proveitosas que a prática mediúnica proporciona, a melhor compreensão da lei de causa e efeito que o fato mediúnico traz à tona em lições vivas, o exercício da caridade e da fraternidade anônimas entre os membros da prática mediúnica e destes em relação aos desencarnados que não vemos, sensibilizando-nos para ajudar aos que vemos e, por fim, a conquista de amizades entre os Espíritos que se comunicam conosco”. Divaldo Franco – Qualidade na Prática Mediúnica –3º Parte – Perg. 80 O fim providencial das manifestações é dar aos crentes ideias mais justas sobre o futuro..., convencer os incrédulos... e nos pôr em contato com Espíritos sofredores que podemos aliviar e cujo adiantamento podemos facilitar por meio de bons conselhos. Allan Kardec - O que é o Espiritismo – Cap. 2 - item 50
  • 5. 2 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos • Meio de comprovação da imortalidade. Mais difundido o exercício da mediunidade através das comunicações dos desencarnados com os encarnados, tal faculdade se faz a porta por meio da qual se abrem os horizontes da imortalidade, propiciando amplas possibilidades para positivar a indestrutibilidade da vida, não obstante o desgaste da transitória indumentária fisiológica. Joanna de Angelis – Estudos Espíritas – Cap. 18 - Mediunidade • Instrumento de equilíbrio e iluminação. Natural, aparece espontaneamente, mediante constrição segura, na qual os desencarnados de tal ou qual estágio evolutivo convocam à necessária observância de suas leis, conduzindo o instrumento mediúnico a precioso labor por cujos serviços adquire vasto patrimônio de equilíbrio e iluminação, resgatando, simultaneamente, os compromissos negativos a que se encontra enleado desde vidas anteriores. Joanna de Angelis - Estudos Espíritas – Cap. 18 - Mediunidade Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer. Desse modo, ainda mesmo que te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxílio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como benção de Deus a brilhar sobre ti. Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 1 – Na Mediunidade • Instrumento Provacional/Uma Âncora. Outras vezes surge como impositivo provacional mediante o qual é possível mais ampla libertação do próprio médium, que, em dilatando o exercício da nobilitação a que se dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz. Joanna de Angelis - Estudos Espíritas – Cap. 18 - Mediunidade
  • 6. 3 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 1.2 A Mediunidade e a Doutrina Espírita  O que a Doutrina Espírita pode oferecer a Mediunidade? Em Espiritismo, é imperioso distinguir entre Mediunidade e Doutrina para que as surpresas do mundo não nos ensombrem a marcha. MEDIUNIDADE é progresso. DOUTRINA é realização. O processo passa. A realização permanece. MEDIUNIDADE é caminho. DOUTRINA é bússola. O caminho pode bifurca-se. A bússola guia sempre. MEDIUNIDADE é argumento. DOUTRINA é lógica. O argumento é variável. A lógica é inamovível MEDIUNIDADE é pormenor. DOUTRINA é base. O pormenor é superfície. A base é substância. MEDIUNIDADE é trato de terra. DOUTRINA é semente nobre. A leira obedece aos ditames do lavrador. A semente nobre enriquece a vida. MEDIUNIDADE é fenômeno da Alma. DOUTRINA é alma do fenômeno. MEDIUNIDADE inclui a telementação e a letargia, a sugestão e hipnose. A DOUTRINA é responsabilidade, estudo edificante, serviço ao próximo e sacrifício pessoal. Na primeira, temos a observação e a experiência; na segunda, a educação e a caridade. Em síntese, a Mediunidade é trabalho da criatura humana e a Doutrina Espírita é Jesus de braços abertos. Dignifiquemos, assim, a MEDIUNIDADE com a nossa consagração ao bem puro e simples, mas não nos esquecemos de plasmar a DOUTRINA ESPÍRITA no livro da própria alma, a fim de que o nosso coração se converta em flama da Vida Eterna. André Luiz – Através do Tempo – Cap. 38 – Mediunidade e a Doutrina
  • 7. 2 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos O de que necessita o Espiritismo hoje, como o Cristianismo de ontem difundiu, é o serviço anônimo do herói desconhecido, capaz de guardar-se no silêncio da renúncia após o bem que faça. Profetas e médiuns, faladores e escreventes, fiscais e orientadores, examinadores e críticos eficientes, a Humanidade sempre os teve, sem que, contudo, a dor tivesse recebido o devido amparo e a aflição fosse honrada com a assistência fraternal. (...) Não se esqueça de viver a sua condição de médium, como se cada dia fosse o seu último dia de vida física, na Terra. A mediunidade, que lhe positiva a sobrevivência do Espírito ao trânsito pelo túmulo, oferece-lhe segurança e paz para o momento decisivo da sua partida. Marco Prisco – Momentos de Decisão – Cap. 34- Herói Anônimo/Cap. 19 – Você e a Mediunidade O melhor médium para o Mundo Espiritual não é o que seja portador de múltiplas faculdades, mas é aquele que esteja sempre disposto a aprender e sempre pronto a servir. Albino Teixeira – Paz e Renovação – Cap. 34 – Decálogo para Médiuns
  • 8. 3 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 2. Reuniões Mediúnicas 2.1 Objetivos e Finalidades  Quais são os objetivos e as finalidades de uma Reunião Mediúnica? • Exercitar a faculdade mediúnica de forma saudável e segura, em perfeita harmonia com os princípios da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus; • Garantir o intercâmbio mediúnico com Espíritos desencarnados, participando do trabalho espiritual de auxílio aos que sofrem e aos que fazem sofrer, assim como refletir a respeito das orientações e dos esclarecimentos transmitidos pelos benfeitores da Vida maior; • Auxiliar, direta ou indiretamente, encarnados e desencarnados envolvidos em processo de reajuste espiritual; • Cooperar com os benfeitores espirituais no trabalho de defesa do Centro Espírita ante as investidas de Espíritos descompromissados com o bem; • Aprender a desenvolver a humildade, a fraternidade e a solidariedade no trato com encarnados e desencarnados em sofrimento, exemplificando, assim, o esforço de transformação moral. Federação Espírita Brasileira - Mediunidade – Estudo e Prática – II – Pag. 31 – Objetivos da Reunião Mediúnica Erraríamos frontalmente se julgássemos que a desobsessão apenas auxilia os desencarnados que ainda pervagam nas sombras da mente. Semelhantes atividades beneficiam a eles, a nós, bem assim os que nos partilham a experiência quotidiana, seja em casa ou fora do reduto doméstico, e, ajuda, os próprios lugares espaciais em que se desenvolve a nossa influência. Reuniões dedicadas à desobsessão constituem, bastas vezes, trabalho difícil, pois, em muitas circunstâncias, parece cair em monotonia desagradável, não só pela repetição frequente de manifestações análogas umas às outras, como também porque a elas comparecem, durante largo tempo, entidades cronicificadas em rebeldia e presunção. Isso, porém, não pode e não deve desencorajar os tarefeiros desse gênero de serviço, de vez que nenhum pesquisador encarnado na Terra está em condições de avaliar os benefícios resultantes da desobsessão quando está sendo corretamente praticada. André Luiz - Desobsessão – Cap. 64 – Benefícios da Desobsessão
  • 9. 4 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos A sessão mediúnica é a porta aberta para o constante intercâmbio como o mundo espiritual, onde aprendemos sempre. Há pessoas que afirmam: “Eu gosto da sessão mediúnica, porque vou fazer a caridade”. É uma colocação simpática, mas errada. Ali é o lugar onde vamos aprender e receber a caridade, porque mesmo o Espírito em sofrimento, que vem ter conosco, a quem pressupomos estar a esclarecer, este é que nos faz a caridade, dizendo sem palavras: “Olhe o que aconteceu comigo. Ou você muda de comportamento, ou vai sofrer a mesma coisa. E necessário que você veja no meu exemplo o perigo que está correndo...” A sessão mediúnica vitaliza o trabalhador, porque é o momento em que ele se despoja das aparências, em que se desnuda. Usando uma imagem já comprometida por outras doutrinas, é o “momento eucarístico”. Um Espírito nos disse certa vez: “É o momento de beber o sangue e comer o corpo de Jesus, referido no Evangelho, porque é o momento da verdadeira comunhão de almas evocando a Ceia Pascal, que a seu turno recorda a libertação do povo hebreu da casa do Egito”. A imagem, embora vigorosa, tem aplicação no caso, do ponto de vista espiritual. A sessão mediúnica é a porta que se abre para que saiamos de nós, como indivíduos, para o encontro com todos, como comunidade, não dos dois mundos, mas do mesmo mundo, nas suas duas faixas de vibrações — física e espiritual. Divaldo Franco – Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas – Pag. 12 – Importância dos Trabalhos Práticos Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros, formando uma espécie de feixe. Ora, quanto mais homogêneo for esse feixe, tanto mais força terá. Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – Cap. 29 – Item 331– Das Reuniões em Geral O grupo mediúnico é um ser coletivo que necessita da harmonia do conjunto para bem funcionar. Para isso é preciso que cada um busque o equilíbrio próprio através do preparo doutrinário contínuo, de vigilância permanente, não apenas nos dias de reunião. (…) é vital que os unam laços da mais sincera e descontraída afeição. O bom entendimento entre todos é condição indispensável, insubstituível, se o grupo almeja tarefas mais nobres. Não pode haver desconfianças, reservas, restrições mútuas. Qualquer dissonância entre os componentes encarnados pode servir de instrumento de desagregação. Hermínio de Miranda – Diálogo com as Sombras – Cap. 2 – Os Encarnados
  • 10. 5 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 2.2 Características  Quais são as características de uma Reunião Mediúnica Séria? Características de uma reunião bem orientada: • Realizada em local adequado e reservado para as reuniões. • Dirigente prático e instruído doutrinariamente. • Pontualidade na abertura dos trabalhos, embora a flexibilidade no encerramento. • Preces curtas. • Leituras preparatórias. • Médiuns educados. • Controle nas comunicações. • Caridade para com os sofredores. • Compreensão evangélica para com os Espíritos endurecidos. • Ausência de ornamentos e objetos estranhos à reunião. • Análise criteriosa de todas as comunicações. • Assiduidade, pontualidade e disciplina por parte da equipe, sempre em atitude respeitosa, no recinto. • Harmonia entre os integrantes da reunião. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Reuniões Mediúnicas – Cap. 1 – Natureza das Reuniões As reuniões instrutivas apresentam caráter muito diverso e, como são aquelas em que se pode colher o verdadeiro ensino, insistiremos especialmente sobre as condições em que se devem realizar-se. A primeira de todas é que sejam sérias, na completa acepção da palavra. É imperioso que todos se convençam de que os Espíritos a quem desejam dirigir-se são de natureza especialíssima; que não podendo o sublime aliar-se ao trivial, nem o bem com o mal, quem quiser obter boas coisas precisa dirigir-se a espíritos bons [...]. Uma reunião só é verdadeiramente séria quando se ocupa das coisas úteis, com exclusão de todas as demais. Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – Cap. 29 – Item 327
  • 11. 6 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Em síntese, podemos dizer que são características das reuniões mediúnicas sérias: • Cogita de coisas úteis, são exclusivamente voltadas para a prática do bem, jamais são utilizadas para obtenção de fenômenos extraordinários, como passatempo ou diversão. • Há um esforço coletivo, no grupo, de neutralizar as más influências e as imperfeições pessoais, sobretudo o orgulho e o egoísmo. • Os participantes procuram instruir-se e desenvolver sentimentos elevados, favoráveis à homogeneidade. • A equipe tem consciência da necessidade do estudo, a fim de que os Espíritos encontrem no cérebro do médium recursos que lhes facilitem a manifestação, ainda que estas tragam a forma e o colorido pessoal de cada medianeiro. • A reunião é privativa e sem número excessivo de participantes, onde é possível desenvolver um clima de recolhimento e comunhão de ideias. • Os médiuns não devem se sentir constrangidos com a análise das comunicações recebidas por seu intermédio. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Estudo e prática da mediunidade – Programa II – Módulo 1 - As Reuniões Mediúnicas As reuniões espíritas são compromissos graves assumidos perante a consciência de cada um, regulamentadas pelo esforço, pontualidade, sacrifício e perseverança dos seus membros. Somente aqueles que sabem perseverar, sem postergarem o trabalho de edificação interior, se fazem credores da assistência dos Espíritos interessados na sementeira da esperança e da felicidade na Terra. Manoel Philomeno de Miranda – Nos Bastidores da Obsessão – Introdução.
