SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
NASF - NÚCLEO DE APOIO
        À SAÚDE DA FAMÍLIA




    NASF




V COMESP- APS: AGORA MAIS QUE NUNCA
              JANETE COIMBRA
                   SMSA
     COORDENAÇÃO DE REABILITAÇÃO E NASF
REFLEXÕES SOBRE O PERCURSO DO NASF EM BH



•   Ponto(s) de partida;
•   Passos iniciais: definição de balizas;
•   O caminhar ou a aprendizagem na caminhada;
•   O ponto de chegada provisório.
PONTO(S) DE PARTIDA

   Diretrizes da portaria GM
    154 de 24/01/08;
   Experiência e metodologia
    de trabalho dos Núcleos de
    Apoio em Reabilitação -
    NAR, nos distritos Barreiro
    (2005) e Norte (2006);
   Orientações do documento
    “Atenção Básica à Saúde
    em       Belo     Horizonte:
    Recomendações          para
    Organização Local”
PONTO(S) DE PARTIDA

O que aprendemos:
 A operacionalização de novas propostas requer mais que

  diretrizes claras. Envolve estratégias planejadas, poder
  compartilhado e articulação de interesses nos diversos
  níveis da gestão.
 A pessoa do coordenador em cada distrito favorece o

  acompanhamento dos processos.
 É preciso seguir para além do ponto de partida apesar

  das resistências.
               “Estou sempre me despedindo
                Do ponto de partida que me lança de si
                Do ponto de chegada que nunca é aqui”
          -                             Lya Luft
PASSOS INICIAIS
1) Definimos as áreas estratégicas prioritárias e quais
   profissionais comporiam as equipes:
• REABILITAÇÃO: Fisioterapeutas, Terapeutas
  Ocupacionais, Fonoaudiólogos, Psicólogos e
  Assistentes Sociais
• ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO: Nutricionistas
• ATIVIDADE FÍSICA E PRÁTICAS CORPORAIS:
  Professores de Educação Física
• ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: Farmacêuticos
• Outras áreas mais avançadas: Saúde Mental, Saúde
  da Mulher, Saúde da Criança, Práticas Integrativas e
  Complementares, Assistência Social
                            S                             5
PASSOS INICIAIS
2) Algumas balizas/diretrizes
 POPULAÇÃO DEFINIDA E SUAS
  NECESSIDADES DE SAÚDE
 ABORDAGEM
  MULTIPROFISSIONAL E
  INTERDISCIPLINAR
 DEMANDA REFERENCIADA
 AÇÕES DE PROMOÇÃO DA
  SAÚDE E PREVENÇÃO
   FOCO AMPLIADO PARA FAMÍLIA
 ARTICULAÇÃO COMUNITÁRIA E
  INTERSETORIAL
 PLANEJAMENTO A PARTIR DAS
  NECESSIDADES
PASSOS INICIAIS
       3)Ferramentas tecnológicas:
        Apoio Matricial
        Clínica Ampliada
        Projeto Terapêutico

       4) Ações prioritárias
        Ações técnico-pedagógicas
       de apoio às ESF
        Visitas domiciliares
        Atendimentos individuais
        Atividades coletivas
PASSOS INICIAIS
O que aprendemos:

 A formação dos profissionais de saúde deixa muitas lacunas que o serviço não
   consegue suprir no rítmo que o cuidado ao usuário exige (em processo)

 Matriciamento pressupõe estabelecimento de vínculo entre as partes. Isso requer
   tempo, conhecimento mútuo e abertura para a escuta.

 Sistemas de informação organizados podem dar visibilidade ao trabalho      das
   equipes de apoio e as adequações necessárias ao seu funcionamento precisam
   fazer parte dos passos iniciais.

 Os passos iniciais precisam ser acompanhados de perto e podem ser repensados
   continuamente.

