Este documento discute estratégias de leitura e resolução de problemas matemáticos no 1o ano do ensino fundamental. Ele enfatiza a importância de situar operações matemáticas em contextos de problemas reais e de desenvolver compreensão conceitual, não apenas habilidades algorítmicas. Também destaca a necessidade de mediação do professor para ensinar estratégias de leitura específicas para a matemática.
1. PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
FORMAÇÃO COM ORIENTADORES DE ESTUDO
TERCEIRO ENCONTRO - 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO
25 DE JUNHO - matutino
Formadoras de Matemática - 1º
ano:
Euléssia Costa Silva
Rosangela Cardoso Silva Barreto
Vanusa Stefanon Maroquio
Formadoras de Linguagem - 1º ano:
Elis Beatriz de Lima Falcão
Maristela Gatti Piffer
Selma Lúcia de Assis Pereira
2. MATEMÁTICA
Caderno 4: Operações na Resolução de Problemas
Objetivos Conhecimentos
- Refletir sobre a Resolução de Problemas no cotidiano
escolar;
- Identificar as contribuições das estratégias de leitura
para a resolução de problemas;
- Elaborar, interpretar e resolver situações-problema do
campo aditivo (adição e subtração) e multiplicativo
(multiplicação e divisão), utilizando e comunicando suas
estratégias pessoais, envolvendo os seus diferentes
significados;
- Calcular adição e subtração com e sem agrupamento e
desagrupamento;
- Construir estratégias de cálculo mental e estimativo,
envolvendo dois ou mais termos;
- Elaborar, interpretar e resolver situações-problema
convencionais e não convencionais, utilizando e
comunicando suas estratégias pessoais.
- Contagem;
- Algoritmos;
-Teoria dos campos conceituais
de Vergnaud;
-Operações elementares
(campos: aditivo e
multiplicativo);
- Estratégias de leitura: seleção,
antecipação, inferência e
verificação;
- Análise de erros.
5. Conversando...
• Nessa história as personagens tinham um problema a
resolver. Qual?
• Como o Curumim decidiu resolver a questão?
• Os bichos deram a mesma resposta para a pergunta do
Curumim? Houve respostas que se aproximaram mais
da resposta esperada?
• Como o Curumim resolveu o problema?
• Qual foi o bicho mais esperto? Por quê?
• O problema vivenciado pelos personagens é um tipo
de problema matemático?
6. Afinal, o que é um problema?
• Villa e Callejo (2006) apontam que o problema é
“uma ferramenta para formar sujeitos com
capacidade autônoma de resolver problemas,
críticos e reflexivos, capazes de se perguntar pelos
fatos, suas interpretações e explicações, de ter seus
próprios critérios, modificando-os, se for
necessário, e de propor soluções” (p. 29). Nessa
perspectiva, a Resolução de Problemas está
relacionada ao saber, o saber-fazer e o saber como
fazer (Villa; Callejo, 2006, p. 38).
entonação – interpretação – elaborar - resolver
7. Perspectiva do PNAIC
• Se compararmos essa perspectiva com a
apontada pelo Pacto em relação à educação
matemática, verificamos no texto que “Na
perspectiva do Educação Matemática, o trabalho
com operações deve estar imerso desde o
primeiro momento, em situações-problema. Isso
porque adotamos como pressuposto a
necessidade de que haja um entendimento sobre
os usos das operações em diferentes contextos e
práticas sociais”. (Caderno 4, p.5) Leitura 5-8.
8. Nesse sentido o trabalho com as
operações segundo o caderno 4...
• O uso do Algoritmos deve estar associado à
compreensão pelos alunos dos significados
conceituais nele envolvidos. [...] espera-se que os
alunos compreendam o que fazem e construam os
conceitos envolvidos nessas operações e é nesse
sentido que se estabelece nesse caderno, um diálogo
com a Resolução de Problemas. (p.7)
• Um problema matemático é uma situação que
requer a descoberta de informações desconhecidas
para obter um resultado. Ou seja, a solução não está
disponível de início, no entanto é possível construí-
la. (p. 8)
10. Esses objetivos são previstos para o primeiro, segundo e terceiro
anos. Eles devem ser introduzidos no primeiro ano e
aprofundados no segundo e terceiro. Todos esses direitos podem
ser desenvolvidos por meio de situações-problema nas quais os
alunos são instigados a refletir, criar estratégias próprias para
resolver o problema proposto. Para que isso ocorra, é necessária a
mediação do professor.