  • 12. 7 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Entendemos por grupo mediúnico a associação de pessoas que têm conhecimento da Doutrina Espírita e que pretendem dedicar-se ao estudo da fenomenologia medianímica e, simultaneamente, praticar a excelente lição do próprio Espiritismo, que é a caridade. O número de pessoas oscila de acordo com as possibilidades dos que dirigem o grupo. Ideal é que este seja constituído de elementos, como diz Allan Kardec, simpáticos entre si, que persigam objetivos superiores, que desejem instruir-se e que estejam dispostos ao ministério do serviço contínuo; entretanto, merece considerar que todo grupo de experiências mediúnicas fundamentado num número excessivo de membros está relativamente fadado ao fracasso. Os espíritos prescrevem um número em torno de 15 (quinze), no máximo 20 (vinte), ou não inferior a 6 (seis), para que haja a equipe dos que funcionarão na mediunidade, propriamente chamada, bem como a equipe dos que atenderão no socorro dos passes e através da mediunidade de doutrinação, e, ao mesmo tempo, o grupo dos que poderão atender como assessores para qualquer outra cooperação necessária. Divaldo Franco – Diretrizes de Segurança – Questão 30 – O que é um Grupo Mediúnico
  • 13. 8 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 2.3 Recursos e Técnicas  Quais os recursos que podem ser utilizados durante as Reuniões Mediúnicas? Quando um Espírito sofredor, ou mesmo um calceta, endurecido, incorpora num médium adestrado numa reunião mediúnica séria dá-se um choque fluídico, que vem a ser terapia fundamental, processando-se pela interpenetração entre os períspiritos do médium e do Espírito e caracterizando-se por trocas energéticas entre ambos: – “A energia doentia do comunicante sendo absorvida pelo médium, que a elimina enquanto doa energia saudável ao enfermo”. Simultaneamente o poder magnético do médium impede que o Espírito desvairado fuja do diálogo com o terapeuta-doutrinador que, ato contínuo, se inicia. Esse diálogo, vai complementar o choque anímico, levando o Espírito à reflexão, e despertando-o para uma realidade nova, felicitadora. O terapeuta-doutrinador, em sintonia com o Mentor Espiritual da reunião, na medida em que aconselha o Espírito pode sentir a necessidade de adotar outros procedimentos favorecedores da terapia desobsessiva, conduzindo-a para resultados promissores. Por exemplo: Utilizar-se da prece, quando sentir que a onda de desespero do Espírito amainou e este precisa se aproximar de Deus de que se afastou, Aplicar passe, quando sentir a necessidade de controlar a energia da comunicação, para que o desequilíbrio não se estabeleça prejudicando a terapia e os delicados equipamentos mediúnicos, funcionando também como recurso calmante e sonoterapia para os Espíritos exauridos no processo da comunicação; Poderá utilizar-se da hipnose, no seu aspecto sugestivo, para a projeção de ideoplastias proveitosas ao esclarecimento ou como recurso de contenção dos impulsos asselvajados dos Espíritos comunicantes; por fim, Induzi-los à regressão de memória, sob orientação do Mentor, quando perceber a necessidade de remover traumas ou levá-los a compreender os motivos desencadeadores dos acontecimentos atuais FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Organização e Funcionamento de Reuniões Mediúnicas – Pag. 65- As Terapias Mediúnicas
  • 14. 9 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos − O Choque Anímico (a comunicação psicofônica) Não ignora o amigo que, do mesmo modo que o médium, pelo perispírito, absorve as energias dos comunicantes espirituais que, no caso de estarem em sofrimento, perturbação ou desespero, de imediato experimenta melhora no estado geral, por diminuir-lhes a carga vibratória prejudicial, a recíproca é verdadeira... Trazido o Espírito rebelde ou malfazejo ao fenômeno da incorporação o perispírito do médium transmite-lhe alta carga fluídica animal, chamemo-la assim, que bem comandada aturde-o, fá-lo quebrar algemas e mudar a maneira de pensar... Manoel Philomeno de Miranda – Loucura e Obsessão – Cap. 11 – Técnicas de Libertação − Regressão de Memória Técnica a ser utilizada com muito cuidado em casos específicos. Normalmente o psicoterapeuta espiritual recebe a intuição dos Benfeitores para proceder a regressão nos casos em que o mergulho no passado auxiliará o Espírito a se libertar de ideias fixas como a de vitimização, em que ele somente vê um lado do que está vivendo. − Indução Hipnótica Técnica utilizada em várias ocasiões, especialmente para induzir ao sono para que o Espírito seja socorrido pelos Benfeitores ou para que possa perceber Espíritos familiares e outros. Pratiquem a hipnose construtiva, quando necessário, no ânimo dos Espíritos sofredores comunicantes, quer usando a sonoterapia para entregá-los à direção e ao tratamento dos instrutores espirituais presentes, efetuando a projeção de quadros mentais proveitosos ao esclarecimento, improvisando idéias providenciais do ponto de vista de reeducação, quer sugerindo a produção e ministração de medicamentos ou recursos de contenção em favor dos desencarnados que se mostrem menos acessíveis à enfermagem do grupo. André Luiz - Desobsessão – Cap. 33 – Manifestação de Enfermo Espiritual - II − Doação Amorosa A principal técnica a ser utilizada no diálogo terapêutico é a doação de amor. O doutrinador encarnado era o centro dum quadro singular. Seu tórax convertera-se num foco irradiante, e cada palavra que lhe saía dos lábios assemelhava-se a um jato de luz alcançando diretamente o alvo, fosse ele os ouvidos perturbados dos enfermos ou o coração dos obsessores cruéis. Suas palavras eram, com efeito, de uma simplicidade encantadora, mas a substância sentimental de cada uma assombrava pela sublimidade, elevação e beleza. André Luiz – Missionários da Luz – Cap. 17 - Doutrinação
  • 15. 10 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 2.4 Síntese No limiar deste livro, formado com a palavra viva dos amigos desencarnados, recordamos o Benfeitor Celeste, em sua gloriosa ressurreição, e desejamos sejam essas páginas uma saudação dos vivos da Espiritualidade que bradam para os vivos da Escola Humana: — Irmãos, aproveitai o tempo que vos é concedido na Terra para a construção da verdadeira felicidade! A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência. Vinde à esperança, vós que chorais na sombra da provação! Suportai a dor como bênção do Céu e avançai para a luz sem desfalecer!... Além da cinza que o túmulo espalha sobre os sonhos da carne, a alma que amou e elevou-se renasce plena de alegria na vida eterna, qual esplendoroso sol, fulgurando além da noite. Depois de curto estágio na Terra, estareis conosco na triunfante imortalidade! Ajudai-vos uns aos outros. Educai-vos, aprendendo e servindo!... E, buscando a inspiração de Jesus para a nossa luta de cada dia, roguemos a Deus nos abençoe. Emmanuel – Instruções Psicofônicas – Cap. 1 - Renuncia Espíritas, irmãos de ideal, se quiserdes o triunfo nas promessas que assinastes Mais Alto, antes de empreenderdes a presente romagem no mundo, é preciso acordar para a responsabilidade de viver e de crer, lutando destemerosamente na regeneração de nós mesmos e no soerguimento moral da Terra! Guardemos a provação por bênção, o trabalho por alimento espiritual de cada dia, o obstáculo por medida de nossa confiança, a fé por nosso incessante estímulo e a consciência tranquila por nosso melhor galardão. A batalha neste século é decisiva para nós, espiritistas e servidores da Boa-Nova, quinhoados com a riqueza do conhecimento renovador! Aceitaremos o Cristo, libertando-nos definitivamente das trevas, ou permaneceremos nas trevas, adiando indefinidamente a nossa libertação com o Cristo. Antônio Luiz Sayão - Vozes do Grande Além – Cap. 1 – Mensagem de Alerta
  • 16. 11 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Um grupo para sessões de caridade reclama trabalhadores devotados à divina virtude para a produção de amor e luz nos Espíritos necessitados. A caridade de quem ensina é a garantia daquele que aprende. A caridade nos pensamentos, palavras e ações, é o processo de renovar nossas almas. Onde há caridade não há lugar para a mistificação, porque tudo resulta em aprendizado, cooperação, trabalho e harmonia. Organizemos núcleos de assistência cristã às mentes enfermiças da Terra e do Além, mas não nos esqueçamos de que só pela caridade fraternal acenderemos bastante luz no coração para que o nosso agrupamento seja uma luz, brilhando na Vida Espiritual. Meimei – Instruções Psicofônicas – Adenda Em verdade, não podemos prescindir do Espiritismo prático para a cura de nossos males, mas para que as nossas reuniões de contato com o Plano Espiritual frutifiquem, vitoriosas, em bênçãos de saúde e alegria, precisamos trazer conosco o Espiritismo do Cristo, devidamente praticado. José Xavier – Instruções Psicofônicas – Adenda Cada agrupamento espírita deve possuir o seu núcleo de amparo cristão aos companheiros desencarnados, em dificuldades na sombra, com reduzido número de irmãos responsáveis, que lhes possam lenir o sofrimento e sanar os desequilíbrios morais, usando os valores da prece e da palavra fraternal. Revelando o roteiro do bem, nele acertamos os próprios passos; consolando, somos por nossa vez consolados; ajudando, recebemos auxílio, e, acendendo a luz da oração para os que padecem, transviados na ignorância e na dor, temos nosso caminho iluminado para a obra de redenção que nos cabe realizar em nós mesmos. Francisco de Menezes Dias da Cruz – Instruções Psicofônicas – Adenda
  • 17. 12 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 1º — Acenda a luz do amor e da oração no próprio espírito se você deseja ser útil aos sofredores desencarnados. 2º — Receba a visita do companheiro extraviado nas sombras, nele abraçando com sinceridade um irmão do caminho. 3º — Não exponha as chagas do comunicante infeliz à curiosidade pública, auxiliando- o em ambiente privado como se você estivesse socorrendo um parente enfermo na intimidade do próprio lar. 4º — Não condene, nem se encolerize. 5º — Não critique, nem fira. 6º — Não fale da morte ao Espírito que a desconhece, clareando-lhe a estrada com paciência, para que ele descubra a realidade por si próprio. 7º — Converse com precisão e carinho, substituindo as preciosas divagações e os longos discursos pelo sentimento de pura fraternidade. 8º — Coopere com o doutrinador e com o médium, endereçando-lhes pensamentos e vibrações de auxílio, compreensão e simpatia, sem reclamar deles soluções milagrosas. 9º — Não olvide, a distância, o equilíbrio, a paz e a alegria, a fim de que o irmão sofredor encontre o equilíbrio, a paz e a alegria em você. 10º — Não se esqueça de que toda visita espiritual é muito importante, recordando que, no socorro prestado por nós a quem sofre, estamos recebendo da vida o socorro que nos é necessário, a erguer-se em nós por ensinamento valioso, que devemos assimilar, na regeneração ou na elevação de nosso próprio destino André Luiz – Instruções Psicofônicas – Cap. 46 – Sessões Mediúnicas Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer. Desse modo, ainda mesmo que te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxílio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como benção de Deus a brilhar sobre ti.” Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 12 – Na Mediunidade
