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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES 
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS DA VIDA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 
CLÍNICA CIRÚRGICA I 
PROF. CÍCERO LUDGERO 
Doenças Benignas do Ânus II – 
Abscessos Anorretais e Fístula Anal 
Joyce Carolle Bezerra Cavalcante 
Sarah Monte Torres
Abscessos Anorretais 
Infecção de glândulas anais (Chiari) 
Abscessos 
Tendem a se originar entre os esfínteres e se 
estendem para cima, baixo e circunferencialmente 
Fístulas
Abscessos Anorretais 
• Localização: 
▫ Perianal (A) 
▫ Isquiorretal (B) 
▫ Submucoso (C) 
▫ Interesfincteriano (D) 
▫ Suprarretal (E)
Exame Proctológico 
▫ Inspeção 
 Estática e Dinâmica 
▫ Toque Retal 
▫ Exames endoscópicos 
 Anuscopia e Retossigmoideoscopia
Abscesso Perirretal 
▫ Extremamente doloroso; 
▫ Hiperemia e abaulamento na margem anal; 
▫ Toque retal doloroso; 
▫ Empastamento palpável; 
▫ Anuscopia com descarga de secreção purulenta por 
uma das criptas.
Abscesso Isquiorretal 
▫ Entre canal anal e parte inferior do reto, medialmente, 
e parede pélvica, lateralmente; 
▫ Desconforto anal, sensação de peso no reto, febre e mal 
estar geral; 
▫ Induração das nádegas; 
▫ Toque retal menos doloroso;
Abscesso Submucoso 
▫ Plano submucoso  extensão de uma coleção 
interesfincteriano em direção da luz intestinal; 
▫ Exame proctológico extremamente doloroso; 
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imagem.
Tratamento 
Cirúrgico 
Superficiais  Ambulatorial 
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sistêmicas  Abordagem no centro cirúrgico 
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Fístula 
Anal
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Comunicação anômala entre o epitélio intestinal (canal anal no 
nível da linha denteada ou reto) e a pele; 
Completa – orifício interno, trajeto e orifício externo; 
Abscesso – fase aguda da infecção das glândulas anais de 
Chiari. Fístula – complicação crônica. 
Outras causas: Doença de Crohn, traumas anorretais, cirurgias 
anais prévias (hemorroidectomia e fissura anal), tuberculose, 
actinomicose, linfogranuloma venéreo, sífilis.
Classificação 
Interesfincteriana 
Trasnsesfincteriana 
Supraesfincteriana 
Extraesfincteriana
Diagnóstico 
Quadro clínico 
• Drenagem de secreção seropurulenta com odor fétido 
pela região perianal, irritação e prurido perianal. 
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• Sob anestesia; 
• Palpação – pequeno nódulo na parede do canal anal 
com abertura interna do trajeto fistuloso; 
• Anuscopia – passagem de uma sonda através do orifício 
interno para definir anatomia anômala  regra de 
Goodsall-Salmon;
Regra de 
Goodsall-Salmon
Tratamento 
Cirúrgico 
Objetivo: eliminar fístula, prevenir recorrência e preservar 
continência. 
Fístulas intersfincterianas e transesfincterianas baixas  
Fistulotomia. 
Transesfictéricas altas (comprometimento dos esfícteres interno e 
externo)  Uso de sedenho (Setton). 
Envolvimento substancial do esfíncter anal  Retalho de avanço 
transanal. 
Outras técnicas: cola de fibrina; cone de colágeno (fístulas 
complexas).
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Abertura e curetagem do trajeto fistuloso associado à 
ressecção da cripta envolvida  Cicatrização por 2ª 
intensão.
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Esfíncter interno é 
seccionado e o externo é 
amarrado com sedenho 
(auxilia na drenagem e 
estimula fibrose). 2-4 
semanas ressecção do 
esfíncter externo.
Retalho de Avanço Transanal 
(A) A linha pontilhada define os limtes inferior e lateral do retalho 
músculo-mucoso. Exérese ou retirada do trajeto fistuloso. (B) Incisão 
das camadas mucosa, submucosa e esfíncter interno seguido de sua 
elevação com ressecção do orifício interno.(C) o retalho sem o orifício 
interno é tracionado para baixo e suturada. (D) Aspecto final.
Outras técnicas 
Cola de fibrina injetado no 
trajeto (14% a 60%) 
Cone de colágeno (87%)
Referências Bibliográficas 
• SABISTON JR., D. C., TOWNSEND, M. C. Tratado de Cirurgia. 16.ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 
• Way LW, Doherty GM. Cirurgia: Diagnóstico e Tratamento, 11ª ed., Rio de Janeiro, 
Ed. Guanabara Koogan, 2004.
