2. Critérios de classificação
• quanto à finalidade a que se destinam;
• quanto à condição sanitária
• (existência ou não de uma rotina de controle microbiológico)
• quanto à condição genética
• (rotina existente de métodos de acasalamento dos animais)
• Há três tipos de biotérios, segundo a finalidade:
• Biotério de Criação;
• Biotério de Manutenção;
• Biotério de Experimentação.
3. BIOTÉRIO DE CRIAÇÃO
• Respostas experimentais precisas – Controle de
todas variáveis existentes
• Primeira garantia – origem dos animais
• Biotério de criação - onde se encontram as
matrizes reprodutoras das diversas espécies
animais
• Controle e definição das seguintes características:
• o estado de saúde do animal;
• sua carga genética;
• o manuseio feito com o animal de modo a torná-lo dócil;
• a alimentação empregada;
• o ambiente adequado;
• outros fatores que possam ocasionar estresse,
influenciando, assim, indiretamente, na resposta
esperada.
4. BIOTÉRIO DE MANUTENÇÃO
• (1) Adaptação do animal ao cativeiro
• natureza –macacos e tatus
• granjas –aves e animais de médio e
grande portes
• rua – aquisição de cães e gatos.
• Animais devem passar por um período
de aclimatação antes do experimentos
• ambiente de laboratório
• alimentação empregada
• manuseio
• controle de doenças (quarentena).
5. • (2) Produção de sangue animal e fornecimento de órgãos
• Médios e grandes animais
• produção de meios de cultura
• fixação de complemento
• desenvolvimento de técnicas cirúrgicas em transplantes
Algumas características
• Custo menor
• Conservação de espécies que não são utilizadas
com freqüência
• Pode fazer parte de um biotério de
experimentação
• risco de perdas acentuadas devido ao transporte
e/ou à má adaptação
• desconhecimento do background genético
• Variabilidade do estado de saúde
• risco de transmissão de doenças ao ser humano
6. BIOTÉRIO DE EXPERIMENTAÇÃO
• Padronização do ambiente, da alimentação e do manejo de
acordo com as necessidades de cada experimento
• Edificação especialmente projetada
• Pessoal capacitado adaptado ao experimento.
• Zoonoses - barreiras à transmissão de doenças para os
funcionários!!!
7. INSTALAÇÕES
• Escolha do local:
• não devem haver fontes poluidoras
nas proximidades (aerossóis/ruídos)
• a área deve permitir ampliação das
instalações e modernização dos
equipamentos.
• edifício reservado para a criação
animal e/ou experimentação
• tamanho suficiente para assegurar
que não haja criação/manutenção
de espécies diferentes em um
mesmo ambiente
8. ESTRUTURA FÍSICA
• Três elementos básicos: salas de animais, corredor de distribuição e
corredor de recolhimento
• As salas de animais devem estar compreendidas entre os dois
corredores.
• Fluxo de acesso e retorno das salas de animais efetuado por corredores
independentes
• ‘área limpa’;
• ‘área suja’
• Fluxo unidirecional (‘área limpa’ para
‘área suja’).
• autoclave de dupla porta
• acesso independente para os bioteristas,
área para materiais e insumos, área de
higienização e desinfecção
• depósito de materiais e insumos não
processados.
11. DETALHES DE CONSTRUÇÃO
• TETO – deve ser de concreto plano, sem fundo falso, desfavorecendo a
permanência de formas de vidas indesejáveis.
• JANELAS – nas salas de animais não deve haver janelas. Recomendam-se
visores equipados com dupla armação de vidro 4 mm, isolando o ambiente.
• PISO – deve ser liso, altamente polido, porém não
escorregadio, impermeável, não absorvente,
resistente a agentes químicos.
• PAREDES – devem ser impermeáveis, lisas e sem
fendas. Deve-se evitar que as juntas com o piso e
o teto formem ângulos agudos, pois dificultam a
limpeza.
• O revestimento (pintura) deve ser resistente a
agentes químicos
• Não é aconselhável o revestimento cerâmico
(azulejos) em virtude das juntas.
12. • PORTAS – as portas e os marcos devem ser, de preferência,
metálicos, ou de madeira revestidas de material lavável e
resistente a agentes químicos. É aconselhável que possuam
visores. Devem ter, no mínimo, 1 m de largura por 2 m de
altura.
• CORREDORES – devem ser amplos, com no mínimo 1,5 m
de largura
• As juntas piso/parede/teto devem ser arredondadas, a fim
de facilitar a limpeza e desinfecção.
• SALA DE ANIMAIS – devem ser em número suficiente para
abrigar somente uma espécie por sala, isto é, numa sala
deve ser criada ou mantida uma única espécie animal. A
área recomendada é de 3 m de largura por 6 a 10 m de
comprimento, considerando a espécie e o número de
animais, bem como os materiais a serem utilizados.
• ÁREA DE RECEPÇÃO – deve estar situada de forma que
somente os animais que cheguem ao biotério tenham
acesso, e que estes não necessitem passar por outras áreas.
13. • DEPÓSITOS – as áreas de estocagem de rações peletizadas e de materiais
utilizados como ‘cama’ (maravalha) devem ser ventiladas e secas
• alimentos perecíveis (hortifrutigranjeiros), devem ser estocados separadamente das
rações peletizadas e da maravalha
• ÁREA DE HIGIENIZAÇÃO – esta área deve estar localizada de forma a não causar
estresse aos animais e técnicos.