  • 18. 13 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Hoje, não podemos precisar de que modo desencarnarão os médiuns espíritas ocupados em tarefa libertadora das consciências, mas é importante que vivam atendendo aos próprios deveres, para que recebam corretamente a morte, quando não seja na palma do heroísmo, pelo menos na dignidade do trabalho edificante. Emmanuel – Seara dos Médiuns – Cap. 31 – Mediunidade e Privilégios Se fosse concedida à criatura vulgar uma vista de olhos, ainda que ligeira, sobre uma assembleia de espíritos desencarnados, em perturbação e sofrimento, muito se lhes modificariam as atitudes na vida normal. Nessa afirmativa, devemos incluir, igualmente, a maioria dos próprios espiritistas, que frequentam as reuniões doutrinárias, alheios ao esforço auto-educativo, guardando da espiritualidade uma vaga idéia, na preocupação de atender ao egoísmo habitual. André Luiz – Os Mensageiros – Cap. 43 – Antes da Reunião Não nos cansaremos de insistir, de instar, de pedir o contributo daqueles que despertaram para Jesus, no campo da caridade mediúnica, seja tornando-se instrumentos para trazer a mensagem, seja na condição de doutrinadores, captando a palavra de esperança para os necessitados, a fim de se esforçarem em favor da própria transformação moral, do equilíbrio mental, para que rompam, em definitivo, com os condicionamentos que vilipendiam o caráter e que oferecem plasma para explorações psíquicas na área da sexualidade, do humor negativo, graças à manutenção dos vícios mentais, nas atitudes infelizes em que tombam pela insensatez e pelo descuido. Não é tão cedo quanto parece, para que se estabeleça a renovação espiritual. Até agora já recebestes uma quota muita alta de esclarecimento. Àquele, portanto, a quem muito se deu, muito se lhe pedirá, mais se oferecendo àquele que mais doou. João Cleófas – Intercâmbio Mediúnico – Cap. 59 – Cartas-Vivas
  • 19. 14 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Qual a força que te sustentou no exercício da Mediunidade? “A Caridade sempre foi a força que me sustentou; tudo sempre valeu a pena, por causa dela... Quando ficava muito aborrecido comigo mesmo, com as minhas imperfeições e erros, procurava a periferia da cidade, visitando as favelas. Sempre encontrei na pratica do bem a mensagem de consolação e o conforto espiritual de que me achava carente! O médium que vive distante da vivência na caridade não possui retaguarda... Emmanuel me ensinou isto. Ele me dizia: - Chico, deixemos os nossos escritos; a pagina mediúnica pode esperar um pouco; é hora de você se reabastecer... Vamos para a periferia! E eu ia com ele ou ele comigo, não sei... Quando na minha cabeça eu já tinha esquecido tudo, voltava para a psicografia... Sem caridade, o médium não consegue sustentar o vínculo com a sua própria espiritualidade!... Mediunidade é assim: aprimoramento constante, luta sem tréguas contra o personalismo, exercício de humildade, estudo e devotamento ao próximo... Infelizmente, muitos médiuns acham que mediunidade é só contato com os espíritos...” Francisco Cândido Xavier - O Evangelho de Chico Xavier – Item 13 – Sustento na Mediunidade
  • 20. 15 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3. O Passe – nas Reuniões Mediúnicas 3.1 O Passe – Como Terapia Auxiliar  O Passe, como terapia auxiliar, pode ser usado indiscriminadamente ou somente em momentos adequados? Os passes, durante a doutrinação dos Espíritos, devem ser usados com moderação e cautela, somente quando sua aplicação seja indicada. Neste particular devemos copiar a Natureza — ela nunca se utiliza de recursos que não estão sendo reclamados e jamais consome energia além do necessário. Devemos ter sempre em mente que, quando o Espírito incorpora no médium dá-se uma imantação e através do choque anímico começa a fluir energia num circuito de ida e de volta, do médium para o Espírito e desse para aquele, num sistema energético que é ajustado e controlado pelo Mentor Espiritual, a funcionar como um verdadeiro "técnico" em eletrônica espiritual ou transcendental. Ora, se o nível de energia estiver bom, isto é, a comunicação do médium se expressando equilibrada e controladamente, não há necessidade alguma de passes, não sendo de estranhar que estes possam ser mais prejudiciais que úteis, por se constituírem uma energia externa nem sempre bem dosada e corretamente aplicada. Imaginemo-la em excesso: poderá causar irritação; imaginemo-la aplicada com uma técnica dispersiva: agirá no sentido de desimantar, podendo arrefecer a energia da comunicação, afrouxar os contatos mediúnicos e até fazer cessar a transmissão da mensagem. Não é assim que procedemos quando queremos impedir uma comunicação indesejável, fora da reunião mediúnica, por exemplo, através de um médium desarmonizado? Uma imagem de que nós podemos utilizar para entender o que estamos propondo é tomarmos por comparação uma solução de sal marinho em água: à medida que vamos adicionando sal à água, a solução vai ficando concentrada, até o seu limite de saturação, a partir do qual todo sal que se adicione se precipita, antes turvando a solução. Quando se age no sentido inverso, o da diluição, a solução pode tornar-se tão fraca que não se consiga perceber a presença do soluto. Comparando esta imagem com um sistema mediúnico (apenas para fins didáticos) teremos: precipitação sólida no fundo do vaso equivale a excesso de fluido agindo no recipiente físico (soma), criando irritação e outros transtornos ao equipamento mediúnico; turvação da solução significa perturbação no campo magnético da comunicação, destacando impurezas, dificultando a transmissão e a recepção da mensagem; já uma diluição excessiva lembra um passe dispersivo desnecessariamente aplicado numa dupla médium-Espírito em ação, diminuindo a força energética da comunicação. Portanto, passes somente no momento adequado e com conhecimento de causa. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica mediúnica – Perg. 96 – Passe – terapia auxiliar
  • 21. 16 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  Que energias, basicamente, são transmitidas e recebidas durante o passe? Quando se trata da ação pura e simples do magnetizador, veicula-se fluido vital, bioenergia, que poderá estar saturada de fluidos espirituais representativos das qualidades morais do doador. Quando se trata da ação desenvolvida pelos Espíritos, a transmissão é de fluidos sutis por eles gerados correspondentes aos seus sentimentos. Classificam--se, didaticamente, esses fluidos produzidos pelos Espíritos, como espirituais. Muitas vezes, os seres desencarnados associam os seus a outros recursos, extraídos da Natureza ou mesmo da esfera dos homens, em doações inconscientes e involuntárias. Um terceiro tipo de ação é o do magnetismo misto ou humano/espiritual, quando o doador encarnado funciona como médium, canalizando, juntamente com as suas, as energias que os bons Espíritos irradiam por seu intermédio. Essa é a proposta básica do passe espírita, aquele em que um doador, orando, atende alguém que espera em estado de súplica respeitosa e afervorada. Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos, Mecanismos de Ação e Resultados  Qual o papel do Passe Espírita? O papel do passe espírita é equilibrar o movimento e a atividade das forças vitais através da ação de um doador encarnado que se associa a outro doador espiritual para transmutar energias pela força da vontade ativa (concentração) e através de sentimentos nobres (amor irradiante). Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos, Mecanismos de Ação e Resultados
  • 22. 17 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  Qual os princípios essenciais quanto aos movimentos durante a aplicação dos Passes? Primeiro, o sentido das correntes energéticas: estas circulam de cima para baixo, dos chacras superiores para os inferiores, sendo esse o sentido da movimentação das mãos. Assim sendo, não se deve magnetizar de baixo para cima, sob risco de se provocar dificuldades no paciente, mal-estares por força de um congestionamento fluídico que possa dar--se em função do um movimento contrário ao das correntes. Segundo, a proteção do campo magnético: o campo é a área de irradiação de energias que se forma em torno da dupla em ação - passista e paciente -, onde são dispersadas e veiculadas. Essa área deve ser preservada. Esse campo pode vir a ser contaminado pelas energias de baixo teor deslocadas da aura de quem está recebendo o Passe. Terceiro, o ritmo: o passe é movimento rítmico; o ritmo é ciclo, como na vida. Cada movimento impõe um outro de complementação e equilíbrio, entremeado de pausa para mudar a direção. Dispersão, Pausa, assimilação ou Doação, eis o ritmo no Passe em três etapas bem caracterizadas. Quarto, a sintonia: trata-se do ajuste inicial, o acoplamento fluídico que se faz indispensável, definida em magnetismo como contato. Esse contato se estabelece através de uma preparação, que tanto pode ser uma leitura, ou reunião doutrinária, que predispõe o beneficiário, uma apresentação entre pessoas, um gesto ou uma vibração simpática. Nunca começar um passe mecanicamente, simplesmente por começar. Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos, Mecanismos de Ação e Resultados
  • 23. 18 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  Qual as fases principais da execução do Passe? Teremos o nosso passe padrão em três fases: 1º Fase - Dispersão Através de passes rotativos sobre o chacra coronário, seguidos de movimento para baixo, duas a três vezes, à semelhança de passes longitudinais. Repete-se a operação por um tempo em torno de um minuto e meio a dois. Essa sequência de operações dispersivas dá uma ideia de estarmos desembaraçando algo com as mãos e envolvendo nelas esse material recolhido para, em seguida, joga-lo fora adiante É nessa fase que os cuidados com o campo devem ser observados. 2º Fase: Repouso Trata-se de uma simples pausa para mudar de movimento. 2º Fase: Doação Faz-se com uma imposição dupla sobre o coronário, a uma distância controlada, conforme as necessidades do enfermo e que não deve ser muito demorada para não provocar uma irritação fluídica em quem recebe o passe. Outros chacras, órgãos ou regiões localizadas podem ser estimulados por imposição das mãos, além da que se fez sobre o coronário, conforme as necessidades do paciente. Projeto Manoel Philomeno de Miranda – Terapia pelos Passes – Cap. 5 – Objetivos, Mecanismos de Ação e Resultados
