Este documento descreve o que é uma radiografia contrastada, como é feita e quais são os tipos mais comuns. Uma radiografia contrastada usa substâncias que aparecem claramente nos raios-X para melhor visualizar órgãos que normalmente não são visíveis, como o esôfago, estômago e intestinos. Essas substâncias são introduzidas por via oral, retal ou injeção e podem causar reações leves em alguns pacientes.
2. O que é uma radiografia contrastada?
Em virtude de não ter uma densidade que o diferencie muito dos
tecidos ao redor, nem sempre um determinado órgão ou
estrutura se torna visível numa radiografia simples. No entanto,
quando se precisa estudar esse órgão ou estrutura seus
contornos podem se tornar visíveis pela introdução neles de
substâncias (contrastes) que não se deixam atravessar pelos raios
X.
3. Por que fazer uma radiografia contrastada?
• A radiografia contrastada é indicada quando há necessidade
de se investigar órgãos e estruturas que não sejam bem
visualizados por meio das radiografias simples. Em geral as
substâncias que funcionam como contraste preenchem
cavidades ocas do organismo e assim permitem estudar a
forma e as paredes delas. Dessa maneira, podem
mostrar ulcerações, tumores, estreitamentos, dilatações,
obstruções, morfologias, etc.
4. Como fazer uma radiografia contrastada?
• Elementos químicos pesados (de alta densidade), como o iodo ou o bário
são introduzidos nos órgãos que se deseja visualizar, por meio de
ingestão, injeção venosa ou outras vias. Esses contrastes são chamados
baritados ou iodados, conforme o sal usado. Quando essas substâncias
são ingeridas, elas preenchem as cavidades digestivas e as radiografias
tomadas de imediato podem revelar eventuais anormalidades delas e de
suas paredes. É o que acontece, por exemplo, com as radiografias
do esôfago.
5. • Quando injetadas por via venosa essas substâncias só
funcionam como contraste quando começam a serem
excretadas e só então as radiografias devem ser tomadas.
É o que acontece, por exemplo, com radiografias
do aparelho urinário. Mas as substâncias podem ser
introduzidas no organismo pela via anal (ânus), vaginal
(vagina) ou uretral (uretra) para fornecer radiografia de
órgãos relativos a essas vias, como
cólons, útero ou bexiga, por exemplo.
6. Quais são as radiografias contrastadas mais
solicitadas?
• As radiografias contrastadas mais solicitadas
são: esôfago, estômago, duodeno, cólon, vesícula
biliar, rins, árvore urinária, bexiga, útero. Algumas vezes
se fazem também radiografias contrastadas especiais
como, por exemplo, arteriografia cerebral, radiografia
de medula espinhal ou das trompas uterinas.
7. Quais são os riscos de uma radiografia contrastada?
• A maioria das radiografias contrastadas não envolve riscos.
Em algumas radiografias mais complexas, como a
arteriografia cerebral, por exemplo, os riscos advêm mais do
processo de preparação para tomar as imagens que das
radiografias propriamente.
• Pode haver alguma reação rapidamente passageira ao
contraste, como sensação de calor corporal, gosto metálico
na boca,
8. zonzeira, náuseas e vômitos. Pessoas hipersensíveis podem
ter reações mais sérias, imediatas ou tardias, pelo que
devem comunicar ao médico se já sofreram essas reações
anteriormente ou se são alérgicas a alguma medicação.
Reações graves, como insuficiências
respiratórias ou arritmias cardíacas são extremamente
raras.
9. MITOS E VERACIDADES
• A maioria dos casos apresentam reações adversas
classificadas apenas com reações químicas que são
cutâneas e não levam ao paciente risco de morte. O
que leva na maioria dos caso um paciente ao
óbito após a administração do meio de contraste são:
10. 1. Não realizar a anamenese com precisão;
2. Falta de treinamento de emergência;
3. Falta de investigação de validade das drogas e acessórios;
4. Pessoas não preparadas para decisão ou até mesmo
administração do mesmo.
5. Não mantem acesso veneso após a
administração do contraste.
11. Importância dos exames contrastados na radiologia
• As imagens radiográficas têm limitações que impactam no estudo de
alguns tecidos.
• As partes mais opacas, como ossos, aparecem de forma clara,
enquanto rins, estômago, vasos sanguíneos e outros tecidos são de
difícil visualização.
