2. As artes medievais
séculos V-XII
Deus, fortaleza da Humanidade
A arquitetura: dos primórdios da Era Cristã ao período bizantino
– a importância da matriz antiga
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3. Após a queda do Império Romano as artes refletiram, até ao século
X, as consequências da depressão económica, cultural e técnica que
afetou todo o Ocidente;
A arte romana foi-se adulterando ;
Surgem novos gostos , interesses estéticos e tradições dos povos
bárbaros, muçulmanos, vikings, etc.;
O estilo românico vai-se desenvolver a partir do século IX, e vai
integrar todas estas influências e estilos.
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´Módulo 3
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4. A Arte Paleocristã
Dá-se o nome de arte paleocristã às expressões artísticas dos
primeiros cristãos, entre os séculos III e VI.
Basílica de S. Pedro,
Vaticano, séc. IV
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5. Basílica de S. Pedro,
Vaticano, séc. IV
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6. Basílica Romana
Igreja paleocristã
Templo cristão (igreja)
Planta basilical – cruz latina, 5 ou 3 (mais frequente) naves,
cobertas com teto madeira
Planta centrada – circular ou em cruz grega, cobertura cúpula
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9. Arte paleocristã – primeiras manifestações artísticas cristãs (200VI)
Próximo Oriente ao Ocidente Europeu
Grande diversidade regional
Traços comuns:
Uso dos modelos romanos (decadência)
Assimilação de novos modelos (orientais)
Temática cristã: Antigo e Novo Testamento, Vida dos Santos, etc.
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10. A Arte Bizantina
Bizâncio (Ex-Constantinopla), capital do Império Romano do
Oriente;
Zona de confluência do Ocidente e Oriente – múltiplas
influências;
A arquitetura teve um lugar de destaque.
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11. Igreja de Santa Sofia, hoje uma mesquita
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13. Santa Sofia, corte e planta
S. Vital de Ravena
Utilizou o arco, abóbada e a cúpula
Planta centrada, circular ou cruz grega
A arquitetura bizantina influenciou a construção
de igrejas até ao século XII, sobretudo na Itália e
Europa Oriental
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15. Renascimento Carolíngio e otoniano
Capela Palatina,, Aix-la-Capelle (Aachen)
O renascimento cultural, na época carolíngia, levou à construção
de um grande número de igrejas e mosteiros inspiradas na
tradição romana e bizantina
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16. Renascimento Otoniano
Igreja de S. Miguel de HIldesheim, c. 1020
Otão I, rei da Alemanha é coroado imperador pelo Papa )Império
Germânico);
Desenvolvimento cultural nos finais do século X – influenciada
pela arte carolíngia (Roma/Bizâncio);
Criou um modelo próprio: planta de dupla cabeceira ( 2
transeptos), entrada lateral .
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17. A Arquitectura Românica
Primeiro estilo internacional da Idade Média;
Influências: Antiguidade clássica, Oriente (arte bizantina) e povos
bárbaros;
Entre meados do século X e meados do século XII, o românico
tornou-se no primeiro estilo internacional da Idade Média.
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18. A partir do século X, o desenvolvimento da economia, o renascer
das cidades e reaparecer das viagens e do comércio vai estimular o
desenvolvimento da arte;
O fervor religioso contribui para a construção de inúmeras igrejas e
mosteiros;
A ação da Igreja foi fundamental na implementação deste novo
estilo artístico.
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19. O termo “Românico” surge em 1824, De Caumont, pretende
exprimir 2 conceitos:
Semelhança na formação com as línguas românicas (francês,
castelhano, português…)
Aproximação, em grandeza, à arte romana.
O feudalismo e a religião constituíram os dois polos
dinamizadores da arte;
Foi uma época de peregrinações e cruzadas, que contribuíram
para a divulgação do estilo românico.
