1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO
ALFABETIZAÇÃO E LINGUAGEM
OFICINA:
CENTRO DE EDUCAÇÃO
Uso de tecnologias
PNAIC
NA IDADE CERTA
21 A 24 DE OUTUBRO DE 20014
E
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
2. O uso da calculadora com alunos do 1º
ao 3º ano para a Educação Matemática
Beatriz Cezar Muller
Margarete Goes
Thais
Joselma
3. Apesar do uso da calculadora ter se tornado comum
no nosso cotidiano, algumas instituições escolares,
ainda não aderiram ao seu uso. D’Ambrosio (2001)
enfatiza a importância da inserção da tecnologia na
vida da criança. Ainda é possível haver crenças no
âmbito escolar que associam a calculadora a inibição
do raciocínio ou à preguiça.
.
4. O uso da calculadora
Com a intervenção pedagógica
Desenvolvimento de conceitos.
Cálculo mental, agrupamento e
desagrupamento
6. Resolução de problemas
O uso da calculadora evidencia-se como um meio
para a busca de soluções. Funciona como ferramenta
para facilitar e agilizar os cálculos, permitindo que as
atenções do aluno sejam mais destinadas à
compreensão dos conceitos em questão ou à
estratégia de resolução de problemas.
7. Nos direitos de aprendizagem do PNAIC é
contemplado a utilização da calculadora para
produzir e comparar escritas numéricas.
Sendo introduzido no 1º ano, aprofundado no
2º e consolidado no 3º ano.
8. Nos cadernos do PNAIC foram várias situações que houve sugestões
em que o uso da calculadora se fazia presente.
Disponibilizar calculadora para os alunos
Refletir e a decidir sobre como
e quando usá-la, identificando
os cálculos mais apropriados
para serem feitos na máquina.
10. É bem provável que praticamente todos os estudantes de hoje utilizarão a
calculadora em suas práticas sociais. Então, cabe à escola ensiná-los a fazer uso
inteligente das máquinas. É necessário promover uma discussão entre os
professores em torno das mudanças e nos métodos de ensino que estão
associados ao uso da calculadora na prática pedagógica, alertando que o fato de
permitir o seu uso nas aulas de matemática não levará à resolução de todos os
problemas.
11. 1) Atividades exploratória quanto ao uso da
calculadora:
a) Antecipar a sequência com uma discussão coletiva
sobre o uso da calculadora: suas vantagens e desvantagens, o
momento certo de se usá-la, etc. É importante que o
professor faça perguntas em relação a qual o melhor
instrumento para ser usado em cada ocasião. Procure
identificar se a reconhece qual o instrumento ou suporte de
representação mais apropriados para resolver cada situação.
b) Explorar as calculadoras com os alunos: suas teclas e
para que servem, visor, operações que realizam, funções
básicas, etc.
c) Discutir as soluções apresentadas pelos alunos (ou
grupos) e fazer os comentários pertinentes tais como: a
hierarquia das operações em uma expressão aritmética, a
questão das aproximações, as propriedades operatórias
exploradas nos exercícios.
12. a) Marquem o 3 na calculadora. O que aparecerá se marcarmos o
6?. O que aconteceu? E se quero escrever 75 (colocar na lousa)
qual tecla aperto primeiro?
b) Quantos números a sua calculadora tem e quais são eles?
c) Observe o painel de sua calculadora. A primeira linha de teclas
numéricas forma o número 789. Qual é número formado na
segunda linha? E na terceira?
13. d) Vocês sabem qual é a tecla de adição? E a de igual? Quais são as
operações que sua calculadora faz? Apresentar os diferentes símbolos para
multiplicação e divisão.
e) Propor algumas operações simples (adições, subtrações,
multiplicações e divisões) envolvendo números de um algarismo: 2+3=,
5-4=, 2x2, 8:4,
f) Aperte a tecla 5 e depois a tecla zero. Que número apareceu no seu
visor?
Aperte as teclas 5 + 0 =. Que número apareceu no seu visor?
E se apertar 5 – 0 = O que acontece?
14. 2) Atividade investigativa
a) Observando os múltiplos
Aperte a tecla do número 2;
Aperte a tecla do sinal +;
Aperte novamente a tecla do número 2;
Aperte a tecla do sinal =;
Agora responda: que número apareceu? Escreva esse número no
seu caderno.