• Isso ocorre porque as áreas do corpo preenchidas por fluidos
possuem densidade semelhante em toda a estrutura anatômica.
• E as imagens radiográficas são formadas de acordo com a densidade.
12. • Os ossos são mais densos e, portanto, absorvem mais
radiação e aparecem em tons claros.
• Já órgãos e partes moles absorvem menos radiação,
aparecendo escuros em registros de exames não
contrastados.
• Por isso, se não houvesse contraste, não seria possível
examinar diversos órgãos e vasos sanguíneos, prejudicando
um diagnóstico confiável.
.
13. • No caso das veias e artérias, por exemplo, o
contraste possibilita a verificação de sua
anatomia e do caminho percorrido pelo sangue,
identificando obstruções e outros problemas.
• CONTRASTES NATURAIS
• 1- Positivo> Tecidos densos.
• 2- Negativo> Ar, gases, sangue, etc.
• CONTRASTES ARTIFICIAIS
• 1- Sulfato de Bário;
• 2- Iodo.
14. Tipos de contrastes
• Os meios de contraste podem ser classificados a partir de
propriedades como a capacidade de absorção e
composição química.
• Agentes de contraste radiopacos ou positivos aumentam a
capacidade de absorção de radiação ionizante.
• Já os radiotransparentes ou negativos diminuem essa
capacidade.
15. • O bário é um meio de contraste positivo, enquanto o ar é
negativo.
• Classificando as substâncias por composição química,
existem os contrastes iodados, que contém iodo em sua
composição, e os não iodados.
• Bário e gadolínio são os principais exemplos de meios de
contraste não iodados.
16. Contraste iodado
• Administrado por via oral ou
intravenosa, pode ser utilizado
para realçar diversos órgãos do
aparelho digestivo, urinário, vasos
sanguíneos em qualquer parte do
corpo e útero.
• O contraste iodado se apresenta
em compostos iônicos ou não
iônicos.
17. Sulfato de bário
• Indicado para estruturas do
trato digestivo, não
costuma provocar reações
adversas.
• Pode ser administrado via
oral ou retal e, inclusive,
junto a outro meio de
contraste (negativo), como
o ar.
18. • O Sulfato de Bário é o único contraste da substância que
pode ser administrado pelo ser humano, qualquer outro tipo
de Bário é altamente tóxico ao organismo humano.
19. Gadolínio
• É a substância utilizada em
exames contrastados de
ressonância magnética.
• O elemento não costuma
provocar reações, além de ser
útil na identificação de males
como tumores e infecções.
20. Formas de administração dos meios de contraste.
• Oral: se refere à ingestão da substância pelo paciente, que pode
ocorrer antes, ou em determinados momentos do exame
• Parental: também chamada de intravenosa, ocorre quando o
contraste é injetado nos vasos sanguíneos
• Endocavitária: quando o agente é administrado por orifícios
naturais, como reto e vagina
• Intracavitária: o contraste é inserido através da parede da cavidade
que será examinada.
21. Reações, que podem ocorrer durante ou depois do
exame
• Urticária (irritação na pele)
• Edema (inchaço) nas pálpebras e face
• Náuseas, vômito e diarreia
• Tontura
• Dor de cabeça
• Aumento na pressão arterial
• Convulsões
• Falta de ar
22. • Tosse, pigarro, rouquidão
• Edema de glote
• Arritmias (alterações na frequência cardíaca)
• Insuficiência renal – perda súbita da capacidade dos
rins de filtrar o sangue
• Parada cardíaca, quando o coração para, ou bate num
ritmo insuficiente para bombear o sangue.
• Os exames contrastados só devem ser feitos se
houver estrutura para atendimento de urgências.
23. Principais riscos dos exames com contraste
• Os riscos também dependem do tipo de contraste utilizado.
• No caso do sulfato de bário, reações alérgicas são muito raras.
• O principal perigo ocorre quando o composto escapa por uma
perfuração durante o exame, podendo provocar males como a
peritonite aguda.
• Essa é a inflamação da membrana que reveste as paredes do
abdômen, o peritônio.