“Nunca ninguém se perdeu, porque todos os caminhos são os teus
   caminhos,     e todos os erros,     atalhos para outra verdade” Fernando
   Pessoa
                                                                                8
O CAMINHAR
Intervenções conjuntas NASF/ESF:
 Discussões de casos clínicos;
 Construção de projetos terapêuticos e apoio na coordenação dos casos;
 Realização de avaliações, consultas, grupos, visitas domiciliares, etc.
 Acompanhamento e planejamento de ações coletivas estimulando a
  autonomia da equipe;
 Atendimento aos casos prioritários, de maior gravidade, risco e
  vulnerabilidade ;
 Apoio na construção dos encaminhamentos;
 Articulações intra e intersetorias ( CREABs,CEMs,PAD, Lian Gong, PSE,
  Academias, GT do Idoso, GT da Promoção da Saúde, GT da Igualdade
  Racial, Bolsa Família, Coordenações, IES…)


                                                                            9
O CAMINHAR: PROCESSO DE TRABALHO
                       Trabalhadores da ESF       Trabalhadores do
     Necessidade                                        NASF
     Demanda




                                                      Não existe um
Usuário                                               produto pronto
Sujeito



 Reuniões NASF e ESF
                           Produto do uso de
                           tecnologias,                   PROJETO
                           saberes,     afetos,        TERAPÊUTICO
                           desejos, projetos,            Demanda
                           disputas, conflitos,         reconhecida
                           impossibilidades             Necessidade
                                                          atendida
O CAMINHAR

O que aprendemos:
 O apoio do nível central, distritos e gerentes locais é fundamental;

 O caminhar na rede não é linear

 A demanda por atendimentos dificulta mas não impossibilita o
   matriciamento;

 No processo de matriciamento quando há espaço para discussão
   clínica, processamento de demandas e definição de ações e acima
   de tudo aprendizagem, há implicacão dos profissionais .

 As reuniões precisam ser institucionalizadas e negociadas;


                                                                         11
O CAMINHAR
O que aprendemos:
 Os casos precisam ser pensados em sua singularidade;
 Priorizar não significa “”engessar”. A discussão clínica permite
   analisar situações complexas a partir de um olhar multiprofissional
   integrado;
 Os tempos de cada equipe são diferenciados.
 É preciso conhecer os serviços e as pessoas para superar
   mecanismos tradicionais de referência e contra-referência
 É preciso dar visibilidade às ações realizadas.
“Para se fazer amanhã o impossível de hoje, é preciso fazer hoje o possível de
   hoje.” Paulo Freire

                                                                             12
O PONTO DE CHEGADA PROVISÓRIO


 Consolidar uma identidade na rede de saúde
  (apropriação do papel de apoiador pelos profissionais)

 Superar obstáculos estruturais         para avançar   na
  assistência      (espaço     físico,     incremento   de
  profissionais,informatização...)

 Sermos reconhecidos como apoio que compartilha de
  fato os problemas de saúde da população e que tem a
  “capacidade de tomar para si a invenção de novas
  saídas: capacidade de ousar, criar, sair dos terrenos
  previamente delimitados”.
                                                         13
O PONTO DE CHEGADA PROVISÓRIO


 No ano que passou fizemos o possível , o que acreditávamos, o que era
                                 incrível.

       Botes, submarinos, caravelas, comunas, castelos, favelas.

         A novidade é a incapacidade de destruirmos a guerra.

      Não mudou o sonho, ora naufragou, ora ficou à deriva. (...)

Continuamos apaixonados pela vida e faremos ano que vem, maior e mais

                             forte investida.”

                                             Mário Pirata
OBRIGADA!



            Janete.coimbra@pbh.gov.br
               reabilita@pbh.gov.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

10 política nacional do idoso
10  política nacional do idoso10  política nacional do idoso
10 política nacional do idoso
Alinebrauna Brauna
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
UNEMAT
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da família
Ruth Milhomem
 
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptxBIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
JessiellyGuimares
 
Equipe multiprofissional de saúde
Equipe multiprofissional de saúdeEquipe multiprofissional de saúde
Equipe multiprofissional de saúde
naiellyrodrigues
 
Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátrica
Aroldo Gavioli
 
História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1
Eduardo Gomes da Silva
 
Diretrizes do nasf
Diretrizes do nasfDiretrizes do nasf
Diretrizes do nasf
Fabio Lira
 

Mais procurados (20)

Autocuidado Apoiado
Autocuidado ApoiadoAutocuidado Apoiado
Autocuidado Apoiado
 
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
Estrategia de Saúde da Família (ESF) e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NA...
 
