O documento discute conceitos fundamentais da história como ciência, incluindo:
1) A história investiga o passado da humanidade e seu desenvolvimento tendo como referência um lugar, época ou povo.
2) Fontes históricas como documentos, obras de arte e registros orais fornecem informações sobre como as sociedades humanas evoluíram ao longo do tempo.
3) O tempo histórico é construído pelo historiador para analisar mudanças sociais em determinado período, levando em conta variáveis culturais e soc
1. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 1 | P á g i n a
Profº Jorge Marcos
"História é passado e presente; um e outro inseparáveis." Fernand Braudel
1. HISTÓRIA
A palavra História é de origem grega "historie",
que significa "conhecimento através da
investigação”, e deriva de histor: “sábio ou
conhecedor”.
A História é uma ciência que investiga
o passado da humanidade e o seu processo de
evolução, tendo como referência um lugar, uma época,
um povo ou um indivíduo específico.
É tudo o que se refere ao desenvolvimento das
comunidades humanas, assim como os
acontecimentos, fatos ou manifestações da atividade
humana no passado, cujo objetivo é entender o
presente. Esse passado, é um passado vivo, que está
presente em nós, que faz parte de nossas vidas.
Aurélio Buarque de Holanda define a história
como uma “narração metódica dos fatos notáveis
ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida
da humanidade, em geral”. Para ele, o historiador e
sociólogo, “a história é o estudo do que os homens do
passado fizeram, da maneira pela qual viviam, das
ideias que tinham”.
A história é feita por todos nós - homens,
mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e
governados, por dominantes e dominados, pela guerra
e pela paz, por intelectuais, negros e brancos e
principalmente pelas pessoas comuns, desde os
tempos mais remotos. A história faz parte de nosso
cotidiano e serve de alerta à condição humana de
agente transformador do mundo.
A História deve servir como instrumento de
conscientização dos homens para que possam
construir uma sociedade, um mundo melhor e uma
sociedade mais justa. A ciência da história é
puramente humana.
A História procura analisar os processos
históricos, os personagens e os fatos. Desta forma
podemos compreender melhor um determinado
período histórico, cultura ou civilização. Dentre os
principais objetivos da História é investigar os mais
diversos aspectos culturais de um determinado povo
ou região, possibilitando o entendimento do processo
de desenvolvimento. Entender o passado também é
importante para a compreensão do pressente.
Heródoto, historiador grego, é considerado o
"pai da História". A ele são atribuídas as primeiras
pesquisas sobre o passado do homem, tornando-se
pioneiro no estudo da história.
O historiador é um observador dos homens,
incluindo a si mesmo. Ele observa os momentos e as
situações que ele está inserido, analisa como o todo
nas diversidades individuais e coletivas.
TEXTO COMPLEMENTAR
Ao se contar a história de uma vida, o mais sério
desafio é trabalhar ao mesmo tempo com a cronologia
linear, que parece ser “unidirecional”, e com o
percurso da vida, que não é linear; pergunto-me
sempre como trabalhar com o contínuo e o
descontínuo, como pensar as diferentes
temporalidades? Como conseguir “um relato
impressionista (...) que se recusa a pôr ordem na
desordem da vida”? É imprescindível deixar claro, ao
terminar estas considerações teórico-metodológicas,
2. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 2 | P á g i n a
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que a biografia que é vista hoje como de ponta não é
aquela com “uma cronologia ordenada, uma
personalidade coerente e estável, ações sem inércia e
decisões sem incertezas”. (Vavy Pacheco Borges.
GABRIELLE BRUNE –SIELER, UMA VIDA (1874 -
1940): Os desafios da biografia)
2. FONTES HISTÓRICAS
Os homens sempre deixaram suas marcas por
onde passavam, desde as pinturas nas cavernas até a
criação de micro chip. São os documentos históricos.
Os documentos são a principal fonte de
informações para qualquer pesquisador, pois trazem
relatos de situações cotidianas e especiais, que podem
dar uma ideia aproximada de como era a vida dos
povos antigos.
Outras formas de desvendar a história são as
mais diversas formas de expressão cultural como
contos, lendas e fábulas.
São as chamadas fontes orais, nas quais, muitas
vezes, ocorre entrevistas com pessoas mais idosas, que
tiveram acesso às informações, que passaram de
geração a geração.
Fazer, construir a história é buscar informações
do passado, que possam ajudar a explicar aos povos
atuais o que aconteceu, como era o cotidiano das
pessoas, o que faziam, o que sabiam e no que
acreditavam os povos do passado.
TEXTO COMPLEMENTAR
Desde o primeiro rabisco feito por nossos
antepassados nas paredes das cavernas até a mais
recente crônica de jornal, ironizando a atitude pré-
histórica de alguns políticos, não faltam registros
escritos para contar um pouco da realidade vivida em
cada época pela humanidade.
A simples existência desses relatos indica a
importância da leitura nas aulas da disciplina.
Navegar pela maior diversidade de fontes possível é
importante (leia o quadro abaixo), mas não é tudo.
