SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
1-Estabeleça as diferenças entre: hematêmese, hematoquesia, hemobilia,
hemoptise, melena e enterorragia.
Hematêmese, ou vômito com sangue, caracteriza a hemorragia digestiva alta, assim
entendida aquela em que o sangramento se localiza desde a boca até o ângulo e Treitz. A
causa mais comum de sangramento de origem esofagiana são varizes no esôfago. A
hematêmese por ruptura de varizes é, na maioria das vezes, volumosa e contém sangue
ainda não alterado por ação do suco gástrico. A hematêmese de menor volume, de origem
esofagiana, pode ocorrer no câncer do esôfago, nas úlceras esofagianas e em outras
condições mais raras.
Hematoquesia: emissão de sangue fresco ou acastanhado pelo ânus, quase sempre com
origem no tubo digestivo baixo (do ângulo de Treitz ao reto). No entanto, hemorragias
digestivas mais altas eliminadas pelo reto podem ser de sangue vivo quando são maciças (>
1000 ml), de modo a acelerarem o trânsito intestinal e não permanecerem tempo suficiente
no lúmen para que surjam melenas.
Hemobilia: hemorragia dentro ou através do trato biliar devido a trauma, inflamação,
colelitíase, doença vascular ou neoplasias.
Hemoptise é a eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. As hemoptises
podem ser devido a hemorragias brônquicas ou alveolares. Há ocasiões em que é possível
suspeitar de qual circulação (sistêmica ou pulmonar) provém o sangue: as hemoptises
originadas nas artérias brônquicas são, em geral, maciças, o sangue pode ser recente ou não,
saturado ou não, com ou sem catarro. É o que ocorre nas broquiectasias, na estenose mitral
e nas fístulas arteriovenosas. Quando o sangue provém de ramos da artéria pulmonar, seu
volume costuma ser menor. É o que ocorre nas pneumonias, broncopneumonias, nos
abcessos e no tromboembolismo.
Melena: é a evacuação pelo ânus de sangue negro digerido, puro ou misturado com as
fezes, às quais dá o aspecto de alcatrão. Indica uma hemorragia gastrointestinal situada
acima do cólon, ao passo que os sangramentos situados mais abaixo (reto) são
acompanhados pela evacuação de sangue vermelho
Enterorragia: é a hemorragia intestinal com evacuação de sangue vermelho pelo ânus;
distingue-se da melena, que se caracteriza pela evacuação de sangue negro.

2-Como diferenciar, semiologicamente, anemia aguda de anemia crônica?
Na anemia aguda, causada pela perda súbita de sangue ou pela destruição aguda dos
glóbulos vermelhos, a falta de volume no sistema circulatório é mais importante que a falta
de hemoglobina. Os sinais e sintomas mais proeminentes consistem em queda da pressão
arterial devido à diminuição do volume sanguíneo total, com tonteira e desmaio
subseqüentes, taquicardia e palpitação, sudorese, ansiedade, agitação, fraqueza generalizada
e possivelmente uma diminuição da função mental.
Na anemia crônica, o volume sanguíneo total está normal, mas ocorre uma diminuição dos
glóbulos vermelhos e hemoglobina. A falta de hemoglobina causa descoramento do sangue,
com palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos, com os sinais clínicos
decorrentes desta alteração. Os principais sinais e sintomas são: fadiga generalizada,
anorexia, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição
para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças, apatia. Os sintomas pioram com
a atividade física e aumentam quanto menor o nível de hemoglobina.
3-Quais as alterações semiológicas das mãos no paciente portador de Artrite
Reumatóide?
Artrite significa processo inflamatório da articulação, tendo como base anatomopatológica
a sinovite (inflamação da membrana sinovial). Traduz-se clinicamente por edema da
articulação, acompanhado de elevação da temperatura local e rubor da pele circundante.

4-Estabeleça as diferenças das úlceras de pênis causadas por sífilis primária
(cancro duro) e cancro mole.
A lesão inicial do cancro mole são pápulas vesiculares dolorosas que rapidamente se
transformam em úlceras redondas e irregulares, únicas ou múltiplas, de bordas inclinadas,
com uma aréola vermelha brilhante e de consistência mole. Linfadenite regional unilateral é
freqüente. Ex:

Já no cancro duro (sifilítico) as lesões primárias, que ocorrem mais freqüentemente nos
lábios, gengivas e região amigdaliana, começam como pequenas máculas eritematosas, que
se transformam em pápulas ou pequenos nódulos e, em seguida, ulceram formando o
cancro sifilítico. O cancro é vermelho, coberto por uma membrana branco-acinzentada, de
bordo elevado e circunscrito, muito contagioso, indolor ou bastante doloroso por causa da
infecção secundária. O linfonodo mais próximo se encontra enfartado. Ex:

5-Cite 12 manifestações clínicas, de exame físico, da insuficiência hepática.
(1) Icterícia
(2) Ascite
(3) Hepatomegalia
(4) Hipertensão porta

(5) Aranhas vasculares
(6) Prurido
(7) Manchas cutâneas
(8) Anemia

(9) Taquicardia
(10) Hipotensão arterial
(11) Perda de peso
(12) Fraqueza

6-Explique o mecanismo da hemoptise na Insuficiência Cardíaca.
Na insuficiência cardíaca esquerda, pelo aumento da pressão capilar pulmonar, há
transudação de sangue para os alvéolos, sem que haja solução de continuidade do endotélio.
Esta transudação estimula os receptores das mucosas das vias respiratórias e faz com que
aconteça o mecanismo da tosse, pela qual esse sangue é eliminado via glote (hemoptise).

7-Quais os sinais semiológicos da trombose venosa profunda de panturrilha?
A trombose venosa consiste na coagulação intravenosa do sangue com obstrução parcial
ou total da luz de uma veia. A sintomatologia da trombose venosa aguda é variável,
podendo ser: dor, edema, alteração da temperatura, e da cor da pele e ingurgitamento das
veias superficiais, tudo no local da trombose ou no território drenado pela veia
comprometida.

8-Explique o mecanismo do edema nas insuficiências cardíacas direita e
esquerda.
Na insuficiência cardíaca esquerda a falência esquerda provoca aumento agudo da
pressão capilar pulmonar e, com isso, extravasamento de fluido para os alvéolos,
inundando-os, e levando ao quadro de “afogamento respiratório”, tão bem descrito pelos
pacientes. Já na insuficiência cardíaca direita a redução da capacidade do coração para
bombear o sangue venoso para a frente, aumenta a pressão hidrostática nas veias e
capilares, e produz congestão e perda de líquidos para os tecidos, caracterizando o edema.
Este aparece primeiro nas áreas de declive do corpo (membros inferiores), onde a pressão
hidrostática é maior. Quando o paciente está retido no leito, a região lombar corresponde à
posição de declive e fica edemaciada.

9-Diferencie as Anginas: estreptocócica, diftérica, Paul-Vincent,
Mononucleose Infecciosa.
Angina estreptocócica (bacteriana): toda a mucosa faríngea apresenta-se congesta,
levemente edemaciada, sobretudo ao nível das amígdalas palatinas, que, com freqüência, se
mostram recobertas por depósito esbranquiçado, puriforme, facilmente destacável (forma
eritematopultácea). Precedendo ou acompanhando os sintomas locais, é comum observar
mal-estar, calafrios, febre de 39 a 40ºC, dores musculares generalizadas, astralgias, cefaléia,
astenia. Sobrevêm, então, disfagia dolorosa (“odinofagia”), sensação de constrição e
ardência em toda a faringe. O depósito pultáceo, quando presente, não invade nunca os
pilares; além disso destacam-se facilmente, característica que diferencia da angina diftérica.
A evolução é quase constante, durando cerca de 3 a 6 dias. Na criança, entretanto, pode
evoluir em prazo mais longo, de 6 a 10 dias.
Angina diftérica: é uma angina de caráter endemoepidêmico, com maior incidência entre o
primeiro e o sétimo ano de vida. É excepcional no transcurso do primeiro ano de vida,
devido à imunidade passiva conferida da mãe para o filho. A faringoscopia revela falsas
membranas branco-acinzentadas, localizadas sobre ad amígdalas e invandindo o terço
superior dos pilares anteriores até a úvula. A sintomatologia geral traduz-se por moderada
elevação da temperatura (em geral até 38ºC), pulso rápido, palidez e adinamia mais ou
menos intensa, sintomas que traduzem acentuado grau de intoxicação geral pelas endo e
exotoxinas produzidas pelo bacilo diftérico (Corynebacterium diphteriae).
Angina de Paul-Vincent (fusoespirilar): trata-se de angina provocada por simbiose entre
o bacilo fusiforme e o espirilo, saprófitos normais da cavidade bucal, que adquirem poder
patogênico quando se associam. Esta angina caracteriza-se por disfagia dolorosa unilateral,
geralmente sem elevação da temperatura. A faringoscopia revela ulceração da amígdala,
recoberta por pseudomembrana sem tendência a estender-se, mas acarretando fenômeno de
necrose e eliminação de exsudato difteróide, de odor fétido.
Angina monocítica: é causada pela mononucleose infecciosa. É mais freqüente na
adolescência (“angina dos estudantes”), por vezes em caráter epidêmico. Surge
ingurgitamento linfonodal cervical, geralmente acentuado, com freqüência também axilar e
inguinal, por vezes acompanhado de esplenomegalia. Temperatura elevada e irregular,
astenia acentuada, cefaléia, mal-estar geral. Icterícia pode estar presente.
(aqui angina é usada como sinônimo de amigdalite que acomete toda a mucosa da
orofaringe)

10-Descreva o sinal de köplik. Onde ele é encontrado?
Sinal de koplik é um pontilhado branco, envolvido por halo vermelho, em número de 2 a
10, distribuído próximo ao canal de Stenon (da glândla parótida), na amígdala. Ele é
decorrente de infecção pelo vírus do Sarampo, que é do grupo dos Paramixovírus.

11Qual a tríade clássica da Pancreatite Crônica?
A tríade clássica da pancreatite crônica é:
(1) Dor: localiza-se na região epigástrica, normalmente com irradiação para o hipocôndrio
direito e/ou esquerdo, para o flanco esquerdo e, às vezes, região interescapular. É do tipo
transfixante, com duração variável, geralmente de 1 a 3 horas após as refeições;.
(2) Emagrecimento: decorrente da dor após alimentação;
(3) Icterícia: aparece pelo edema da porção cefálica do pâncreas ou do surgimento de
pseudocisto nessa região, comprimindo o colédoco;

12-Qual o significado clínico da Tríade de Charcot? E da pêntade de
Reynolds?
A tríade de Charcot (icterícia, dor no quadrante superior direito e febre com calafrio) é
manifestação característica de colangite, que é a inflamação aguda dos canais que
conduzem a bile; isso inclui desde os mais finos, dentro do fígado, ao mais calibroso, o
colédoco. É decorrente de obstrução, estase biliar e proliferação bacteriana. Na colangite
aguda o aparecimento de depressão do SNC no quadro clínico traduz maior gravidade da
doença, manifestando, então, a pêntade de Reynolds, que é: icterícia, febre, dor, depressão
do SNC e hipotensão. É a evolução da tríade de Charcot.

13-Descreva a podagra. Qual o seu significado?
Podagra é um termo usado para descrever a monoartrite aguda da primeira junção
metatarsofalangeana. É a localização mais típica da gota envolvida em 50% dos casos na
crise inicial e em 90% dos portadores de gota no evoluir da doença.

14-Defina Bronquite Crônica.
Bronquite crônica é uma condição clínica caracterizada por excessiva secreção de muco
pela árvore brônquica, com tosse produtiva crônica ou recorrente durante pelo menos três
meses por ano, por dois anos consecutivos, não resultante de causas aparentes, como
bronquiectasias, tuberculose ou outras doenças que possam causar sintomas idênticos.
Existem pelo menos três causas principais que contribuem para o seu surgimento:
tabagismo, infecções e poluição

15-Quais os sinais semiológicos da meningite aguda?
O quadro clínico das meningites agudas caracteriza-se pela somatória de sinais e sintomas
de um processo infeccioso (febre, mal-estar, prostração, fotofobia) com a síndrome de
irritação meníngea (rigidez na nuca, sinais de Kernig e Brudzinski). Hipertensão
intracraniana pode estar presente com cefaléia, vômitos e edema de papila nos casos mais
prolongados. Confusão mental é freqüente e pode seguir-se de agitação psicomotora e
evoluir para o coma. Convulsões são freqüentes, especialmente em crianças.
Sinal de Kernig: paciente em decúbito dorsal com joelhos em extensão. Com uma das
mãos levanta-se o tronco para verticalizá-lo, ao mesmo tempo que a outra procura impedir
a flexão. Sse positivo há flexão dos joelhos. Outra forma que se pesquisa este sinal:
levanta-se a perna, colocando-a em ângulo reto, sem flexionar os joelhos; se positivo há
flexão dos joelhos.
Sinal de Brudzinski: flexão involuntária dos membros inferiores quando se tente flexionar
subitamente a cabeça.
16-Caracterize a hipertensão intracraniana.
A relação entre o conteúdo da caixa intracraniana e o seu volume determina a pressão
intracraniana (PIC), que tem como referência a pressão atmosférica. Em condições
normais,a pressão intracraniana tem flutuações determinadas pelos ciclos respiratório e
cardíaco. Várias doenças determinam o aumento da pressão intracraniana, sendo a mais
freqüente o traumatismo craniencefálico.
Para o diagnóstico da hipertensão intracraniana (HIC) deve-se valorizar o quadro clínico,
constituído de cefaléia, vômitos e papiledema. Dos exames subsidiários, os mais
importantes são os métodos de imagem principalmente Tomografia Computadorizada (TC)
e Ressonância Nuclear Magnética (RNM).
Para os casos graves de HIC, o ideal durante o tratamento é que a PIC esteja monitorizada.
Diversas modalidades podem ser utilizadas, como a hipocapnia (diminuição da
concentração do gás carbônico do sangue) induzida pela hiperventilação, os diuréticos
osmóticos, a hipotermia e cuidados especiais no tratamento geral dos pacientes.