Nasf power point
Nasf power pointNasf power point
Nasf power point
 
10 política nacional do idoso
10  política nacional do idoso10  política nacional do idoso
10 política nacional do idoso
 
Níveis de atenção a saúde
Níveis de atenção a saúdeNíveis de atenção a saúde
Níveis de atenção a saúde
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
 
Internação domiciliar
Internação domiciliarInternação domiciliar
Internação domiciliar
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da família
 
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptxBIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
 
Redes de atenção à saúde
Redes de atenção à saúdeRedes de atenção à saúde
Redes de atenção à saúde
 
Saúde coletiva - POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Saúde coletiva - POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDESaúde coletiva - POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Saúde coletiva - POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
 
Manual siab
Manual siabManual siab
Manual siab
 
Equipe multiprofissional de saúde
Equipe multiprofissional de saúdeEquipe multiprofissional de saúde
Equipe multiprofissional de saúde
 
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnabPortaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
Portaria 2.436 21 de setembro 2017 nova pnab
 
Humanização na saude
Humanização na saudeHumanização na saude
Humanização na saude
 
Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátrica
 
História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1História e reforma psiquiátrica parte 1
História e reforma psiquiátrica parte 1
 
Programa de Saúde da Família (PSF
Programa de Saúde da Família (PSFPrograma de Saúde da Família (PSF
Programa de Saúde da Família (PSF
 
Diretrizes do nasf
Diretrizes do nasfDiretrizes do nasf
Diretrizes do nasf
 
Planejamento Regional Integrado
Planejamento Regional IntegradoPlanejamento Regional Integrado
Planejamento Regional Integrado
 

Destaque (18)

Oficina qualificacaonasf
Oficina qualificacaonasfOficina qualificacaonasf
Oficina qualificacaonasf
 
Atualizações nasf 2011
Atualizações nasf 2011Atualizações nasf 2011
Atualizações nasf 2011
 
nasf
nasfnasf
nasf
 
Curso 50 ii
Curso 50 iiCurso 50 ii
Curso 50 ii
 
Caderno nasf 39 2014
Caderno nasf 39   2014Caderno nasf 39   2014
Caderno nasf 39 2014
 
Diretrizes do nasf
Diretrizes do nasfDiretrizes do nasf
Diretrizes do nasf
 
Complicações do diabetes 2014
Complicações do diabetes  2014Complicações do diabetes  2014
Complicações do diabetes 2014
 
Amaq nasf (1)
Amaq nasf (1)Amaq nasf (1)
Amaq nasf (1)
 
Seminario nasf revisado 25 03-13
Seminario nasf revisado 25 03-13Seminario nasf revisado 25 03-13
Seminario nasf revisado 25 03-13
 
Slides apoio matricial
Slides apoio matricialSlides apoio matricial
Slides apoio matricial
 
Apresentação reuniao nasf psf
Apresentação reuniao nasf psfApresentação reuniao nasf psf
Apresentação reuniao nasf psf
 
Oficina qualificação NASF
Oficina qualificação NASFOficina qualificação NASF
Oficina qualificação NASF
 
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmComplicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
 
Aula Hiperdia 06.05.2009 I
Aula Hiperdia   06.05.2009 IAula Hiperdia   06.05.2009 I
Aula Hiperdia 06.05.2009 I
 
Hipertensão
HipertensãoHipertensão
Hipertensão
 
Hipertensão arterial powerpoint
Hipertensão arterial   powerpoint Hipertensão arterial   powerpoint
Hipertensão arterial powerpoint
 
Hipertensão o que é isso?
Hipertensão o que é isso?Hipertensão o que é isso?
Hipertensão o que é isso?
 