O essencial é colaborar para que a turma possa
analisar, questionar, confrontar e contextualizá-las,
entendendo que as relações entre presente, passado e
futuro vão além de uma mera sequência de fatos em
ordem cronológica. Em poucas palavras, é preciso
levar a moçada a pensar
historicamente. http://revistaescola.abril.com.br/hist
oria/pratica-pedagogica/leitura-critica-fontes-
historicas-526597.shtml. Acessado em 28/02/2014)
3. TEMPO HISTÓRICO
Tempo histórico é
aquele que está relacionado às
mudanças nas sociedades
humanas. Revela e esclarece o
processo pelo qual passou ou
passa a realidade em estudo. O
historiador deve construir um
terceiro tempo, entre o tempo da
Física, natural, e o tempo da
Filosofia, da consciência. Este será
o tempo histórico.
Definimos um limite de tempo para estudar os
seus acontecimentos característicos, levando em conta
que, naquele momento escolhido, muitos seres
humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram
sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito
específico. O modo de medir e dividir o tempo varia
de acordo com a crença, a cultura e os costumes de
cada povo.
O historiador precisa construir o tempo
histórico para não reviver, mas compreender a
experiência. O tempo histórico servirá de referência
comum aos membros de um grupo.
Em algumas civilizações, a ideia de que houve
um início em que o mundo e o tempo se conceberam
juntamente vem seguida pela terrível expectativa de
que, algum dia, esses dois itens alcancem seu fim. Os
historiadores não têm interesse pelo tempo
cronológico, contado nos calendários, pois sua
passagem não determina as mudanças e
acontecimentos (os tais fatos históricos) que tanto
chamam a atenção desse tipo de estudioso.
A organização feita pela ciência histórica leva
em consideração os eventos de curta e longa duração.
Dessa forma, o historiador se utiliza das formas de se
organizar a sociedade para dizer que um determinado
tempo se diferencia do outro.
3. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 3 | P á g i n a
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“O passado é definitivo, mas a história não é o
passado. É o passado visto pelo presente. Este presente
que amanhã será passado, obrigando a história a
recomeçar, quando a história de hoje passar a ser
também fato histórico. O historiador trabalha no seu
tempo, e não na eternidade. A vida está presente e
contagia seu pensamento e sua visão. (Eduardo
D’Oliveira França).
4. MEMÓRIA
A Memória, no sentido primeiro da expressão,
é a presença do passado. A memória é uma construção
psíquica e intelectual que acarreta de fato uma
representação seletiva do passado, que nunca é
somente aquela do indivíduo, mas de um indivíduo
inserido num contexto familiar, social, nacional.
Toda memória é “coletiva”. As memórias são
construções dos grupos sociais. São os grupos sociais
que determinam o que é “memorável” e as formas
pelas quais será lembrado. Seu atributo mais imediato
é garantir a continuidade do tempo e permitir resistir à
alteridade, ao ‘tempo que muda’, as rupturas que são
o destino de toda vida humana; em suma, ela constitui
um elemento essencial da identidade, da percepção de
si e dos outros”.
Segundo Jacques Le Goff, a memória é a
propriedade de conservar certas informações,
propriedade que se refere a um conjunto de funções
psíquicas que permite ao indivíduo atualizar
impressões ou informações passadas, ou
reinterpretadas como passadas.
A memória está nos próprios alicerces da
História, confundindo-se com o documento, com o
monumento e com a oralidade.
Uma distinção entre História e memória está no
fato de a História trabalhar com o acontecimento
colocado para e pela sociedade, enquanto para a
memória o principal é a reação que o fato causa no
indivíduo. A memória recupera o que está submerso,
seja do indivíduo, seja do grupo, e a História trabalha
com o que a sociedade trouxe a público.
O historiador (e a história) tem a preocupação
com a junção de fatos oficiais e documentos
fragmentados, que organizados passam a enredar a
história pela narrativa do historiador dando-lhe os
contornos necessários. A memória difere da história,
pois o personagem é o foco principal, é ele que dá voz
a própria história, pois vivenciou os acontecimentos
como personagem principal.
A Memória histórica pode ser compreendida
como a sucessão de acontecimentos marcantes na
história de um país. O termo memória histórica seria
uma tentativa de agrupar questões opostas.
A memória pode ser representada pela vida pois
é carregada por grupos vivos, a história se apresenta,
por conseguinte, como uma representação
problemática e incompleta do que não existe mais.
LEITURA COMPLEMENTAR
A UTILIDADE DA HISTÓRIA
Quem disse que História é tão e somente o estudo do
passado? Não demos a ela uma definição que nos
induz a acreditar que a História nos tem pouca
utilidade, ou nenhuma. Não a estudaríamos se ela não
fosse útil. Certamente não perderíamos o nosso
precioso tempo. Certo dia o filho perguntou ao seu pai
para que serve a História. Sua resposta rendeu um
livro. Para alguns ela serve como passa tempo; Para
outros, para matar a curiosidade; Mas nunca diga que
a História não serve para nada; ou então que quem
vive de passado é museu. a utilidade da História é
inegável, e vivemos como vivemos por causa do
passado que tivemos. Nunca me esquecerei da data em
que nasci, da minha infância, da adolescência, da
juventude, das experiências que tive, dos objetivos
alcançados e dos frustrados. O que eu sou hoje
dependeu totalmente do que eu fui. E o meu passado
me é útil na medida em que eu saberei dos acertos e
dos erros que cometi e por isso não os cometerei mais.