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20. A arte foi feita para a glória do poder temporal (rei e senhores
feudais) e do poder religiosos (igreja)
A arte monástica, criada à sombra dos mosteiros e das ordens
religiosas foi a expressão máxima desse poder.
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21. O castelo
Castelo da Ordem dos Hospitalários, Síria
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22. A Torre era a estrutura defensiva mais simples. Primeiro em
madeira, a partir dos séculos XI e XII, passou a ser construída em
pedra
Vários aposentos (residência nobre), a entrada era localizada no
1º andar
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26. A arquitectura religiosa
Arquitetura românica religiosa, dois tipos de edifícios:
Mosteiros e Igrejas;
A arquitetura religiosa é o elemento fundamental do românico.
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27. A catedral - Igreja
Basílica Romana
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Igreja
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28. A partir do século XI a cobertura das igrejas é feita em abóbadas
de pedra – substituindo os tetos em madeira;
O arco das abóbadas românicas foi o arco romano (arco de volta
inteira ou perfeita) formando abóbadas de berço ou abóbadas
de arestas.
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30. Estilo românico apresenta uma grande variedade estilística
(regionalismos) devido às dificuldades de comunicação;
Cada região desenvolveu aspetos característicos e diferenciados;
Mas as construções também apresentam características comuns
(universalismo).
Igreja de Pisa e de Cedofeita
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31. Quatro fatores que contribuíram para o universalismo:
Edifício fundamental típico, a igreja;
Problema técnico central, a cobertura do espaço com abóbadas de
pedra;
Conceção estética favorável a construções maciças com fortes
contrastes de claro/escuro no interior;
Hierarquia entre as artes, primazia da arquitetura.
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32. A articulação em planta das igrejas
As igrejas românicas seguem, em termos de planta, dois
modelos:
Planta centrada (cruz grega, circular, etc.), de influência oriental,
pouco utilizada.
Saint-Front de Périgueux, c. 1120
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33. Tipo basilical, em cruz latina (com 1, 3, 5 ou 7 naves)
Saint-Martin, XII
Saint-Sernin, XI
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35. Nave principal orientada este-oeste, mais larga e mais alta que
as laterais;
Comprimento da igreja é um múltiplo da largura da nave central
As naves laterais são um submúltiplo da nave central.
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36. Deambulatório
Transepto: nave que atravessa a nave
principal
Cruzeiro: zona de cruzamento do
transepto com a nave central
Torres sineiras
Nave principal
Nártex ou átrio
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37. Absidíolos: pequenas capelas situadas na
cabeceira da igreja
Deambulatório: corredor que
dá acesso ao absidíolos
Abside: zona da capela-mor
e do altar
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38. Cripta: sala subterrânea
Tramo: unidade base de
construção de uma igreja
românica – definida por 4
pilares e a abóbada
Nártex ou átrio:
vestíbulo
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40. Abóbada de berço: sucessão de
arcos de volta perfeita
Abóbada de arestas:
cruzamento de duas abóbadas
de berço
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42. Cúpula: nas igrejas de influência oriental as abóbadas
foram substituídas por cúpulas
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43. A pressão exercida pelas abóbadas é
descarregada, através dos arcos, para os
pilares e colunas
Pilar
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44. Contraforte – adossado
(encostado) à parede
A pressão é transmitida para a
parede exterior, paredes grossas
e com poucas aberturas e
contrafortes no exterior
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48. Alçado interno da nave principal
Clerestório
Trifório
Tribuna
Arcada principal
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49. A iluminação do edifício
Clerestório, outras janelas e frestas
Torre lanterna ou zimbório que se situa por cima do cruzeiro
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51. Configuração e decoração do exterior
Combinação de volumes:
Circulares (cabeceira);
Retangulares (corpo da igreja);
Poliédricos e piramidais (Torres)
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52. Elementos das fachadas:
Existem 2 corpos laterais (naves laterais)
mais baixos que a nave central ou mais
altos quando correspondem as duas torres
Rosácea ou janelões;
Portal
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54. A decoração exterior (há exceções) só existe nas
cornijas e nos portais
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55. Unidade e diversidade do românico
França: país com uma grande diversidade de escolas
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56. Aquitânia
Igreja de Notre-Dame-la-Grande, Poitiers,1143
Aquitânia:
Igrejas com muita decoração esculpida no exterior e
interior profusamente decorado
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58. Santa Madalena de Vézelay, 1120
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59. Borgonha:
Novo tipo de contrafortes;
mais aberturas;
igreja mais iluminada no interior;
planta com um transepto pouco saliente.
