O documento descreve a anatomia e técnica de realização da sialografia, exame radiográfico das glândulas salivares. Detalha as glândulas salivares maiores, suas localizações anatômicas e relações. Apresenta também as principais patologias que podem ser identificadas por meio deste exame, como cálculos, tumores e processos inflamatórios.
3. Anatomia
Glândulas Parótidas:
• as maiores
• formato irregular
• entre a mandíbula e o processo estilóide do
temporal
• face anterior da glândula tem relação com o
pterigoídeo medial e o masseter
• atravessam estruturas importantes: o nervo
facial e a árteria carótida externa.
5. Anatomia
• O ducto Stensen atravessa o músculo
masseter
• Cruza o músculo vestibular e tem seu
orifício na papila parotídea ao nível do
segundo molar.
7. Anatomia
Glândulas Submandibulares:
•Localiza-se anteriormente à parte mais inferior
da parótida, protegida pelo corpo da mandíbula
•O ducto de Wharton abre-se no assoalho da
boca, lateralmente ao freio da lingua.
•Relação com a artéria e veia facial
Nota-se a relação com a artéria e veia facial.
9. Anatomia
Glândulas Sublinguais:
• É a menor das três, situando-se lateral e
inferiormente à língua, sob a mucosa que
reveste o assoalho da boca.
• Sua secreção é lançada na cavidade bucal, sob
a porção mais anterior da língua, por canais
que desembocam independentemente por uma
serie de orifícios no assoalho da boca
13. Material Necessário
• Contraste iodado
• Seringa
• Luvas de procedimento
• Abocath 25 (sem agulha) ou Butterfly ( cortar
a ponta da agulha)
• Limão
14. Técnica de Exame
• Sequência do exame:
1- Paciente em decúbito dorsal;
2- Retirar próteses dentarias e/ou auditivas,
brincos, correntes e óculos;
3- Realizar radiografia simples em perfil
obliquado – filme 18 x 24;
15. Técnica de Exame
Sequência do exame:
4- Pingar limão na boca do paciente para
provocar dilatação do ostio ductal;
5- Cateterizar o ducto parotideo ou
submandibular com abocath 25 (sem a
agulha) ou com butterfly (cortar a ponta
da agulha e limpar com povidine);
16. Técnica de Exame
• Sequência do exame:
6- Injetar o meio de contraste lentamente 1
a 2 ml ou ate o paciente sentir algum
desconforto;
7- Realizar radiografias para avaliação das
glândulas salivares maiores – filme 18 x
24
8- Retirar o cateter após ter concluído o
exame.
27. Avaliação do Exame da Parótida
• Ducto parotídeo principal com calibre e
contornos normais e boa contrastação da
árvore parotídea e de suas ramificações
• Ausência de imagens sugestivas de
massas na topografia da parótida
• Não há falhas de enchimento no interior
da árvore parotídea
29. Doenças Inflamatórias
Sialadenite Aguda:
•Edema e dor muitas vezes bilateral
•Mais comuns em crianças por infecções
virais: caxumba e citomegalovírus
•Bacteriano: principalmente S. aureus ou
flora oral.
30. Doenças Inflamatórias
Abscessos:
•Geralmente complicação da sialadenites
•Fatores predisponentes: desidratação e
obstrução do ducto salivar por litíase ou
fibrose
•Exame físico: edema doloroso da glândula
salivar e hiperemia da pele
•Sinais típicos ausente em 70% dos casos
32. Doenças Inflamatórias
Sialadenite crônica:
• Clinicamente: edema intermitente da
glândula, podendo ou não estar
relacionado com alimentos
• Diagnóstico diferencial: sarcoidose e
outras doenças granulomatosa, síndrome
Sjögren, linfoma disseminado, metástase,
lesões benignas linfoepiteliais no vírus
HIV
33. Doenças Inflamatórias
Sialadenite Crônica Esclerosante
(Tumor de Kuttner)
• Simula uma lesão maligna, tanto na
clínica como na imagem
• Pode ter acometimento difuso ou focal
35. Doenças inflamatórias
Sialolitíase:
• Litíase salivar encontradas nas glândulas
submandibulares (60-70%) e glândulas
parótidas (10-20%)
• Obstrução mecânica total ou parcial do ducto
salivar que resulta em recorrentes edemas na
glândulas salivares e pode ser complicada por
infecções
36. Doenças Inflamatórias
•A glândula salivar pode perder sua função,
em sialolitíase ductal crônica complicada
por inflamação recorrentes
•50% dos paciente coexiste sialolitíase e
inflamação
40. Sialosis:
• Recorrrente edema indolor das glândulas
salivares, geralmente bilateral e
principalmente nas glândulas parótidas
• Há conexão com doenças endócrinas,
desnutrição, cirrose hepática, alcoolismo
crônico e outras deficiências como
avitaminoses
41. Síndrome de Sjögren:
Doença auto-imune ;
Mais comum em mulheres;
>40 anos;
Intensa infiltração de células linfocíticas que
destroem glândulas salivares e lacrimais;
Principais sintomas clínicos: boca e olhos
secos;
43. Processos Expansivos
• Sialografia se presta de forma limitada à
diferenciação de tumores benignos versus
malignos
• Padrão radiológico nas lesões benignas:
deslocamento e afilamento da árvore canalicular
• Padrão radiológico nas lesões malignas:
amputações (carcinomas) e afastamentos
(linfoma)
44. Neoplasias
•Relativamente raras.
•A maioria são benignas (70% - 80%) e
encontradas nas glândulas parótidas (80% -
90%).
• Menos comuns nas glândulas
submandibulares (10% - 12%), quase
metade destas neoplasias podem ser
malignas.
45. Neoplasias
Neoplasias benignas:
• Mais comuns são adenoma pleomórfico e
tumores de Warthin (adenolinfoma,
cistoadenolinfoma, cistoadenoma papilar
linfomatoso).
• Clinicamente são massas de crescimento
lento e indolor.
47. Neoplasias
Neoplasia maligna:
• Mais comuns: carcinoma
mucoepidermóide e carcinoma adenóide
cístico
• Mais frequentes na glândula
submandibular
• Clinicamente: podem crescer rapidamente,
ser sensíveis ou dolorosos à palpação,
fixos e causar paralisia do nervo facial
49. Neoplasias
Metástase:
• São incomuns
• Os sitios primários são da região da
cabeça e pescoço
• Melanoma, câncer espinocelular, câncer
de mama e câncer de pulmão podem
produzir metástases para linfonodos
intraparotídeos
50. Processos Expansivos
Algumas situações simulam tumor:
hipertrofia do músculo masseter (em
estados de bruxismo, mastigador de
chicletes, etc), tumores da mandíbula,
cistos branquiais, cisto do ducto
tireoglosso, hipertrofia benigna (sialose)
52. Trauma
• Lesões traumáticas são mais comuns nas
glândulas parótidas
• Clinicamente: hematoma, outras coleções
( ex. sialocele) ou fístula da glândula
parótida com estruturas adjacentes.
• Danos no duto principal pode ser
avaliado por sialografia.