Terei condições de saber quem eu sou e porque eu sou
como sou e, principalmente, saberei onde preciso
mudar. Uma pessoa que esquece seu passado é
alguém que está sujeita aos mesmos erros e não sabe
a medida exata daquilo que ele precisa para atingir
seus objetivos. O objetivo principal desse blog é
ajudá-lo a entender o quanto que a história está tão
presente no presente, que ela não apenas se confunde
com o presente como se torna o presente. Aquele pai
disse ao seu filho que a História é a ciência dos
homens no tempo. Isso porque a história acompanha
as transformações sofridas pelo homem através de
suas gerações, ela então vence as barreiras da linha
que divide o tempo em passado, presente e futuro. Se
devemos dar a Cezar o que é de Cezar, então daremos
também à História o grau de relevância que ela
merece.(
4. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
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http://ahistoriaeopresente.blogspot.com.br/2009/07/q
uem-disse-que-historia-e-tao-e-somente.html,
Acessado em 28/02/2014)
5. PATRIMÔNIO
Podemos dividir o patrimônio de duas
maneiras:
Material - são os aspectos mais concretos da
vida humana, e que fornecem informações
sobre as pessoas. Cultura material é o mesmo
que objeto ou artefato.
Imaterial - é o conjunto de manifestações
populares de um povo, transmitidos oral ou
festualmente, recriados e modificados ao longo
do tempo.
5.1.Patrimônio Histórico.
Podemos definir Patrimônio Histórico como um
conjunto de bens que contam a história de uma
geração através de sua arquitetura, vestes,
acessórios, mobílias, utensílios, armas, ferramentas,
meios de transportes, obras de arte, documentos.
O Patrimônio Histórico é fundamental,
importante para que tenhamos uma compreensão da
identidade histórica, para que os seus bens não se
desarmonizem ou desequilibrem, e para manter vivos
os usos e costumes populares de uma determinada
sociedade.
Um exemplo de patrimônio histórico é a Praça
São Francisco, localizada no centro de São Cristóvão,
antiga capital do estado, quarta cidade criada no Brasil
(1590).
http://osvaldofotoart.wordpress.com/galerias/paisage
m-urbana/patrimonio-historico4/
5.2. Patrimônio Cultural.
Vamos definir aqui como sendo um conjunto de
bens materiais e/ou imateriais, que contam a história
de um povo através de seus costumes, comidas típicas,
religiões, lendas, cantos, danças, linguagem
superstições, rituais, festas.
Uma das principais fontes de patrimônio
cultural está nos sítios arqueológicos. Aqui em Sergipe
mercê destaque o Sítio do Justino, Canindé do São
Francisco.
Através do patrimônio cultural é possível
promover uma conscientização das pessoas,
possibilitando as mesmas a aquisição de
conhecimentos para a compreensão da história local,
adequando-os à sua própria história.
5.3. Patrimônio Ambiental ou Natural.
É a inter-relação do homem com seus
semelhantes e tudo o que o envolve, como o meio
ambiente, fauna, flora, ar, oceanos, manguezais, e tudo
o que eles contêm. Esses elementos estão em contato
com o homem, e acabam interagindo, e até mesmo
interferindo no seu cotidiano.
O Parque Nacional da Serra de Itabaiana é uma
unidade de conservação, como Estação Ecológica,
anterior a 2005. Sua proteção legal restringia-se a
apenas 288,53 hectares. Pelo Decreto Presidencial de
15 de junho de 2005, a área foi ampliada para 7.966
hectares. É uma área de transição entre Mata Atlântica
e Caatinga.
5. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
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O Parque Nacional abriga uma grande
biodiversidade - 16 espécies de répteis, 24 de anfíbios,
uma de quelônio, 62 de mamíferos e 123 de aves.
Destas, três são restritas à Mata Atlântica e uma
endêmica da caatinga.
LEITURA COMPLEMENTAR
PATRIMÔNIOS NATURAIS E VALORES
Compreender a constituição de Patrimônios
Culturais Naturais – os monumentos da natureza, as
paisagens notáveis, os sítios de beleza singular –
como produto de um processo de valoração de
aspectos da natureza, é a intenção que orientou as
reflexões contidas neste trabalho.
Patrimônio cultural, no caso específico,
patrimônio natural, é uma condição a que um aspecto
da natureza é alçado em dado momento, em
decorrência de um valor que se dá a esse objeto.
A Serra do Mar, designação corrente do
extenso conjunto de montanhas do Maciço Atlântico
que se estende pelo litoral brasileiro desde o Espírito
Santo até o norte do Rio Grande do Sul, constitui-se
num acidente geográfico notável no contexto do sul
sudeste do Brasil.
Paisagem notável, interpondo-se entre o litoral
e o planalto, passou a ser vista, mais
contemporaneamente, como recurso paisagístico a ser
protegido, havendo nela parcelas expressivas da parte
mais conservada da Floresta Atlântica.
Constitui-se num patrimônio natural – pelas
suas matas, pela sua fauna, pelos conjuntos históricos
e pré-históricos que abriga-, sendo tombada na
maioria dos estados em que se encontra.
A Serra do Mar é, pois, patrimônio cultural dos
brasileiros, constituindo-se num objeto com atributos
especiais, que deve ser protegido de forma a ser
legado para os pósteros.
