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William Law e o monaquismo na Igreja Anglicana1
Um monge da Abadia de Prinknash2
As comunidades monástcas anglicanas são de fundação relatiamente recente. Hou um claro
interesse pela iida monástca entre os membros do Moiimento de Oxford, no século passado. Mas antes
deles, os monges e mosteiros pareciam algo do mundo medieial que pertencia ao passado da Inglaterra e
nos tempos modernos era associado com as potências estrangeiras e obiiamente com Roma. Lembremos
que a supressão mosteiros precedeu a Reforma na Inglaterra. Apesar do interesse de alguns eminentes
historiadores do século XVII e XVIII pelo monaquismo medieial inglês, a attude geral é resumida na obra
The Decline and Fall of the Roman Empire, publicado pela primeira iez em 1776 por Edward Gibbon3
. Nesta
obra, que teie muita infuência, Gibbon com tpica ciiilidade que parece expressar a opinião geral de quem
era inteligente, descreie os monges como “infelizes exilados da iida social, impulsionados pelo escuro e
implacáiel gênio da superstção” (iolume III, c. 37).
Apesar do geral impulso inglês contra a iida monástca no século XVIII, deie-se notar a simpata
discreta de um grande autor espiritual anglicano: William Law. Filho de um proprietário de armazém,
nasceu em 1686 e aprendeu muito por meio do autodidatsmo. Durante um tempo foi consideraielmente
infuenciado pelo célebre fundador do metodismo John Wesle.. Sua infuência sobre a espiritualidade
anglicana ocorre atraiés do liiro publicado em 1729 com o ttulo de Call to a devout and holy life, adapted
to the state and conditon of all orders of Christans4
(Um sério chamado para a vida devota e santa,
adaptada ao estado e condição de todos os tpos de cristãos). Logo após sua publicação, infuenciou
profundamente um dos grandes nomes da literatura inglesa, Samuel Johnson. Seu biógrafo conta-nos que
Johnson, em sua juientude, era indiferente com as questões religiosas. Mas era estudante de Oxford e
pegou o liiro de Law “esperando que fosse cansatio e taliez fosse rir dele”. Em iez disso, Johnson fcou
profundamente impressionado e de acordo com suas palairas, foi o liiro que o reconduziu a prátca
religiosa.
O ensino da obra é muito coniencional. Percebe-se nela o eco de todos os reformadores espirituais:
“retornar às fontes”. Ou seja, Law queria redescobrir a piedade da Igreja primitia e foi buscar exatamente a
espiritualidade monástca. Ele afrma: “Desde o início do cristanismo, houie duas ordens ou tpos de bons
cristãos; uns, temeram e seriiram a Deus nos ofcios e ocupações comuns da iida secular no mundo e
outros, renunciaram aos gostos comuns da iida, como riquezas, matrimônios, honras e prazeres e
entregarem-se à pobreza, iirgindade, deioção e retro” (c. 9). Essa segunda ordem ou tpo é a realidade
monástca. Law baseia seu pensamento em citação da Demonstrato evangelica (1,8) de Eusébio de
Cesareia5
. Essa passagem famosa indica o caminho que a espiritualidade cristã assumia no século IV, com
relação ao moiimento monástco.
A insistência de Law no ialor da iirgindade na Igreja primitia é incríiel, se pensarmos na tradição e
prátca do clero anglicano, que é diferente. Diz palairas eloquentes sobre a “alta perfeição e os grandes
prêmios da iirgindade” (c. 19); também diz: “Bendito seja Deus pela gloriosa sociedade de iirgens que,
desde o princípio do cristanismo e atraiés das diferentes épocas da Igreja, renunciaram aos cuidados e
prazeres do matrimônio, para serem exemplos perpétuos de solidão, contemplação e oração”. Parece um
panegírico ielado das ordens monástcas.
1 Tradução e adaptação do texto publicado em espanhol na revista Cuadernos Monásticos de 1971, n. 17, p. 111-119.
2 A Abadia de Prinknash foi fundada em 681, no vale de Gloucestes, suprimida por ordem do Rei Henrique VIII em
1539 e refundada por um grupo de seis monges beneditinos em 1928. Atualmente pertence à Provícia Inglesa da
Congregação Sublacense e Cassinense.
3 Não encontrei a versão completa em português, mas uma versão de bolso abreviada publicada pela Companhia das
Letras. https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=80018, acessado em 28 de fevereiro de 2018.