17-O que é pressão diferencial?
Pressão diferencial é a diferença entre a pressão sistólica e a diastólica. Na maioria das
vezes, os valores da pressão diferencial estão entre 30 e 60 mmHg. Durante o sono, há um
pequeno decréscimo da pressão diferencial (pressão convergente), mas há algumas
doenças em que este fato se torna mais evidente: doenças que causam hipotensão arterial
aguda, estenose aórtica, derrame pericárdico, pericardite constrictiva e insuficiência
cardíaca grave. O aumento da pressão diferencial (pressão divergente) ocorre nas
síndromes hipercinéticas (hipertireoidismo, fístula arteriovenosa, insuficiência aórtica) e na
fibrose senil dos grandes vasos.

18-Como diagnosticamos a hipotensão postural?
Hipotensão postural (ortostática) é reconhecida quando ocorre uma queda de 20mmHg ou
mais na pressão sistólica e/ou 10mmHg ou mais na diastólica ao passar-se da posição
deitada para a de pé.
19-Cite 10 sinais periféricos da endocardite bacteriana.
(1) Febre séptica ou irregular
(2) Toxemia
(3) Perda de peso por anorexia intensa
(4) Palidez cutânea
(5) Comprometimento do estado geral
(6) Hematúria
(7) Hemorragia retiniana
(8) AVC
(9) Petéquias (devidas a microembolias)
(10) Hipocratismo digital
(11) Nódulos de Osler (nódulos
dolorosos, eritematosos e localizados nas
extremidades dos dedos)
(12) Hepatoesplenomegalia

(nódulos de Osler)

(13) Mudança das características de um
sopro pré-existente ou surgimento de
outro sopro em curto período de tempo
(14) Artralgia
(15) Dedos em baqueta de tambor
(16) Dispnéia
(17) Dores torácica e/ou abdominal
(18) Manchas de Janeway (pontos
pequenos, planos, vermelhos, não
dolorosos e localizados nas palmas e
plantas dos dedos; não são do tipo
hemorrágico e tornam-se brancos à
compressão)

(manchas de Janeway)

20-Como se expressa a embolia gordurosa? Qual o seu mecanismo?
A embolia gordurosa ocorre em fraturas de ossos longos, cuja medula óssea é amarela (só
tecido adiposo). Gotículas lipídicas ganham a circulação sistêmica, chegando ao pulmão.
Grande parte fica retida aí e a morte pode ocorrer nesta fase, com dispnéia e colapso
circulatório, se mais que 2/3 dos vasos ficarem obstruídos. Contudo, uma parte dos êmbolos
lipídicos passa, porque os capilares pulmonares têm diâmetro maior que os de outros
territórios e porque a gordura é líquida à temperatura corporal. Na maioria dos parênquimas
são inócuos, menos no cérebro.
O quadro clínico da embolia gordurosa cerebral também é paradoxal, porque os pacientes
não costumam ter alterações neurológicas nas primeiras horas após o trauma. Só algumas
horas ou dias após instala-se um quadro progressivo de obnubilação mental chegando ao
coma, com alta mortalidade.O primeiro período sem sinais de sofrimento cerebral
corresponde ao tempo em que as gotículas lipídicas estão retidas no pulmão; o segundo
período, com diminuição do nível de consciência, é devido à chegada do lípide ao cérebro,
com lesão irreversível da substância branca.
21-Descreva as características do escarro nas seguintes patologias: Pneumonia
pneumocócica, asma brônquica, pneumonia por Klebsiella.
Pneumonia pneumocócica: inicialmente pode apresentar tosse produtiva, com escarro
escasso muco-purulento ou com estrias de sangue; mais tarde (depois de 24 a 48 horas),
pode tornar-se espesso, purulento, ou cor de ferrugem.
Asma brônquica: a expectoração do asmático é mucóide, com alta viscosidade, aderindo
às paredes do recipiente que a contém, lembrando a clara do ovo. Sua presença marca o
término da crise asmática. Sua riqueza em eosinófilos é bem conhecida; nestes casos às
vezes, encontram-se pequenas formações sólidas, brancas e arredondadas, justificando a
expressão “escarro perolado”, dos asmáticos.
Pneumonia por Klebsiella: é formado um exsudato extremamente abundante, mas
viscoso, e, por isso, dificilmente eliminado dos alvéolos. Há verdadeira hiperdistensão
alveolar com aumento volumétrico da zona comprometida, muitas vezes o lobo superior. A
necrose parenquimatosa e abscedação são a regra; muitas vezes há verdadeiro esvaziamento
alveolar.

22-O que é a pneumonia dos olhos dourados?
A pneumonia normalmente leva a uma bacteremia e conseqüente sepse. Na sepse pode
ocorrer uma coagulação intravascular disseminada e isso leva a hemólise e aumento da
bilirrubina. Depois as endotoxinas que as bactérias produzem podem levar a uma colestase
(diminuição da excreção de bile), e isso também leva a um aumento da bilirrubina. A partir
daqui é o mesmo mecanismo da icterícia: deposição de bilirrubina na pele e escleróticas,
devido a aumento de produção de bilirrubinas (como nas hemólises), falha de
metabolização (doenças próprias do parênquima hepático) ou falhas de excreção (obstrução
mecânica das vias biliares).

23-Defina abdome agudo.
Denomina-se abdômen agudo a condição clínica caracterizada por dor abdominal, que se
instala deforma aguda, à qual se associam, freqüentemente,outras manifestações locais e
gerais, e que podem ter extrema gravidade. Procurando dar limites à característica tempo de
dor abdominal, que denuncia o abdômen agudo, foi sugerido por alguns autores que o
período crítico seria de 01 a 72 h, já que sintomas com duração maior ou menor, em geral,
não necessitariam de diagnósticos imediatos ou tratamento de urgência. O médico,
entretanto, não deve prender-se a esses prazos, mas avaliar todos os fatos clínicos aquém e
além de limites propostos, desde o momento que começou a acompanhar a evolução do
quadro agudo,apresentado pelo paciente.
O diagnóstico preciso da causa determinante eas repercussões locais e gerais do presente
processo patológico devem ser o objetivo principal da avaliação clínica do paciente com
abdômen agudo e ele deve ser feito no menor tempo possível. A precisão e a rapidez do
diagnóstico são importantes, porque o abdômen agudo traduz, em geral, uma situação
grave, muitas vezes com risco de vida, que exige tratamento imediato, o qual será tanto
mais efetivo quanto mais cedo for instituído.

24- Estabeleça diferenças entre as síndromes nefrótica e nefrítica.
A síndrome nefrótica deriva de causas múltiplas e se caracteriza pelo aumento da
permeabilidade dos capilares glomerulares acompanhado de proteinúria maciça e da
excreção de corpúsculos de gordura; existe tendência variável para hiperlipidemia,
hipoproteinemia (hipoalbuminemia) e edema. O edema da síndrome nefrótica, como todas
as formas de edema que tem como mecanismo deflagrador a hipoproteinemia, costuma ser
particularmente evidente nas pálpebras e na face (onde existe um regime de baixa pressão
tecidual que favorece a transudação do líquido) e tende a se acentuar pela manhã devido à
posição de decúbito assumida durante várias horas no período noturno.
Na síndrome nefrítica há edema acompanhado de proteinúria discreta ou moderada,
hematúria e hipertensão arterial. Como a proteinúria raramente é maciça, ela não participa
da gênese do edema o qual resulta, sobretudo, de uma retenção primária de sódio e água, na
medida que a ingestão excede a capacidade de excreção renal.

25-Quais as manifestações extrarticulares do Lupus Eritematoso Sistêmico?
Critérios revisados para o Lúpus Eritematoso Sitêmico (LES):
MANIFESTAÇÃO
DESCRIÇÃO
1. Erupção Malar
Eritema malar fixo (lesão em asa de
borboleta);
2. Erupção discóide
Placas elevadas e eritematosas com
descamação ceratósica;
3. Fotossensibilidade
Erupção cutânea como uma reação
incomum à luz solar, pela história do
paciente ou observação do médico;
4. Úlceras orais
Úlceras orais ou nasofaríngeas,
habitualmente indolores, observadas pelo
médico;
5. Artrite
Artrite não-erosiva envolvendo duas ou
mais articulações periféricas, caracterizada
por sensibilidade, edema ou derrame;
6. Serosite
Pleurite;
Pericardite;
7. Distúrbio renal
Proteinúria persistente;
8. Distúrbio neurológico
Convulsões (na ausência de outras causas);
Psicose (na ausência de outras causas);
9. Distúrbio hematológico
Anemia hemolítica;
Leucopenia;
Linfopenia;
Trombocitopenia;

(lesão em asa de borboleta)
26-Quais as manifestações extra-hepáticas da hepatite por vírus B?
(1) Febre
(2) Icterícia
(3) Mal-estar geral
(4) Fadiga intensa
(5) Anorexia
(6) Náuseas

(7) Vômitos
(8) Dor abdominal (predominantemente
no hipocôndrio direito)
(9) Fezes de cor esbranquiçada
(10) Urina de cor marrom escura.

27-Como se apresenta a Angina de Ludwig?
A angina de Ludwig é um processo infeccioso que consiste em uma celulite do tecido
conectivo cervical e assoalho da boca, normalmente de origem dentária Pode ter outras
causas, tais como traumas, extração dental, ou infecção por microorganismos oportunistas
em pacientes com sistema imunológico comprometido, tais como: diabetes, lupus
eritematoso sistêmico, nefropatias.
No seu inicio há apenas edema e dor local, mas a infecção se difunde rapidamente levando
a um aumento de volume significante na região de assoalho de boca, sendo que a
característica mais importante é representada por uma celulite agressiva, tóxica, firme e
aguda e que envolve os espaços fasciais submandibular e sublingual bilateralmente e, o
espaço submentoniano.

28-Quais os sinais semiológicos da pericardite aguda? E do tamponamento
cardíaco?
Pericardite aguda: dor torácica intensa, retroesternal, referida para o dorso e músculo
trapézio esquerdo; ruído de atrito pericárdico (som geralmente sisto-diastólico);
Tamponamento cardíaco: dispnéia, palidez e Tríade de Beck:
(1) Turgência jugular
(2) Abafamento (hipofonese) das bulhas cardíacas
(3) Hipotensão com pulso paradoxal.

29-Estabeleça diferenças entre icterícia colestática (bilirrubina direta) e não
colestática.
A icterícia colestática (conjugada) é causada por uma deficiente excreção de bilirrubina
direta, seja de origem intra ou extra-hepática. As alterações intra-hepáticas ocorrem ao
nível hepatocelular (hepatites, álcool, cirrose)e canalicular (medicamentosa, atresia das vias
biliares). As condições extra-hepáticas caracterizam-se por um obstáculo ao fluxo de bile,
sejam intrínsecas ou extrínsecas à árvore biliar, como a colelitíase, coledocolitíase,
neoplasias do colédoco, papila, vesícula ou pâncreas).
Já a icterícia não colestática (não conjugada) advém das situações nas quais há um
aumento da bilirrubina não conjugada, por um dos quatro seguintes mecanismos:
(1) produção excessiva de bilirrubina em setores distantes do fígado, condição na qual a
conjugação é incapaz de atender a oferta; ex: hemólise
(2) ao nível da membrana, quando o pigmento não pode ser transportado até o hepatócito,
devido à competição de vários elementos que se ligam à albumina; ex: medicamentos (por
competição)
(3) ao nível do hepatócito, quando houver incapacidade de captar e fixar a bilirrubina; ex:
medicamentos (por competição)
(4) a nível microssomal, quando há defeito ou ausência de enzimas que promovem a
conjugação, impedindo a transformação da bilirrubina indireta na direta; ex: Síndrome de
Gilbert, icterícia fisiológica do recém-nascido
30-Cite 5 tipos de hálito.
Cetônico
Urêmico
Fetorepático
Etílico
31-Descreva alterações ungueais e suas respectivas patologias.
32-O que é flapping? Onde pode ser encontrado?
33-Diferencie as paralisias faciais periférica e central.
34-Diferencie a dor abdominal da úlcera péptica gástrica da duodenal.
35-Como diferenciar úlcera de perna de origem venosa da de origem arterial?

