O documento descreve quatro figuras de retórica - antítese, paradoxo, oximoro e metáfora - fornecendo exemplos e definições de cada uma. A antítese envolve a expressão de oposições em uma frase, o paradoxo associa frases aparentemente contraditórias, o oximoro combina palavras logicamente opostas, e a metáfora faz uma comparação implícita.
1. Antítese
Figura de retórica que, numa mesma frase, exprime uma oposição entre duas
expressões ou dois pensamentos de sentido contrário.
Ex: “Para mim, escrever é, simultaneamente, um passatempo e um ganha-tempo”
(rodrigues dos Santos
“Num universo de sim ou não, branco ou negro, eu representava o talvez”
(Pepetela)
2. Paradoxo
Figura de retórica que consiste em associar frases que aparentemente são
contraditórias, irreconciliáveis e absurdas, mas que podem iluminar, de modo
inédito e surpreendente, o significado do real e da vida
Ex: Não meu, não meu é quanto escrevo,
A quem o devo?
De quem sou o arauto nado?
Por que, enganado,
Julguei ser meu o que era meu?
Fernando Pessoa
Ex: Esta chama que alenta e consome,
Que é vida e que a vida destrói –
Como é que se veio a atear,
Quando, ai quando se há-de ela apagar?
Almeida Garrett
3. Oximoro
Figura de retórica que associa duas palavras com significados logicamente
opostos ou incompatíveis que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no
contexto, reforçam a expressão.
Ex: Ser mãe é padecer no paraíso (Provérbio)
O mito é o nada que é tudo (Fernando Pessoa)
Aquela triste e leda madrugada (Camões)
No oximoro, a contradição não é ilógica, mas – bem ao contrário - é uma forma
genial de dizer que obriga a ver de uma maneira inesperadamente diferente – a
uma nova luz – o tema de que se fala.
4. Coloca:
(1) Comparação; (3) Antítese; (5) Metonímia; (7) Prosopopeia;
(2) Metáfora; (4) Paradoxo; (6) Hipérbole; (8) Eufemismo.
( ) "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo"
( ) "O pavão é um arco-íris de plumas"
( ) "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja"
( ) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono."
( ) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece.”
( ) "O bonde passa cheio de pernas."
( ) "É como mergulhar num rio e não se molhar."
( ) “No tempo de meu Pai, sob estes galhos,/Como uma vela fúnebre de
cera,/Chorei bilhões de vezes com a canseira / De inexorabilíssimos
trabalhos!”
5. ( ) “Quando a Indesejada das gentes chegar / (Não sei se dura ou caroável)
/Talvez eu tenha medo. / Talvez sorria, ou diga: / - Alô, iniludível!”
( ) Eles morreram de rir daquela cena
( ) Aqueles olhos eram como dois faróis acesos.
( ) Às sete horas da manhã, a rua acordava.
( ) Aquelas crianças que choravam rios de lágrimas.
( ) Não tenho mais Maizena em casa.
( ) “A explosiva descoberta / Ainda me atordoa./ Estou cego e vejo./Arranco
os olhos e vejo”.
( ) "O meu amor, paralisado, pula."
6. a) 3
b) 2
c) 7
d) 8
e) 7
f) 5
g) 4
h) 6
i) 8
j) 6
k) 1
l) 7
m) 6
n) 5
o) 4
p) 7 e 4