  • 24. 19 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos O passe é comumente utilizado nas reuniões mediúnicas. É uma forma de doar fluidos salutares ao Espírito sofredor comunicante, auxiliando-o na recuperação ou no equilíbrio do seu estado mental e emocional. Tem o poder de também auxiliar o médium durante a comunicação mediúnica, de forma que os fluidos deletérios sejam dissipados e não atinjam diretamente o equilíbrio somático do medianeiro. Naturalmente, não é uma conduta obrigatória, uma vez que o médium harmonizado com o plano espiritual superior encontra recursos necessários para não se deixar influenciar pelas ações, emoções ou sentimentos do sofredor, que lhe utiliza as faculdades psíquicas para manifestar-se. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - Apostila do Curso Estudo e Educação da Mediunidade - Programa I - Módulo 2 - 1.ª parte, roteiro 3, cont. 3, p. 88 O atendimento a esses Espíritos, nas reuniões mediúnicas, indica que a aplicação do passe “deve ser observada regularmente, de vez que o serviço de desobsessão pede energias de todos os presentes e os instrutores espirituais estão prontos a repor os dispêndios de força havidos, através dos instrumentos do auxílio magnético que se dispõem a servi-los, sem ruídos desnecessários, de modo a não quebrarem a paz e a respeitabilidade do recinto. Fora dos momentos normais [manifestações mediúnicas usuais], os médiuns passistas atenderão aos companheiros necessitados de auxílio tão-só nos casos de exceção, respeitando com austeridade disposições estabelecidas, de modo a não favorecerem caprichos e indisciplinas.” André Luiz – Desobsessão - Cap. 52 - Passes Os passes, como transfusões de forças psíquicas, em que preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficiários, representam a continuidade do esforço do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo. Emmanuel - Caminho, Verdade e Vida – Cap. 153 - Passes Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são
  • 25. 20 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais. [...] é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação. Emmanuel - O Consolador – Perg. 99- Como deve ser recebidos e dados o passe? Meu amigo, o passe é transfusão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício. O passe exprime também gasto de forças e não deves provocar o dispêndio de energias do Alto, com infantilidades e ninharias. Emmanuel – Revista Reformador – 1951 – Fevereiro – O Passe/Segue-me – Cap. 47 – O Passe O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos. Espíritas e médiuns espíritas, cultivemos o passe, no veículo da oração, com o respeito quem se deve a um dos mais legítimos complementos da terapêutica usual. Certamente os abusos da hipnose, responsáveis por leviandades lamentáveis e por truanices de salão, em nome da ciência, são perturbações novas no mundo, mas o passe, na dignidade da prece, foi sempre auxilio divino às necessidades humanas. Basta lembrar que o Evangelho apresenta Jesus, ao pé dos sofredores, impondo as mãos. André Luiz – Opinião Espírita – Cap. 55 – O Passe O passe pode, entretanto, ser considerado necessário durante a manifestação de entidades espirituais portadoras de necessidades especiais, como, por exemplo, os obsessores, suicidas, alienados mentais ou as que revelam possuir graves lesões perispirituais. Marlene Nobre - A Obsessão e suas Máscaras: um estudo da obra de André Luiz – 1º Parte - Cap. 17 – Terapêutica e Profilaxia
  • 26. 21 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.2 O Passe – E o Médium mediunizado  Deve-se aplicar Passe no médium mediunizado? Em que circunstância? Acredito que os médiuns em transe somente deverão receber passes quando se encontrem sob ação perturbadora de Entidades em desequilíbrio, cujas emanações psíquicas possam afetar-lhes os delicados equipamentos perispirituais. Notando-se que o médium apresenta estertores, asfixia, angústia acentuada durante o intercâmbio, como decorrência de intoxicação pelas emanações perniciosas do comunicante, é de bom alvitre que seja aplicada a terapia do passe, que alcançará também o desencarnado, diminuindo-lhe as manifestações enfermiças. Nesse caso, também será auxiliado o instrumento mediúnico, que terá suavizadas as cargas vibratórias deletérias. Invariavelmente, em casos de tal natureza, deve-se objetivar os chakras coronário e cerebral do médium, através de movimentos rítmicos dispersivos, logo após seguidos de revitalização dos referidos Centros de Força. Com essa terapia se pode liberar o médium das energias miasmáticas que o desencarnado lhe transmite, ao tempo em que são diminuídas as cargas negativas do Espírito em sofrimento. Divaldo Franco – Terapia pelos Passes– Cap. 9 – Passes em Reuniões Mediúnicas– Pag. 108 Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Terapia pelos Passes – Cap. 7 Essa intervenção do doutrinador (conforme explanado pelo Divaldo) se dará no momento em que o desequilíbrio se instala, o que pode ocorrer no início, no meio ou no final da comunicação. Uma outra situação extremamente dramática e perturbadora é a que acompanha a comunicação de Espíritos vigorosa e demoradamente fixados ao mal, vinculados às organizações das sombras, de que se fizeram líderes, o que efetivamente acontece em memoráveis encontros, divididos em dois tempos: um no plano físico e o outro no plano espiritual, com a equipe mediúnica desdobrada pelo sono.
  • 27. 22 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Nesses encontros, líderes enlouquecidos do anticristo são atendidos por Espíritos com grande competência, funcionando como doutrinadores. Esses líderes da Sombra trazem máscaras ideoplásticas aderidas ao perispírito. construídas e vitalizadas há séculos, as quais ocultam o estado de miséria moral em que se encontram; são capazes ainda, esses Espíritos, de construir outras figurações momentâneas, fruto de grande treino mental, tais como a de monstros, demônios etc. para assustarem suas vítimas e contendores. Vencidos pela força crística que os doutrinadores conseguem portar, são submetidos a processos magnéticos complexos quão eficazes para o desfazimento dessas ideoplastias. Resta-nos colocar uma terceira situação em que se pode aplicar passes em médiuns já incorporados, que é durante a indução hipnótica que o doutrinador inspirado direciona para fins de regressão de memória. Ainda recorrendo a Divaldo Franco, aparece a necessidade de, como ato preparatório, desfazer fixações perturbadoras, monoideias inquietadoras antes de conduzir os Espíritos ao passado como no caso anterior citado, daí porque ele sugere "ao mesmo tempo que se procede à indução hipnótica, retirar-se os fluidos enfermiços que envolvem o perispírito do comunicante, mediante movimentos longitudinais e, de imediato, rotativos, no chakra cerebral, a fim de facilitar as recordações dos momentos gerados da aflição que ora se expressa em forma de sofrimento, revolta, perseguição impiedosa..." Portanto, passe com variação de técnica, conforme a indicação específica a cada tipo de caso é, também, padrão de qualidade Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg. 97 - Passes em médiuns em transe
  • 28. 23 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  Existe necessidade de incorporação mediúnica para aplicação do Passe? Nenhuma necessidade, já que se pode magnetizar pela própria energia, como fazia Allan Kardec e os magnetizadores do passado. A incorporação mediúnica rem uma outra finalidade. Quando os Espíritos vêm comunicar-se conosco e trazem as suas mensagens, fazem-no em movimentos próprios, adrede estabelecidos. Durante a terapia pelos passes não é conveniente a incorporação mediúnica, para evitar a mística e a superstição, e também o desgaste do próprio passista, porque durante o fenômeno de incorporação há um desgaste de energia ectoplásmica, uma perda de energia curativa. Esses dois desgastes irão perturbar o equilíbrio psicossomático do agente aplicador de passes. A pessoa que aplica passes, estando incorporada, vai ter uma despesa de energia desnecessária. O que acontece, no entanto, quando se faz a aplicação do passe em estado de lucidez e de consciência? No breve intervalo do repouso entre um passe e outro, o organismo se refaz qual ocorre na transfusão de sangue. Terminada a operação, alguns minutos de repouso permitem que o organismo elabore nova quantidade de energia, às vezes maior, pelo estímulo, para manter o equilíbrio do aparelho circulatório. Então, não é necessária a comunicação mediúnica para se aplicar o passe. Divaldo Franco – Terapia pelos Passes – Cap. 8 - Entrevista O passe significa, no capítulo da troca de energias, o que a transfusão de sangue representa para a permuta das hemácias, ajudando o aparelho circulatório. O passe é essa doação de energias que nós colocamos ao alcance dos que se encontram com deficiências, de modo que eles possam ter seus centros vitais reestimulados e, em consequência disso, recobrem o equilíbrio ou a saúde, se for o caso. O passe magnético tem uma técnica especial, conhecida por todos aqueles que leram alguma coisa sobre o mesmerismo. É transfusão da energia do doador, do agente. O passe que nós aplicamos, nos Centros Espíritas, decorre da sintonia com os Espíritos Superiores, o que convém considerar sintonia mental, não uma vinculação para a incorporação. O passe deve ser sempre dado em estado de lucidez e absoluta tranquilidade, no qual o passista se encontre com saúde e com perfeito tirocínio, a fim de que possa atuar na condição de agente, não como paciente. Então, acreditamos que os passes praticados sob a ação de uma incorporação propiciam resultados menos valiosos, porque, enquanto o médium está em transe, ele sofre um desgaste. Aplicando passe, ele sofre outro desgaste, então experimenta uma despesa dupla. Os espíritos, para ajudarem, principalmente no socorro pelo passe, não necessitam, compulsoriamente, de retirar o fluido do médium, nele incorporando. Podem manipular, extrair energia, sem o desgastar, não sendo, pois, necessário o transe. Divaldo Franco – Diretrizes de Segurança – 7º Parte – Passes - Perg. 69 – O Que é o Passe