11. Estratégia de Leitura na RP
Relato da professora Alessandra Nacur Gauliki, caderno 4, p. 13-14
Estudo pág 9 – 16.
12. • “Trabalhar com a matemática engloba, antes
de tudo, proporcionar ao estudante a
possibilidade de resolver situações
desafiadoras e utilizar estratégias e
mecanismos que favoreçam essas ações”.
Segundo a Professora Alessandra...
Vamos ler o relato da
professora e identificar
estratégias de leitura
utilizadas por ela?
18. Solé (1998) destaca que a maior parte
das atividades escolares é voltada para
avaliar a compreensão da leitura dos
alunos e não para o ensino de
estratégias de leitura.
19. Segundo Solé (1998), constituem as estratégias
de compreensão leitora para antes da leitura:
• Antecipação do tema ou idéia principal a partir de
elementos pré-textuais, como título, subtítulo, da
análise de imagens e outros;
• Levantamento do conhecimento prévio sobre o
assunto;
• Expectativas em função do suporte;
• Expectativas em função da formatação do gênero;
• Expectativas em função do autor ou instituição
responsável pela publicação.
20. • Formulação de hipóteses a respeito da seqüência do
enredo;
• Identificação de palavras-chave;
• Busca de informações complementares;
• Construção do sentido global do texto;
• Identificação das pistas que mostram a posição do
autor;
• Relação de novas informações ao conhecimento
prévio;
• Identificação de referências a outros textos.
21. Atividades durante a leitura:
• Confirmação, rejeição ou retificação das
antecipações ou expectativas criadas antes da
leitura;
• Localização ou construção do tema ou da idéia
principal;
• Esclarecimentos de palavras desconhecidas a
partir da inferência ou consulta do dicionário;
• Formulação de conclusões implícitas no texto,
com base em outras leituras, experiências de
vida, crenças, valores;
22. Atividades para depois da leitura:
• Diálogo com o texto;
• Utilização do registro escrito para melhor
compreensão;
• Troca de impressões a respeito do texto lido;
• Relação de informações para tirar conclusões;
• Avaliação das informações ou opiniões
emitidas no texto;
• Avaliação crítica do texto.
23. MEDIAÇÃO
Macarini (2007, p.62) ao abordar sobre estratégias
de resolução de problemas utilizadas por
professores dos anos iniciais, destacou duas
concepções frequentes de professores no trabalho
com a Matemática. A primeira é a de relacionar as
dificuldades dos alunos em ler e interpretar
problemas de matemática a pouca competência
leitora deles. A segunda, é a de que se os alunos
tivessem mais fluência na leitura nas aula de Língua
Materna eles seriam melhores leitores nas aulas de
Matemática.
24. “Embora tais afirmações estejam em parte corretas,
pois ler é um dos principais caminhos para
ampliarmos nossa aprendizagem em qualquer área
do conhecimento, considerando-se que não basta
atribuir as dificuldades dos alunos em ler e resolver
problemas à sua pouca habilidade em ler nas aulas
de Português. A dificuldade que os alunos encontram
em ler e compreender textos de problemas estão,
entre outras coisas, ligadas a ausência de um
trabalho específico com a leitura nas aula de
Matemática” (MARCARINI, 2007, p.62, grifo nosso)
25. NECESSIDADE DE MEDIAÇÃO
Sendo a linguagem uma prática social e
cultural, nossos estudantes necessitam da
mediação do outro para consolidar e dominar
autonomamente as atividades e operações
culturais.
26. Estratégias que Conduzem ao Erro (p. 15)
• Decorrentes de dificuldades linguísticas:
ausência de compreensão ou compreensão
inadequada na leitura e por isso o aluno não
identifica uma situação a ser resolvida
matematicamente.
• Decorrentes de compreensão de natureza
matemática: ausência ou equívoco de
compreensão matemática o que dificulta a
identificação do conceito a ser utilizado na
resolução.
Notas do Editor
Comentários: Cada bicho se acha mais esperto e então escolhem o curumim para ser o juiz que quer saber: Qual o bicho mais esperto?
Qual o prêmio? Os personagens decidem que será fruta e quem ganhar escolhe quantas quiser. Quantas você escolheria? Por quê?
O curumim vai propondo várias adivinhas que geram discussão. As respostas são diferentes e precisam ser consideradas.
Na escolha do prêmio o jabuti leva a melhor, porque tem uma boa solução.