36-O que é claudicação intermitente? Qual o seu significado?
A claudicação intermitente é um sintoma patognomônico da obstrução arterial crônica e é
um dos sintomas mais específicos da Medicina. O termo claudicar vem do latim, do verbo
claudicare e significa coxear ou mancar;é empregado de maneira rotineira, na prática
clínica.
A característica da dor na claudicação intermitente é o seu aparecimento apenas após o
exercício muscular, como a deambulação. A dor pode iniciar-se como uma sensação de
cansaço ou fraqueza, passando freqüentemente a ser referida como constrição, aperto ou
câimbra e pode chegar a ser insuportável, obrigando o indivíduo a parar de andar. A dor vai
cessando, diminuindo de intensidade e desaparece completamente como repouso. Não há
nenhum tipo de dor nas extremidades com estas características.
A localização da dor vai depender do local da obstrução arterial, mas é freqüente nas
panturrilhas, podendo ocorrer nas coxas e nas regiões glúteas. Quanto maior for a
isquemia,mais curta será a distância que o indivíduo consegue andar antes do aparecimento
da dor (distância de claudicação) e maior será o período de recuperação da dor, isto é,
maior será o tempo exigido para que a dor desapareça completamente.

37-O que é alopécia. Cite 5 causas.
Alopécia é a ausência total de pêlos em determinada região da pele. Causas:
(1) Origem hereditária
(5) Desnutrição, marasmo e kwashiokor
(2) Hipo ou Hipertireoidismo
(6) Infecções bacterianas
(3) Diabetes Mellitus
(7) Infecções fúngicas
(4) Gravidez ou menopausa
(8) Infecções virais
(6), (7), (8) são exemplos de alopecia cicatricial, que é secundária a processos inflamatórios
no couro cabeludo.

38-Há diferença entre hirsutismo e hipertricose?
Hirsutismo é o excesso de crescimento de pêlos dependente de hormônios andrógenos.
Esta produção aumentada pode ser pelo ovário, glândulas supra-renais, ambos ou pela
sensibilidade aumentada dos folículos pilosos aos níveis normais circulantes de
androgênios. Este aumento pode ser na espessura, tamanho ou número de pêlos. Já
hipertricose é o excesso do crescimento dos pêlos independente de hormônios andrógenos.

39-Defina amenorréia. Cite 3 causas.
Amenorréia consiste na ausência da menstruação. A falha no aparecimento da
menstruação é denominada amenorréia primária; o desaparecimento da menstruação, após
ela já ter um padrão, é chamado amenorréia secundária. Causas:
(1) Gestação
(4) Uso de
(7) Doenças crônicas
(2) Lactação
anticoncepcionais
(8) Disfunções do eixo
(3) Menopausa
(5) Baixo peso corporal
hipotálamo-hipofisário
(6) Estresse

40-Defina dismenorréia. Cite 3 causas.
A dismenorréia consiste na menstruação com dor, e manifesta-se habitualmente como uma
sensação de peso, desconforto ou cólica nos quadrantes inferiores do abdômen e na pelve.
Causas:
(1) Aumento da produção de
(4) Miomas uterinos
prostaglandinas pelo útero, que provocam
(5) Anormalidades na anatomia do útero
contrações dolorosas;
ou da vagina de origem congênita
(2) Uso de DIU (dispositivo intra-uterino)
(6) Cistos ovarianos
(3) Endometrioses
(7) Inflamações pélvicas

41-Como diferenciar, semiologicamente, atelectasia, derrame pleural e
pneumotórax?
Semiologicamente podemos diferenciar estes três sinais da seguinte maneira:
Situação

Como
acontece

Traquéia

Tonalidade da
Percussão

Ruídos
Respiratórios

Frêmito
Ruí
Toracovocal Adv

Atelectasia
(obstrução lobal)

Quando um
tampão no
brônquio
principal
(constituído
por muco ou

Pode estar
desviada para o
lado
comprometido;

Maciça na
região sem ar;

Em geral
ausentes
quando persiste
o tampão
brônquico; as
exceções

Geralmente
ausente
quando
persiste o
tampão
brônquico;

Nen
corpo estranho)
obstrui o fluxo
aéreo, o tecido
pulmonar
colaba e fica
sem ar;

incluem a
atelectasia do
lobo superior
direito, para
onde podem ser
transmitidos os
ruídos traqueais
adjacentes;

nas
exceções,
como na
atelectasia
do lobo
superior,
pode estar
aumentado;

Derrame pleural

Quando ocorre
um acúmulo de
líquido no
espaço pleural,
há uma
separação do
pulmão repleto
de ar em
relação à
parede torácica
e um bloqueio
da transmissão
de sons;

No sentido do
lado oposto de
um grande
derrame;

Maciça a
submaciça
sobre a região
com líquido;

Diminuídos a
ausentes, mas
podem ser
auscultados os
ruídos
respiratórios
brônquicos
próximos à
extremidade
superior de um
grande
derrame;

Diminuído
ou ausente,
mas pode
estar
aumentado
na região
superior de
um grande
derrame;

Nen
exce
veze
atrit
pleu

Pneumotórax

Quando o ar
No sentido do
vaza para o
lado oposto,
espaço pleural, quando há
geralmente
muito ar;
apenas de um
lado, o pulmão
sofre uma
retração em
relação à
parede
torácica. O ar
pleural
bloqueia a
transmissão do
som;
Derrame Pleural

Hiperressonante ou
timpânica, na
região do ar
pleural;

Diminuído a
ausente sobre o
ar pleural;

Diminuído a
ausente
sobre o ar
pleural;

Nen
exce
um
atrit
pleu

Atelectasia

Pneumotórax
(atelectasia do segmento
posterior do lobo
pulmonar superior direito.)

42-Fisiopatologia da ascite na cirrose hepática. Quais os seus sinais
semiológicos?
Os fatores que produzem ascite na cirrose hepática são um baixo nível de albumina sérica,
bloqueio do fluxo hepático com superprodução de linfa, diminuição da capacidade dos
vasos sangüíneos em reter líquido, retenção de líquido pelos rins e hipertensão portal.
Seus sinais semiológicos são:
Inspeção:
(1) Distensão e desconforto abdominais, dependentes da quantidade de líquidos na cavidade
abdominal;
(2) Abdômen de batráquio, quando o paciente encontra-se em decúbito dorsal;
(3) Cicatriz umbilical plana ou protuberante em caso de grande quantidade de líquido;
(4) Aranhas vasculares
Palpação:
(5) Sinal do piparote positivo: o examinador aplica um golpe rápido e firme em um dos
flancos do abdômen, recolhendo com a outra mão espalmada sobre o flanco do lado oposto
a sensação de choque da onda líquida que se forma pelo líquido abdominal;

(6) Sinal do rechaço positivo: sensação de choque percebida pelo examinador em seus
dedos quando, ao comprimir o abdômen ascítico em determinado ponto, toca o fígado, o
baço ou qualquer outra estrutura sólida, impulsionando-os contra os contra o plano
posterior da cavidade abdominal. Vale lembrar que os órgãos maciços flutuam no líquido
ascítico;
Percussão:
(7) Som maciço e móvel à percussão
Ausculta: não contribui muito para o diagnóstico da ascite

43-Em que patologias encontramos o baqueteamento de dedos?
O baqueteamento digital pode ser encontrado em:
(1) carcinoma brônquico;
(2) empiema;
(3) abscesso pulmonar;
(4) bronquiectasia;

(5) cardiopatia congênita;
(6) endocardite infecciosa;
(7) cirrose;
(8) colite ulcerativa;

(9) doença celíaca
(10) doença de Crohn

44-Descreva as características semiológicas que devemos levar em conta na
avaliação clínica de uma adenomegalia?
Os sinais físicos do linfonodo a serem determinados são os seguintes:
(1) Localização: descrita, sempre que possível, usando termos anatômicos precisos;
(2) Cor da pele local: inflamações em linfonodos superficiais determinarão uma hiperemia
local facilmente identificada;
(3) Sensibilidade ao toque: a sensibilidade dolorosa determinará muitas vezes a diferença
clínica entre um tumor inflamatório e um neoplásico;
(4) Forma: lembrando-se que os linfonodos têm três dimensões, procurar compará-los a
figuras de três dimensões, tais como ovóide, esférica, e não circular ou elíptica;
(5) Volume: o tamanho do linfonodo deve ser estabelecido em centímetros;
(6) Superfície: o tipo de superfície, se lisa ou irregular, nodular ou com pontos mais
proeminentes é a primeira característica a ser notada na palpação;
(7) Bordas: as bordas de um linfonodo, se nítidas, demonstram que a afecção que
determinou o seu aumento está limitada a ele. Ao contrário, quando suas bordas são
indistintas à palpação, isto indica que a afecção em questão, inflamatória ou neoplásica, já
ultrapassou os seus limites e tem uma infiltração intersticial associada;
(8) Consistência: normalmente são elásticos, mas nos processos neoplásicos podem
adquirir a consistência lenhosa, portanto, não compressíveis;
(9) Flutuação: é geralmente o estágio final de infecções inespecíficas. Demonstra a
formação de uma área liquefeita com pus ou material caseoso em seu interior;
(10) Relação com estruturas vizinhas: a fixação de um linfonodo às estruturas anatômicas
vizinhas é um achado comum nos processos inflamatórios bacterianos. Nas metástases das
neoplasia malignas este sinal corresponde à infiltração intersticial pelo tumor;

45-Tipos semiológicos de língua.
Língua geográfica: é caracterizada por uma ou mais áreas irregulares de descamação na
superfície dorsal da língua. As lesões se iniciam por máculas avermelhadas, não
endurecidas, com desaparecimento das papilas filiformes e manutenção das fungiformes,
com bordos definidos e esbranquiçados de aspecto circinado. As áreas papiladas persistem
por curto período de tempo, desaparecem e reaparecem em outro local, daí a designação
migratória. As lesões são dolorosas aos alimentos salgados, ácidos e condimentados. A
etiologia é desconhecida, porém fatores emocionais, neurogênicos ou psicossomáticos
podem estar envolvidos. O diagnóstico é feito pelo exame clínico.
Língua pilosa: caracteriza-se pelo alongamento das papilas filiformes e pelo aspecto
branco piloso da superfície dorsal da língua. Em alguns casos, os alongamentos das papilas
se coram de castanho ou preto por agentes exógenos como álcool, tabaco e
microorganismos cromógenos. É uma lesão assintomática e mais freqüente em homens. A
etiologia é complexa, podendo atuar fatores bacterianos, micóticos, irritação química,
doenças crônicas degenerativas, desidratação, higiene bucal precária, hábito de fumar e
xerostomia.
Língua saburrosa: Caracteriza-se pelo acúmulo de uma substância branco-acinzentada na
sua superfície. Os pacientes descrevem-na como uma “língua suja”, dando-lhe uma
importância que na verdade não tem. A língua saburrosa aparece em pacientes febris, nos
tabagistas, em indivíduos desidratados e mesmo em pessoas normais, especialmente ao
despertar.
Língua em framboesa: a língua mostra-se tipicamente com uma cor muito avermelhada e
aspecto inchado e com as papilas vermelhas. É sinal de escarlatina.
Língua escrotal (fissurada): apresenta fissuras longitudinais, transversais ou oblíquas em
parte ou toda sua superfície dorsal. Trata-se de uma condição benigna. Detritos alimentares
podem se alojar nessas fissuras, causando ou contribuindo para a inflamação e sensação de
desconforto. Parece haver uma predisposição genética e há maior freqüência em indivíduos
com síndrome de Down. É a anormalidade congênita mais freqüente da língua. Este tipo
costuma aparecer quando há deficiência de vitaminas do complexo B.
Língua seca: a ausência de umidade constitui o elemento principal desta alteração. A
coexistência de saburra é comum. A língua seca indica desidratação, aparecendo em todas
as condições em que há perda de água, seja por vômitos, diarréia ou por qualquer outro
mecanismo. Outras causas de secura da língua incluem respiração pela boca e ingestão
medicamentosa (atropina, antidepressivos).
Língua lisa: esta condição se deve à atrofia das papilas. À inspeção nota-se uma superfície
lisa ao invés da rugosidade própria da língua normal. A principal causa é a anemia,
podendo ser observada também na desnutrição protéica.
Macroglossia: significa aumento global da língua. O hipotireoidismo, a acromegalia e a
amiloidose são as causas mais freqüentes.

46-Diferenças semiológicas da glândula tireóide na Tireoidite de Hashimoto e
na Doença de Basedow-Graves.
Os pacientes com hipotireoidismo por Tireoidite de Hashimoto podem apresentar bócio e
não os sintomas do hipotireoidismo. O bócio pode não ser grande, mas geralmente é
irregular e de consistência firme. Freqüentemente é possível palpar o lobo piramidal, e
normalmente há um vestígio do ducto tireoglosso remanescente. Raramente a Tireoidite de
Hashimoto não complicada está associada a dor.
Na doença de Graves a tireóide geralmente está aumentada difusamente, de 2 a 3 vezes o
seu tamanho. Sua consistência é firme, pode apresentar frêmito e murmúrio devido a
crescente vascularização da glândula e circulação hiperdinâmica.

47-Explique as possíveis causas de dor torácica na embolia pulmonar.
Na embolia pulmonar ramos da artéria pulmonar estão obstruídos pelo processo
tromboembólico, há alteração da relação ventilação/perfusão, e esta decorre num infarto,
que causa a dor torácica pleurítica (em pontada e ventilatória-dependente).

48-Qual a tríade clínica característica da estenose aórtica?
(1) Angina pectoris: é o sintoma inicial em 50-70% dos pacientes com EAo (estenose
aórtica) grave, podendo ocorrer concomitantemente com doença coronariana, mas a sua
causa mais comum deve-se a uma crescente disparidade entre a oferta e o consumo de
oxigênio pela hipertrofia do VE.
(2) Síncope: é o primeiro sintoma em 15 a 30% dos pacientes, sendo o seu aparecimento
associado com uma expectativa de vida de 3 a 4 anos.
(3) ICC (insuficiência cardíaca congestiva): a dispnéia, ortopnéia e dispnéia paroxística
noturna indicam o aparecimento de ICC que, rapidamente, progride para fenômenos
congestivos sistêmicos.