  • 29. 24 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Reconhecendo que o passe é a contribuição vibratória que nós poderemos doar em nome da caridade, desconhecemos a necessidade de comunicações Psicofônicas durante o seu transcurso. Encontramos em Allan Kardec, no livro A Gênese, a informação de que nós poderemos estar submetidos a três tipos ou condições energéticas ou de ações fluídicas. Existe fluidificação eminentemente magnética, que são as energias do próprio sensitivo, nesse caso, tido como magnetizador. Ele se desgasta porque doa do seu próprio plasma, e a partir dessa doação sente se cansado, esgotado. Um outro nível é o das energias espirituais materiais ou psicofísicas, quando se dá a conjugação dos recursos do mundo espiritual com os elementos do médium; o indivíduo se coloca na posição de um vaso de cujos recursos os Benfeitores se utilizam. Eis quando caracterizamos o médium aplicador de passes ou passista: aquele em quem, segundo a Instrução do Espírito André Luiz, as energias circulam em torno da cabeça, como que assimilando os valores da sua mentalização escoarem do através das mãos, para beneficiar o assistido. Vemos que quanto mais o trabalhador se aprimora, se aperfeiçoa quanto mais se integra e se entrega ao ministério dos passes, sem cansaço, vai melhorando a si mesmo, pois, ao aplicar as energias socorristas, será primeiramente beneficiado com os fluidos dos Servidores do Além, que dele se utilizam. Kardec ainda aponta o terceiro nível de energia que é o espiritual por excelência. Neste caso, não haverá nenhuma necessidade de um instrumento físico. Os espíritos projetam diretamente as energias sobre os necessitados. Assim, vemos que mesmo no segundo nível, em que encontramos o médium aplicador de passes, sobre o qual agem as entidades para atender a terceiros, não há nenhuma necessidade de incorporação desses espíritos. Os Benfeitores, comumente, não incorporam para aplicar passes, o que não impede que, uma vez incorporados, os Benfeitores apliquem passes. São situações diferentes. Uma é o indivíduo receber espíritos para aplicar passes, o que muitas vezes esconde a sua insegurança, o seu atavismo não-espírita, os seus hábitos deseducados. Ele não crê que os espíritos dele possam se utilizar sem a necessidade da incorporação. Então, muitas vezes, por um processo de indução psicológica, o espírito projeta os seus fluidos e o médium age como se o estivesse incorporado. Não se dá conta de que não se trata de uma incorporação, mas de um envolvimento vibratório, que lhe faz arrepiar. Com isso, vamos perceber que, embora haja a atuação dos Benfeitores Espirituais no trabalho dos passes, não há nenhuma necessidade de que incorporemos espíritos para aplicá-los. Há companheiros que ainda não foram educados para o trabalho do passe e apresentam uma atuação mais característica de distúrbio do que de ascendência mediúnica: os cacoetes psicológicos, a respiração ofegante, o retorcimento dos lábios, os gestos bruscos, estalidos de dedos, etc.; quando nada disso tem a ver, evidentemente, com a realidade dos fluidos, da sua natureza do seu contato com os espíritos que se faz em nível mental. Raul Teixeira - Diretrizes de Segurança – 7º Parte – Passes - Perg. 83- Quando é necessária ou desaconselhável, durante o passe, a manifestação psicofônica?
  • 30. 25 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.3 O Passe – Quem aplica e como  A quem cabe a aplicação dos Passes durante a fase do atendimento, aos Doutrinadores ou aos Médiuns passistas? Ainda recorrendo à experiência do médium baiano vejamos como ele responde: A tarefa de aplicar passes nas reuniões mediúnicas sempre cabe ao encarregado da doutrinação. Poderá ele, no entanto, solicitar a contribuição de outros médiuns, especialmente passistas... A razão desse cuidado decorre da natural vinculação que se estabelece entre o diretor dos trabalhos e os cooperadores, que se tornam mais receptivos, por motivo do intercâmbio vibratório que deve viger entre todos os membros. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg. 99 – A Quem cabe a aplicação dos Passes? Divaldo Franco - Terapia pelos Passes – Cap. 9 – Passes em Reuniões Mediúnicas  Há necessidade de o Médium tocar ou encostar as mãos na pessoa que recebe o Passe? Desde que se trata de permuta de energias, deve-se mesmo, por medida de cautela e de zelo ao próprio bom nome, e ao do Espiritismo, evitar tudo aquilo que possa comprometer, como toques físicos, abraços, etc. Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – Perg. 75  Na aplicação dos Passes, há necessidade de que os médiuns passistas retirem de seus braços, de suas mãos os adornos, como pulseiras, relógios, anéis? Isso tem alguma implicação magnética ou é apenas para evitar ruídos e dar-lhes maior liberdade de ação? Em nossa forma de ver, a eliminação dos adornos não tem uma implicação direta no efeito positivo ou negativo do passe. Devem ser retirados porque é mais cômodo e o seu chocalhar produz dispersão, comprometendo a concentração nos benefícios do momento. Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – 7º Parte – Passes - Perg. 78 – Aplicação dos Passes
  • 31. 26 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.4 O Passe – Aonde aplicar  Quando é admissível fazerem-se passes fora do Centro Espírita, isto é, fazerem-se passes a domicílio? Quais as consequências dessa prática para o médium? Somente se devem aplicar passes a domicílio, quando o paciente, de maneira nenhuma, pode ir ao local reservado para o mister, que são o hospital espírita, ou a escola espírita, ou o próprio Centro Espírita. As consequências de um médium andar daqui para ali aplicando passes são muito graves, porque ele não pode pretender estar armado de defesas para se acautelar das influências que o aguardam em lugares onde a palavra superior não é ventilada, onde as regras de moral não são preservadas, e onde o bom comportamento não é mantido. Devemos, sim, atender a uma solicitação, vez que outra. Mas, se um paciente tem um problema orgânico muito grave, chama o médico e este faz o exame local, encaminhando-o ao hospital para os exames complementares, tais como as radiografias, os eletrocardiogramas, eletroencefalogramas, e outros, o paciente vai, e por quê? Porque acredita no médico. Se, porém, não vai ao Centro Espírita é porque não acredita, por desprezo ou preconceito. Crê mais na falsa pudicícia do que na necessidade legítima. Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – 7º Parte - Perg. 81 – Passes fora do Centro Espírita O melhor local para o passe é a Casa Espírita. Somente em casos excepcionais devem ser ministrados passes fora do Centro Espírita, a fim de não favorecer o comodismo e a indisciplina, devendo a tarefa ser realizada por dois médiuns, no mínimo; é de bom senso aconselhar o passe à distância, no caso do enfermo não poder comparecer à Casa Espírita. FERGS – Fluidoterapia - Cap. 3
  • 32. 27 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  Onde se deve aplicar Passes? Na Casa Espírita. Onde se devem fazer cirurgias de grande porte? Nos hospitais. Onde se deve fazer um leve curativo? Em qualquer lugar. O passe espírita é uma atividade de profundidade. Muitas vezes, no momento do passe, as Entidades venerandas realizam cirurgias perispirituais. Pessoas que têm "células fotoelétricas" (usamos essa palavra na falta de outra expressão) implantadas no cérebro, no cerebelo, ou que têm determinados implantes em órgãos enfermos são beneficiadas por esses benfeitores, que se utilizam dos momentos de concentração do paciente e de harmonia com o agente do passe para realizar tais cirurgias. No Centro Espírita, sim, por se tratar de um lugar onde existe um clima psíquico apropriado, onde se encontram condições mesológicas, porque ali os Espíritos colocam equipamentos especiais de que se utilizam. Em emergência, pode-se aplicar o passe em qualquer lugar. O essencial é a condição do agente, e como consequência, a receptividade do paciente. Pode-se aplicá-lo no lar, naqueles que o habitam, ao término do culto evangélico, ou quando se torna uma necessidade. Não por hábito, para não descaracterizá-lo, evitando-se que se torne rotina, repetição de natureza negativa e, às vezes, enfadonha. Num hospital, quando as circunstâncias assim o exigirem. Mas, o ideal é que a terapia pelos passes seja aplicada no lugar conveniente que é o Centro Espírita. E por que aí? Porque no Centro Espírita a pessoa antes faz uma terapia psicológica, ouve para poder libertar-se de ideias que não correspondem à realidade, faz uma psicanálise de grupo, recebe uma onda vibratória essencial e vai, naturalmente, relaxar, por causa do próprio psiquismo ambiente, tornando-se facilmente receptiva. Divaldo Franco – Terapia pelos Passes – Cap. 8 - Entrevista
  • 33. 28 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5 O Passe – Quando aplicar 3.5.1 Para Recomposição Emocional e Prosseguimento do Diálogo  Quando aplicar o Passe para recomposição emocional e prosseguimento do diálogo com o Espírito? Acredito que os médiuns em transe somente deverão receber passes quando se encontrem sob ação perturbadora de Entidades em desequilíbrio, cujas emanações psíquicas possam afetar-lhes os delicados equipamentos perispirituais. Notando-se que o médium apresenta estertores, asfixia angústia acentuada durante o intercâmbio, como decorrência de intoxicação pelas emanações perniciosas do comunicante, é de bom alvitre que seja aplicada a terapia do passe, que alcançará também o desencarnado, diminuindo-lhe as manifestações enfermiças. Nesse caso, também será auxiliado o instrumento mediúnico, que terá suavizadas as cargas vibratórias deletérias. Invariavelmente, em casos de tal natureza, devem-se objetivar os chacras coronário e cerebral do médium, através de movimentos rítmicos dispersivos, logo após seguidos de revitalização dos referidos centros de força. Com essa terapia pode-se liberar o médium das energias miasmáticas que o desencarnado lhe transmite, ao tempo em que são diminuídas as cargas negativas do Espírito em sofrimento. Divaldo Franco - Terapia pelos Passes – Cap. 9 – Passes nas Reuniões Mediúnicas - página 114  No desenvolvimento da faculdade em médiuns principiantes, há alguma utilidade em se lhes aplicar Passes para facilitar, por exemplo, a psicofonia? Este exercício é, às vezes, positivo, porque o médium estando com os centros psíquicos ainda não disciplinados durante a hora da concentração, entra em conflito, por não saber distinguir as sensações e emoções suas, daquelas que ele registra e que pertencem ao espírito desencarnado. Experimenta taquicardia, há o resfriamento corporal colapso periférico, a ansiedade que são típicos da presença dos espíritos que padecem, mas que, muitas vezes são da própria expectativa. No caso da aplicação do passe objetivando ajudar, aumenta no médium a carga vibratória e isso facilita-lhe o fenômeno. Mas, por outro lado, não deve ser habitual, para não lhe criar condicionamentos. Por isto, deve-se aplicar passes só esporadicamente. Divaldo Franco - Diretrizes de Segurança – Perg. 55
