1. O documento descreve um teste sobre História da Cultura e das Artes referente ao Módulo III - A Cultura do Mosteiro. Contém nove questões sobre vários temas como a organização da vida monástica, arquitetura de mosteiros, arte românica e a coroação de Carlos Magno.
1. Cotação da
Cotação da
questão
questão
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ANO LETIVO Texto B
DEPARTAMENTO CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS «A planta das igrejas de peregrinação parece desenhada pelas multidões que as
2012 /2013 percorrem, pela ordem da sua marcha e das suas estações, pelos seus pontos de paragem
e seu escoamento. Por vezes, um vasto nártex, lembrança da antiga igreja dos
TESTE DE HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES catecúmenos, precede a igreja e serve-lhe de vestíbulo, igreja ele próprio, com a sua nave
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MÓDULO III – A CULTURA DO MOSTEIRO principal, as suas naves secundárias e o seu andar.
A igreja propriamente dita é de três e por vezes cinco naves. Alberga assim a multidão
ALUNO ____________________________________ N.º _____ que se acumula e impõe-lhe uma ordem, abrindo nessa matéria movediça sulcos paralelos. Um
transepto simples ou duplo, para o qual se abrem capelas orientadas, desenha na planta duas
ou quatro saliências, e os braços monumentais têm as proporções de uma igreja transversal
FEVEREIRO DE 2013 PROFESSORA: TERESA GONÇALVES que se insere na igreja principal. Mas não interrompem o percurso do peregrino. Oferecendo à
multidão acesso e saídas secundárias, pertencem também a essa topografia arquitetónica da
peregrinação que permite um percurso contínuo no interior do edifício, desde a fachada
1. No meio da desorganização administrativa, económica e social produzida pelas
ocidental até às capelas da abside e das capelas da abside à fachada ocidental.»
invasões germânicas e ao esfacelamento do Império Romano, praticamente apenas a Henri Focillon, Arte do Ocidente, Lisboa, Editorial Estampa, 1993
Igreja, com sede em Roma, conseguiu manter-se como instituição.
3.1 Refere quatro das características da planta da catedral românica de
1.1 Refere o papel da Igreja após a queda do Império Romano do Ocidente.
peregrinação, recorrendo à observação da Figura 1 e à leitura do Texto B.
1.2 Localiza no tempo a Idade Média.
3.2 Faz a legenda dos pontos assinalados na figura 1.
2. Texto A - A ociosidade é inimiga da alma. Por isso, os irmãos devem ocupar-
se, em certas horas, com o trabalho manual e, noutras, com a leitura das coisas divinas. Os
irmãos devem sair pela manhã para trabalharem no que for necessário, desde a hora prima 4. Em finais do século XI, já existiam, no nosso país, mosteiros beneditinos de arquitetura
até à quarta hora. Da quarta até à sexta hora entregar-se-ão à leitura. Depois da sexta hora, românica.
após se terem levantado da mesa, descansarão nas suas camas em completo silêncio.
Depois de rezarem, à nona voltarão ao trabalho que tiver de ser feito, até às
Vésperas. Se a necessidade exigir que os irmãos façam eles próprios o trabalho da ceifa,
não deverão afligir-se com isso, porque é assim que serão verdadeiros monges, vivendo do
trabalho das suas mãos.
Regra de S. Bento
2.1 Refere, de acordo como texto A, as atividades a que se dedicavam os monges.
2.2 Justifica a importância económica e cultural das abadias e mosteiros.
2.3 Diz por que razões, apesar de toda a dureza da vida monacal, os monges optavam por
esta forma de vida.
3. Observa a Figura 1 e lê o Texto B. Figura 2 – Igreja de S. Pedro de Rates
Figura 1 – Reconstituição da planta original da Catedral
de Santiago de Compostela, 1075-1188, 4.1 Identifica o templo representado na Figura 2.