4 Não encontrei tradução da obra para o português, mas trago a obra completa em:
https://faculty.gordon.edu/hu/bi/ted_hildebrandt/spiritualformation/texts/law_aseriouscalltoadevoutandholylife.pdf,
acessado em 28 de fevereiro de 2018.
5 Também não encontrei essa obra traduzida em português, mas encontrei os dez livros em inglês em:
http://www.tertullian.org/fathers/index.htm#Demonstratio_Evangelica_(The_Proof_of_the_Gospel), acessado em
28 de fevereiro de 2018.
Law não se limita a louiar um passado romântco, ainda que pense que a piedade diminuiu, no
tempo em que iiie. Quer animar e reiiier contemporaneamente as iirtudes da Igreja primitia. Mas não
deseja todo mundo entre para os mosteiros do contnente e expressa isso. Quem pensa que sua doutrina
“iale apenas para os mosteiros de monjas e monges ou para quem sabe se relacionar com o mundo em que
iiiem” (c. 20) ele refuta e dá suas razões. O ttulo completo de sua obra mostra que decidiu adaptar seu
ensino ao “estado e condição de toda espécie de cristãos”, tem conhecimento e prega aos que estão
casados e comprometdos com o comércio e a sociedade.
Afnal, seu propósito é benefciar a todos, com as ideias essenciais e fundamentais daqueles que
entram nos mosteiros. Insiste que todos tem a mesma iocação para a santdade interior (c. 10). Essa
doutrina encontra-se resumida no últmo capítulo: “A perfeição cristã não chama obrigatoriamente ao
claustro, mas para a realização perfeita dos deieres que são necessários para todo cristão” (c. 24).
Dessa forma, escreie longamente em seu estlo oitocentsta sobre a necessidade da iida interior,
baseada especialmente na oração, leitura e meditação com um estlo que São Bento teria certamente
aproiado. Já a segunda parte de seu liiro dedica-se a instrução sobre o aspecto externo e as formas que a
iida interior deie manifestar. Aqui percebemos um notáiel aspecto monástco nas sugestões.
Primeiramente, insiste não apenas na qualidade dos salmos para a oração, mas recomenda
enfatcamente que deiem ser “cantados porque foram feitos para isso” (c. 15).
Faiorece, de maneira especial, o modo de cantar que ouiia na Uniiersidade, baseado
proiaielmente na recitação coral e parecido com a salmodia monástca. A razão pela qual Law faiorece este
método é porque “a mudança na forma de cantar é pouca e natural, então todo mundo é capaz de
executar”6
. Não permitndo que ninguém ache desculpa, dizendo que não pode cantar e lembra que nossa
intenção não é agradar aos homens, mas somente a Deus e Ele está acostumado a escutar iozes que não
são perfeitas. Ainda que a família não seja edifcada pela qualidade iocal da salmodia de seus membros,
será ao menos pelo conteúdo.
Law propõe um plano de oração e salmodia durante o dia. Baseia-se em algumas passagens do
Noio Testamento, mas se percebe que chegou a uma distribuição de horário monástca. Recomenda que
ore e salmodia nas seguintes horas, de manhã: às noie horas (que a Escritura chama de “terceira hora”) e
ao meio-dia (a “sexta hora”), de tarde: às três horas (“nona hora”) e no crepúsculo. Esse últmo ofcio tem
cores que relembram claramente Completas, com um exame de consciência detalhado.
É ierdade que este ensino se dirige a indiiidualidade. Law sempre pensa em um cristão deioto que
ora em sua própria casa. A fgura ideal, chamada de “Miranda” (c. 8) é descrita como uma dama que iiie
sozinha, iirgem e com grande deioção, seguindo seu próprio horário. Mas Law parece pensar na iantagem
de uma iida comunitária entre pessoas piedosas. Isso permitria relações mais prátcas e concretas de
caridade entre elas e com os pobres, aliás, a caridade é uma iirtude muito louiada por Law. Discretamente
(c. 20), Lar fala do compromisso uniiersal de todo cristão; de fato, ninguém deie iiier somente para si,
“não apenas os sacerdotes, apóstolos, monges e eremitas, deiem eiitar iiier para eles, mas também
nenhum de nós deieria iiier para si”. Isso parece exigir um pouco de iida comum e disciplina externa.