Encontrar elementos para a melhor
compreensão teórica deste processo de valoração de
um objeto da natureza, revestido de um ritual técnico
no âmbito do aparelho de estado, é a preocupação
principal deste trabalho.
Pretende-se compreender as práticas de
proteção ao patrimônio natural na região litorânea do
Paraná, especialmente a respeito do tombamento da
Serra do
http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/co
nteudo/conteudo.php?conteudo=266Mar. Acessado
em 28/02/2014
6. CULTURA
A palavra Cultura significa cultivar. Vem do
latim colere. Entre os romanos tinha o sentido de
agricultura, que se referia ao cultivo da terra para a
produção.
Para o senso comum, cultura tem um sentido de
erudição, uma instrução vasta e variada adquirida por
meio de diversos mecanismos, principalmente o
estudo.
De uma forma genérica, cultura é todo aquele
complexo que inclui o conhecimento, a arte, as
crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos
e aptidões adquiridos pelo homem não somente em
família, como também por fazer parte de uma
sociedade como membro dela que é.
Assim, podemos definir cultura como o
conjunto de atividades e modos de agir, costumes e
instruções de um povo. É o meio pelo qual o homem
se adapta às condições de existência e transforma sua
realidade.
Entre os iluministas franceses, a cultura
caracteriza o estado do espírito cultivado pela
instrução. “A cultura, para eles, é a soma dos saberes
acumulados e transmitidos pela humanidade,
considerada como totalidade, ao longo de sua história.
A palavra também estava associada às ideias de
progresso, de evolução, de educação e de razão.
Cultura pode ser definida com um processo em
permanente evolução, dinâmico, diverso e rico. É o
desenvolvimento de um grupo social, uma nação, uma
comunidade; ela é fruto do esforço coletivo pelo
aprimoramento de valores espirituais e materiais.
6. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
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É o conjunto de fenômenos materiais (e
imateriais) e ideológicos que caracterizam e marca um
determinado grupo étnico ou uma nação como língua,
costumes, rituais, culinária, vestuário e religião,
estando em permanente processo de mudança.
Cultura, em ciências sociais, pode ser definida
como um conjunto de ideias, comportamentos,
símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em
geração através da vida em sociedade. A cultura é
definida como um sistema de signos e significados
criados pelos grupos sociais.
Na filosofia a cultura é o conjunto de
manifestações humanas que contrastam com a
natureza ou o comportamento natural. É uma atitude
de interpretação pessoal e coerente da realidade,
destinada a posições suscetíveis de valor íntimo,
argumentação e aperfeiçoamento.
Na antropologia é compreendida como a
totalidade dos padrões aprendidos e desenvolvidos
pelo ser humano. É uma rede de significados que dão
sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a
sociedade. Em termos antropológicos, não falamos em
Cultura, no singular, mas em culturas.
Cultura é a maneira pela qual os humanos se
humanizam por meio de práticas que criam a
existência social, econômica, política, religiosa,
intelectual e artística.
Faz parte da cultura: a religião, a culinária, o
vestuário, o mobiliário, as formas de habitação, os
hábitos à mesa, as cerimônias, o modo de relacionar-
se com os mais velhos e os mais jovens, com os
animais e com a terra, os utensílios, as técnicas, as
instituições sociais (como a família) e políticas (como
o Estado), os costumes diante da morte, a guerra, o
trabalho, as ciências, a Filosofia, as artes, os jogos, as
festas, os tribunais, as relações amorosas, as diferenças
sexuais e étnicas.
As funções da cultura são:
satisfazer as necessidades humanas;
limitar normativamente essas necessidades;
implica em alguma forma de violação da
condição natural do homem.
Podemos definir alguns tipos de cultura:
cultura de elite – é a cultura dominante,
hegemônica; considerada superior à do povo. A
hegemonia econômica da elite ratifica sua
hegemonia cultural e vice-versa. Para que sua
cultura se sobressaia, deprecia a do povo. A elite
denominou a cultura do povo de cultura popular.
cultura popular - a cultura popular tem suas raízes
nas tradições, nos princípios, nos costumes, no
modo de ser daquele povo. Ela não se esgota em
si mesma. Quando se diz cultura popular, quer
dizer que está no povo, mas não foi
necessariamente produzida pelo povo; e, quando
se diz cultura do povo, se quer dizer que é do povo
e também foi produzida por ele. É confundida
com a cultura de massa
Cultura de massa - é produto da indústria cultural;
refere-se aspectos superficiais de lazer, gosto
artístico e vestuário. A indústria cultural está
sempre “fabricando” modas e gostos, a cultura de
massa só é viável em razão da invenção da
comunicação em massa. A cultura de massa é
divulgada como a cultura dos alienados, dos “sem
rosto”.
7. PROCESSO HISTÓRICO
É representado por acontecimentos, cada fato é
a sequência ou sucessão, do que já ocorreu. O processo
histórico se transforma, deixa de ser equilibrado, com
as mudanças qualitativas, é um período de transição
7. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 7 | P á g i n a
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onde as transformações acontecem rapidamente,
mudando o caráter.
http://vejahistoria1.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.htm
l
http://amparonews.spaceblog.com.br/52/
A História é um processo contínuo, não tem
divisões. Porém, para se estudar a evolução da
humanidade, é costume dividi-la em épocas ou idades.