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60. Languedoc
Igreja de Sainte-Foy, século XI
Languedoc: Igrejas robustas, pouca decoração e poucas aberturas
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64. Alemanha: Igrejas com múltiplas torres, duplo transepto e
entrada lateral
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65. Na Inglaterra e Espanha as igrejas apresentam uma grande
sobriedade e pouca decoração exterior.
Santiago de Compostela
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66. O Românico em Portugal
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67. A Igreja românica estava ligada a um mosteiro ou implantada no
meio rural (Românico rural)
Sés de Braga, Porto, Coimbra, Tomar, Lisboa e Évora, são as de
maior monumentalidade e próximas das catedrais europeias
(Românico urbano).
Sé Velha de Lisboa e Igreja de Bravães
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68. Românico urbano: Sé de Lisboa e Sé Velha de Coimbra
(cabeceira e interior)
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69. Igrejas de Carrazeda de Ansiães, S. Salvador
de Travanca,
Materiais:
Norte – Granito
Centro – Calcário
Sul - Tijolo
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70. Igreja de S. Martinho de Cedofeita
Muitas igrejas portuguesas apresentam
um elemento decorativo denominado
cruz vazada
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71. Igreja de S. Salvador de
Bravães
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73. Marcas de Posse e Marcas Poveiras
São grafitos que indicam o autor.
Surgem outras marcas com outros fins: religioso,
etc.
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74. Características do românico rural português:
Igrejas pequenas de uma só nave;
Muitas vezes o teto é em madeira;
Aspeto robusto, paredes grossas poucas aberturas;
Pouca decoração exterior;
Cachorrada;
Marcas de posse ou poveiras;
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75. Igreja de São Pedro de Rates
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77. Sob a igreja encontram-se vestígios de uma primitiva igreja
paleocristã (VI, VII);
Tornou-se um centro de peregrinação;
Século IX – mosteiro com uma igreja de 3 naves;
Conde D. Henrique e D. Teresa doaram-na à Ordem de Cluny.
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79. Século XII e XIII edifício foi sujeito a muitas obras o que originou
incongruências nas estruturas arquitetónicas:
Naves laterais com larguras diferentes;
Tramos desiguais;
Pilares e contrafortes não alinhados;
Fachada principal assimétrica.
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80. Cobertura das naves em madeira (apesar das paredes estarem
preparadas para suportar abóbadas de pedra)
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81. Decoração linear e muito simples (tradição local e influências da
Galiza);
Encontra-se decoração nos portais, capitéis e frisos.
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84. S. Pedro de Rates apresenta um aspeto maciço, rude, simples no
interior e exterior com decoração simples nos portais, frisos e
capitéis;
Em 1515 foi demolido o mosteiro;
Séculos XVII a XIX a vila de Rates desenvolveu-se em torno da
igreja que foi decorada com azulejos e talha dourada.
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85. Arquitectura civil e militar em Portugal
Castelo de Pombal
Castelo de Guimarães
Castelo de Almourol
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86. Domus Municipalis (Bragança) – local de reuniões,
com uma cisterna de recolha de água da chuva
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87. Três tipos de fortificações:
Castelos com residência (Guimarães, Pombal);
Castelos-refúgio (Almourol);
Torres de atalaia ou proteção
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