Logo, Law faz um chamado que soaia estranho nos ouiidos de seus contemporâneos, falaia de
comunidades quase monástcas: “Deieriam se unir pessoas de qualquer sexo, em pequenas comunidades,
professando pobreza ioluntária, iirgindade, retro e deioção, iiiendo somente com o necessário e nada
mais, para que possam ajudar com suas esmolas e todos sejam abençoados por suas orações; justamente
se poderia dizer que essas pessoas reconstroem a piedade que foi destruída pelo orgulho e também a glória
da Igreja, na época em que iiiiam os grandes santos”.
O próprio Law tentou formar uma “pequena comunidade” desse tpo em sua casa em King’s Clife.
Mas infelizmente apareceram duas senhoras excêntricas e ele, que funcionaia como capelão. Uma das
testemunhas dessa situação curiosa foi o historiador Edward Gibbon. Law foi tutor do pai de Gibbon e o
historiador tnha uma boa lembrança de Law. Sua attude oscila entre ironia e susto. Mas independente de
suas reserias, parece ter orgulho de ter conhecido Law. Descreie sua casa como um “eremitério”, expressão
que não é correta. Aliás, tentou identfcar “Miranda” com uma das excêntricas senhoras, sua ta Ester.
6 O modo gregoriano é inteiramente oposto ao modo anglicano, porque o primeiro dedica-se a um uníssono e o
segundo dá preferência a quatro vozes.
A iida em King’s Clife deiia ser difcil e estranha. Mas deie se destacar que seus habitantes
pratcaiam seriamente a iirtude “monástca”: seu zelo pela esmola atraiu iagabundos e pessoas de má
fama para lá, proiocando a ira dos demais moradores do lugar.
A infuência de Law necessariamente diminuiu nos anos seguintes, por causa de suas limitações e de
seu próprio enielhecimento. Quis conhecer um pouco mais o autor místco Jacob Boheme, então aprendeu
high duch (ielho alemão) para ler no original. Por isso, muitos de seus contemporâneos que admiraiam
Law, passaram a se distanciar depois disso. Samuel Johnson descreieu o mistcismo de Law em seus anos
fnais como “fanatsmo de quem perdeu a razão” e foi esse desiio para formas exotéricas que afastou-o de
John Wesle..
Não se pode deixar de pensar que a insistência de Law na “santdade interior” pedia o equilíbrio da
iida comum e da disciplina exterior, para eiitar a excentricidade e o extremismo? Uma estrutura monástca
próxima da que descreiia no seu liiro teria sido melhor do que o que fez.

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A influência de William Law no monaquismo anglicano

  • 1. William Law e o monaquismo na Igreja Anglicana1 Um monge da Abadia de Prinknash2 As comunidades monástcas anglicanas são de fundação relatiamente recente. Hou um claro interesse pela iida monástca entre os membros do Moiimento de Oxford, no século passado. Mas antes deles, os monges e mosteiros pareciam algo do mundo medieial que pertencia ao passado da Inglaterra e nos tempos modernos era associado com as potências estrangeiras e obiiamente com Roma. Lembremos que a supressão mosteiros precedeu a Reforma na Inglaterra. Apesar do interesse de alguns eminentes historiadores do século XVII e XVIII pelo monaquismo medieial inglês, a attude geral é resumida na obra The Decline and Fall of the Roman Empire, publicado pela primeira iez em 1776 por Edward Gibbon3 . Nesta obra, que teie muita infuência, Gibbon com tpica ciiilidade que parece expressar a opinião geral de quem era inteligente, descreie os monges como “infelizes exilados da iida social, impulsionados pelo escuro e implacáiel gênio da superstção” (iolume III, c. 37). Apesar do geral impulso inglês contra a iida monástca no século XVIII, deie-se notar a simpata discreta de um grande autor espiritual anglicano: William Law. Filho de um proprietário de armazém, nasceu em 1686 e aprendeu muito por meio do autodidatsmo. Durante um tempo foi consideraielmente infuenciado pelo célebre fundador do metodismo John Wesle.. Sua infuência sobre a espiritualidade anglicana ocorre atraiés do liiro publicado em 1729 com o ttulo de Call to a devout and holy life, adapted to the state and conditon of all orders of Christans4 (Um sério chamado para a vida devota e santa, adaptada ao estado e condição de todos os tpos de cristãos). Logo após sua publicação, infuenciou profundamente um dos grandes nomes da literatura inglesa, Samuel Johnson. Seu biógrafo conta-nos que Johnson, em