• Deve haver separação entre ambientes ‘limpo’ e ‘sujo’.
• LABORATÓRIO DE CONTROLE DA QUALIDADE –
parasitologia, microbiologia, patologia e genética,
que podem estar localizados no próprio biotério ou
fora dos institutos de pesquisa.
• INSTALAÇÕES PREDIAIS – o acesso às instalações
(hidráulica, elétrica etc.), que necessitam de
manutenção ou conserto, deve estar localizado na
‘área suja’!!!
• A drenagem (esgoto) deve ser provida de sistema que
impeça o refluxo de água, gases e a penetração de
insetos ou outros animais.
14. Condições ambientais
• Roedores e lagomorfos
• temperatura – de 18 ºC a 22 ºC (20 +/- 2);
• umidade relativa – de 45% a 55% (50 +/- 5);
• ventilação – de 10 a 15 trocas de ar por hora (volume do ambiente).
• LUMINOSIDADE – de 500 luxes no teto da sala de animais e cerca de 150 luxes
a um metro do piso
• lâmpadas fluorescentes com o fotoperíodo de 12 horas ‘claro’ X 12 horas ‘escuro’,
utilizando um timer.
• RUÍDO – acima de 85 decibéis (d) é prejudicial aos animais de laboratório.
Ruídos irregulares e inesperados produzem estresse, ao passo que os animais
podem se adaptar a alguns ruídos contínuos.
• Em salas de animais, é recomendado de 50 d a 60 d.
15. BARREIRAS SANITÁRIAS
• Impedir que agentes indesejáveis tenham acesso às áreas de
criação ou experimentação animal
• Impedir que agentes patógenos em teste venham a se dispersar
para o exterior do prédio
• Considerar:
• quantidade de animais
• tipos de materiais, fluxo de pessoal e material
• exigência microbiológica
• Incluem:
• barreiras periféricas (paredes externas, portas, telhado...)
• barreiras internas (higienizações, pressão atmosférica positiva...)
16. ALGUMAS BARREIRAS FÍSICAS
• AUTOCLAVE – esterilização de materiais e
insumos (com dupla porta)
• ciclos de esterilização de 121 ºC durante 20
minutos
• materiais: gaiolas plásticas, tampas de
gaiolas, bicos, ‘cama’, uniformes, rações...
• ESTUFA DE ESTERILIZAÇÃO – 60 minutos à
temperatura de 180 ºC.
• RADIAÇÃO – (não) ionizante, como a luz
ultravioleta ou os raios gama
estabelecimento especializados
• cobalto 60 e o Césio 137
• FILTROS PARA AR – dependendo de sua
porosidade, podem reter microorganismos
em suspensão – uso de pré-filtros
• eficiência é 99,997% na retenção de
partículas maiores que 0,3 micra.
17. ALGUMAS BARREIRAS QUÍMICAS
• Destruir todos os microrganismos sem deixar
resíduos
• ESTUFA DE ÓXIDO DE ETILENO – câmara hermética,
ciclos longos, material em embalagem porosa
• Gás tóxico para os animais
• esterilização de materiais sensíveis ao calor
• TANQUE DE IMERSÃO – comunicação entre área
‘limpa’ e ‘suja’ - nível de solução desinfetante
impede a comunicação direta entre os dois
ambientes
• Tempo mínimo e presença de matéria orgânica
• Reposição regular da solução
18. COMPOSTOS DESINFETANTES E
ESTERILIZANTES
• Ácido peracético – atua rapidamente, porém uma película de gordura é
suficiente para impedir sua ação – requer limpeza com detergente a 0,3%
• Formaldeído – desinfecção e esterilização
• Fenol e compostos fenólicos – (fenol, cresol, timol) - desinfetante geral, porém
são altamente irritantes e corrosivos.
• Álcoois etílico e propílico – desinfetantes básicos para pele, termômetros e
materiais (pinças, mesas e estantes)
• Cloro – desinfecção de águas - odor e sabor indesejáveis
• Quaternário de amônio – desinfecção ambiental, baixo poder irritativo
quando inalado; não é esporocida
• Hipoclorito de sódio – diluição 1%-2%, por 10 minutos, desinfecção de
superfícies
• Iodos – entre os halogêneos, o iodo sob a forma de tintura (2% a 5%) é um dos
anti-sépticos mais utilizados na prática cirúrgica.
20. OUTRAS BARREIRAS
• Air Lock – são pequenos ambientes, com pressão positiva ou negativa,
que têm por finalidade impedir a penetração ou a saída de ar de um
ambiente contíguo, além de dar maior segurança quando colocados
entre sala de animais e corredor de recolhimento (‘sujo’) no fluxo
unidirecional.
• Quarentena – devem garantir o perfeito isolamento dos animais, rápida
e eficiente higienização e desinfecção
• Filtro para líquidos, Cortina de ar, Higiene pessoal, Paramentação.........
• Gradiente de Pressão – impedir contaminações.
• Sempre maior nas áreas limpas ou estéreis
Corredor de
distribuição
Sala de
animais
Corredor de
recolhimento
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