49-Explique a dor torácica na estenose aórtica.
A estenose aórtica provoca uma obstrução fixa ao fluxo e sobrecarga de pressão
ventricular esquerda. A hipertrofia compensatória do ventrículo esquerdo aumenta a
demanda de oxigênio do miocárdio, podendo-se desenvolver isquemia, mesmo na ausência
de doença arterial coronária, o que causará dor torácica em peso ou aperto.

50-Conceito de febre de origem obscura. Qual a sua principal causa
infecciosa? E tumoral?
A febre de origem obscura (ou indeterminada) pode ser definida através da presença de
temperatura axilar maior do que 38,3ºC, em várias ocasiões, pelo tempo mínimo de três
semanas e após uma semana de investigação hospitalar infrutífera. Suas principais causas
infecciosas são tuberculose, malária, endocardite bacteriana e toxoplasmose; as tumorais
são: doença de Hodgkin, adenocarcinoma metastático, linfomas e leucemias.

51-Conceitue, exemplificando, febre intermitente e febre recorrente.
Febre intermitente: neste padrão de febre a temperatura se eleva acima de 1ºC, retornando
ao normal no prazo de 24 horas. Os abscessos pirogênicos constituem sua causa mais
comum, ao lado da pielonefrite aguda com bacteremia, alguns tipos de malária (febre terçã,
quartã) e a tuberculose disseminada.
Febre recorrente: a principal característica deste tipo de febre é a elevação da temperatura
por vários dias, seguida de períodos afebris também prolongados. É característica dos
linfomas, dengue, brucelose subaguda, borreliose, meningococemia crônica, malária não
falciparum, e febre da mordida do rato.
(não pediu, mas vou colocar assim mesmo):
Febre contínua: caracteriza-se por elevações persistentes da temperatura com duração de
dois ou mais dias, e pequena variação diurna. Ocorre nas doenças do SNC, pneumonia
pneumocócica, tularemia, psitacose e riquetsioses.
Febre remitente: nela a temperatura está permanentemente elevada, mas há quedas
diárias que, contudo, não chegam à faixa normal. Este padrão associa-se à brucelose
aguda, endocardite bacteriana, viroses respiratórias agudas, pneumonia por Mycoplasma,
malária por P. falciparum e neoplasias.

52-O que é uma síndrome paraneoplásica? Cite exemplos dessa síndrome no
câncer de pâncreas, câncer gástrico e câncer de pulmão.
Entende-se por síndromes paraneoplásicas conjuntos de sintomas e sinais que podem
acompanhar ou anteceder neoplasias malignas de diferentes tipos celulares, decorrendo, a
maioria desses sintomas ou sinais, da produção, pelo tumor, de substâncias não produzidas
pelas células que o compõe, quando sadias, e não determinadas por invasão pelo tumor. As
manifestações paraneoplásicas não dependem da localização deste tumor, ocorrem à
distância.

53-Fisiopatologia da hipoglicemia na intoxicação alcoólica aguda.
O etanol é absorvido a partir do intestino delgado e transportado diretamente para o fígado,
onde é metabolizado por reações de oxidação que interferem na síntese de glicose pela
gliconeogênese. A ingestão excessiva de etanol desvia os intermediários da gliconeogênese
para rotas alternativas de reação, resultando em síntese diminuída de glicose (inibe a
gliconeogênese), o que acarreta a hipoglicemia típica do intoxicado por álcool.
54-Identifique as metástases à distância do câncer gástrico.
55-Identifique as metástases à distância do câncer de pulmão.

56-O que é a retinopatia de Putscher?
A retinopatia de Purtscher é uma angiopatia hemorrágica caracterizada por hemorragias
intra epré-retinianas, exudatos algodonosos peri e justas maculares e/ou dilatação venosa
com importanterebaixamento da visão e recente história de trauma extra-ocular. O
desenvolvimento rápido do distúrbio visual é uma apresentação comum e dramática
destasíndrome, embora a severidade da perda visual possa variar extensamente,
dependendo das áreasespecíficas de retina envolvidas.
A retinopatia de Purtscher é uma patologia rara geralmente obscurecida por outras
injúrias severas. Alguns possíveis mecanismos propostos seriam o aumento súbito da
pressão intracraniana,com refluxo liquórico pelo nervo óptico e lesão endotelial
hipertensiva; embolia arteriolar associadoa lesões torácicas compressivas e processos
adreno-inflamatórios importantes; embolismogorduroso após fraturas de ossos longos; ou
ainda à oclusão da artéria retiniana posterior poragregados de granulócitos decorrentes de
processos sistêmicos extensos e ao mecanismo direto delesão capilar pelo próprio trauma.
Todos estes culminariam num ponto final comum de alteração dapermeabilidade
microvascular retiniana e alteração endotelial linfática que gerariam tais alterações.

57-Qual o conceito de coma? Como diferenciar, semiologicamente, sua
origem metabólica da orgânica?
Coma é um estado de inconsciência, habitualmente prolongado (com duração de horas,
semanas ou meses), do qual o paciente pode ou não emergir. Esse estado de inconsciência
não pode ser revertido pelos estímulos externos comuns, critério que permite distinguir o
coma do estado de inconsciência do sono fisiológico. O coma é a expressão sindrômica de
uma falência das funções encefálicas, podendo ser determinado por lesões estruturais do
parênquima encefálico, por disfunções metabólicas e por intoxicações exógenas com
repercussão no SNC.
Metabólicas
Estruturais
Fisiopatologia

Os centros de vigília são
intoxicados ou ocorre
depleção de substâncias
críticas;

Características Clínicas
• Padrão respiratório

Quando regular, pode ser
normal ou de
hiperventilação. Quando
irregular, geralmente do tipo
Cheyne-Stokes;
Iguais, reativos à luz.
Quando forem em “cabeça
de alfinete” por opiáceos ou
colinérgicos, pode ser
preciso uma lente de
aumento, para observar a
reação;

•

•

Tamanho e
reatividade
pupilares

Nível de consciência

Exemplos de causas

Podem não ser reativas,
quando fixas e dilatadas por
anticolinérgicos ou
hipotermia;
Muda após a alteração das
pupilas;
Uremia, hiperglicemia,
álcool,, drogas, insuficiência
hepática, hipotireoidismo,
hipoglicemia, anoxia,
isquemia, meningite,
encefalite, hipertermia,
hipotermia;

A lesão destrói ou comprime
as regiões de vigília do
tronco cerebral, direta ou
secundariamente a lesões
expansivas mais distantes;
Irregular, principalmente
respiração de Cheyne-Stokes
ou atáxica;
Desiguais ou não-reativas à
luz (fixas);
Posição intermediária fixa –
sugere compressão
mesencefálica;
Dilatadas, fixas – sugere
compressão do III par
craniano por herniação;
Muda antes da alteração das
pupilas
Hemorragia epidural,
subdural ou intradural,
infarto ou embolia cerebral,
tumor, abscesso, infarto,
tumor ou hemorragia do
tronco cerebral, infarto,
hemorragia, tumor ou
abscesso cerebelar;

58-Como diagnosticar uma parada cardíaca?
A parada cardiorrespiratória (PCR), pode ser definida como a cessação súbita e
inesperada dos batimentos cardíacos associados a ausência de respiração. O diagnóstico
rápido e correto é a chave para o sucesso da reanimação cardiopulmonar (RCP). Os sinais
usados para o diagnóstico são: ausência de pulso em grande vaso (carótida ou femoral),
inconsciência, cianose e ausência de movimentos respiratórios.

59-O que é vômito porráceo? Em que situação clínica ele é encontrado?
Vômito porráceo é um vômito de aspecto verde-escuro, da cor do porro, que indica
estenose a nível do intestino delgado por oclusão intestinal ou por peritonites muito
avançadas.
60-O que é pica? Exemplifique.

61-Estabeleça diferença entre paresia, parestesia e plegia.
A paresia é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros:
superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou tipo de
acometimento fala-se em paralisia ou paresia.O termo paresia refere-se quando o
movimento está apenas limitado ou fraco. O termo paresia vem do grego PARESIS e
significa relaxação, debilidade. Nos casos de paresias, a motilidade se apresenta apenas
num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento,
amplitude do movimento e a resistência muscular localizada, ou seja, refere-se a um
comprometimento parcial, a uma semiparalisia.
Parestesia: Distúrbio em que o paciente acusa sensações anormais (formigamento, picada,
queimadura) não causadas por estímulo exterior ao corpo.
Plegia: Termo geral, normalmente utilizado para descrever a perda grave ou completa da
força muscular devido a doença do sistema motor desde o nível do córtex cerebral até a
fibra muscular. Este termo, também pode ocasionalmente se referir a perda da função
sensorial.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Slide Seminário Hanseníase
Slide Seminário HanseníaseSlide Seminário Hanseníase
Slide Seminário Hanseníase
 
Fácies - Profa. Rilva Muñoz
Fácies - Profa. Rilva MuñozFácies - Profa. Rilva Muñoz
Fácies - Profa. Rilva Muñoz
 
.pdf
.pdf.pdf
.pdf
 
Pé Diabético
Pé DiabéticoPé Diabético
Pé Diabético
 
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas FontesSemiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
 
Psoríase
PsoríasePsoríase
Psoríase
 
Dipirona
DipironaDipirona
Dipirona
 
Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20
 
hipertensão arterial-1.pptx
hipertensão arterial-1.pptxhipertensão arterial-1.pptx
hipertensão arterial-1.pptx
 
Primeiros socorros - Queimaduras
Primeiros socorros - QueimadurasPrimeiros socorros - Queimaduras
Primeiros socorros - Queimaduras
 
Fraturas - Tipos e Conceitos by Victor Souza
Fraturas - Tipos e Conceitos by Victor SouzaFraturas - Tipos e Conceitos by Victor Souza
Fraturas - Tipos e Conceitos by Victor Souza
 
Semninário Febre Amarela
Semninário Febre AmarelaSemninário Febre Amarela
Semninário Febre Amarela
 
Exame físico do abdome l
Exame físico do abdome lExame físico do abdome l
Exame físico do abdome l
 
Escabiose e Pediculose
Escabiose e PediculoseEscabiose e Pediculose
Escabiose e Pediculose
 
MEDICAMENTOS MANIPULADOS
MEDICAMENTOS MANIPULADOS MEDICAMENTOS MANIPULADOS
MEDICAMENTOS MANIPULADOS
 
Desnutrição
DesnutriçãoDesnutrição
Desnutrição
 
Escabiose (sarna)
Escabiose (sarna)Escabiose (sarna)
Escabiose (sarna)
 
Sarna
SarnaSarna
Sarna
 
Descrição e Interpretação Macroscópica das Lesões
Descrição e Interpretação Macroscópica das LesõesDescrição e Interpretação Macroscópica das Lesões
Descrição e Interpretação Macroscópica das Lesões
 
Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites   Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites
 

Destaque

Prova de semiologia endocrina questoes respondidas
Prova de semiologia endocrina questoes respondidasProva de semiologia endocrina questoes respondidas
Prova de semiologia endocrina questoes respondidasEdson Correa
 
Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em EnfermagemSemiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em EnfermagemMarco Antonio
 
Exercícios Sistema Respiratorio
Exercícios Sistema Respiratorio Exercícios Sistema Respiratorio
Exercícios Sistema Respiratorio arletdinha
 
Semiologia 03 semiologia do aparelho respiratório aplicada
Semiologia 03   semiologia do aparelho respiratório aplicadaSemiologia 03   semiologia do aparelho respiratório aplicada
Semiologia 03 semiologia do aparelho respiratório aplicadaJucie Vasconcelos
 
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Guilherme Sicuto
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físicolacmuam
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICA
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO  INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICAORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO  INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICA
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICARilva Lopes de Sousa Muñoz
 
06 lesões fundamentais - parte 1
06   lesões fundamentais - parte 106   lesões fundamentais - parte 1
06 lesões fundamentais - parte 1Ana Borges
 
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físicoSemiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físicoJucie Vasconcelos
 
Casos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos Possíveis
Casos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos PossíveisCasos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos Possíveis
Casos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos PossíveisTHIAGO MELANIAS
 
Semiologia anamnese e ectoscopia
Semiologia   anamnese e ectoscopiaSemiologia   anamnese e ectoscopia
Semiologia anamnese e ectoscopialeandrosdpsi
 
Semiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorioSemiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorioTiaguinhol
 
Semiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor llSemiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor llpauloalambert
 
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdfSemiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdfJucie Vasconcelos
 
Introdução à semiologia
Introdução à semiologiaIntrodução à semiologia
Introdução à semiologiaLucimar Campos
 
Lesão bucal
Lesão bucalLesão bucal
Lesão bucalmorilhas
 

Destaque (20)

Semiologia: Avaliação do Semestre
Semiologia: Avaliação do SemestreSemiologia: Avaliação do Semestre
Semiologia: Avaliação do Semestre
 
Prova de semiologia endocrina questoes respondidas
Prova de semiologia endocrina questoes respondidasProva de semiologia endocrina questoes respondidas
Prova de semiologia endocrina questoes respondidas
 
Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em EnfermagemSemiologia e Semiotécnica em Enfermagem
Semiologia e Semiotécnica em Enfermagem
 