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Abscessos anorretais e fístulas anais

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS DA VIDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA CLÍNICA CIRÚRGICA I PROF. CÍCERO LUDGERO Doenças Benignas do Ânus II – Abscessos Anorretais e Fístula Anal Joyce Carolle Bezerra Cavalcante Sarah Monte Torres
  • 2. Abscessos Anorretais Infecção de glândulas anais (Chiari) Abscessos Tendem a se originar entre os esfínteres e se estendem para cima, baixo e circunferencialmente Fístulas
  • 3. Abscessos Anorretais • Localização: ▫ Perianal (A) ▫ Isquiorretal (B) ▫ Submucoso (C) ▫ Interesfincteriano (D) ▫ Suprarretal (E)
  • 4. Exame Proctológico ▫ Inspeção  Estática e Dinâmica ▫ Toque Retal ▫ Exames endoscópicos  Anuscopia e Retossigmoideoscopia
  • 5. Abscesso Perirretal ▫ Extremamente doloroso; ▫ Hiperemia e abaulamento na margem anal; ▫ Toque retal doloroso; ▫ Empastamento palpável; ▫ Anuscopia com descarga de secreção purulenta por uma das criptas.
  • 6. Abscesso Isquiorretal ▫ Entre canal anal e parte inferior do reto, medialmente, e parede pélvica, lateralmente; ▫ Desconforto anal, sensação de peso no reto, febre e mal estar geral; ▫ Induração das nádegas; ▫ Toque retal menos doloroso;
  • 7. Abscesso Submucoso ▫ Plano submucoso  extensão de uma coleção interesfincteriano em direção da luz intestinal; ▫ Exame proctológico extremamente doloroso; ▫ Empastamento e abaulamento do canal anal; ▫ Anuscopia nem sempre realizada e quando feita com descarga de secreção.
  • 8. Abscesso Interesfincteriano ▫ Pode ser assintomático ou dor de caráter latejante; ▫ Toque retal doloroso sem abaulamento, empastamento ou descarga na anuscopia; ▫ Dor persistente após tratamento de fístula coexistente  abcesso interesfinteriano não diagnosticado; ▫ Reconhecido por USG, TC, RM.
  • 9. Abscesso Supraelevador ▫ Ocasionados por processos infecciosos em cavidade peritoneal (apendicite, diverticulite, salpingite); ▫ Dor em andar inferior do abdome e urgência miccional; ▫ Exame proctológico + ginecológico + exames de imagem.
  • 10. Tratamento Cirúrgico Superficiais  Ambulatorial Localização alta ou com manifestações sistêmicas  Abordagem no centro cirúrgico Imunossuprimidos/ DM  Abordagem hospitalar + Antibioticoterapia venosa
  • 12. Fístula Anal Comunicação anômala entre o epitélio intestinal (canal anal no nível da linha denteada ou reto) e a pele; Completa – orifício interno, trajeto e orifício externo; Abscesso – fase aguda da infecção das glândulas anais de Chiari. Fístula – complicação crônica. Outras causas: Doença de Crohn, traumas anorretais, cirurgias anais prévias (hemorroidectomia e fissura anal), tuberculose, actinomicose, linfogranuloma venéreo, sífilis.
  • 13. Classificação Interesfincteriana Trasnsesfincteriana Supraesfincteriana Extraesfincteriana
  • 14. Diagnóstico Quadro clínico • Drenagem de secreção seropurulenta com odor fétido pela região perianal, irritação e prurido perianal. Exame proctológico: • Sob anestesia; • Palpação – pequeno nódulo na parede do canal anal com abertura interna do trajeto fistuloso; • Anuscopia – passagem de uma sonda através do orifício interno para definir anatomia anômala  regra de Goodsall-Salmon;
  • 16. Tratamento Cirúrgico Objetivo: eliminar fístula, prevenir recorrência e preservar continência. Fístulas intersfincterianas e transesfincterianas baixas  Fistulotomia. Transesfictéricas altas (comprometimento dos esfícteres interno e externo)  Uso de sedenho (Setton). Envolvimento substancial do esfíncter anal  Retalho de avanço transanal. Outras técnicas: cola de fibrina; cone de colágeno (fístulas complexas).
  • 17. Fistulotomia Abertura e curetagem do trajeto fistuloso associado à ressecção da cripta envolvida  Cicatrização por 2ª intensão.
  • 18. Fistulotomia com Setton Abertura ampla do trajeto até plano muscular. Esfíncter interno é seccionado e o externo é amarrado com sedenho (auxilia na drenagem e estimula fibrose). 2-4 semanas ressecção do esfíncter externo.
  • 19. Retalho de Avanço Transanal (A) A linha pontilhada define os limtes inferior e lateral do retalho músculo-mucoso. Exérese ou retirada do trajeto fistuloso. (B) Incisão das camadas mucosa, submucosa e esfíncter interno seguido de sua elevação com ressecção do orifício interno.(C) o retalho sem o orifício interno é tracionado para baixo e suturada. (D) Aspecto final.
  • 20. Outras técnicas Cola de fibrina injetado no trajeto (14% a 60%) Cone de colágeno (87%)
  • 21. Referências Bibliográficas • SABISTON JR., D. C., TOWNSEND, M. C. Tratado de Cirurgia. 16.ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. • Way LW, Doherty GM. Cirurgia: Diagnóstico e Tratamento, 11ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan, 2004.