Esta divisão, meramente com a finalidade de facilitar
os estudos da História, é feita buscando-se as
características de determinados períodos e é usada,
exatamente, para nos mostrar o significado da referida
época.
Vale ressaltar que a História segue seu curso
permeado por ações humanas, legadas e interligadas
em um tempo e, em cada espaço específico, ou seja,
ela é um processo em construção paralela.
Tradicionalmente dividimos o processo
histórico em duas grandes fases: Pré-História e
História. Esta divisão utiliza-se de critérios políticos e
metodológicos
Entende-se por Pré-História o período
compreendido entre o aparecimento do homem, cerca
de 4 milhões de anos a.C. até a invenção da escrita,
que ocorreu por volta de 4.000 a.C. A característica
marcante deste período é a dificuldade de fontes
históricas escritas, que permitam a reconstituição dos
humanos da época. A Pré-História compreende os
períodos do Paleolítico (Selvageria) e do Neolítico
(Barbárie), primeiros estágios da vida humana.
A História, propriamente dita, começa com a
invenção da escrita e dura até os dias atuais.
Sua divisão reconhece 4 grandes fases:
Idade Antiga, com início na invenção da escrita
e termina no século V d.C. Abrange o
aparecimento das primeiras civilizações; o
desenvolvimento de grandes impérios (egípcio,
mesopotâmico, persa); a Grécia e Roma.
Termina com a destruição do Império Romano,
no ano 476 d.C.
Idade Média, (século V ao século XV). Seu
início é determinado pela destruição do Império
Romano do Ocidente. O termino é marcado pela
tomada de Constantinopla pelo Império Turco
Otomano 1453.
Idade Moderna, iniciou no século XV e
terminou no século XVIII. Inicia-se com
declínio do Feudalismo, queda do Império
Bizantino. Seu final é marcado pela Revolução
Francesa.
Idade Contemporânea, do século XVIII aos dias
atuais. Começa com a Revolução Francesa até
os dias atuais.
8. CIVILIZAÇÃO
8. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 8 | P á g i n a
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http://www.historiadomundo.co
m.br/egipcia/
http://shabestan.blogs.sapo.pt
/9051.html
http://catracalivre.com.br/geral/urbani
dade/barato/brasilidade-retrato-de-
uma-civilizacao-por-antonio-vargas-
em-santos/
O vocábulo “civilização” deriva do latim civita
(cidade) e civile (civil) o habitante da Civita. A palavra
civilização surgiu como resultado da “cultura clássica”
(greco-romana). Nestas civilizações, ser civilizado é
viver conforme os padrões das polis (cidade) ou das
cevitas.
A civilização é um processo social em si,
próprio dos grupamentos humanos que tendem sempre
a evoluir com a variação das disponibilidades
econômicas, principalmente alimentares e sua
decorrente competição por estes com os grupamentos
vizinhos.
Civilização é o estágio de desenvolvimento
cultural em que se encontra um determinado povo.
A civilização é o estágio da cultura social e da
civilidade de um agrupamento humano caracterizado
pelo progresso social, científico, político, econômico
e artístico.
Civilização pode ser definida como uma
sociedade humana que desenvolveu certo nível de
cultura. Civilização é a fase de desenvolvimento com
respeito à cultura de um povo.
Etimologicamente, a expressão civilização
significa ato ou efeito de civilizar, ou o processo de se
tornar civilizado; a palavra civilizado se opõe a
expressão bárbaro (selvagem), que os romanos,
reservaram para indivíduos incapazes de assimilar os
costumes da cíveis.
O termo civilização passou a ser utilizado pelas
Ciências Humanas, para indicar o desenvolvimento
intelectual e cultural de um indivíduo ou de um povo
por mais primitivo que seja.
Uma civilização não se faz de repente, é o
resultado de um processo longo e lento influenciado
por fatores como recursos naturais, o clima, uma
liderança firma, o acumulo de riquezas e poder,
conhecimentos que sejam úteis ao povo; domínio
militar e a qualidade de vida.
9. ORIGEM DO HOMEM
Criacionismo Evolucionismo
9. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 9 | P á g i n a
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Discutir a origem do homem não tarefa das mais
fáceis. É muito delicada para alguns. Ela nos remete a
um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência
entram em cena e constroem diferentes
concepções/caminhos sobre a existência da vida
humana. É um dos maiores mistérios que sempre
intrigaram o homem ao longo de sua história é a sua
origem.
9.1.O CRIACIONISMO
A explicação dada pelo criacionismo é base de
crenças de três grandes religiões monoteístas do
mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo. Segundo
o Criacionismo, a origem do Universo, do planeta
Terra e de todas as formas de vida através da criação
de Deus. Na religião judaico-cristã, esta crença tem
como base às explicações que fazem parte do livro de
Gênesis (Velho Testamento da Bíblia Sagrada - “o
homem foi criado à imagem e semelhança de Deus”).
Segundo a narrativa bíblica, o homem foi
concebido depois que Deus criou céus e terra. O
primeiro versículo da Bíblia já diz: “No princípio criou
Deus os céus e a terra”.