  • 34. 29 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  O que é Choque Anímico e como funciona terapeuticamente nas Reuniões Mediúnicas? Podemos dizer que toda contribuição energética do médium em transe a favor do Espírito comunicante é choque anímico. (...) A etapa inicial do nosso trabalho coroa-se de bênçãos... Desejávamos produzir um choque anímico em nosso irmão para colhermos resultados futuros... A partir daquele momento, o Espírito passou a experimentar sensações agradáveis, a que se desacostumara. O mergulho nos fluidos salutares do médium propiciou-lhe uma rápida desintoxicação, modificando-lhe, por um momento embora, a densa psicosfera em que se situava. O choque anímico decorrente da psicofonia controlada debilitou-o, fazendo-o adormecer por largo período. Manoel Philomeno de Miranda – Nas Fronteiras da Loucura - Cap. 25 – Técnica de Libertação/Cap.26 – Considerações e Preparativos Na comunicação física (o corpo do médium como veículo) o perispírito do médium encarnado absorve parte dessa energia cristalizada, diminuindo-a no Espírito, e ele, por sua vez, receberá um choque do fluido animal do instrumento, que tem a finalidade de abalar as camadas sucessivas das ideias absorvidas e nele condensadas. Quando um Espírito de baixo teor mental se comunica, mesmo que não seja convenientemente atendido, o referido choque do fluido animal produz-lhe alteração vibratória melhorando-lhe a condição psíquica e predispondo-o a próximo despertamento. No caso daqueles que tiveram desencarnação violenta — suicidas, assassinados, acidentados, em guerras — por serem portadores de altas doses de energia vital, descarregam parte delas no médium, que as absorve com pesadas cargas de mal estar, de indisposição e até mesmo de pequenos distúrbios para logo eliminá-las, beneficiando o comunicante que se sente melhor... Eis porque a mediunidade dignificada é sempre veículo de amor e caridade, porta de renovação e escada de ascensão para o seu possuidor. Manoel Philomeno de Miranda – Nas Trilhas da Libertação – Cap. A Luta Prossegue Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg. 92 - Equipe
  • 35. 30 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5.1.1 Estudo de Casos – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 2 • Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 2 – Socorro Espiritual O ambiente é o da antiga União Espírita Bahiana, hoje Federação Espírita do Estado da Bahia; as providências socorristas a benefício de Mariana, iniciadas na reunião mediúnica da noite, prosseguiriam na madrugada. Saturnino (Espírito) trouxe, desdobrados pelo sono, os envolvidos no caso. E porque Mariana se desesperasse ao defrontar com seu perseguidor, o Mentor tranquiliza-a, passando aos procedimentos terapêuticos programados, a começar pelo despertamento do inimigo espiritual da moça. A Entidade, vendo-se em uso da razão e reconhecendo-a, como se fora tomada de horror, agitando os punhos, intentou atirar-se sobre ela, no que foi impedido por auxiliares vigilantes. O verbo agressivo então escorreu de seus lábios, dos quais saía substância escura, nauseante. Nominalmente convocada, a moça desferiu horrível grito e caiu dominada por convulsões, sendo igualmente assistida. Entrando em transe e mergulhando no passado, sai para o repto, contestando o seu acusador. O diálogo entre ambos prossegue dramático, com interferências moderadoras do Benfeitor Espiritual, que dialoga longamente com o algoz, levando-o, de surpresa em surpresa, às lembranças do passado. Em dado momento, o sofredor evoca a região punitiva em que se surpreendera após o suicídio nefando e, parecendo sofrer indescritíveis padecimentos, pôs-se a debater, chorando copiosamente. O Assessor de Saturnino, solícito, acudiu presto o indigitado sofredor, aplicando-lhe passes reconfortantes, de modo a desembaraçar lhe a mente dos fantasmas da evocação dolorosa. Depois de demorada operação magnética, em que eram dispersadas as energias venenosas, elaboradas pelo baixo teor vibratório do próprio Espírito, este se refez paulatinamente, recobrando alguma serenidade. A intervenção mediante os passes dá-se em momento dramático da catarse do Espírito e tem a finalidade de abrandar o impacto emocional das lembranças, trazendo sua consciência para a realidade espaço-tempo em que se encontrava, a fim de que o diálogo pudesse continuar em clima favorável à absorção dos recursos educativos oferecidos pela fala amorosa de Saturnino. O Espírito dialoga com o Mentor sem estar incorporado por médium, embora Petitinga, a mãe de Mariana e outros membros da equipe de encarnados ali se encontrassem, certamente em atitude de colaboração. Houvesse incorporação mediúnica e o procedimento de passe seria idêntico, a começar pelos dispersivos. Quão importante é sabermos que os Amigos Espirituais reservam a noite para desdobrarem providências libertadoras em prol dos enfermos da Terra! Todo participante de reunião mediúnica deve estar disponível e pronto para atender ao chamamento dos bons Espíritos, enquanto o corpo repousa nas horas de refazimento pelo sono. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos – Subgrupo 1.1
  • 36. 31 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5.1.2 Estudo de Casos – Grilhões Partidos – Cap. 19  Manoel Philomeno de Miranda - Grilhões Partidos – Cap. 19 – Revelações Surpreendentes Ester, menina-moça de família tradicional carioca, em plena festa de seus quinze anos sofre violação obsessiva que a conduz a demorado internamento hospitalar. Após longo período de amargura, seus pais conseguem aproximar-se do Espiritismo, permitindo fosse introduzida a terapêutica desobsessiva no tratamento da filha. Estamos em reunião mediúnica da Instituição Espírita em que o Espírito Bezerra de Menezes atende o caso. O obsessor, conduzido ao transe mediúnico pela terceira vez, dirige-se ao pai da jovem enferma, presente na reunião, e é fraternalmente convidado pelo doutrinador a identificar-se. Ao fazê-lo, lembra-se de sua desencarnação — “Pois, bem, chamo-me Matias. Morri na guerra por ordem dele... Pergunte-lhe. Talvez não recorde. Quem lembraria de um reles soldado infeliz?... Ele era, então, capitão, e dava a impressão de que a guerra era dele... Era dezembro de 1944... As ordens eram para tomar a Cordilheira de Monte Castelo. Eu participava da última batalha e retornava ao combate...” — e começa a deblaterar, dolorosamente, revivendo a sua morte. O abnegado Bezerra, que o socorria carinhosamente, presto lhe aplicou recursos balsamizantes, de modo a auxiliá-lo no depoimento esclarecedor, ajudando-o a descarregar as energias negativas que o enlouqueciam. O Coronel Sobreira, inspirado pelo Mentor, acercou-se do médium e acudiu Matias incorporado com o recurso da aplicação de passes magnéticos de longo curso com a função calmante. A fluidoterapia oportuna recompôs a Entidade, que, estimulada pelo afável Bezerra, deu curso à narração dos infaustosos acontecimentos. Nesses dois atendimentos em sequência, o do Mentor e o do doutrinador, fica demonstrada, por parte do terapeuta encarnado, a compreensão clara do seu papel, tomando iniciativas apropriadas no momento exato em que observou as dificuldades do médium, atingido pelo desequilíbrio emocional do Espírito. Atento, soube aliar a lógica da razão com a da intuição, captando a onda-pensamento do Mentor. Nestes casos, a atuação pelos passes dar-se-á no momento em que o desequilíbrio se instalar, que poderá ser no início, durante ou no final da comunicação. A rapidez de ação do terapeuta é fator de sucesso no atendimento, pois, do contrário, corre-se o risco de se acentuarem as dificuldades do médium pela exacerbação de seu sistema nervoso. Um terapeuta atento chamará o médium à atenção toda vez que ele relaxe o controle, pedindo-lhe para reagir. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos – Subgrupo 1.1
  • 37. 32 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5.2 Para interromper a Comunicação Mediúnica  Quando aplicar o Passe para interromper a Comunicação Mediúnica? O passe é recurso auxiliar importante quando Mentores ou terapeutas encarnados, inspirados pelos primeiros, precisam suspender uma comunicação mediúnica por necessidade de serviço, por questões de segurança ou quando se transfere ação para ocasião mais oportuna. A técnica para o passe é dispersiva, envolvendo os centros de captação mediúnica, ou seja, o coronário e o cerebral. Tais necessidades não ocorrem apenas em reuniões mediúnicas; podem dar-se, por exemplo, num socorro emergencial no Atendimento Espiritual da Casa Espírita, quando, lidando-se com pessoas encarnadas, alguém entra em transe mediúnico, subitamente, ou chega na Casa mediunizado. Nesses casos, a técnica de passe é a mesma, auxiliada por apelos verbais para que o médium reaja — se consciente estiver — ou direcionados para o Espírito — nos casos de transes sonambúlicos —, com austeridade amorosa, solicitando que se afaste até outra oportunidade, quando será atendido. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos – Subgrupo 1.2  Quando o doutrinador perceber no médium, durante a comunicação, alguns exageros de expressão, tendências ao descontrole, como deverá proceder? O doutrinador se desloca até próximo do médium e, caso o Espírito esteja a impulsioná- lo a falar muito alto, dirá: — "Não é necessário gritar". Se o Espírito retrucar dizendo: — "Eu vou fazer isto ou aquilo...", o doutrinador contra- argumentará, e quando exceder dos limites apelará para o médium: — "Peço para reagir. Controle um pouco". Isto porque o Espírito utiliza o estado de excitação nervosa do sensitivo e, a medida em que se comunica, vai apossando-se do seu sistema nervoso central, assim como do sistema simpático, provocando um mal-estar que vai tomando conta da aparelhagem mediúnica. Não havendo os cuidados necessários, poderá acontecer exacerbação de comportamentos culminando na quebra de utensílios existentes no recinto. Apelando-se para o médium, produz-se um choque capaz de alertá-lo, levando-o a se controlar e a controlar melhor o comunicante. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg. 52