Manual programa saúdeemcasa-hiperdia-mg
Manual programa saúdeemcasa-hiperdia-mgManual programa saúdeemcasa-hiperdia-mg
Manual programa saúdeemcasa-hiperdia-mg
 

Semelhante a Vcomesp janete coimbra

33.pdf
33.pdf33.pdf
33.pdf
xiaowu8637
 
CST EM GESTÃO HOSPITALAR
CST EM GESTÃO HOSPITALARCST EM GESTÃO HOSPITALAR
CST EM GESTÃO HOSPITALAR
xiaowu8637
 
Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...
Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...
Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...
Colaborar Educacional
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALAR
PROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALARPROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALAR
PROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALAR
Colaborar Educacional
 
I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;
I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;
I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;
Colaborar Educacional
 
II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;
II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;
II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;
Colaborar Educacional
 
III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...
III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...
III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...
Colaborar Educacional
 
IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...
IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...
IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...
Colaborar Educacional
 
O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...
O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...
O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...
Colaborar Educacional
 
COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...
COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...
COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...
Colaborar Educacional
 
A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...
A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...
A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...
Colaborar Educacional
 

Semelhante a Vcomesp janete coimbra (20)

Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...
Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...
Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...
 
(ConSePS 2015) Imersão 3
(ConSePS 2015) Imersão 3(ConSePS 2015) Imersão 3
(ConSePS 2015) Imersão 3
 
Apresentação divinopolis
Apresentação divinopolisApresentação divinopolis
Apresentação divinopolis
 
Jose_Clemente_Apoio_matricial
Jose_Clemente_Apoio_matricialJose_Clemente_Apoio_matricial
Jose_Clemente_Apoio_matricial
 
aula 0001.pptx
aula 0001.pptxaula 0001.pptx
aula 0001.pptx
 
33.pdf
33.pdf33.pdf
33.pdf
 
CST EM GESTÃO HOSPITALAR
CST EM GESTÃO HOSPITALARCST EM GESTÃO HOSPITALAR
CST EM GESTÃO HOSPITALAR
 
Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...
Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...
Análise e resolução de problemas Criatividade e inovação Comunicação Interpes...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALAR
PROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALARPROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALAR
PROJETO DE EXTENSÃO I - GESTÃO HOSPITALAR
 
Avaliação das CECOS
Avaliação das CECOSAvaliação das CECOS
Avaliação das CECOS
 
I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;
I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;
I - Planejar estratégias para a viabilidade e o desenvolvimento institucional;
 
II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;
II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;
II - Gerenciar pessoas, estimulando o trabalho em equipe e mediando conflitos;
 
III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...
III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...
III - Gerenciar os recursos financeiros, visando à sustentabilidade organizac...
 
IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...
IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...
IV - Gerenciar a qualidade dos serviços das áreas meio e fim de organizações ...
 
Apresenta Seminario
Apresenta SeminarioApresenta Seminario
Apresenta Seminario
 
Editais im 0215_aula_2_sha
Editais im 0215_aula_2_shaEditais im 0215_aula_2_sha
Editais im 0215_aula_2_sha
 
Ferramentas de Gestão: Gestão, Projetos e Estratégias de Negociação
Ferramentas de Gestão: Gestão, Projetos e Estratégias de NegociaçãoFerramentas de Gestão: Gestão, Projetos e Estratégias de Negociação
Ferramentas de Gestão: Gestão, Projetos e Estratégias de Negociação
 
O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...
O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...
O objetivo de aprendizagem do programa de extensão em Difusão Cultural, está ...
 
COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...
COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...
COMPETÊNCIAS: I - Diagnosticar afecções bucomaxilofaciais, problemas e agravo...
 
A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...
A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...
A finalidade do projeto de extensão no Programa de Ação e Difusão Cultural do...
 