Também feito a partir do barro, o homem teria
ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida
em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e
antigas formulam outras explicações, sendo que
algumas chegam a ter pontos de explicação bastante
semelhantes. Sendo um tema polêmico e inacabado, a
origem do homem ainda será uma delicada questão
capaz de se desdobrar em outros debates. Dessa forma,
cabe a cada um julgar e adotar, por meio de critérios
pessoais, a corrente explicativa que lhe parece mais
plausível.
Vale aqui um lembrete: é preciso dissociar o
criacionismo com o cristianismo, pois a teoria
criacionista prega que todas as coisas foram criadas
substancialmente por um Criador onipotente, não
sendo, necessariamente, o Deus dos cristãos. (Ver
mais em
http://www.historiadetudo.com/criacionismo-
evolucionismo.html)
9.2.TEORIA EVOLUTIVA
A teoria
evolucionista é fruto de
um conjunto de
pesquisas iniciadas pelo
legado deixado pelo
cientista inglês Charles
Robert Darwin, mas
ainda em
desenvolvimento. O
que Charles Darwin
procurou fazer foi
estabelecer um estudo
comparativo entre espécies aparentadas que viviam
em diferentes regiões.
Diante disto ele percebeu a existência de
semelhanças entre os animais vivos e em extinção. Ele
então concluiu que as características biológicas
(genética) dos seres vivos passam por um lento e
dinâmico processo onde diversos fatores de ordem
natural seriam responsáveis por modificar os
organismos vivos.
Ele levantou a ideia de que os organismos vivos
estão em constante concorrência e, a partir dela,
somente os seres melhores preparados às condições
ambientais impostas poderiam sobreviver.
Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere
que o homem e o macaco, devido suas semelhanças
biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum.
Darwin nunca afirmou que o homem é descendente do
macaco, mas, teriam uma mesma ascendência a partir
da qual as duas espécies se desenvolveram. (Ver mais
em
http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/te
orias-evolucionistas-e-criacionistas.html).
9.3.A QUESTÃO DA ARQUEOLOGIA
10. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 10 | P á g i n a
Profº Jorge Marcos
De uma forma geral, afirmamos que entre
homens (hominidae) e os grandes macacos (pongidae)
há um tronco comum. Em um determinado momento
da evolução, os dois grupos se separaram e cada um
apresentou sua evolução própria.
Os grandes macacos (pongidae) apresentaram
a forma do gorila, chimpanzé e orangotango e os
homens (hominidae ou hominídeos), a forma do atual
homo sapiens.
Segundo os atuais achados arqueológicos,
podemos fazer a seguinte classificação dos
hominídeos:
Australopithecus - Trata-se do mais antigo
hominídeo que se conhece. Foi encontrado na
África do Sul e viveu entre 1 milhão e 600.000
a.c.. Era bípede e postura mais ereta;
Homo Habilis - Viveu há cerca de 2,5 milhões
de anos e contemporâneo do australopitecos.
Esta incluiu carne em sua alimentação, o que
provocou mudanças em sua arcada dentária;
Homo Erectus - Viveu entre 500.000 e
200.000 a.c. Possuía maxilares maciços e
dentes grandes, cérebro maior que o tipo
anterior e membros mais bem adaptados à
postura ereta.
Homo Neanderthalensis - Encontrado em
Neanderthal (Alemanha). Deve ter existido
entre 120.000 e 50.000 a.c. Este hominídeo
possuía capacidade craniana elevada e já vivia
em cavernas e deixou inúmeros traços de sua
existência.
O Cro-Magnon - Com o homem de Cro-
Magnon atinge-se o Homo Sapiens.
Chegamos a este estágio por volta de 40.000
a.c., possuía altura acentuada, membros retos
e peito amplo, como também, a maior
capacidade craniana encontrada até então, o
que provou através da arte, da magia e da vida
social.
EXERCICIOS
1) Leia o texto abaixo depois responda às perguntas:
Os idosos
Envelhecer é uma grande vitória. Significa
estar vivendo há muito tempo, já ter passado por várias
experiências e testemunhado inúmeros
acontecimentos. Conviver com os idosos é um
privilégio, pois temos a possibilidade de partilhar toda
essa memória, esse conhecimento acumulado sobre o
mundo.
Para a história, os idosos significam uma
oportunidade única para recuperar informações sobre
o passado. Mais do que isso, é a chance de preservar
testemunhos e experiências de sujeitos que, em sua
memória, nunca tiveram a oportunidade de registrar
seu modo de vida, sua história.
Ao trabalhar com o relato de pessoas idosas, o
historiador estará utilizando uma fonte:
[a] Oral
[b] Textual
[c] Visual
[d] Mídia interativa
[e] Arqueológica
2) A relação entre os fatos e as estruturas não
apresenta uma das características abaixo:
[a] Os fatos são uma manifestação exterior das
estruturas.
[b] A partir dos fatos, somos capazes de penetrar
nas estruturas.
[c] Somente compreendemos a História quando
captamos a estrutura dos sistemas.
[d] A partir da compreensão da estrutura, temos
uma perfeita inteligibilidade dos fatos.
[e] É a compreensão dos fatos que nos dá a real
compreensão do processo histórico.