Aperte novamente a tecla do sinal =. Que número apareceu?
Escreva esse número no seu caderno.
Olha os múltiplos, siga os mesmos comandos, mas inicie com a tecla
5. O que aconteceu?
16. b) Regularidades
Escreva na calculadora um número de dois algarismos maior do
que 50.
Subtraia 5 tantas vezes quantas forem possíveis.
Quem escolher um número inicial que depois de
sucessivas subtrações chegue ao 0 ganhará um ponto.
Anote na tabela para posterior discussão:
Número inicial Resto
17. Questionamentos pós aplicação:
Há alguma forma de estar seguro de que se vai ganhar antes de
começar a subtrair?
Nesse problema podemos destacar a relação entre a expressão
multiplicativa e as adições e subtrações sucessivas
Espera-se que as crianças concluam coisas do tipo: "Vence quem
colocar um número que termine em 0 ou 5".
18. 3) Atividades envolvendo estimativas
• a) Estime sem usar a calculadora, qual o maior e o menor resultado
possível das contas a seguir. Em seguida, confira os suas estimativas
usando a calculadora.
• b) Dê o valor aproximado usando estimativas. Depois confira o
resultado usando a sua calculadora.
• Obs. Essas possibilidades são para serem aplicadas com os cursistas,
quando for aplicada com os alunos deve-se adequar os desafios a
idade da criança.
20. 4) Desafios com a calculadora
Importante: Oriente as crianças que não digam a
resposta em voz alta e que anotem as teclas que vão
apertando para depois poder reconstituir o que
fizeram. O trabalho pode ser desenvolvido em duplas.
4.1. Calculadora quebrada
jogo no site do Racha cuca, disponível em
http://rachacuca.com.br/jogos/calculadora-quebrada/
21. Proponha que as crianças façam aparecer no visor
da calculadora os números listados
Exemplo 62
mas sem digitar o número 2. Oriente-os para
anotar ao lado de cada número as teclas que
digitou para obtê-lo. Leia o problema para as
crianças e, em seguida, converse sobre o
preenchimento da tabela, indicando o local onde
devem anotar as teclas que utilizaram.
22. 5) Ditado de números na calculadora
Dite um número e peça que as crianças o escrevam na
calculadora.
Pergunte às crianças o que precisarão fazer para que
apareça um zero no lugar de um dos algarismos que
constituem o número (pode escrever o número ditado no
quadro e o que deverá aparecer no visor da calculadora).
Por exemplo: Dite 459, é preciso que apareça no visor 409.
Observe como as crianças obtém esse resultado. Enfatizem
que não podem apagar o 459.
23. Observe se nas situações propostas às crianças operarão
por ensaio e erro. Pode acontecer que ao transformar 459
em 409 primeiro tirarão o 5. Ao conferir no visor o
resultado, constatam que o procedimento está errado, pois
o número que aparecerá no visor será o 454, e não 409
como solicitado. Dessa forma, podem rever seu
procedimento e tentar com outros números, provavelmente
experimentarão o 50. Essa proposta proporciona uma
contribuição ao conceitos de números em especial ao valor
posicional.
- Transforme 54 em 50
- Transforme 272 em 202
- Transforme 9354 em 9054
24. 6) Jogos:
Atingindo a meta
Para este jogo são necessários 2 jogadores e cada qual com sua própria
calculadora.
Objetivo do jogo: encontrar um número igual a 150 ou maior ou fazer o
adversário zerar no visor de sua calculadora.
25. Desenvolvimento: Cada jogador deve digitar na
calculadora um número com dois algarismos e não
poderão mostrar ao seu adversário.
O primeiro jogador (A) começa dizendo um número com
um algarismo ao seu colega (B). O seu adversário (B)
observa o seu número e confere se ele aparece entre os
números que digitou, se tiver o número, diz o seu valor
posicional. Então (A) deverá adicionar esse valor em sua
calculadora e (B) deverá subtrair esse valor.
26. Assim os jogadores vão continuando até que o
primeiro deles atinja a meta de 150.
Caso o número dito não esteja entre aqueles
mostrados no visor o jogador passa a vez.
Se um dos adversários não puder mais subtrair, o que
tem maior valor ganha a partida.
27. É importante que os jogadores façam os registros para
posterior conferência e análise.