Mais de jorge luiz dos santos de souza

Mais de jorge luiz dos santos de souza (20)

Comunicação Não Violenta e Escuta Qualificada
Comunicação Não Violenta e Escuta QualificadaComunicação Não Violenta e Escuta Qualificada
Comunicação Não Violenta e Escuta Qualificada
 
NAAF Campus Vacaria
NAAF Campus VacariaNAAF Campus Vacaria
NAAF Campus Vacaria
 
Projeto Escuta!
Projeto Escuta!Projeto Escuta!
Projeto Escuta!
 
Princípios da Administração Pública
Princípios da Administração PúblicaPrincípios da Administração Pública
Princípios da Administração Pública
 
Comunicação Não Violenta
Comunicação Não ViolentaComunicação Não Violenta
Comunicação Não Violenta
 
Outubro rosa e novembro azul 2018
Outubro rosa e novembro azul 2018Outubro rosa e novembro azul 2018
Outubro rosa e novembro azul 2018
 
Cuidado de Si & Saúde Neurofisiológica
Cuidado de Si & Saúde NeurofisiológicaCuidado de Si & Saúde Neurofisiológica
Cuidado de Si & Saúde Neurofisiológica
 
EDUCAÇÃO, AÇÕES AFIRMATIVAS E OS DIREITOS HUMANOS
EDUCAÇÃO, AÇÕES AFIRMATIVAS E OS DIREITOS HUMANOS EDUCAÇÃO, AÇÕES AFIRMATIVAS E OS DIREITOS HUMANOS
EDUCAÇÃO, AÇÕES AFIRMATIVAS E OS DIREITOS HUMANOS
 
Relato de Experiência: Apresentação de Palestra no Curso de Introdução à Vida...
Relato de Experiência: Apresentação de Palestra no Curso de Introdução à Vida...Relato de Experiência: Apresentação de Palestra no Curso de Introdução à Vida...
Relato de Experiência: Apresentação de Palestra no Curso de Introdução à Vida...
 
MÉDICOS DÁ ARTE: BLOG COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO E PROMOTOR DOS PROCESSOS ...
MÉDICOS DÁ ARTE: BLOG COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO E PROMOTOR DOS PROCESSOS ...MÉDICOS DÁ ARTE: BLOG COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO E PROMOTOR DOS PROCESSOS ...
MÉDICOS DÁ ARTE: BLOG COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO E PROMOTOR DOS PROCESSOS ...
 
REIKI NO CAMPUS: UMA EXPERIENCIA COM TERAPIAS COMPLEMENTARES NO CURSO DE MEDI...
REIKI NO CAMPUS: UMA EXPERIENCIA COM TERAPIAS COMPLEMENTARES NO CURSO DE MEDI...REIKI NO CAMPUS: UMA EXPERIENCIA COM TERAPIAS COMPLEMENTARES NO CURSO DE MEDI...
REIKI NO CAMPUS: UMA EXPERIENCIA COM TERAPIAS COMPLEMENTARES NO CURSO DE MEDI...
 
PROJETO ATITUDES QUE SALVAM VIDAS NA VISÃO DE SEUS INTEGRANTES: RELATOS BASEA...
PROJETO ATITUDES QUE SALVAM VIDAS NA VISÃO DE SEUS INTEGRANTES: RELATOS BASEA...PROJETO ATITUDES QUE SALVAM VIDAS NA VISÃO DE SEUS INTEGRANTES: RELATOS BASEA...
PROJETO ATITUDES QUE SALVAM VIDAS NA VISÃO DE SEUS INTEGRANTES: RELATOS BASEA...
 
INTRODUÇÃO À VIDA ACADÊMICA: APRESENTANDO A UNIVERSIDADE E SUAS POSSIBILIDADE...
INTRODUÇÃO À VIDA ACADÊMICA: APRESENTANDO A UNIVERSIDADE E SUAS POSSIBILIDADE...INTRODUÇÃO À VIDA ACADÊMICA: APRESENTANDO A UNIVERSIDADE E SUAS POSSIBILIDADE...
INTRODUÇÃO À VIDA ACADÊMICA: APRESENTANDO A UNIVERSIDADE E SUAS POSSIBILIDADE...
 
EDUCAÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
EDUCAÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SULEDUCAÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
EDUCAÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
 
COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO RIO GRANDE DO SUL: HISTÓRIA, CULTURA, SABERES E PR...
COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO RIO GRANDE DO SUL: HISTÓRIA, CULTURA, SABERES E PR...COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO RIO GRANDE DO SUL: HISTÓRIA, CULTURA, SABERES E PR...
COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO RIO GRANDE DO SUL: HISTÓRIA, CULTURA, SABERES E PR...
 
Bem estar e qualidade de vida para profissionais da saúde
Bem estar e qualidade de vida para profissionais da saúdeBem estar e qualidade de vida para profissionais da saúde
Bem estar e qualidade de vida para profissionais da saúde
 
Perímetros corporais trabalho cds-ufsc
Perímetros corporais trabalho cds-ufscPerímetros corporais trabalho cds-ufsc
Perímetros corporais trabalho cds-ufsc
 
Educação Física Especial
Educação Física EspecialEducação Física Especial
Educação Física Especial
 
O Nado golfinho
O Nado golfinhoO Nado golfinho
O Nado golfinho
 
Relatório de estágio profissionalizante ufsm 2003
Relatório de estágio profissionalizante ufsm 2003Relatório de estágio profissionalizante ufsm 2003
Relatório de estágio profissionalizante ufsm 2003
 