sua juientude, era indiferente com as questões religiosas. Mas era estudante de Oxford e pegou o liiro de Law “esperando que fosse cansatio e taliez fosse rir dele”. Em iez disso, Johnson fcou profundamente impressionado e de acordo com suas palairas, foi o liiro que o reconduziu a prátca religiosa. O ensino da obra é muito coniencional. Percebe-se nela o eco de todos os reformadores espirituais: “retornar às fontes”. Ou seja, Law queria redescobrir a piedade da Igreja primitia e foi buscar exatamente a espiritualidade monástca. Ele afrma: “Desde o início do cristanismo, houie duas ordens ou tpos de bons cristãos; uns, temeram e seriiram a Deus nos ofcios e ocupações comuns da iida secular no mundo e outros, renunciaram aos gostos comuns da iida, como riquezas, matrimônios, honras e prazeres e entregarem-se à pobreza, iirgindade, deioção e retro” (c. 9). Essa segunda ordem ou tpo é a realidade monástca. Law baseia seu pensamento em citação da Demonstrato evangelica (1,8) de Eusébio de Cesareia5 . Essa passagem famosa indica o caminho que a espiritualidade cristã assumia no século IV, com relação ao moiimento monástco. A insistência de Law no ialor da iirgindade na Igreja primitia é incríiel, se pensarmos na tradição e prátca do clero anglicano, que é diferente. Diz palairas eloquentes sobre a “alta perfeição e os grandes prêmios da iirgindade” (c. 19); também diz: “Bendito seja Deus pela gloriosa sociedade de iirgens que, desde o princípio do cristanismo e atraiés das diferentes épocas da Igreja, renunciaram aos cuidados e prazeres do matrimônio, para serem exemplos perpétuos de solidão, contemplação e oração”. Parece um panegírico ielado das ordens monástcas. 1 Tradução e adaptação do texto publicado em espanhol na revista Cuadernos Monásticos de 1971, n. 17, p. 111-119. 2 A Abadia de Prinknash foi fundada em 681, no vale de Gloucestes, suprimida por ordem do Rei Henrique VIII em 1539 e refundada por um grupo de seis monges beneditinos em 1928. Atualmente pertence à Provícia Inglesa da Congregação Sublacense e Cassinense. 3 Não encontrei a versão completa em português, mas uma versão de bolso abreviada publicada pela Companhia das Letras. https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=80018, acessado em 28 de fevereiro de 2018. 4 Não encontrei tradução da obra para o português, mas trago a obra completa em: https://faculty.gordon.edu/hu/bi/ted_hildebrandt/spiritualformation/texts/law_aseriouscalltoadevoutandholylife.pdf, acessado em 28 de fevereiro de 2018. 5 Também não encontrei essa obra traduzida em português, mas encontrei os dez livros em inglês em: http://www.tertullian.org/fathers/index.htm#Demonstratio_Evangelica_(The_Proof_of_the_Gospel), acessado em 28 de fevereiro de 2018.
  • 2. Law não se limita a louiar um passado romântco, ainda que pense que a piedade diminuiu, no tempo em que iiie. Quer animar e reiiier contemporaneamente as iirtudes da Igreja primitia. Mas não deseja todo mundo entre para os mosteiros do contnente e expressa isso. Quem pensa que sua doutrina “iale apenas para os mosteiros de monjas e monges ou para quem sabe se relacionar com o mundo em que iiiem” (c. 20) ele refuta e dá suas razões. O ttulo completo de sua obra mostra que decidiu adaptar seu ensino ao “estado e condição de toda espécie de cristãos”, tem conhecimento e prega aos que estão casados e comprometdos com o comércio e a sociedade. Afnal, seu propósito é benefciar a todos, com as ideias essenciais e fundamentais daqueles que entram nos mosteiros. Insiste que todos tem a mesma iocação para a santdade interior (c. 10). Essa doutrina encontra-se resumida no últmo capítulo: “A perfeição cristã não chama obrigatoriamente ao claustro, mas para a realização perfeita dos deieres que são necessários para todo cristão” (c. 24). Dessa forma, escreie longamente em seu estlo oitocentsta sobre a necessidade da iida interior, baseada especialmente na oração, leitura e meditação com um estlo que São Bento teria certamente aproiado. Já a segunda parte de seu liiro dedica-se a instrução sobre o aspecto externo e as formas que a iida interior deie manifestar. Aqui percebemos um notáiel aspecto monástco nas sugestões. Primeiramente, insiste não apenas na qualidade dos salmos para a oração, mas recomenda enfatcamente que deiem ser “cantados porque foram feitos para isso” (c. 15). Faiorece, de maneira especial, o modo de cantar que ouiia na Uniiersidade, baseado proiaielmente na recitação coral e parecido com a salmodia monástca. A razão pela qual Law faiorece este método é porque “a mudança na forma de cantar é pouca e natural, então todo mundo é capaz de executar”6 . Não permitndo que ninguém ache desculpa, dizendo que não pode cantar e lembra que nossa intenção não é agradar aos homens, mas somente a Deus e Ele está acostumado a escutar iozes que não são perfeitas. Ainda que a família não seja edifcada pela qualidade iocal da salmodia de seus membros, será ao menos pelo conteúdo. Law propõe um plano de oração e salmodia durante o dia. Baseia-se em algumas passagens do Noio Testamento, mas se percebe que chegou a uma distribuição de horário monástca. Recomenda que ore e salmodia nas seguintes horas, de manhã: às noie horas (que a Escritura chama de “terceira hora”) e ao meio-dia (a “sexta hora”), de tarde: às três horas (“nona hora”) e no crepúsculo. Esse últmo ofcio tem cores que relembram claramente Completas, com um exame de consciência detalhado. É ierdade que este ensino se dirige a indiiidualidade. Law sempre pensa em um cristão deioto que ora em sua própria casa. A fgura ideal, chamada de “Miranda” (c. 8) é descrita como uma dama que iiie sozinha, iirgem e com grande deioção, seguindo seu próprio horário. Mas Law parece pensar na iantagem de uma iida comunitária entre pessoas piedosas. Isso permitria relações mais prátcas e concretas de caridade entre elas e com os pobres, aliás, a caridade é uma iirtude muito louiada por Law. Discretamente (c. 20), Lar fala do compromisso uniiersal de todo cristão; de fato, ninguém deie iiier somente para si, “não apenas os sacerdotes, apóstolos, monges e eremitas, deiem eiitar iiier para eles, mas também nenhum de nós deieria iiier para si”. Isso parece exigir um pouco de iida comum e disciplina externa. Logo, Law faz um chamado que soaia estranho nos ouiidos de seus contemporâneos, falaia de comunidades quase monástcas: “Deieriam se unir pessoas de qualquer sexo, em pequenas comunidades, professando pobreza ioluntária, iirgindade, retro e deioção, iiiendo somente com o necessário e nada mais, para que possam ajudar com suas esmolas e todos sejam abençoados por suas orações; justamente se poderia dizer que essas pessoas reconstroem a piedade que foi destruída pelo orgulho e também a glória da Igreja, na época em que iiiiam os grandes santos”. O próprio Law tentou formar uma “pequena comunidade” desse tpo em sua casa em King’s Clife. Mas infelizmente apareceram duas senhoras excêntricas e ele, que funcionaia como capelão. Uma das testemunhas dessa situação curiosa foi o historiador Edward Gibbon. Law foi tutor do pai de Gibbon e o historiador tnha uma boa lembrança de Law. Sua attude oscila entre ironia e susto. Mas independente de suas reserias, parece ter orgulho de ter conhecido Law. Descreie sua casa como um “eremitério”, expressão que não é correta. Aliás, tentou identfcar “Miranda” com uma das excêntricas senhoras, sua ta Ester. 6 O modo gregoriano é inteiramente oposto ao modo anglicano, porque o primeiro dedica-se a um uníssono e o segundo dá preferência a quatro vozes.
  • 3. A iida em King’s Clife deiia ser difcil e estranha. Mas deie se destacar que seus habitantes pratcaiam seriamente a iirtude “monástca”: seu zelo pela esmola atraiu iagabundos e pessoas de má fama para lá, proiocando a ira dos demais moradores do lugar. A infuência de Law necessariamente diminuiu nos anos seguintes, por causa de suas limitações e de seu próprio enielhecimento. Quis conhecer um pouco mais o autor místco Jacob Boheme, então aprendeu high duch (ielho alemão) para ler no original. Por isso, muitos de seus contemporâneos que admiraiam Law, passaram a se distanciar depois disso. Samuel Johnson descreieu o mistcismo de Law em seus anos fnais como “fanatsmo de quem perdeu a razão” e foi esse desiio para formas exotéricas que afastou-o de John Wesle.. Não se pode deixar de pensar que a insistência de Law na “santdade interior” pedia o equilíbrio da iida comum e da disciplina exterior, para eiitar a excentricidade e o extremismo? Uma estrutura monástca próxima da que descreiia no seu liiro teria sido melhor do que o que fez.