  • 38. 33 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos À medida que o médium educa a força nervosa, logra diminuir o impacto do desequilíbrio do comunicante. É compreensível que, em se comunicando um suicida, não venhamos a esperar harmonia por parte da entidade em sofrimento; alguém que foi vítima de uma tragédia sendo arrebatado do corpo sem o preparo para a vida espiritual apresentará no médium o estertor do momento final, na própria comunicação, algumas convulsões em virtude do quadro emocional em que o espírito se encontra. Há, porém, certos cacoetes e viciações que nos cumpre disciplinar. Há médiuns que só incorporam (termo incorreto), isto é, somente dão comunicação psicofônica, se bocejarem bastante. É lógico que uma entidade sofredora nos impregna de energia perniciosa, advindo o desejo de exteriorizar pelo bocejo. É uma forma de eliminar toxinas. Mas nós podemos eliminá- las pela sudorese, por outros processos orgânicos, não necessariamente o bocejo. Os médiuns têm o dever de coibir o excesso de distúrbios da entidade comunicante. Na minha terra, vi senhoras que se jogavam no chão, e vinham os cavalheiros prestimosos ajudá-las... Graças a Deus eram todas magrinhas... O médium deve controlar o espírito que se comunica, para que este lhe respeite a instrumentalidade, mesmo porque o espírito não entra no médium. A comunicação é sempre através do perispírito, que vai oferecer campo ao desencarnado. Todavia, a diretriz é do encarnado. Divaldo Franco – Diretrizes de Segurança – 1º Parte - Perg. 6 Os medianeiros psicofônicos nunca admitam tanto descontrole que cheguem ao ponto de derribar móveis ou quaisquer objetos, tumultuando o ambiente. Lembrem-se de que não se encontram à revelia das manifestações menos felizes que venham a ocorrer. Benfeitores desencarnados estão a postos, na reunião, sustentando a harmonia da casa, e resguardarão as forças de todos os médiuns em serviço para que se desincumbam com limpeza e dignidade das obrigações que lhes assistem. André Luiz - Desobsessão – Cap. 46 Atitude positivamente desaconselhável é a de permitir que comunicantes enfermos ensaiem qualquer impulso de agressão. André Luiz - Desobsessão – Cap. 47 Dever inadiável impedir que os manifestantes doentes subvertam a ordem com pancadas e ruídos que os médiuns psicofônicos conseguem facilmente frustrar. André Luiz - Desobsessão – Cap. 48
  • 39. 34 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  Como deve proceder o Doutrinador diante de uma comunicação que se prolonga por tempo demasiado? A quem cabe pôr termo a essa comunicação, ao Doutrinador ou ao Médium? Pode-se interromper a fala do Espírito, quando estiver se alongando? Quanto tempo disponibilizar ao Espírito comunicante, antes da intervenção do Esclarecedor? O médium, como passivo que é não tem vontade; deve liberar o fenômeno. Ao doutrinador cabe discipliná-lo, pois ele é o terapeuta. Não tem, ali, a tarefa de libertar o Espírito de todos os seus traumas. A função primordial da comunicação mediúnica de um ser desencarnado sofredor é aliviá-lo através do choque anímico ou fluídico: o Espírito absorve a energia animalizada do médium para dar-se conta da ocorrência da sua desencarnação. O doutrinador desperta-o, um pouco, para os Benfeitores Espirituais continuarem o trabalho depois de realizada essa primeira etapa. Toda vez que o diálogo se prolonga, se for o caso de um Espírito perturbador, é prejudicial ao médium, que assimila um excesso de energias deletérias. Ao doutrinador cabe, depois de cinco a dez minutos, no máximo, dizer: — "Muito bem, agora permaneça no recinto para continuar ouvindo, pois que, bons Espíritos vão assisti-lo e quanto ao médium, colabore encerrando a comunicação". É tarefa, portanto do orientador. Neste ensejo sua responsabilidade é muito delicada, porque terá de possuir tato psicológico para poder orientar o paciente. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg. 69 O esclarecimento não será, todavia, longo em demasia, compreendendo-se que há determinações de horário e que outros casos requisitam atendimento. A palestra reeducativa, ressalvadas as situações excepcionais, não perdurará, assim, além de dez minutos. Se o comunicante perturbado procura fixar-se no braseiro da revolta ou na sombra da queixa, indiferente ou recalcitrante, o diretor ou o auxiliar em serviço solicitará a cooperação dos benfeitores espirituais presentes para que o necessitado rebelde seja confiado à assistência de organizações espirituais adequadas a isso. André Luiz - Desobsessão – Cap. 37
  • 40. 35 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5.2.1 Estudo de Casos – Trilhas da Libertação – Cap. 9 • Manoel Philomeno de Miranda Trilhas da Libertação – Cap. 9 - Terapia Desobsessiva A cena é de uma reunião mediúnica no Plano Físico. A médium Raulinda oferece passividade ao seu próprio obsessor, uma passividade atormentada. O Espírito, que destilava amargura, controlava-lhe os centros coronário, cerebral e cardíaco, produzindo sudorese abundante e colapso periférico, seguido de alteração respiratória, além de comprimir lhe fortemente os ovários, como se desejasse estrangulá-los. Gargalhava, estentórico, levando a paciente à perda do autocontrole. Ela se debatia atabalhoadamente e, mesmo emulada pelo doutrinador a manter o controle, toda vez que o invasor lhe comprimia a região sensível e enferma, sentia dores e estrugia em gritos, que misturava a gargalhadas e quase convulsões nervosas. A palavra calma do Orientador mais o excitava à vingança, prosseguindo nas atitudes de desforço e maus-tratos. Aplicando energias saudáveis na médium e fluidos dispersivos nos centros da fixação mediúnica, por entender que a terapia deveria ser de longo curso, o dirigente conseguiu interromper a psicofonia atormentada, enquanto o irmão Vicente induzia psiquicamente o obsessor para o afastamento da vítima. O passe dispersivo foi intencionalmente aplicado para interromper a comunicação, direcionado, portanto, para os centros de fixação mediúnica, conforme consta da narrativa de Manoel Philomeno de Miranda. E quais são esses centros? Sendo o fenômeno mediúnico processo essencialmente telepático, de mente a mente, os centros de força envolvidos são os relacionados com a captação das ondas de pensamento — o coronário — e a introjeção desse material no mundo mental do médium através do cerebral. Casos de sevícias e maus-tratos praticados pelo Comunicante contra o médium, sempre impõem a necessidade imediata de interromper a comunicação. Pelo ímpeto com que se apresentava a Entidade, a impressão que se tem é de que o perseguidor de Raulinda manifestava-se ostensivamente na reunião mediúnica pela primeira vez, tornando possível, naquele momento, compreender-se as dificuldades existenciais por que a médium vinha passando. Seria necessário que o doutrinador percebesse, conforme se deu que o comunicante era obsessor da própria médium e que aquela situação não se resolveria de imediato. A ocorrência pode surpreender alguém desacostumado com os labores desobsessivos, que se perguntará: — Por que a comunicação do Espírito vingador através de sua própria devedora? Por que os Mentores não programaram a comunicação através de outro médium experiente e em situação de neutralidade emocional, mais apto, portanto, para exercer o controle? E a resposta será: — Poderiam fazê-lo. Todavia, a médium, naquelas circunstâncias, precisava viver a experiência. Afinal, quem semeia é o mesmo que colhe.
  • 41. 36 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Certamente Raulinda aportou à Casa Espírita com a mediunidade avassalada pela presença ostensiva do inimigo. Como porto seguro, a Casa e a terapia espírita suavizaram-lhe as aflições e porque tinha compromisso com a mediunidade, candidatou-se ao seu exercício. Aceita, foi colocada na linha de frente do serviço ativo; mas a avença, ou desavença, que é dela somente a ela cabe deslindar. Já houve época em que pessoas como Raulinda chegavam à Casa Espírita com sintomas mediúnicos exacerbados pela presença de inimigos espirituais. E os dirigentes de Grupos não tergiversavam em colocá-las imediatamente nas salas mediúnicas, a fim de solucionarem suas dificuldades. Tinham a intuição da importância de um compromisso mediúnico provacional e de que seus detentores seriam, eles mesmos, os instrumentos de socorro para seus desafetos espirituais, mas pecavam pela precipitação de os vincular ao serviço mediúnico antes do tempo. Hoje, compreende-se o valor de uma preparação bem cuidada. Não se pode esperar o fruto antes da hora, nem deixar a árvore que vai produzi-lo sem o cuidado da adubação e da melhor rega. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos – Subgrupo 1.2
  • 42. 37 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5.2.2 Estudo de Casos – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 25 • Manoel Philomeno de Miranda – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. 25 – Técnica de Libertação O atendimento é para Julinda, jovem mulher obsidiada internada em hospital psiquiátrico. O Espírito Bezerra de Menezes interessou-se pelo caso atraído pela prece que a mãe da jovem, aflita, envia aos céus. Católica, D. Angélica ouve falar do “médico dos pobres” e clama por sua intercessão. Bezerra, sensibilizado ante a veemência daquela invocação, acorre em atitude de ajuda; inteira-se das dificuldades da enferma, atende-a com passes e providencia a desobsessão na Casa Espírita onde exercia o ministério da caridade a Auxiliar de Enfermagem Rosângela que, no hospital, se transformara em benfeitora devotada de Ester. Estamos em reunião mediúnica. O Espírito agressor — Ricardo — incorporado num médium equilibrado está sendo atendido. O diálogo já ia adiantado quando o comunicante encolerizou-se e quis agredir o doutrinador, acionando o médium. Depois da tentativa não consumada, o doutrinador, inspirado pelo Espírito Bezerra de Menezes, decide interromper o diálogo, que fora programado tão-somente para que se desse o choque anímico, ponto de partida do programa socorrista estabelecido. Compreendendo que mais nada poderia ser feito naquela conjuntura e inspirado por Doutor Bezerra que acompanhava a tarefa sob controle, passou a aplicar passes no médium, enquanto o Mentor desprendia Ricardo, que se liberou, partindo na direção de Julinda, sob a força da imantação demorada a que se fixara não se dando conta de como sequer retornava. Em doutrinação a inspiração é tudo. O apercebimento de que o atendimento não se deveria estender, naquele caso, foi essencial. Primeiro, porque não se perdeu tempo com diálogo prolongado e improdutivo e, segundo, porque se poupou o médium de desgaste desnecessário. Como o Espírito expressou mentalmente o desejo de agredir o doutrinador, o médium, educado que era, envolveu-o em energias mentais de controle, facilitando ao terapeuta, de pronto, tomar as providências que lhe cabiam. Em muitos desses casos, quando os encarregados do esclarecimento, por inexperiência, deixam de tomar as iniciativas necessárias para interromper a comunicação, os Mentores Espirituais o fazem, deixando-os surpresos por não compreenderem o ocorrido. Convém destacar um fato: interrompido o transe, o Espírito agressor volta à sua hospedeira e vítima, atraído por vigorosos laços magnéticos que o atavam a ela. É o início da terapia. Mais adiante esse caminho para a vítima lhe é interditado ou desvanece-se naturalmente pela diluição dos sentimentos de ódio, dando ensejo a outras providências terapêuticas mais efetivas. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos – Subgrupo 1.2