Vcomesp janete coimbra

  • 1. NASF - NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NASF V COMESP- APS: AGORA MAIS QUE NUNCA JANETE COIMBRA SMSA COORDENAÇÃO DE REABILITAÇÃO E NASF
  • 2. REFLEXÕES SOBRE O PERCURSO DO NASF EM BH • Ponto(s) de partida; • Passos iniciais: definição de balizas; • O caminhar ou a aprendizagem na caminhada; • O ponto de chegada provisório.
  • 3. PONTO(S) DE PARTIDA  Diretrizes da portaria GM 154 de 24/01/08;  Experiência e metodologia de trabalho dos Núcleos de Apoio em Reabilitação - NAR, nos distritos Barreiro (2005) e Norte (2006);  Orientações do documento “Atenção Básica à Saúde em Belo Horizonte: Recomendações para Organização Local”
  • 4. PONTO(S) DE PARTIDA O que aprendemos:  A operacionalização de novas propostas requer mais que diretrizes claras. Envolve estratégias planejadas, poder compartilhado e articulação de interesses nos diversos níveis da gestão.  A pessoa do coordenador em cada distrito favorece o acompanhamento dos processos.  É preciso seguir para além do ponto de partida apesar das resistências. “Estou sempre me despedindo Do ponto de partida que me lança de si Do ponto de chegada que nunca é aqui” - Lya Luft
  • 5. PASSOS INICIAIS 1) Definimos as áreas estratégicas prioritárias e quais profissionais comporiam as equipes: • REABILITAÇÃO: Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Fonoaudiólogos, Psicólogos e Assistentes Sociais • ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO: Nutricionistas • ATIVIDADE FÍSICA E PRÁTICAS CORPORAIS: Professores de Educação Física • ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: Farmacêuticos • Outras áreas mais avançadas: Saúde Mental, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Práticas Integrativas e Complementares, Assistência Social S 5
  • 6. PASSOS INICIAIS 2) Algumas balizas/diretrizes  POPULAÇÃO DEFINIDA E SUAS NECESSIDADES DE SAÚDE  ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR  DEMANDA REFERENCIADA  AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO  FOCO AMPLIADO PARA FAMÍLIA  ARTICULAÇÃO COMUNITÁRIA E INTERSETORIAL  PLANEJAMENTO A PARTIR DAS NECESSIDADES
  • 7. PASSOS INICIAIS 3)Ferramentas tecnológicas:  Apoio Matricial  Clínica Ampliada  Projeto Terapêutico 4) Ações prioritárias  Ações técnico-pedagógicas de apoio às ESF  Visitas domiciliares  Atendimentos individuais  Atividades coletivas
  • 8. PASSOS INICIAIS O que aprendemos:  A formação dos profissionais de saúde deixa muitas lacunas que o serviço não consegue suprir no rítmo que o cuidado ao usuário exige (em processo)  Matriciamento pressupõe estabelecimento de vínculo entre as partes. Isso requer tempo, conhecimento mútuo e abertura para a escuta.  Sistemas de informação organizados podem dar visibilidade ao trabalho das equipes de apoio e as adequações necessárias ao seu funcionamento precisam fazer parte dos passos iniciais.  Os passos iniciais precisam ser acompanhados de perto e podem ser repensados continuamente. “Nunca ninguém se perdeu, porque todos os caminhos são os teus caminhos, e todos os erros, atalhos para outra verdade” Fernando Pessoa 8
  • 9. O CAMINHAR Intervenções conjuntas NASF/ESF:  Discussões de casos clínicos;  Construção de projetos terapêuticos e apoio na coordenação dos casos;  Realização de avaliações, consultas, grupos, visitas domiciliares, etc.  Acompanhamento e planejamento de ações coletivas estimulando a autonomia da equipe;  Atendimento aos casos prioritários, de maior gravidade, risco e vulnerabilidade ;  Apoio na construção dos encaminhamentos;  Articulações intra e intersetorias ( CREABs,CEMs,PAD, Lian Gong, PSE, Academias, GT do Idoso, GT da Promoção da Saúde, GT da Igualdade Racial, Bolsa Família, Coordenações, IES…) 9
  • 10. O CAMINHAR: PROCESSO DE TRABALHO Trabalhadores da ESF Trabalhadores do Necessidade NASF Demanda Não existe um Usuário produto pronto Sujeito Reuniões NASF e ESF Produto do uso de tecnologias, PROJETO saberes, afetos, TERAPÊUTICO desejos, projetos, Demanda disputas, conflitos, reconhecida impossibilidades Necessidade atendida
  • 11. O CAMINHAR O que aprendemos:  O apoio do nível central, distritos e gerentes locais é fundamental;  O caminhar na rede não é linear  A demanda por atendimentos dificulta mas não impossibilita o matriciamento;  No processo de matriciamento quando há espaço para discussão clínica, processamento de demandas e definição de ações e acima de tudo aprendizagem, há implicacão dos profissionais .  As reuniões precisam ser institucionalizadas e negociadas; 11
  • 12. O CAMINHAR O que aprendemos:  Os casos precisam ser pensados em sua singularidade;  Priorizar não significa “”engessar”. A discussão clínica permite analisar situações complexas a partir de um olhar multiprofissional integrado;  Os tempos de cada equipe são diferenciados.  É preciso conhecer os serviços e as pessoas para superar mecanismos tradicionais de referência e contra-referência  É preciso dar visibilidade às ações realizadas. “Para se fazer amanhã o impossível de hoje, é preciso fazer hoje o possível de hoje.” Paulo Freire 12
  • 13. O PONTO DE CHEGADA PROVISÓRIO  Consolidar uma identidade na rede de saúde (apropriação do papel de apoiador pelos profissionais)  Superar obstáculos estruturais para avançar na assistência (espaço físico, incremento de profissionais,informatização...)  Sermos reconhecidos como apoio que compartilha de fato os problemas de saúde da população e que tem a “capacidade de tomar para si a invenção de novas saídas: capacidade de ousar, criar, sair dos terrenos previamente delimitados”. 13
  • 14. O PONTO DE CHEGADA PROVISÓRIO No ano que passou fizemos o possível , o que acreditávamos, o que era incrível. Botes, submarinos, caravelas, comunas, castelos, favelas. A novidade é a incapacidade de destruirmos a guerra. Não mudou o sonho, ora naufragou, ora ficou à deriva. (...) Continuamos apaixonados pela vida e faremos ano que vem, maior e mais forte investida.” Mário Pirata
  • 15. OBRIGADA! Janete.coimbra@pbh.gov.br reabilita@pbh.gov.br