Exercícios Sistema Respiratorio
Exercícios Sistema Respiratorio Exercícios Sistema Respiratorio
Exercícios Sistema Respiratorio
 
Semiologia 03 semiologia do aparelho respiratório aplicada
Semiologia 03   semiologia do aparelho respiratório aplicadaSemiologia 03   semiologia do aparelho respiratório aplicada
Semiologia 03 semiologia do aparelho respiratório aplicada
 
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICA
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO  INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICAORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO  INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICA
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO CONSENTIMENTO INFORMADO NA PRÁTICA MÉDICA
 
História das Doenças Negligenciadas
História das Doenças NegligenciadasHistória das Doenças Negligenciadas
História das Doenças Negligenciadas
 
06 lesões fundamentais - parte 1
06   lesões fundamentais - parte 106   lesões fundamentais - parte 1
06 lesões fundamentais - parte 1
 
Semiologia Geral
Semiologia GeralSemiologia Geral
Semiologia Geral
 
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físicoSemiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físico
 
Cardio
CardioCardio
Cardio
 
Casos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos Possíveis
Casos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos PossíveisCasos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos Possíveis
Casos Clínicos: Anamnese e Diagnósticos Possíveis
 
Semiologia anamnese e ectoscopia
Semiologia   anamnese e ectoscopiaSemiologia   anamnese e ectoscopia
Semiologia anamnese e ectoscopia
 
Semiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorioSemiologia aparelho digestorio
Semiologia aparelho digestorio
 
Semiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor llSemiologia do Aparelho Locomotor ll
Semiologia do Aparelho Locomotor ll
 
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdfSemiologia 06   neurologia - semiologia neurológica pdf
Semiologia 06 neurologia - semiologia neurológica pdf
 
Introdução à semiologia
Introdução à semiologiaIntrodução à semiologia
Introdução à semiologia
 
Lesão bucal
Lesão bucalLesão bucal
Lesão bucal
 

Semelhante a Semiologia questões e respostas

Cistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresCistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresFlávia Salame
 
Semiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneiaSemiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneiaTHIAGO MELANIAS
 
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010rdgomlk
 
D oenças pulmonares difusas obsr odf
D oenças pulmonares difusas obsr odfD oenças pulmonares difusas obsr odf
D oenças pulmonares difusas obsr odfisadoracordenonsi
 
Hemorragias Digestiva Baixa.pptx
Hemorragias Digestiva Baixa.pptxHemorragias Digestiva Baixa.pptx
Hemorragias Digestiva Baixa.pptxBernabManuelTepa
 
Doenças e distúrbios dos sistema respiratório
Doenças e distúrbios dos sistema respiratórioDoenças e distúrbios dos sistema respiratório
Doenças e distúrbios dos sistema respiratórioAna Beatriz Cargnin
 
Cardio 3
Cardio 3Cardio 3
Cardio 3UFPEL
 
Algumas patologias do Aparato cardiovascular
Algumas patologias do Aparato cardiovascularAlgumas patologias do Aparato cardiovascular
Algumas patologias do Aparato cardiovascularNEELLITON SANTOS
 
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo nettoPatologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo nettoJucie Vasconcelos
 
Cardio 2
Cardio 2Cardio 2
Cardio 2UFPEL
 
Resumo semio abdominal e neuro
Resumo semio abdominal e neuroResumo semio abdominal e neuro
Resumo semio abdominal e neuroJéssica Tamires
 
Apostila de bioimagem radiografia Pulmão
Apostila de bioimagem radiografia PulmãoApostila de bioimagem radiografia Pulmão
Apostila de bioimagem radiografia PulmãoItalo Emmanoel
 

Semelhante a Semiologia questões e respostas (20)

Cistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresCistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonares
 
Semiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneiaSemiologia: Cianose, tosse e dispneia
Semiologia: Cianose, tosse e dispneia
 
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
Síndromes Respiratórias PL 02 - 2010
 
Cianose slides.pptx
Cianose slides.pptxCianose slides.pptx
Cianose slides.pptx
 
D oenças pulmonares difusas obsr odf
D oenças pulmonares difusas obsr odfD oenças pulmonares difusas obsr odf
D oenças pulmonares difusas obsr odf
 
Edema - tipos e exemplos
Edema - tipos e exemplos Edema - tipos e exemplos
Edema - tipos e exemplos
 
Tosse e hemoptise
Tosse e hemoptiseTosse e hemoptise
Tosse e hemoptise
 
Tosse e hemoptise
Tosse e hemoptiseTosse e hemoptise
Tosse e hemoptise
 
Hemorragias Digestiva Baixa.pptx
Hemorragias Digestiva Baixa.pptxHemorragias Digestiva Baixa.pptx
Hemorragias Digestiva Baixa.pptx
 
Doenças e distúrbios dos sistema respiratório
Doenças e distúrbios dos sistema respiratórioDoenças e distúrbios dos sistema respiratório
Doenças e distúrbios dos sistema respiratório
 
Cardio 3
Cardio 3Cardio 3
Cardio 3
 
Tórax Infantil - Radiologia
Tórax Infantil - Radiologia Tórax Infantil - Radiologia
Tórax Infantil - Radiologia
 
Algumas patologias do Aparato cardiovascular
Algumas patologias do Aparato cardiovascularAlgumas patologias do Aparato cardiovascular
Algumas patologias do Aparato cardiovascular
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
isquemia e infarto
isquemia e infarto isquemia e infarto
isquemia e infarto
 
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo nettoPatologia 06   distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
Patologia 06 distúrbios hemodinâmicos - med resumos - arlindo netto
 
Esclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica MédicaEsclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica Médica
 
Cardio 2
Cardio 2Cardio 2
Cardio 2
 
Resumo semio abdominal e neuro
Resumo semio abdominal e neuroResumo semio abdominal e neuro
Resumo semio abdominal e neuro
 
Apostila de bioimagem radiografia Pulmão
Apostila de bioimagem radiografia PulmãoApostila de bioimagem radiografia Pulmão
Apostila de bioimagem radiografia Pulmão
 

Último

Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxKarineRibeiro57
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratoriolaissacardoso16
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 

Último (7)

Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
apresentacao-NR 12 2024.ppt
apresentacao-NR                        12 2024.pptapresentacao-NR                        12 2024.ppt
apresentacao-NR 12 2024.ppt
 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 