Se houver erro nos cálculos a partida será cancelada e terá
nova rodada. O algarismo zero não poderá ser pedido.
Nenhum jogador poderá pedir o mesmo número que o seu
adversário consecutivamente.
28. Sempre é importante retornar nas discussões
relacionadas a aula, até mesmo em outras aulas.
Uma dica é anotar algumas falas no decorrer da
aplicação das atividades para depois dialogar
com as crianças. Se possível organize as
conclusões das crianças numa folha.
.
29. Oportunize que as crianças apresentem suas
anotações e proponha que analisem como
resolveram os problemas propostos nas aulas
anteriores e procurem explicá-los. Peça para as
crianças explicarem como fizeram para saber
que ordens dar a calculadora. Assim pode ser
possível organizar uma discussão coletiva
30. D’AMBROSIO, U. Educação Matemática da teoria à
prática. Campinas, São Paulo Papirus. 22ª edição 2011.
QUARANTA, M. E. PONCE, H., Cálculo Mental com
Números Naturais. disponível em
http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/
problemas-na-calculadora, acesso 07/10/14.
ZINI, Adriana. SILVA Marines. SALVADOR, Teresinha.
Alfabetização matemática com a calculadora. Disponível
em http://alfabetizacaoecia.blogspot.com.br/2010/06/o-uso-
da-calculadora-na-sala-de-aula.html, 03/07/14
31. Planilha eletrônica –
Excel
Objetivo: Proporcionar ao professor
conhecimento de utilização desse
recurso para seu uso na organização
de suas aulas e também como
ferramenta de aprendizagem para seus
alunos.
32. Planilhas eletrônicas são programas
utilizados basicamente para fazer cálculos,
dos mais simples até os mais complexos,
possuindo muitos recursos que vão além
de qualquer calculadora. A folha de
cálculo do programa tem 65 536 linhas e
256 colunas.
33. O Excel (Calc) oferece muitos recursos, muitos dos
quais têm aplicação específica na Matemática. Uma das
principais ferramentas para a Educação Matemática são
as funções matemáticas disponíveis e a construção de
gráficos.
Além das várias funções de cálculos e operações, as
planilhas também podem ser utilizadas para armazenar
informações, fazer projeções, analisar tendências,
elaborar gráficos.
34. Brincando de Localização
Parta da célula C4
Desça o cursor 3 células.
Desloque o cursor 3 células a sua direita.
Desloque o cursor 1 célula acima.
Desloque o cursor 2 células a sua esquerda.
Escreva o seu nome na célula em que parou o cursor.
36. Calculando área e perímetro
Já deixe a planilha aberta com as células formatadas
como quadrados. Para isso, clique no primeiro
quadradinho e formate todas as células da planilha
simultaneamente. Peça aos alunos que marquem 5
retângulos na área de suas planilhas demarcando
com a cor diferente de preenchimento e use
também a ferramenta bordas.
37.
38.
39. Criação de tabelas para
organização de dados
A aprendizagem dos alunos torna-se muito mais
significativa quando os alunos são envolvidos em
pesquisas com temáticas próximas e reais da vida
dos alunos. Para desenvolver um trabalho com
tabelas e gráficos é importante que se organize um
roteiro para a realização de uma pesquisa e as
representações adequadas dos dados coletados.
40. a) Definição do tema
Quantos filhos você tem?
b) Leitura e registro
Busque junto com os alunos informações sobre o tema e faça os próprios
estudos para dirigir o trabalho.
c) Objetivos
Especifique as metas da pesquisa. Levante as questões que serão respondidas no final
do processo. Peça que a turma opine sobre os possíveis resultados (levantamento de
hipóteses) e não se esqueça de registrar sempre as hipóteses para, mais tarde,
compará-las com as conclusões.