in upload.wikimedia.org (consultado em 11 de 2010)
4.2 Carateriza a fachada deste edifício.
Didáxis – Cooperativa de Ensino, RA Teste de HCA – Módulo III
2. Cotação da
Cotação da
questão
questão
5. Lê os textos C e D e observa a figura 3. 7. Lê o Texto E e observa a Figura 4.
Texto C - “Quando Gregório I, O Grande, Papa de 590 a 604, Texto E
constatando a dificuldade de fazer chegar a palavra de Deus a uma «De resto, para que serve, nos claustros, onde os frades leem
população sobretudo analfabeta, proclamou que a imagem é a o Ofício, aquela ridícula monstruosidade, aquela espécie de
escrita dos iletrados, fez dessa imagem, da figuração sacra, um texto estranha formosidade disforme e disformidade formosa? O que
para ser lido e entendido por toda a vasta cristandade, desde a estão ali a fazer os imundos símios? Ou os ferozes leões? Ou
regência ao povo - um processo de evangelização que tinha como os monstruosos centauros? Ou os semi-homens? Ou os tigres
suporte os muros sagrados dos edifícios de Deus. (…) listrados? Ou os cavaleiros combatendo? Ou os caçadores
Esta abertura fez comungar todo o povo medieval nos com as trombetas? Podem ver-se muitos corpos com uma só
ensinamentos sagrados e nos mais simbólicos quadros dos textos cabeça ou então muitas cabeças sobre um único corpo. De um
litúrgicos, contribuiu para a explosão do riquíssimo léxico figurativo lado, avista-se um quadrúpede com cauda de serpente, do
Figura 3 – O Trono de
outro, um peixe com cabeça de quadrúpede. Ali, um animal
sagrado que se constata no gosto pela diversidade do homem
Deus, iluminura do séc XI com o aspeto dum cavalo arrasta, atrás de si, a metade de
medieval, tão patente no livro figural das paredes das Igrejas e dos
uma cabra; aqui, um animal cornudo tem um traseiro de
Mosteiros.
Hugo Lopes, Os mosteiros medievais como edifícios de saber cavalo. Enfim, por todo o lado, aparece tão grande e estranha
diversidade de formas, que nós somos mais tentados a ler no
Texto D - «A pintura estava, na verdade, a caminho de se tornar uma forma de escrita mármore do que nos nossos livros e a passar todo o dia
através de imagens.» admirando estas coisas, em vez de meditar na lei divina. Por
E.H. Gombrich, A História da Arte, Londres, Phaidon, 2005 amor de Deus, se não nos envergonhamos destas criancices,
por que razão, ao menos, não evitamos estes gastos?» Figura 4 – Nave da igreja do
5.1 Tendo em conta o texto C, refere a subordinação da pintura e da escultura românica
Bernardo de Claraval – Apologia XII, 28 e 29 (Adaptação) Mosteiro de Alcobaça.
em relação à arquitetura.
7.1 Explica, com base na leitura do texto E e na observação da figura 4, de que forma os
5.2 Explica a frase sublinhada. princípios doutrinários de Bernardo de Claraval se materializaram na arquitetura.
5.3 Baseando-te no texto D, diz o que sabes sobre a pintura medieval.
8. Carlos Magno ampliou o Reino Franco por meio de uma política
expansionista. A Igreja Católica, representada pelo Papa Leão
6. Numa época em que a voz do sacerdote não III, vai coroá-lo imperador do Sacro Império Romano no Natal do
possuía qualquer auxiliar, o canto desempenhou funções ano 800.
ministeriais: exprimia a oração de forma mais suave,
favorecia o caráter comunitário da mesma e conferia 8.1 Explica o significado da Coroação de Carlos Magno.
amplitude e solenidade à palavra das escrituras e aos ritos.
Derivado dos cantos da sinagoga judaica, e provavelmente 8.2 Caracteriza a ação cultural deste Imperador Cristão do
também influenciado pelas músicas grega e romana, o canto Ocidente.
gregoriano é uma música monódica, de ritmo livre, destinada
a acompanhar os textos latinos retirados da Bíblia, Figura 6 - Carlos Magno, representado por Durer,
enquadrados no sistema diatónico. usando a coroa imperial de Otão o Grande
6.1 Baseando-te no texto, refere as funções do canto 9. A cidade islâmica é a soma de um determinado número de crentes (não de um
gregoriano. determinado número de cidadãos – como a cidade clássica). A cidade islâmica é uma
cidade secreta, uma cidade que não se vê, não se exibe, que não tem rosto.
6.2 Menciona as principais caraterísticas desta
Figura 5 – S. Gregório Magno, expressão musical sacra. 9.1 Diz por que razão a cidade islâmica é uma “cidade secreta”.
iluminura do século XII.
9.2 Justifica o aniconismo da arte islâmica.
Didáxis – Cooperativa de Ensino, RA Teste de HCA – Módulo III