Semiologia questões e respostas

  • 1. 1-Estabeleça as diferenças entre: hematêmese, hematoquesia, hemobilia, hemoptise, melena e enterorragia. Hematêmese, ou vômito com sangue, caracteriza a hemorragia digestiva alta, assim entendida aquela em que o sangramento se localiza desde a boca até o ângulo e Treitz. A causa mais comum de sangramento de origem esofagiana são varizes no esôfago. A hematêmese por ruptura de varizes é, na maioria das vezes, volumosa e contém sangue ainda não alterado por ação do suco gástrico. A hematêmese de menor volume, de origem esofagiana, pode ocorrer no câncer do esôfago, nas úlceras esofagianas e em outras condições mais raras. Hematoquesia: emissão de sangue fresco ou acastanhado pelo ânus, quase sempre com origem no tubo digestivo baixo (do ângulo de Treitz ao reto). No entanto, hemorragias digestivas mais altas eliminadas pelo reto podem ser de sangue vivo quando são maciças (> 1000 ml), de modo a acelerarem o trânsito intestinal e não permanecerem tempo suficiente no lúmen para que surjam melenas. Hemobilia: hemorragia dentro ou através do trato biliar devido a trauma, inflamação, colelitíase, doença vascular ou neoplasias. Hemoptise é a eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. As hemoptises podem ser devido a hemorragias brônquicas ou alveolares. Há ocasiões em que é possível suspeitar de qual circulação (sistêmica ou pulmonar) provém o sangue: as hemoptises originadas nas artérias brônquicas são, em geral, maciças, o sangue pode ser recente ou não, saturado ou não, com ou sem catarro. É o que ocorre nas broquiectasias, na estenose mitral e nas fístulas arteriovenosas. Quando o sangue provém de ramos da artéria pulmonar, seu volume costuma ser menor. É o que ocorre nas pneumonias, broncopneumonias, nos abcessos e no tromboembolismo. Melena: é a evacuação pelo ânus de sangue negro digerido, puro ou misturado com as fezes, às quais dá o aspecto de alcatrão. Indica uma hemorragia gastrointestinal situada acima do cólon, ao passo que os sangramentos situados mais abaixo (reto) são acompanhados pela evacuação de sangue vermelho Enterorragia: é a hemorragia intestinal com evacuação de sangue vermelho pelo ânus; distingue-se da melena, que se caracteriza pela evacuação de sangue negro. 2-Como diferenciar, semiologicamente, anemia aguda de anemia crônica? Na anemia aguda, causada pela perda súbita de sangue ou pela destruição aguda dos glóbulos vermelhos, a falta de volume no sistema circulatório é mais importante que a falta de hemoglobina. Os sinais e sintomas mais proeminentes consistem em queda da pressão arterial devido à diminuição do volume sanguíneo total, com tonteira e desmaio subseqüentes, taquicardia e palpitação, sudorese, ansiedade, agitação, fraqueza generalizada e possivelmente uma diminuição da função mental. Na anemia crônica, o volume sanguíneo total está normal, mas ocorre uma diminuição dos glóbulos vermelhos e hemoglobina. A falta de hemoglobina causa descoramento do sangue, com palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos, com os sinais clínicos decorrentes desta alteração. Os principais sinais e sintomas são: fadiga generalizada, anorexia, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças, apatia. Os sintomas pioram com a atividade física e aumentam quanto menor o nível de hemoglobina.
  • 2. 3-Quais as alterações semiológicas das mãos no paciente portador de Artrite Reumatóide? Artrite significa processo inflamatório da articulação, tendo como base anatomopatológica a sinovite (inflamação da membrana sinovial). Traduz-se clinicamente por edema da articulação, acompanhado de elevação da temperatura local e rubor da pele circundante. 4-Estabeleça as diferenças das úlceras de pênis causadas por sífilis primária (cancro duro) e cancro mole. A lesão inicial do cancro mole são pápulas vesiculares dolorosas que rapidamente se transformam em úlceras redondas e irregulares, únicas ou múltiplas, de bordas inclinadas, com uma aréola vermelha brilhante e de consistência mole. Linfadenite regional unilateral é freqüente. Ex: Já no cancro duro (sifilítico) as lesões primárias, que ocorrem mais freqüentemente nos lábios, gengivas e região amigdaliana, começam como pequenas máculas eritematosas, que se transformam em pápulas ou pequenos nódulos e, em seguida, ulceram formando o cancro sifilítico. O cancro é vermelho, coberto por uma membrana branco-acinzentada, de bordo elevado e circunscrito, muito contagioso, indolor ou bastante doloroso por causa da infecção secundária. O linfonodo mais próximo se encontra enfartado. Ex: 5-Cite 12 manifestações clínicas, de exame físico, da insuficiência hepática.
  • 3. (1) Icterícia (2) Ascite (3) Hepatomegalia (4) Hipertensão porta (5) Aranhas vasculares (6) Prurido (7) Manchas cutâneas (8) Anemia (9) Taquicardia (10) Hipotensão arterial (11) Perda de peso (12) Fraqueza 6-Explique o mecanismo da hemoptise na Insuficiência Cardíaca. Na insuficiência cardíaca esquerda, pelo aumento da pressão capilar pulmonar, há transudação de sangue para os alvéolos, sem que haja solução de continuidade do endotélio. Esta transudação estimula os receptores das mucosas das vias respiratórias e faz com que aconteça o mecanismo da tosse, pela qual esse sangue é eliminado via glote (hemoptise). 7-Quais os sinais semiológicos da trombose venosa profunda de panturrilha? A trombose venosa consiste na coagulação intravenosa do sangue com obstrução parcial ou total da luz de uma veia. A sintomatologia da trombose venosa aguda é variável, podendo ser: dor, edema, alteração da temperatura, e da cor da pele e ingurgitamento das veias superficiais, tudo no local da trombose ou no território drenado pela veia comprometida. 8-Explique o mecanismo do edema nas insuficiências cardíacas direita e esquerda. Na insuficiência cardíaca esquerda a falência esquerda provoca aumento agudo da pressão capilar pulmonar e, com isso, extravasamento de fluido para os alvéolos, inundando-os, e levando ao quadro de “afogamento respiratório”, tão bem descrito pelos pacientes. Já na insuficiência cardíaca direita a redução da capacidade do coração para bombear o sangue venoso para a frente, aumenta a pressão hidrostática nas veias e capilares, e produz congestão e perda de líquidos para os tecidos, caracterizando o edema. Este aparece primeiro nas áreas de declive do corpo (membros inferiores), onde a pressão hidrostática é maior. Quando o paciente está retido no leito, a região lombar corresponde à posição de declive e fica edemaciada. 9-Diferencie as Anginas: estreptocócica, diftérica, Paul-Vincent, Mononucleose Infecciosa. Angina estreptocócica (bacteriana): toda a mucosa faríngea apresenta-se congesta, levemente edemaciada, sobretudo ao nível das amígdalas palatinas, que, com freqüência, se mostram recobertas por depósito esbranquiçado, puriforme, facilmente destacável (forma eritematopultácea). Precedendo ou acompanhando os sintomas locais, é comum observar mal-estar, calafrios, febre de 39 a 40ºC, dores musculares generalizadas, astralgias, cefaléia, astenia. Sobrevêm, então, disfagia dolorosa (“odinofagia”), sensação de constrição e ardência em toda a faringe. O depósito pultáceo, quando presente, não invade nunca os pilares; além disso destacam-se facilmente, característica que diferencia da angina diftérica. A evolução é quase constante, durando cerca de 3 a 6 dias. Na criança, entretanto, pode evoluir em prazo mais longo, de 6 a 10 dias. Angina diftérica: é uma angina de caráter endemoepidêmico, com maior incidência entre o primeiro e o sétimo ano de vida. É excepcional no transcurso do primeiro ano de vida, devido à imunidade passiva conferida da mãe para o filho. A faringoscopia revela falsas membranas branco-acinzentadas, localizadas sobre ad amígdalas e invandindo o terço
  • 4. superior dos pilares anteriores até a úvula. A sintomatologia geral traduz-se por moderada elevação da temperatura (em geral até 38ºC), pulso rápido, palidez e adinamia mais ou menos intensa, sintomas que traduzem acentuado grau de intoxicação geral pelas endo e exotoxinas produzidas pelo bacilo diftérico (Corynebacterium diphteriae). Angina de Paul-Vincent (fusoespirilar): trata-se de angina provocada por simbiose entre o bacilo fusiforme e o espirilo, saprófitos normais da cavidade bucal, que adquirem poder patogênico quando se associam. Esta angina caracteriza-se por disfagia dolorosa unilateral, geralmente sem elevação da temperatura. A faringoscopia revela ulceração da amígdala, recoberta por pseudomembrana sem tendência a estender-se, mas acarretando fenômeno de necrose e eliminação de exsudato difteróide, de odor fétido. Angina monocítica: é causada pela mononucleose infecciosa. É mais freqüente na adolescência (“angina dos estudantes”), por vezes em caráter epidêmico. Surge ingurgitamento linfonodal cervical, geralmente acentuado, com freqüência também axilar e inguinal, por vezes acompanhado de esplenomegalia. Temperatura elevada e irregular, astenia acentuada, cefaléia, mal-estar geral. Icterícia pode estar presente. (aqui angina é usada como sinônimo de amigdalite que acomete toda a mucosa da orofaringe) 10-Descreva o sinal de köplik. Onde ele é encontrado? Sinal de koplik é um pontilhado branco, envolvido por halo vermelho, em número de 2 a 10, distribuído próximo ao canal de Stenon (da glândla parótida), na amígdala. Ele é decorrente de infecção pelo vírus do Sarampo, que é do grupo dos Paramixovírus. 11Qual a tríade clássica da Pancreatite Crônica? A tríade clássica da pancreatite crônica é: (1) Dor: localiza-se na região epigástrica, normalmente com irradiação para o hipocôndrio direito e/ou esquerdo, para o flanco esquerdo e, às vezes, região interescapular. É do tipo transfixante, com duração variável, geralmente de 1 a 3 horas após as refeições;. (2) Emagrecimento: decorrente da dor após alimentação; (3) Icterícia: aparece pelo edema da porção cefálica do pâncreas ou do surgimento de pseudocisto nessa região, comprimindo o colédoco; 12-Qual o significado clínico da Tríade de Charcot? E da pêntade de Reynolds? A tríade de Charcot (icterícia, dor no quadrante superior direito e febre com calafrio) é manifestação característica de colangite, que é a inflamação aguda dos canais que conduzem a bile; isso inclui desde os mais finos, dentro do fígado, ao mais calibroso, o
  • 5. colédoco. É decorrente de obstrução, estase biliar e proliferação bacteriana. Na colangite aguda o aparecimento de depressão do SNC no quadro clínico traduz maior gravidade da doença, manifestando, então, a pêntade de Reynolds, que é: icterícia, febre, dor, depressão do SNC e hipotensão. É a evolução da tríade de Charcot. 13-Descreva a podagra. Qual o seu significado? Podagra é um termo usado para descrever a monoartrite aguda da primeira junção metatarsofalangeana. É a localização mais típica da gota envolvida em 50% dos casos na crise inicial e em 90% dos portadores de gota no evoluir da doença. 14-Defina Bronquite Crônica. Bronquite crônica é uma condição clínica caracterizada por excessiva secreção de muco pela árvore brônquica, com tosse produtiva crônica ou recorrente durante pelo menos três meses por ano, por dois anos consecutivos, não resultante de causas aparentes, como bronquiectasias, tuberculose ou outras doenças que possam causar sintomas idênticos. Existem pelo menos três causas principais que contribuem para o seu surgimento: tabagismo, infecções e poluição 15-Quais os sinais semiológicos da meningite aguda? O quadro clínico das meningites agudas caracteriza-se pela somatória de sinais e sintomas de um processo infeccioso (febre, mal-estar, prostração, fotofobia) com a síndrome de irritação meníngea (rigidez na nuca, sinais de Kernig e Brudzinski). Hipertensão intracraniana pode estar presente com cefaléia, vômitos e edema de papila nos casos mais prolongados. Confusão mental é freqüente e pode seguir-se de agitação psicomotora e evoluir para o coma. Convulsões são freqüentes, especialmente em crianças. Sinal de Kernig: paciente em decúbito dorsal com joelhos em extensão. Com uma das mãos levanta-se o tronco para verticalizá-lo, ao mesmo tempo que a outra procura impedir a flexão. Sse positivo há flexão dos joelhos. Outra forma que se pesquisa este sinal: levanta-se a perna, colocando-a em ângulo reto, sem flexionar os joelhos; se positivo há flexão dos joelhos. Sinal de Brudzinski: flexão involuntária dos membros inferiores quando se tente flexionar subitamente a cabeça.
  • 6. 16-Caracterize a hipertensão intracraniana. A relação entre o conteúdo da caixa intracraniana e o seu volume determina a pressão intracraniana (PIC), que tem como referência a pressão atmosférica. Em condições normais,a pressão intracraniana tem flutuações determinadas pelos ciclos respiratório e cardíaco. Várias doenças determinam o aumento da pressão intracraniana, sendo a mais freqüente o traumatismo craniencefálico. Para o diagnóstico da hipertensão intracraniana (HIC) deve-se valorizar o quadro clínico, constituído de cefaléia, vômitos e papiledema. Dos exames subsidiários, os mais importantes são os métodos de imagem principalmente Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Nuclear Magnética (RNM). Para os casos graves de HIC, o ideal durante o tratamento é que a PIC esteja monitorizada. Diversas modalidades podem ser utilizadas, como a hipocapnia (diminuição da concentração do gás carbônico do sangue) induzida pela hiperventilação, os diuréticos osmóticos, a hipotermia e cuidados especiais no tratamento geral dos pacientes. 17-O que é pressão diferencial? Pressão diferencial é a diferença entre a pressão sistólica e a diastólica. Na maioria das vezes, os valores da pressão diferencial estão entre 30 e 60 mmHg. Durante o sono, há um pequeno decréscimo da pressão diferencial (pressão convergente), mas há algumas doenças em que este fato se torna mais evidente: doenças que causam hipotensão arterial aguda, estenose aórtica, derrame pericárdico, pericardite constrictiva e insuficiência cardíaca grave. O aumento da pressão diferencial (pressão divergente) ocorre nas síndromes hipercinéticas (hipertireoidismo, fístula arteriovenosa, insuficiência aórtica) e na fibrose senil dos grandes vasos. 18-Como diagnosticamos a hipotensão postural? Hipotensão postural (ortostática) é reconhecida quando ocorre uma queda de 20mmHg ou mais na pressão sistólica e/ou 10mmHg ou mais na diastólica ao passar-se da posição deitada para a de pé.