24. TIPOS DE EXAMES CONTRASTADOS
Dacriocistografia
Dreno de Kehr
EED – Adulto
EED – Infantil
Enema Opaco
Fistulografia
Histerossalpingografia
26. PROTOCOLO DE ESOFAGOGRAMA
• Material:
• Sulfato de bário próprio para o estudo (1 ou2 frascos – 500 ou 600ml)
• Exame:
• Radiografia simples do tórax em PA. - Fazer radiografias em oblíquas
e em AP com o paciente deglutindo o contraste. Incidências básicas:
• 1. Rx simples tórax
• 2. Durante a deglutição do contraste :
• a. Oblíqua direita (dividir o filme em 3)
• b. Oblíqua esquerda (dividir o filme em 3) c. Radiografia em AP com
o paciente deglutindo contraste.
27. • Obs: O exame deve ser acompanhado por médico radiologista
que a qualquer momento, a depender da situação e da indicação
do exame, pode alterar o protocolo básico.
29. REED OU VIDEODEGLUTOGRAMA?
• Estudar radiologicamente a forma e função do esôfago,
estomago e duodeno, bem como detectar condições anatômicas
e funcionais anormais.
• REED – Radiografia do esôfago,estomago e duodeno
• Videodeglutograma – avaliação da capacidade de deglutição focado na
BOCA, GARGANTA E ESÔFAGO.
30. PREPARO DO PACIENTE
• Adultos:
Jejum absoluto de 8 a 10 hs antes do exame.
O paciente é instruído a não fumar cigarros ou mascas
chicletes durante o jejum.
• Crianças e Bebês:
Suspender a ultima mamada
32. Videodeglutograma
Sintam sensação de alimento “preso na garganta”
Disfagia
Não aceitarem/tolerarem o exame de vídeo
deglutição como uso de
endoscópio de fibra óptica.
Problemas na fase oral ou esofagiana
33. Contra – Indicações Relativas
• Apresentem alterações na anatomia, inchaço ou irritação;
• Redução da capacidade de sentir, engolir ou limpar
secreções;
• Apresentem cansaço durante uma refeição que possa
causar aspiração do alimento ingerido
35. ROTINA - REED
• Paciente em ortostático o paciente deve engolir o
contraste ao comando, do Técnico em Radiologia, de modo
que o trajeto seja contrastado sem interrupção do
contraste passando pela boca ,esôfago, estomago e
chegando no duodeno. Essa Rotina se repete por uma vez
até que se comece a radiografar as estruturas de interesse.
36. INCIDÊNCIAS
• AP – esôfago proximal, incluindo seio piriforme
• AP – esôfago médio
• AP – esôfago distal incluindo válvula cárdia
• Perfil – Esôfago proximal e médio
• Obliquas para evidenciar fundo gástrico, pequena e grande
curvatura, corpo, antro e esfíncter pilórico;
37. INCIDÊNCIAS
• O bulbo duodenal
deverá ser estudado
cheio e vazio até o
seu segmento
horizontal
ascendente.
38. PESQUISA DE RGE
• Antes que haja muito extravasamento para as alças
jejunais é necessário realizar a manobra chamada
valsalva, onde esse paciente vai respirar fundo, forçando
a saída do ar sem deixá-lo sair, causando assim um
esforço abdominal dando ênfase ao estudo da cárdia
(hiato esofagiano).
39. DUPLO CONTRASTE
Duplo contraste que consiste na
ingestão de um agente anti-
ácido para estudos das
mucosas, bem como algumas
outras manobras são
sugeridas e realizadas a critério
médico.
40. ROTINA
Videodeglutograma
• O Videodeglutograma é um raio X dinâmico, que necessita
de um equipamento específico para que possa ser avaliada
a deglutição, iniciando pela fase oral até a passagem pelo
esôfago.
• Normalmente acompanhado por um médico ou
Fonoaudiólogo que fará provas de alimentos pastosos, para
verificar a deglutição
41. • Esses alimentos são misturados com o iodo ou bário para que possa
ser avaliado através dos raios-X.
• Incidências de AP,Perfil e Obliquas.
• Exame é avaliado por meio de gravação em DVD;
• Este exame é focado: Boca, Esofago proximal e Estomago;
56. CLASSIFICAÇÃO DO RGE
• NIVEL DA CARINA – GRAU I
• NIVEL DA CERVICAL – GRAU II
• NIVEL DA BOCA – GRAU III
• NIVEL CERVICAL COM A VALVULA CARDIA PERSISTENTE –
GRAU IV
• ASPIRAÇÃO PELA TRAQUEIA OU PULMOES – GRAU V