3) Quando um historiador se debruça sobre a
História, qual o conceito que se torna
11. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS – HISTÓRIA – TEXTOS & QUESTÕES 11 | P á g i n a
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fundamental para compreender os momentos
vitais do processo histórico?
a) Sistema
b) Estrutura
c) Subsistema
d) Transição
e) Processo
4) (UnB) Pode-se dizer em relação à História que:
1. (V) – (F) Hoje, ela está voltada preferencialmente
para o estudo dos grandes fatos políticos, com
destaque para a biografia dos governantes.
2. (V) – (F) Tendo em vista sua atual opção por
compreender globalmente a sociedade, a História
não mais se preocupa com a investigação dos
eventos.
3. (V) – (F) Ao contrário do que ocorreu no século
passado, hoje a História busca um caminho
próprio, desvinculado das demais ciências
sociais.
4. (V) – (F) A chamada História Nova recusa-se a
admitir a História como ciência do passado e a
"reduzir o presente a um passado incoativo".
5. (V) – (F) O estudo das fontes e a crítica dos
documentos são partes fundamentais do processo
de produção historiográfica.
5) (OSEC)
"Se o conhecimento da História nos apresenta uma
importância prática, é porque nela aprendemos
conhecer os homens que, em condições diferentes e
com meios diferentes, no mais das vezes inaplicáveis
à nossa época, lutaram por valores e ideais análogos,
idênticos ou opostos aos que possuímos hoje; o que
nos dá consciência de fazer parte de um todo que nos
transcende, a que no presente damos continuidade e
que os homens vindos depois de nós continuarão no
porvir. A consciência histórica existe apenas para
uma atitude que ultrapassa o eu individualista; ela é
precisamente um dos principais meios para realizar
essa superação." Lucien Goldman
De acordo com o texto, podemos afirmar que:
[a] a História é importante porque fornece à
atualidade os meios de resolver seus problemas;
[b] o estudo da História mostra a universalidade e a
identidade dos valores e ideais humanos;
[c] tem consciência o homem que conhece os fatos
históricos de sua época;
[d] a consciência histórica existe na medida em que
o homem é capaz de se reconhecer no
processo histórico;
[e] a importância prática da História se relaciona
com o estudo e o conhecimento do presente.
6) Na reconstrução do processo social:
[a] o historiador deve limitar-se a transcrever os
documentos, submetendo-os à crítica da
veracidade;
[b] compete ao pesquisador selecionar nos
documentos, mediante técnicas específicas, os
fatos históricos mais importantes;
[c] a elaboração de conceitos constitui uma etapa no
processo de apreensão do real;
[d] a formulação da hipótese de trabalho deve
anteceder qualquer contato com a realidade a ser
estudada;
INSTRUÇÃO: Com base no texto abaixo, responda
as questões 07 a 09, marcando E para as frases erradas
e C para as frases certas.
“Pode-se dizer que a "nova" História Econômica
apresenta três aspectos. Na sua forma mais simples,
pouco mais é do que a classificação e processamento
do material primário e secundário existente. Mais
sofisticados são os projetos que impõem "a
reconstrução de medidas que podiam ter existido no
passado mas que não existem mais", muitas vezes com
a ajuda da Teoria Econômica e da Estatística. Em
terceiro lugar, e mais ambicioso, temos o emprego do
conceito contrafactual condicional, começando com a
premissa de que só podemos compreender o
significado daquilo que aconteceu se o compararmos
com aquilo que poderia ter acontecido, continuando
com a quantificação "daquilo que poderia ter
acontecido". (A Nova História Econômica, ou
História Contrafactual, E. H. Hunt)
7) (C) – (E) A História Econômica visa em segunda
instância reconstruir as medidas existentes no
passado.
8) (C) – (E) Num terceiro momento, a História
Econômica visa à compreensão do passado
através de uma análise por absurdo, supondo
condições que não ocorreram para analisar as que
efetivamente aconteceram.
9) (C) – (E) De uma maneira geral, a História
Econômica tem por objetivo a apreensão do
processo histórico nos seus momentos cruciais,
isto é, nos momentos de transição.
12. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
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10) Assinale as afirmações corretas:
Os principais conceitos a serem dominados pelo
historiador ou estudioso da História, a fim de poder
compreendê-la com maior profundidade, são os
seguintes:
1. (V) – (F) Por processo histórico entende-se a
sequência dos principais sistemas ocorridos na
História, desde a Antiguidade até a atualidade.
2. (V) – (F) Pela ordem, os principais sistemas
ocorridos na História foram: sistema primitivo,
asiático, escravista, feudal, capitalista e
socialista.
3. (V) – (F) O sistema é constituído por um conjunto
de partes que estão integralmente relacionadas,
tais como economia, sociedade, política, religião
e cultura.
4. (V) – (F) A cada uma das partes de um sistema
costumamos dar o nome de subsistema; e é
exatamente a somatória dessas partes que
constitui um sistema.
5. (V) – (F) A estreita relação existente entre as
partes de um sistema e que dá mais profunda
compreensão da História constitui a estrutura de
um sistema.
6. (V) – (F) Quando da passagem de um sistema
para outro, rompe-se a estrutura do sistema,
quebra-se sua estabilidade, ocorrendo então uma
transição, momento privilegiado porque revela a
realidade histórica em sua profundidade.