  • 7. 19-Cite 10 sinais periféricos da endocardite bacteriana. (1) Febre séptica ou irregular (2) Toxemia (3) Perda de peso por anorexia intensa (4) Palidez cutânea (5) Comprometimento do estado geral (6) Hematúria (7) Hemorragia retiniana (8) AVC (9) Petéquias (devidas a microembolias) (10) Hipocratismo digital (11) Nódulos de Osler (nódulos dolorosos, eritematosos e localizados nas extremidades dos dedos) (12) Hepatoesplenomegalia (nódulos de Osler) (13) Mudança das características de um sopro pré-existente ou surgimento de outro sopro em curto período de tempo (14) Artralgia (15) Dedos em baqueta de tambor (16) Dispnéia (17) Dores torácica e/ou abdominal (18) Manchas de Janeway (pontos pequenos, planos, vermelhos, não dolorosos e localizados nas palmas e plantas dos dedos; não são do tipo hemorrágico e tornam-se brancos à compressão) (manchas de Janeway) 20-Como se expressa a embolia gordurosa? Qual o seu mecanismo? A embolia gordurosa ocorre em fraturas de ossos longos, cuja medula óssea é amarela (só tecido adiposo). Gotículas lipídicas ganham a circulação sistêmica, chegando ao pulmão. Grande parte fica retida aí e a morte pode ocorrer nesta fase, com dispnéia e colapso circulatório, se mais que 2/3 dos vasos ficarem obstruídos. Contudo, uma parte dos êmbolos lipídicos passa, porque os capilares pulmonares têm diâmetro maior que os de outros territórios e porque a gordura é líquida à temperatura corporal. Na maioria dos parênquimas são inócuos, menos no cérebro. O quadro clínico da embolia gordurosa cerebral também é paradoxal, porque os pacientes não costumam ter alterações neurológicas nas primeiras horas após o trauma. Só algumas horas ou dias após instala-se um quadro progressivo de obnubilação mental chegando ao coma, com alta mortalidade.O primeiro período sem sinais de sofrimento cerebral corresponde ao tempo em que as gotículas lipídicas estão retidas no pulmão; o segundo período, com diminuição do nível de consciência, é devido à chegada do lípide ao cérebro, com lesão irreversível da substância branca.
  • 8. 21-Descreva as características do escarro nas seguintes patologias: Pneumonia pneumocócica, asma brônquica, pneumonia por Klebsiella. Pneumonia pneumocócica: inicialmente pode apresentar tosse produtiva, com escarro escasso muco-purulento ou com estrias de sangue; mais tarde (depois de 24 a 48 horas), pode tornar-se espesso, purulento, ou cor de ferrugem. Asma brônquica: a expectoração do asmático é mucóide, com alta viscosidade, aderindo às paredes do recipiente que a contém, lembrando a clara do ovo. Sua presença marca o término da crise asmática. Sua riqueza em eosinófilos é bem conhecida; nestes casos às vezes, encontram-se pequenas formações sólidas, brancas e arredondadas, justificando a expressão “escarro perolado”, dos asmáticos. Pneumonia por Klebsiella: é formado um exsudato extremamente abundante, mas viscoso, e, por isso, dificilmente eliminado dos alvéolos. Há verdadeira hiperdistensão alveolar com aumento volumétrico da zona comprometida, muitas vezes o lobo superior. A necrose parenquimatosa e abscedação são a regra; muitas vezes há verdadeiro esvaziamento alveolar. 22-O que é a pneumonia dos olhos dourados? A pneumonia normalmente leva a uma bacteremia e conseqüente sepse. Na sepse pode ocorrer uma coagulação intravascular disseminada e isso leva a hemólise e aumento da bilirrubina. Depois as endotoxinas que as bactérias produzem podem levar a uma colestase (diminuição da excreção de bile), e isso também leva a um aumento da bilirrubina. A partir daqui é o mesmo mecanismo da icterícia: deposição de bilirrubina na pele e escleróticas, devido a aumento de produção de bilirrubinas (como nas hemólises), falha de metabolização (doenças próprias do parênquima hepático) ou falhas de excreção (obstrução mecânica das vias biliares). 23-Defina abdome agudo. Denomina-se abdômen agudo a condição clínica caracterizada por dor abdominal, que se instala deforma aguda, à qual se associam, freqüentemente,outras manifestações locais e gerais, e que podem ter extrema gravidade. Procurando dar limites à característica tempo de dor abdominal, que denuncia o abdômen agudo, foi sugerido por alguns autores que o período crítico seria de 01 a 72 h, já que sintomas com duração maior ou menor, em geral, não necessitariam de diagnósticos imediatos ou tratamento de urgência. O médico, entretanto, não deve prender-se a esses prazos, mas avaliar todos os fatos clínicos aquém e além de limites propostos, desde o momento que começou a acompanhar a evolução do quadro agudo,apresentado pelo paciente. O diagnóstico preciso da causa determinante eas repercussões locais e gerais do presente processo patológico devem ser o objetivo principal da avaliação clínica do paciente com abdômen agudo e ele deve ser feito no menor tempo possível. A precisão e a rapidez do diagnóstico são importantes, porque o abdômen agudo traduz, em geral, uma situação grave, muitas vezes com risco de vida, que exige tratamento imediato, o qual será tanto mais efetivo quanto mais cedo for instituído. 24- Estabeleça diferenças entre as síndromes nefrótica e nefrítica. A síndrome nefrótica deriva de causas múltiplas e se caracteriza pelo aumento da permeabilidade dos capilares glomerulares acompanhado de proteinúria maciça e da
  • 9. excreção de corpúsculos de gordura; existe tendência variável para hiperlipidemia, hipoproteinemia (hipoalbuminemia) e edema. O edema da síndrome nefrótica, como todas as formas de edema que tem como mecanismo deflagrador a hipoproteinemia, costuma ser particularmente evidente nas pálpebras e na face (onde existe um regime de baixa pressão tecidual que favorece a transudação do líquido) e tende a se acentuar pela manhã devido à posição de decúbito assumida durante várias horas no período noturno. Na síndrome nefrítica há edema acompanhado de proteinúria discreta ou moderada, hematúria e hipertensão arterial. Como a proteinúria raramente é maciça, ela não participa da gênese do edema o qual resulta, sobretudo, de uma retenção primária de sódio e água, na medida que a ingestão excede a capacidade de excreção renal. 25-Quais as manifestações extrarticulares do Lupus Eritematoso Sistêmico? Critérios revisados para o Lúpus Eritematoso Sitêmico (LES): MANIFESTAÇÃO DESCRIÇÃO 1. Erupção Malar Eritema malar fixo (lesão em asa de borboleta); 2. Erupção discóide Placas elevadas e eritematosas com descamação ceratósica; 3. Fotossensibilidade Erupção cutânea como uma reação incomum à luz solar, pela história do paciente ou observação do médico; 4. Úlceras orais Úlceras orais ou nasofaríngeas, habitualmente indolores, observadas pelo médico; 5. Artrite Artrite não-erosiva envolvendo duas ou mais articulações periféricas, caracterizada por sensibilidade, edema ou derrame; 6. Serosite Pleurite; Pericardite; 7. Distúrbio renal Proteinúria persistente; 8. Distúrbio neurológico Convulsões (na ausência de outras causas); Psicose (na ausência de outras causas); 9. Distúrbio hematológico Anemia hemolítica; Leucopenia; Linfopenia; Trombocitopenia; (lesão em asa de borboleta)
  • 10. 26-Quais as manifestações extra-hepáticas da hepatite por vírus B? (1) Febre (2) Icterícia (3) Mal-estar geral (4) Fadiga intensa (5) Anorexia (6) Náuseas (7) Vômitos (8) Dor abdominal (predominantemente no hipocôndrio direito) (9) Fezes de cor esbranquiçada (10) Urina de cor marrom escura. 27-Como se apresenta a Angina de Ludwig? A angina de Ludwig é um processo infeccioso que consiste em uma celulite do tecido conectivo cervical e assoalho da boca, normalmente de origem dentária Pode ter outras causas, tais como traumas, extração dental, ou infecção por microorganismos oportunistas em pacientes com sistema imunológico comprometido, tais como: diabetes, lupus eritematoso sistêmico, nefropatias. No seu inicio há apenas edema e dor local, mas a infecção se difunde rapidamente levando a um aumento de volume significante na região de assoalho de boca, sendo que a característica mais importante é representada por uma celulite agressiva, tóxica, firme e aguda e que envolve os espaços fasciais submandibular e sublingual bilateralmente e, o espaço submentoniano. 28-Quais os sinais semiológicos da pericardite aguda? E do tamponamento cardíaco? Pericardite aguda: dor torácica intensa, retroesternal, referida para o dorso e músculo trapézio esquerdo; ruído de atrito pericárdico (som geralmente sisto-diastólico); Tamponamento cardíaco: dispnéia, palidez e Tríade de Beck: (1) Turgência jugular (2) Abafamento (hipofonese) das bulhas cardíacas (3) Hipotensão com pulso paradoxal. 29-Estabeleça diferenças entre icterícia colestática (bilirrubina direta) e não colestática. A icterícia colestática (conjugada) é causada por uma deficiente excreção de bilirrubina direta, seja de origem intra ou extra-hepática. As alterações intra-hepáticas ocorrem ao nível hepatocelular (hepatites, álcool, cirrose)e canalicular (medicamentosa, atresia das vias biliares). As condições extra-hepáticas caracterizam-se por um obstáculo ao fluxo de bile, sejam intrínsecas ou extrínsecas à árvore biliar, como a colelitíase, coledocolitíase, neoplasias do colédoco, papila, vesícula ou pâncreas). Já a icterícia não colestática (não conjugada) advém das situações nas quais há um aumento da bilirrubina não conjugada, por um dos quatro seguintes mecanismos: (1) produção excessiva de bilirrubina em setores distantes do fígado, condição na qual a conjugação é incapaz de atender a oferta; ex: hemólise (2) ao nível da membrana, quando o pigmento não pode ser transportado até o hepatócito, devido à competição de vários elementos que se ligam à albumina; ex: medicamentos (por competição)
  • 11. (3) ao nível do hepatócito, quando houver incapacidade de captar e fixar a bilirrubina; ex: medicamentos (por competição) (4) a nível microssomal, quando há defeito ou ausência de enzimas que promovem a conjugação, impedindo a transformação da bilirrubina indireta na direta; ex: Síndrome de Gilbert, icterícia fisiológica do recém-nascido 30-Cite 5 tipos de hálito. Cetônico Urêmico Fetorepático Etílico 31-Descreva alterações ungueais e suas respectivas patologias. 32-O que é flapping? Onde pode ser encontrado? 33-Diferencie as paralisias faciais periférica e central. 34-Diferencie a dor abdominal da úlcera péptica gástrica da duodenal. 35-Como diferenciar úlcera de perna de origem venosa da de origem arterial? 36-O que é claudicação intermitente? Qual o seu significado? A claudicação intermitente é um sintoma patognomônico da obstrução arterial crônica e é um dos sintomas mais específicos da Medicina. O termo claudicar vem do latim, do verbo claudicare e significa coxear ou mancar;é empregado de maneira rotineira, na prática clínica. A característica da dor na claudicação intermitente é o seu aparecimento apenas após o exercício muscular, como a deambulação. A dor pode iniciar-se como uma sensação de cansaço ou fraqueza, passando freqüentemente a ser referida como constrição, aperto ou câimbra e pode chegar a ser insuportável, obrigando o indivíduo a parar de andar. A dor vai cessando, diminuindo de intensidade e desaparece completamente como repouso. Não há nenhum tipo de dor nas extremidades com estas características. A localização da dor vai depender do local da obstrução arterial, mas é freqüente nas panturrilhas, podendo ocorrer nas coxas e nas regiões glúteas. Quanto maior for a isquemia,mais curta será a distância que o indivíduo consegue andar antes do aparecimento da dor (distância de claudicação) e maior será o período de recuperação da dor, isto é, maior será o tempo exigido para que a dor desapareça completamente. 37-O que é alopécia. Cite 5 causas. Alopécia é a ausência total de pêlos em determinada região da pele. Causas:
  • 12. (1) Origem hereditária (5) Desnutrição, marasmo e kwashiokor (2) Hipo ou Hipertireoidismo (6) Infecções bacterianas (3) Diabetes Mellitus (7) Infecções fúngicas (4) Gravidez ou menopausa (8) Infecções virais (6), (7), (8) são exemplos de alopecia cicatricial, que é secundária a processos inflamatórios no couro cabeludo. 38-Há diferença entre hirsutismo e hipertricose? Hirsutismo é o excesso de crescimento de pêlos dependente de hormônios andrógenos. Esta produção aumentada pode ser pelo ovário, glândulas supra-renais, ambos ou pela sensibilidade aumentada dos folículos pilosos aos níveis normais circulantes de androgênios. Este aumento pode ser na espessura, tamanho ou número de pêlos. Já hipertricose é o excesso do crescimento dos pêlos independente de hormônios andrógenos. 39-Defina amenorréia. Cite 3 causas. Amenorréia consiste na ausência da menstruação. A falha no aparecimento da menstruação é denominada amenorréia primária; o desaparecimento da menstruação, após ela já ter um padrão, é chamado amenorréia secundária. Causas: (1) Gestação (4) Uso de (7) Doenças crônicas (2) Lactação anticoncepcionais (8) Disfunções do eixo (3) Menopausa (5) Baixo peso corporal hipotálamo-hipofisário (6) Estresse 40-Defina dismenorréia. Cite 3 causas. A dismenorréia consiste na menstruação com dor, e manifesta-se habitualmente como uma sensação de peso, desconforto ou cólica nos quadrantes inferiores do abdômen e na pelve. Causas: (1) Aumento da produção de (4) Miomas uterinos prostaglandinas pelo útero, que provocam (5) Anormalidades na anatomia do útero contrações dolorosas; ou da vagina de origem congênita (2) Uso de DIU (dispositivo intra-uterino) (6) Cistos ovarianos (3) Endometrioses (7) Inflamações pélvicas 41-Como diferenciar, semiologicamente, atelectasia, derrame pleural e pneumotórax? Semiologicamente podemos diferenciar estes três sinais da seguinte maneira: Situação Como acontece Traquéia Tonalidade da Percussão Ruídos Respiratórios Frêmito Ruí Toracovocal Adv Atelectasia (obstrução lobal) Quando um tampão no brônquio principal (constituído por muco ou Pode estar desviada para o lado comprometido; Maciça na região sem ar; Em geral ausentes quando persiste o tampão brônquico; as exceções Geralmente ausente quando persiste o tampão brônquico; Nen
  • 13. corpo estranho) obstrui o fluxo aéreo, o tecido pulmonar colaba e fica sem ar; incluem a atelectasia do lobo superior direito, para onde podem ser transmitidos os ruídos traqueais adjacentes; nas exceções, como na atelectasia do lobo superior, pode estar aumentado; Derrame pleural Quando ocorre um acúmulo de líquido no espaço pleural, há uma separação do pulmão repleto de ar em relação à parede torácica e um bloqueio da transmissão de sons; No sentido do lado oposto de um grande derrame; Maciça a submaciça sobre a região com líquido; Diminuídos a ausentes, mas podem ser auscultados os ruídos respiratórios brônquicos próximos à extremidade superior de um grande derrame; Diminuído ou ausente, mas pode estar aumentado na região superior de um grande derrame; Nen exce veze atrit pleu Pneumotórax Quando o ar No sentido do vaza para o lado oposto, espaço pleural, quando há geralmente muito ar; apenas de um lado, o pulmão sofre uma retração em relação à parede torácica. O ar pleural bloqueia a transmissão do som; Derrame Pleural Hiperressonante ou timpânica, na região do ar pleural; Diminuído a ausente sobre o ar pleural; Diminuído a ausente sobre o ar pleural; Nen exce um atrit pleu Atelectasia Pneumotórax
  • 14. (atelectasia do segmento posterior do lobo pulmonar superior direito.) 42-Fisiopatologia da ascite na cirrose hepática. Quais os seus sinais semiológicos? Os fatores que produzem ascite na cirrose hepática são um baixo nível de albumina sérica, bloqueio do fluxo hepático com superprodução de linfa, diminuição da capacidade dos vasos sangüíneos em reter líquido, retenção de líquido pelos rins e hipertensão portal. Seus sinais semiológicos são: Inspeção: (1) Distensão e desconforto abdominais, dependentes da quantidade de líquidos na cavidade abdominal; (2) Abdômen de batráquio, quando o paciente encontra-se em decúbito dorsal; (3) Cicatriz umbilical plana ou protuberante em caso de grande quantidade de líquido; (4) Aranhas vasculares Palpação: (5) Sinal do piparote positivo: o examinador aplica um golpe rápido e firme em um dos flancos do abdômen, recolhendo com a outra mão espalmada sobre o flanco do lado oposto a sensação de choque da onda líquida que se forma pelo líquido abdominal; (6) Sinal do rechaço positivo: sensação de choque percebida pelo examinador em seus dedos quando, ao comprimir o abdômen ascítico em determinado ponto, toca o fígado, o baço ou qualquer outra estrutura sólida, impulsionando-os contra os contra o plano posterior da cavidade abdominal. Vale lembrar que os órgãos maciços flutuam no líquido ascítico; Percussão: (7) Som maciço e móvel à percussão Ausculta: não contribui muito para o diagnóstico da ascite 43-Em que patologias encontramos o baqueteamento de dedos? O baqueteamento digital pode ser encontrado em:
  • 15. (1) carcinoma brônquico; (2) empiema; (3) abscesso pulmonar; (4) bronquiectasia; (5) cardiopatia congênita; (6) endocardite infecciosa; (7) cirrose; (8) colite ulcerativa; (9) doença celíaca (10) doença de Crohn 44-Descreva as características semiológicas que devemos levar em conta na avaliação clínica de uma adenomegalia? Os sinais físicos do linfonodo a serem determinados são os seguintes: (1) Localização: descrita, sempre que possível, usando termos anatômicos precisos; (2) Cor da pele local: inflamações em linfonodos superficiais determinarão uma hiperemia local facilmente identificada; (3) Sensibilidade ao toque: a sensibilidade dolorosa determinará muitas vezes a diferença clínica entre um tumor inflamatório e um neoplásico; (4) Forma: lembrando-se que os linfonodos têm três dimensões, procurar compará-los a figuras de três dimensões, tais como ovóide, esférica, e não circular ou elíptica; (5) Volume: o tamanho do linfonodo deve ser estabelecido em centímetros; (6) Superfície: o tipo de superfície, se lisa ou irregular, nodular ou com pontos mais proeminentes é a primeira característica a ser notada na palpação; (7) Bordas: as bordas de um linfonodo, se nítidas, demonstram que a afecção que determinou o seu aumento está limitada a ele. Ao contrário, quando suas bordas são indistintas à palpação, isto indica que a afecção em questão, inflamatória ou neoplásica, já ultrapassou os seus limites e tem uma infiltração intersticial associada; (8) Consistência: normalmente são elásticos, mas nos processos neoplásicos podem adquirir a consistência lenhosa, portanto, não compressíveis; (9) Flutuação: é geralmente o estágio final de infecções inespecíficas. Demonstra a formação de uma área liquefeita com pus ou material caseoso em seu interior; (10) Relação com estruturas vizinhas: a fixação de um linfonodo às estruturas anatômicas vizinhas é um achado comum nos processos inflamatórios bacterianos. Nas metástases das neoplasia malignas este sinal corresponde à infiltração intersticial pelo tumor; 45-Tipos semiológicos de língua. Língua geográfica: é caracterizada por uma ou mais áreas irregulares de descamação na superfície dorsal da língua. As lesões se iniciam por máculas avermelhadas, não endurecidas, com desaparecimento das papilas filiformes e manutenção das fungiformes, com bordos definidos e esbranquiçados de aspecto circinado. As áreas papiladas persistem por curto período de tempo, desaparecem e reaparecem em outro local, daí a designação migratória. As lesões são dolorosas aos alimentos salgados, ácidos e condimentados. A etiologia é desconhecida, porém fatores emocionais, neurogênicos ou psicossomáticos podem estar envolvidos. O diagnóstico é feito pelo exame clínico. Língua pilosa: caracteriza-se pelo alongamento das papilas filiformes e pelo aspecto branco piloso da superfície dorsal da língua. Em alguns casos, os alongamentos das papilas se coram de castanho ou preto por agentes exógenos como álcool, tabaco e microorganismos cromógenos. É uma lesão assintomática e mais freqüente em homens. A etiologia é complexa, podendo atuar fatores bacterianos, micóticos, irritação química, doenças crônicas degenerativas, desidratação, higiene bucal precária, hábito de fumar e xerostomia.
  • 16. Língua saburrosa: Caracteriza-se pelo acúmulo de uma substância branco-acinzentada na sua superfície. Os pacientes descrevem-na como uma “língua suja”, dando-lhe uma importância que na verdade não tem. A língua saburrosa aparece em pacientes febris, nos tabagistas, em indivíduos desidratados e mesmo em pessoas normais, especialmente ao despertar. Língua em framboesa: a língua mostra-se tipicamente com uma cor muito avermelhada e aspecto inchado e com as papilas vermelhas. É sinal de escarlatina. Língua escrotal (fissurada): apresenta fissuras longitudinais, transversais ou oblíquas em parte ou toda sua superfície dorsal. Trata-se de uma condição benigna. Detritos alimentares podem se alojar nessas fissuras, causando ou contribuindo para a inflamação e sensação de desconforto. Parece haver uma predisposição genética e há maior freqüência em indivíduos com síndrome de Down. É a anormalidade congênita mais freqüente da língua. Este tipo costuma aparecer quando há deficiência de vitaminas do complexo B. Língua seca: a ausência de umidade constitui o elemento principal desta alteração. A coexistência de saburra é comum. A língua seca indica desidratação, aparecendo em todas as condições em que há perda de água, seja por vômitos, diarréia ou por qualquer outro mecanismo. Outras causas de secura da língua incluem respiração pela boca e ingestão medicamentosa (atropina, antidepressivos). Língua lisa: esta condição se deve à atrofia das papilas. À inspeção nota-se uma superfície lisa ao invés da rugosidade própria da língua normal. A principal causa é a anemia, podendo ser observada também na desnutrição protéica. Macroglossia: significa aumento global da língua. O hipotireoidismo, a acromegalia e a amiloidose são as causas mais freqüentes. 46-Diferenças semiológicas da glândula tireóide na Tireoidite de Hashimoto e na Doença de Basedow-Graves. Os pacientes com hipotireoidismo por Tireoidite de Hashimoto podem apresentar bócio e não os sintomas do hipotireoidismo. O bócio pode não ser grande, mas geralmente é irregular e de consistência firme. Freqüentemente é possível palpar o lobo piramidal, e normalmente há um vestígio do ducto tireoglosso remanescente. Raramente a Tireoidite de Hashimoto não complicada está associada a dor. Na doença de Graves a tireóide geralmente está aumentada difusamente, de 2 a 3 vezes o seu tamanho. Sua consistência é firme, pode apresentar frêmito e murmúrio devido a crescente vascularização da glândula e circulação hiperdinâmica. 47-Explique as possíveis causas de dor torácica na embolia pulmonar. Na embolia pulmonar ramos da artéria pulmonar estão obstruídos pelo processo tromboembólico, há alteração da relação ventilação/perfusão, e esta decorre num infarto, que causa a dor torácica pleurítica (em pontada e ventilatória-dependente). 48-Qual a tríade clínica característica da estenose aórtica? (1) Angina pectoris: é o sintoma inicial em 50-70% dos pacientes com EAo (estenose aórtica) grave, podendo ocorrer concomitantemente com doença coronariana, mas a sua causa mais comum deve-se a uma crescente disparidade entre a oferta e o consumo de oxigênio pela hipertrofia do VE.
  • 17. (2) Síncope: é o primeiro sintoma em 15 a 30% dos pacientes, sendo o seu aparecimento associado com uma expectativa de vida de 3 a 4 anos. (3) ICC (insuficiência cardíaca congestiva): a dispnéia, ortopnéia e dispnéia paroxística noturna indicam o aparecimento de ICC que, rapidamente, progride para fenômenos congestivos sistêmicos. 49-Explique a dor torácica na estenose aórtica. A estenose aórtica provoca uma obstrução fixa ao fluxo e sobrecarga de pressão ventricular esquerda. A hipertrofia compensatória do ventrículo esquerdo aumenta a demanda de oxigênio do miocárdio, podendo-se desenvolver isquemia, mesmo na ausência de doença arterial coronária, o que causará dor torácica em peso ou aperto. 50-Conceito de febre de origem obscura. Qual a sua principal causa infecciosa? E tumoral? A febre de origem obscura (ou indeterminada) pode ser definida através da presença de temperatura axilar maior do que 38,3ºC, em várias ocasiões, pelo tempo mínimo de três semanas e após uma semana de investigação hospitalar infrutífera. Suas principais causas infecciosas são tuberculose, malária, endocardite bacteriana e toxoplasmose; as tumorais são: doença de Hodgkin, adenocarcinoma metastático, linfomas e leucemias. 51-Conceitue, exemplificando, febre intermitente e febre recorrente. Febre intermitente: neste padrão de febre a temperatura se eleva acima de 1ºC, retornando ao normal no prazo de 24 horas. Os abscessos pirogênicos constituem sua causa mais comum, ao lado da pielonefrite aguda com bacteremia, alguns tipos de malária (febre terçã, quartã) e a tuberculose disseminada. Febre recorrente: a principal característica deste tipo de febre é a elevação da temperatura por vários dias, seguida de períodos afebris também prolongados. É característica dos linfomas, dengue, brucelose subaguda, borreliose, meningococemia crônica, malária não falciparum, e febre da mordida do rato. (não pediu, mas vou colocar assim mesmo): Febre contínua: caracteriza-se por elevações persistentes da temperatura com duração de dois ou mais dias, e pequena variação diurna. Ocorre nas doenças do SNC, pneumonia pneumocócica, tularemia, psitacose e riquetsioses. Febre remitente: nela a temperatura está permanentemente elevada, mas há quedas diárias que, contudo, não chegam à faixa normal. Este padrão associa-se à brucelose aguda, endocardite bacteriana, viroses respiratórias agudas, pneumonia por Mycoplasma, malária por P. falciparum e neoplasias. 52-O que é uma síndrome paraneoplásica? Cite exemplos dessa síndrome no câncer de pâncreas, câncer gástrico e câncer de pulmão. Entende-se por síndromes paraneoplásicas conjuntos de sintomas e sinais que podem acompanhar ou anteceder neoplasias malignas de diferentes tipos celulares, decorrendo, a maioria desses sintomas ou sinais, da produção, pelo tumor, de substâncias não produzidas pelas células que o compõe, quando sadias, e não determinadas por invasão pelo tumor. As
  • 18. manifestações paraneoplásicas não dependem da localização deste tumor, ocorrem à distância. 53-Fisiopatologia da hipoglicemia na intoxicação alcoólica aguda. O etanol é absorvido a partir do intestino delgado e transportado diretamente para o fígado, onde é metabolizado por reações de oxidação que interferem na síntese de glicose pela gliconeogênese. A ingestão excessiva de etanol desvia os intermediários da gliconeogênese para rotas alternativas de reação, resultando em síntese diminuída de glicose (inibe a gliconeogênese), o que acarreta a hipoglicemia típica do intoxicado por álcool. 54-Identifique as metástases à distância do câncer gástrico. 55-Identifique as metástases à distância do câncer de pulmão. 56-O que é a retinopatia de Putscher? A retinopatia de Purtscher é uma angiopatia hemorrágica caracterizada por hemorragias intra epré-retinianas, exudatos algodonosos peri e justas maculares e/ou dilatação venosa com importanterebaixamento da visão e recente história de trauma extra-ocular. O desenvolvimento rápido do distúrbio visual é uma apresentação comum e dramática destasíndrome, embora a severidade da perda visual possa variar extensamente, dependendo das áreasespecíficas de retina envolvidas. A retinopatia de Purtscher é uma patologia rara geralmente obscurecida por outras injúrias severas. Alguns possíveis mecanismos propostos seriam o aumento súbito da pressão intracraniana,com refluxo liquórico pelo nervo óptico e lesão endotelial hipertensiva; embolia arteriolar associadoa lesões torácicas compressivas e processos adreno-inflamatórios importantes; embolismogorduroso após fraturas de ossos longos; ou ainda à oclusão da artéria retiniana posterior poragregados de granulócitos decorrentes de processos sistêmicos extensos e ao mecanismo direto delesão capilar pelo próprio trauma. Todos estes culminariam num ponto final comum de alteração dapermeabilidade microvascular retiniana e alteração endotelial linfática que gerariam tais alterações. 57-Qual o conceito de coma? Como diferenciar, semiologicamente, sua origem metabólica da orgânica? Coma é um estado de inconsciência, habitualmente prolongado (com duração de horas, semanas ou meses), do qual o paciente pode ou não emergir. Esse estado de inconsciência não pode ser revertido pelos estímulos externos comuns, critério que permite distinguir o coma do estado de inconsciência do sono fisiológico. O coma é a expressão sindrômica de uma falência das funções encefálicas, podendo ser determinado por lesões estruturais do parênquima encefálico, por disfunções metabólicas e por intoxicações exógenas com repercussão no SNC. Metabólicas Estruturais
  • 19. Fisiopatologia Os centros de vigília são intoxicados ou ocorre depleção de substâncias críticas; Características Clínicas • Padrão respiratório Quando regular, pode ser normal ou de hiperventilação. Quando irregular, geralmente do tipo Cheyne-Stokes; Iguais, reativos à luz. Quando forem em “cabeça de alfinete” por opiáceos ou colinérgicos, pode ser preciso uma lente de aumento, para observar a reação; • • Tamanho e reatividade pupilares Nível de consciência Exemplos de causas Podem não ser reativas, quando fixas e dilatadas por anticolinérgicos ou hipotermia; Muda após a alteração das pupilas; Uremia, hiperglicemia, álcool,, drogas, insuficiência hepática, hipotireoidismo, hipoglicemia, anoxia, isquemia, meningite, encefalite, hipertermia, hipotermia; A lesão destrói ou comprime as regiões de vigília do tronco cerebral, direta ou secundariamente a lesões expansivas mais distantes; Irregular, principalmente respiração de Cheyne-Stokes ou atáxica; Desiguais ou não-reativas à luz (fixas); Posição intermediária fixa – sugere compressão mesencefálica; Dilatadas, fixas – sugere compressão do III par craniano por herniação; Muda antes da alteração das pupilas Hemorragia epidural, subdural ou intradural, infarto ou embolia cerebral, tumor, abscesso, infarto, tumor ou hemorragia do tronco cerebral, infarto, hemorragia, tumor ou abscesso cerebelar; 58-Como diagnosticar uma parada cardíaca? A parada cardiorrespiratória (PCR), pode ser definida como a cessação súbita e inesperada dos batimentos cardíacos associados a ausência de respiração. O diagnóstico rápido e correto é a chave para o sucesso da reanimação cardiopulmonar (RCP). Os sinais usados para o diagnóstico são: ausência de pulso em grande vaso (carótida ou femoral), inconsciência, cianose e ausência de movimentos respiratórios. 59-O que é vômito porráceo? Em que situação clínica ele é encontrado? Vômito porráceo é um vômito de aspecto verde-escuro, da cor do porro, que indica estenose a nível do intestino delgado por oclusão intestinal ou por peritonites muito avançadas.
  • 20. 60-O que é pica? Exemplifique. 61-Estabeleça diferença entre paresia, parestesia e plegia. A paresia é a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento fala-se em paralisia ou paresia.O termo paresia refere-se quando o movimento está apenas limitado ou fraco. O termo paresia vem do grego PARESIS e significa relaxação, debilidade. Nos casos de paresias, a motilidade se apresenta apenas num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento, amplitude do movimento e a resistência muscular localizada, ou seja, refere-se a um comprometimento parcial, a uma semiparalisia. Parestesia: Distúrbio em que o paciente acusa sensações anormais (formigamento, picada, queimadura) não causadas por estímulo exterior ao corpo. Plegia: Termo geral, normalmente utilizado para descrever a perda grave ou completa da força muscular devido a doença do sistema motor desde o nível do córtex cerebral até a fibra muscular. Este termo, também pode ocasionalmente se referir a perda da função sensorial.