Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Os Maias - Jantar no Hotel Central
1. Escola Secundária de Vale de Cambra
Análise do Jantar no Hotel Central
Português 11ºano
2. Objetivos do episódio:
•Homenagear o banqueiro
Jacob Cohen;
•Proporcionar a Carlos um
primeiro contacto com o
meio social lisboeta e a
visão de Maria Eduarda;
•Apresentar a visão crítica
de alguns problemas.
3. João da Ega
•«Figura esgrouviada e seca», com «os pêlos do
bigode arrebitados», «com nariz adunco, um
quadrado de vidro entalado no olho direito».
•Amigo íntimo de Carlos, estudante
de
direito, original, ateu, demagogo, aud
az, exagerado, revolucionário, boémio
, satânico, rebelde, sentimental.
•Promotor da homenagem a
Cohen, amante de Raquel e
representante do
Realismo/Naturalismo.
4. Jacob Cohen
•Baixo, apurado, de olhos
bonitos, suíças pretas e
luzidias, mão com
diamante, irónico, respeitado, irr
esponsável e marido de Raquel.
•O homenageado, representante
das altas finanças, é diretor do
Banco Nacional.
5. Tomás de Alencar
•Muito alto, face escaveirada, nariz
aquilino, «longos, espessos, românticos
bigodes grisalhos», calvo na frente, dentes
estragados, teatral «em toda a sua pessoa
havia alguma coisa de antiquado, de
artificial e de
lúgubre», incoerente, desfasado do seu
tempo e íntimo de Pedro da Maia.
•Poeta Ultrarromântico.
6. Dâmaso Salcede
•Rapaz
baixote, gordo, bochechudo, cab
elo frisado, ar
provinciano, vestido de modo
ridículo, exibicionista, oportuni
sta, vaidoso, cobarde e grosseiro
na expressão linguística e gosta
de imitar Carlos.
•O novo-rico, representante dos vícios.
7. Carlos da Maia
•«Formoso e magnífico moço, alto, bem
feito, de ombros largos, com uma testa de
mármore sob os anéis dos cabelos pretos e
os olhos dos Maias (…) de um negro
líquido, ternos como os dele e mais graves.
Trazia a barba toda, muito fina, castanho-
escura, rente na face, aguçada no queixo – o
que lhe dava, com o bonito bigode arqueado
aos cantos da boca, uma fisionomia de belo
cavaleiro da Renascença.»
•Viajado, culto, requintado, médico, intelige
nte, diletante e dandy.
8. Craft
•Baixo, loiro, pele rosada e
fresca, inglês, aparência
fria, musculatura de atleta, de
educação britânica, modo calmo
e
plácido, excêntrico, viajado, rico,
colecionador de obras de arte.
•Representante da cultura
artística e britânica, o árbitro
das elegâncias, o “homem
ideal”.
10. Caricatura de Dâmaso Salcede
«(…) rapaz baixote, gordo, frisado como
um noivo de província, de camélia ao
peito e plastrão azul-celeste (…) - Bem
sei! Os Castro Gomes…Conheço-os
muito… Vim com eles de Bordéus… Uma
gente muito chique que vive em Paris. (…)
Que eu cá, não sei se Vossa Excelência é a
mesma coisa, mas eu cá, com mulheres, a
minha teoria é esta: atracção! Eu cá, é
logo: atracção!».
11. A Literatura e a Crítica Literária
Tomás de Alencar
•Defensor do Ultrarromantismo;
• Incoerente: condena no presente o João da Ega
que cantara no passado;
• Falso moralista: refugia-se na •Defensor do Realismo/
moral, por não ter outra arma de Naturalismo;
defesa;
• Desfasado do seu tempo;
VS •Exagera, defendendo a
cientificidade na literatura:
• Defensor da crítica literária da não distingue Ciência e
natureza académica: Literatura.
- Preocupado com aspetos formais em
detrimento da dimensão temática;
- Preocupado com o plágio.
12. A Literatura e a Crítica Literária
Carlos Craft
• Acha intolerável os grandes • Defende a arte como
ares científicos do realismo; idealização do que melhor
• Defende que os caracteres se há na natureza.
manifestam pela ação.
• Recusam o ultrarromantismo de Alencar;
• Recusam o exagero de Ega
13. As Finanças
•O país tem absoluta necessidade dos
empréstimos estrangeiro;
•Cohen é calculista cínico: tendo
responsabilidades pelo cargo que desempenha,
lava as mãos e afirma alegremente que o país
vai direitinho para a bancarrota.
14. A História Política
João da Ega Tomás de Alencar
• Aplaude as afirmações do • Teme a invasão espanhola: é um
Cohen; perigo para a independência
• Delira com a bancarrota como nacional;
determinante da agitação • Defende o romantismo político:
revolucionária; -Uma república governada por
• Defende a invasão espanhola; génios;
• Defende o afastamento violento -A fraternização dos povos;
da Monarquia e aplaude a • Esquece o adormecimento geral do
instalação da República; país.
• A raça portuguesa é a mais
covarde e miserável da Europa:
«Lisboa é Portugal! Fora de
Dâmaso Salcede
• Se acontecesse invasão espanhola, ele
Lisboa não há nada.»
«raspava-se» para Paris;
• Toda a gente fugiria como uma lebre.
15. Hipálage
“Fora um dia de Inverno suave”
Transferência das
qualidades do sujeito para o
objeto.
16. Uso expressivo do adjetivo
“Um esplêndido preto”
“Uma deliciosa cadelinha
escocesa”
Adjetivos
17. Uso expressivo do advérbio
“Carlos, tranquilamente, ofereceu
dez tostões”
“mas horrivelmente suja”
“maravilhosamente bem feita”
Advérbios
18. Uso do Gerúndio
“Estava mostrando a Craft”
“Fora comprando, descobrindo”
“Conversando com um rapaz
baixote”
19. Uso do diminutivo com valor pejorativo
“Dez tostõezinhos! Se o quadrinho
tivesse por baixo o nomezinho de
Fortuny, valia dez continhos de réis.
Mas não tinha esse nomezinho
bendito… Ainda assim valia
notazinhas de vinte mil réis”
Diminutivos
20. Uso de Empréstimos
“Très chic”
“Petits pois à la Cohen”
Galicismos
“Tinha um bouquet de
rosas!”
“Shake-hands”
Anglicismos
“Gentleman”
21. Discurso Indireto Livre
“Dez tostõezinhos! Se o
quadradinho tivesse por baixo o
nomezinho de Fortuny, valia dez
continhos de réis. Mas não tinha
esse nomezinho bendito… Ainda
assim valia dez notazinhas de
vinte mil réis”.
22. Marcas de Oralidade
“Eu a bordo atirei-me. E ela dava
cavaco! (…) mas trago-a de olho
(…) sentir umas cócegas... E, se
me pilho só com ela, ferro-lhe
(…) minha teoria é esta: atracão!
Eu cá, é logo: atracão!”
23. Escola Secundária de Vale de Cambra
Enzo Almeida nº5
Filipa Mendes nº6
Rute Pires nº16
Português 11ºano
24. Escola Secundária de Vale de Cambra
Fontes bibliográficas de apoio
REIS, F. E.; SANTOS, M.M. e GONÇALVES, M.N.L. (2008)Os Maias de Eça de
Queirós – O texto em análise. Lisboa: Texto editores.
JACINTO, C. e LANÇA, G. (2006) Análise da Obra – Os Maias, de Eça de Queirós.
Porto: Porto Editora.
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/p
ortugues_trabalhos/osmaiasjantarhotelcentral2.htm
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