  • 43. 38 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5.3 Para auxiliar a Sonoterapia  Quando aplicar o Passe com a finalidade de adormecer, finalizando atendimentos? Podemos afirmar que, na maioria dos tratamentos desobsessivos a que são submetidos os Espíritos que fazem sofrer (porque sofrem também), haverá, em algum momento, em algum dos atendimentos que se lhes dispense a necessidade de conduzi-los ao sono. Constituindo-se o sono um dos instintos básicos do ser humano-espiritual, está na raiz de suas necessidades e, portanto, a indução a esse estado é, de certa forma, facilmente assimilável pelos Comunicantes. O fundamento dessa terapia encontra-se no conhecimento das técnicas sugestivas, que são apelos direcionados ao inconsciente, não à razão consciente. O passe, nesses casos, é recurso auxiliar extremamente útil. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos – Subgrupo 1.3  No processo da sugestão hipnótica para a regressão de memória e na sonoterapia, devem-se aplicar passes na Entidade sofredora? Sendo recomendável, qual a técnica a ser utilizada? Qual a contribuição que os Passes fornecem para os resultados? É de muita utilidade a aplicação de passes na Entidade sofredora, que se deseja conduzir à regressão de memória, bem como, quando se quer utilizar a terapia do sono, a fim de diminuir as aflições que se expressam durante a comunicação mediúnica. Estando a mente sobrecarregada de fixações perturbadoras, os passes conseguem desfazer as ideoplastias estabelecidas, as monoidéias inquietadoras, rompendo as camadas vibratórias das emanações viciosas, facilitando o repouso do desencarnado, bem como a sua viagem ao passado, que sempre será realizada sob a orientação dos benfeitores espirituais, que se encarregam de dirigir a reunião desobsessiva. Nesses casos, ao mesmo tempo em que se procede à indução hipnótica, retiram-se os fluidos negativos que envolvem o perispírito do comunicante, mediante movimentos longitudinais e, de imediato, rotativos, no chacra cerebral, a fim de facilitar as recordações dos momentos geradores da aflição que ora se expressa em forma de sofrimento, revolta, perseguição impiedosa... Os resultados são muito positivos, porque identificadas as causas dos sofrimentos e realizada a conveniente psicoterapia, sucedem o despertar da consciência e o natural desejo de reparação naquele que descobre estar sem razão. Divaldo Franco - Terapia pelos Passes – Cap. 9 – Passes nas Reuniões Mediúnicas
  • 44. 39 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos  É válido o terapeuta espiritual aplicar técnicas de Hipnose durante a doutrinação? Quando deve utilizá-las e como avaliá-las? É de muita utilidade a hipnose como recurso terapêutico em favor dos Espíritos comunicantes desde que se saiba aplicá-la corretamente, até porque essa terapia, na maioria dos casos, irá funcionar como contra-hipnose no sentido de diluir fixações mentais deprimentes que eles próprios se auto infligiram ou que neles foram implantadas pelos Espíritos agressivos e dominadores que infestam os Planos Espirituais de densidade inferior. A hipnose se baseia fundamentalmente na ação sugestiva, uma sequência de ordens e apelos que o agente dirige ao paciente, estando este preparado para receber a terapia. Esta condição ideal para ser hipnotizado, o denominado estado de sugestibilidade é um nível alterado de consciência situado entre a vigília e o sono natural em que a vontade do hipnotizador suplanta, até certo ponto, a vontade consciente do hipnotizado, que assim tem algumas zonas do inconsciente acessadas, ficando mais apto para movimentar os estímulos externos e os mecanismos internos promotores da cura. Quando se fornece a alguém uma causa consciente de ação, convence-se, persuade-se a pessoa; porém quando se lhe insinua uma razão inconsciente de ação, sugestiona-se. Esse é o domínio da hipnose. Como o inconsciente é mais abrangente, poderoso e dominador que o consciente, a sugestão prevalece sobre a razão analítica. Por isso a hipnose é tanto mais eficiente quanto maior a habilidade para se conseguir, o mais plenamente possível, o estado de sugestibilidade, a partir do qual o inconsciente é mais fortemente estimulado, colocando o paciente num estado de obediência e de adesão total às propostas terapêuticas sugeridas pelo doutrinador. Seja qual for a explicação para o estado hipnótico, o que importa mesmo é que o doutrinador saiba os caminhos que a ele conduzem e os benefícios a serem alcançados no trato com os Espíritos sofredores. Em primeiro lugar, procurará conduzir o Espírito a quem quer transmitir sugestões hipnóticas a um estado de confiança total depois de vencer-lhe os argumentos — falsos argumentos — frutos do tresvario emocional e psíquico em que se encontra.
  • 45. 40 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos Arrefecido o ânimo agitado da Entidade, e já dando esta os primeiros sinais de entrega, deve o doutrinador parar a fala discursiva e, escolhida a sugestão, compatível com a necessidade do comunicante, ficar a repeti-la com voz pausada, clara e incisiva até envolvê-lo totalmente na energia da sugestão, se necessário aplicando passes longitudinais, a partir do chacra cerebral. Semelhantes sugestões pós-hipnóticas poderão ser dadas de forma enfática, no estilo de cada um, conforme a percepção do doutrinador e objetivos por ele imaginados: — "Durma, durma, durma. Quando acordar você perceberá o quanto Deus o ama e como você poderá ser feliz. Durma, durma!" Para o Espírito que se deprime, dizer-lhe repetitivamente, depois de levá-lo ao estado de sugestibilidade (sonolência ou relax) frases assim: — "Você é filho de Deus; foi criado para ser feliz! Sinta como está melhor agora! Descanse um pouco pensando em ser feliz". Há também as sugestões relacionadas com a prescrição de medicamentos: — "Você já foi medicado, logo estará bem". Ou então: — "Vamos aplicar-lhe uma injeção anestésica! Pronto. Já aplicamos. Um brando torpor lhe invade. Não pense em nada. Durma". Há momentos dramáticos na doutrinação em que se faz necessário conter advertindo o Espírito em atitude afrontosa e desrespeitosa ao Poder Divino. Quando isso acontecer usará o doutrinador de energia demonstrando sua indignação e exercerá o império de sua vontade com expressões do tipo: — "Como você se atreve a afrontar o Todo Poderoso dessa forma, desconsiderando que Ele lhe deu a vida e o conduziu até hoje?". E caso o Espírito insista, ordenar incisivamente: — "Agora você não mais falará. Ficará, assim, sem voz, por um tempo, para refletir. Pronto, cessou!”. Um outro tipo de sugestão útil é a que objetiva chamara atenção do Espírito com relação a quadros ideoplásticos que são construídos e projetados pelos Mentores, a fim de funcionarem como lições educativas para o socorrido. Por último, alguns breves comentários sobre a auto hipnose, que nada mais é do que propor ao visitante espiritual, depois de adequadamente preparado, repetir ele mesmo, várias vezes a sugestão libertadora. Por exemplo, proporá o doutrinador: — "Não se deprecie tanto. Depois do arrependimento virá a reparação que antecede a liberdade, porque todos somos filhos de Deus. Repita: 'Eu sou filho de Deus, eu sou filho de Deus, Deus me ama!" Tais expressões últimas, repetidas pelo Espírito, fazem com que uma "janela" se abra para o inconsciente superior sem a necessidade de recorrermos ao escancaramento da "porta" como faz a hipnose plena. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Qualidade na Pratica Mediúnica – Perg. 100 – Hipnose
  • 46. 41 Passes nas Reuniões Mediúnicas – aprendendo com os Espíritos 3.5.3.1 Para auxiliar a Sonoterapia – Nos Bastidores da Obsessão – Cap. 1 • Manoel Philomeno de Miranda - Nos Bastidores da Obsessão – Cap.1 – A Família Soares José Petitinga, fundador da antiga União Espírita Bahiana, está doutrinando o inimigo espiritual que se vinculara à jovem Mariana. O caso em tela foi atendido em reuniões mediúnicas no Plano Físico, seguidas de outras, no Plano Espiritual, nas dependências da veneranda Casa. Em verdade, aquele não era problema só de Mariana, mas de todo o seu grupo familiar, já que o pai, viciado na jogatina e no álcool, de comportamento inadequado, constituía- se, com os outros irmãos, campo fácil para a ação dos adversários espirituais, mormente o que, naquele momento, Petitinga atendia. O irmão Saturnino, semi-incorporado no venerando doutrinador, ergueu-o, e, dirigindo- se ao perturbador-perturbado, em oração, começou a aplicar-lhe passes, de modo a diminuir- lhe as agudíssimas ulcerações e torturas. Branda claridade envolveu o comunicante, enquanto as mãos de Saturnino, justapostas às de Petitinga, como depósitos de radiosa energia, que também se exteriorizava do plexo cardíaco do passista, lentamente penetraram os centros de força do comunicante, como a anestesiar lhe a organização perispiritual em desalinho. Com voz compassiva, o diretor dos trabalhos começou a exortar: Durma, durma meu irmão... O sono far-lhe-á bem. Procure tudo esquecer para somente lembrar-se de que hoje é novo dia... Durma, durma, durma... O perseguidor foi vencido por estranho torpor, sendo desligado do médium por devotados assessores desencarnados, que cooperavam no serviço de iluminação. No momento em que a providência sonoterápica foi utilizada, a Entidade estava inflexível na disposição de continuar prejudicando sua vítima. Petitinga, inspirado, compreende que era chegado o momento de aliviar aquela dor — a dor de um suicida vencido pelo ódio — reforçando, com os passes, a terapia do choque anímico que fora programada como etapa inicial do processo de desobsessão. O doutrinador deve saber o momento de interromper ou finalizar um diálogo. Ele não pode esperar que o Espírito mude seus sentimentos de uma hora para outra, nem levar suas tentativas, nesse sentido, até o limite da exaustão do médium ou do Espírito. Sobre a técnica, o narrador afirma: “As mãos do passista penetraram lentamente os centros de força” (no plural), o que sugere passe longitudinal direcionado para mais de um, muito provavelmente a partir do coronário. Já a palavra “lentamente” dá ideia de ação revigorante, associada ao efeito anestésico do passe. Detalhe importante na ação de Petitinga: ele associa à sugestão hipnótica — dormir — outra, pós-hipnótica dormir, sim, mas lembrar-se de que aquele era novo dia e que ele deveria esquecer o passado. É sempre bom quando, ao induzir o Espírito ao sono, propõe-se algo que possa concretizar-se depois, no despertamento. Projeto Manoel Philomeno de Miranda - Passes - Aprendendo com os Espíritos – Subgrupo 1.3