11) "Do ponto de vista da ação sobre o pensamento
científico, as diferentes perspectivas e ideologias
não se situam no mesmo plano. Certos juízos de
valor permitem maior compreensão da realidade
do que outros." Com esta afirmação, Lucien
Goldman:
a) nega o fenômeno da determinação social do
conhecimento;
b) admite que todo conhecimento e, em última
instância, subjetivo;
c) propõe que a compreensão da realidade
fundamenta, de maneira lógica, a validade de
todos os juízos de valor;
d) reconhece, implicitamente, a possibilidade de
escolha entre métodos com diferentes alcances na
abordagem do real;
GABARITO
1. A
2. E
3. D
4. EEECC
5. D
6. C
7. C
8. C
9. E
10. VVVVVV
11. D
QUESTÕES PROPOSTAS
1) Assinale V para as alternativas verdadeiras e V
para as alternativas falsas:
1. ( V ) – ( F ) O estudo da história fundamenta-se
apenas no passado descartando qualquer análise do
presente.
2. ( V ) – ( F ) Uma avaliação criteriosa do passado
pode ser muito importante para tentar resolver
problemas presentes como a fome, a violência, as
guerras dentre outros.
3. ( V ) – ( F ) A maioria das sociedades antigas por
não terem domínio da escrita deixaram poucas
informações sobre seu passado o que nos impede
de conhecermos melhor nossos antepassados.
4. ( V ) – ( F ) Os fatos históricos só têm validade se
puderem ser comprovados, assim pessoas de baixa
renda que não possuem documentos nem objetos
de valor ficam de fora de todo processo histórico.
5. ( V ) – ( F ) Analisar o passado comparando com o
presente, observando as permanências e rupturas é
o grande desafio do historiador que com um
trabalho minuciosa tenta desvendar informações
sobre tempos passados.
6. ( V ) – ( F ) História é uma ciência humana que
estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A
História analisa os processos históricos,
personagens e fatos para poder compreender um
determinado período histórico,
cultura ou civilização.
2) Sobre as fontes históricas, assinale V para as
alternativas verdadeiras e V para as alternativas
falsas:
13. HISTÓRIA GERAL 1 – CONCEITOS E TEORIAS
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1. ( V ) – ( F ) O estudo da História conta com um
conjunto grande de fontes para serem analisadas
pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas,
imagens, objetos materiais, registros orais,
documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
2. ( V ) – ( F ) Os historiadores e arqueólogos
analisam fontes materiais (ossos, ferramentas,
vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e
artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos)
buscando uma análise detalhada de tempos
passados.
3. ( V ) – ( F ) Qualquer objeto antigo é aceito como
uma fonte confiável e assim ajudar na
interpretação do passado histórico.
4. ( V ) – ( F ) As fontes históricas são vestígios do
passado e auxiliam o historiador em sua pesquisa
de interpretação do passado histórico.
QUESTÕES DISCUSSIVAS
3) A História não passa de uma área de
conhecimento preocupada em estudar o passado?
Justifique a sua resposta.
4) Os fatos históricos só podem ser reconhecidos nas
ações dos grandes acontecimentos e
personagens? Justifique a sua resposta através de
um exemplo.
5) Estabeleça a diferença existente entre o tempo
cronológico e o tempo histórico.
6) Aponte a divisão do tempo histórico usualmente
utilizada pelos historiadores e demais estudantes
dessa área do conhecimento.
GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS
1. FVFFVV
2. VVFV
3. Não. Apesar de trabalhar com dados que se
encontram no tempo passado, a ciência histórica
é uma importante ferramenta para que possamos
repensar a situação presente do homem. Sempre
que nós voltamos àquilo que já foi feito,
procuramos informações e desdobramentos
daquele ato em nosso tempo presente. De tal
forma, tem grande importância na reflexão das
experiências vividas e na obtenção de respostas
que possam reorientar nossas ações e
comportamentos.
4. Não. A realização dos fatos históricos podem
acontecer pela ação de pessoas completamente
desconhecidas ou por coletividades. Em um
processo eleitoral, por exemplo, várias pessoas
determinam a escolha de um governante através
de uma ação individual. Dessa forma, vemos que
elas participam de um importante fato político
sem que para isso, tenham que ser reconhecidas
ou responsáveis por uma ação de grande impacto.
5. O tempo cronológico trabalha com unidades de
tempo constantes que buscam um padrão válido
para um grande número de pessoas. Dessa forma,
ao falarmos do tempo cronológico, fazemos
referência aos minutos, horas, dias, meses, anos...
Já o tempo histórico tem uma forma de
organização dinâmica, que varia de acordo com
as transformações mais significativas para uma
sociedade. Nesse caso, vemos que cada povo tem
autonomia para estabelecer a divisão do seu
tempo histórico.
6. Os historiadores costumam dividir o tempo
histórico da seguinte forma: Pré-História, que vai
do surgimento dos primeiros hominídeos (4
milhões de anos atrás) até a invenção da escrita
(4000 a.C.); Idade Antiga, que vai de 4000 a.C.
até o século V d.C.; Idade Média, compreendida
entre os séculos V e XV; a Idade Moderna, que
fica entre os séculos XV e XVIII; e a Idade
Contemporânea, que vai dos fins do século XVIII
até os dias atuais.