41. d) Público-alvo
Defina com os estudantes quem serão os entrevistados. Assim fica mais fácil
adequar a linguagem ao público na hora de elaborar as perguntas.
e) Instrumentos de pesquisa
Elabore com os alunos questões básicas, curtas e objetivas. As respostas dispostas em forma de alternativas
vão facilitar a compreensão pelo entrevistado e, sobretudo, a posterior tabulação. Denomina-se formulário
quando as anotações são feitas pelo pesquisador mediante as respostas do entrevistado; e questionário
quando o entrevistado anota as próprias respostas. Gravador, lápis e papel são os instrumentos mais utilizados
para fazer a entrevista.
f) Coleta de dados
Oriente os alunos a se apresentar ao entrevistado, explicar os objetivos da pesquisa e perguntar se ele
concorda em responder às questões
42. g) Organização dos dados
Numere os formulários, para evitar que eles sejam analisados duas vezes.
h) Conteúdos
Avance nos conteúdos de Matemática conforme o nível da turma. Intervalo, fração, razão, ângulo,
cálculos, proporção e porcentagem são itens que surgem naturalmente. Se os alunos têm
condições de explorá-los...
i) Tabelas e gráficos
Tabelas organizam informações em linhas e colunas, enquanto gráficos usam imagens (barras,
setores, linhas ou elementos pictóricos).
Obs as outras fases da pesquisa estão disponíveis no PL.
43. Nome Quantidade de filhos
A 2
B 3
C 3
D 4
E 5
F 0
G 1
Quantidade de filhos das orientadoras de estudo
6
5
4
3
2
1
A B C D E F G
6
5
4
3
2
1
0
Quantidade de filhos das orientadoras de estudo
A B C D E F G
44. 3) A Máquina de números
Essa atividade construída no excel
em que deverá ser desvendado o
processo de cálculo pelo qual
passaram os números. A
investigação se dá por meio de um
número digitado na primeira
coluna e observa-se a resposta na
2ª coluna. Será apresentada aos
professores a maneira de
constituir uma fórmula
matemática para eles construírem
as suas próprias máquinas com o
processo de cálculo pre
estabelecido.
45. Analise de Software
Objetivo: mostrar a importância de pensarmos nos Softwares
Educacionais (SE) como aliados para reforçar conteúdos e
promover a aprendizagem dos alunos.
Qualquer software pode ser um SE, quando o mesmo
apresenta-se numa contextualização inserida no
processo de ensino aprendizagem.
Para a Educação Matemática o uso desse recurso
pode propiciar um ambiente em que os alunos
poderão associar os conceitos estudados, a aplicação
destes no dia-a-dia, inserindo os aspectos lúdicos o
que podem ser motivadores e despertar o interesse
por parte dos alunos.
46. Ainda é importante destacar que o papel do
professor é o importante e indispensável na
escolha e condução das atividades com uso do
SE. O professor precisa fazer suas escolhas com
fundamentos na proposta pedagógica, não se
faz uma proposta pedagógica de ensino para
inserir um Software, pelo contrário, o Software
deve ser escolhido de acordo com a proposta
de ensino adotada.
Apesar do uso da calculadora ter se tornado comum no nosso cotidiano, algumas instituições escolares, ainda não aderiram ao seu uso. D’Ambrosio (2001) enfatiza a importância da inserção da tecnologia na vida da criança. Ainda é possível haver crenças no âmbito escolar que associam a calculadora a inibição do raciocínio ou à preguiça.
Porém, com a intervenção pedagógica este artefato cultural, os estudantes desenvolvem habilidades vinculadas ao cálculo mental, à decomposição e à estimativa. Além disto, com a exploração da calculadora estaremos auxiliando os alunos, a lidarem com os problemas do dia-a-dia e também preparando-os para o mercado de trabalho, o qual exige, cada vez mais, trabalhadores capazes de operar com as novas tecnologia. Como afirma D’Ambrosio (2001) “ignorar a presença de computadores e calculadoras na educação matemática é condenar os estudantes a uma subordinação total à subempregos”.
Apesar do uso da calculadora ter se tornado comum no nosso cotidiano, algumas instituições escolares, ainda não aderiram ao seu uso. D’Ambrosio (2001) enfatiza a importância da inserção da tecnologia na vida da criança. Ainda é possível haver crenças no âmbito escolar que associam a calculadora a inibição do raciocínio ou à preguiça.
Porém, com a intervenção pedagógica este artefato cultural, os estudantes desenvolvem habilidades vinculadas ao cálculo mental, à decomposição e à estimativa. Além disto, com a exploração da calculadora estaremos auxiliando os alunos, a lidarem com os problemas do dia-a-dia e também preparando-os para o mercado de trabalho, o qual exige, cada vez mais, trabalhadores capazes de operar com as novas tecnologia. Como afirma D’Ambrosio (2001) “ignorar a presença de computadores e calculadoras na educação matemática é condenar os estudantes a uma subordinação total à subempregos”.