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1

LITERATURA BRASILEIRA
Texto complementar
Professor Jason Lima
NOME:

Data: ___/___/____

A MORENINHA, de Joaquim Manoel de Macedo
1. RESUMO BIOGRÁFICO
Joaquim Manuel de Macedo inaugurou o chamado romance urbano, aquele que tem como cenário a cidade
grande.
Nasceu em ltaboraí (RJ). Diplomou-se em medicina, mas nunca exerceu a profissão. Foi professor do Colégio
Pedro II, a instituição de ensino mais conceituada daquele estado na época. Exerceu duas vezes o cargo de
deputado, foi também poeta, jornalista, historiógrafo, além de professor e escritor de livros didáticos.
Macedo escreveu muito ao longo de 36 anos de carreira: 18 romances, 16 peças de teatro, um livro de contos,
entre outras obras. Consta que o editor lhe pagava 200 mil réis por romance acabado, o que era pouco, mesmo
para quem não vivia só das letras. De sua vasta produção, os dois romances mais conhecidos - A Moreninha e O
Moço Loiro – registram os costumes da sociedade carioca do tempo, com personagens extraídas da faixa social a que
pertencia o romancista e sobre a qual escrevia: a burguesia. Assim, desfilam em seus romances o estudante
conquistador, a moça apaixonada e namoradeira, o galã irresistível, a. criada intrometida, as solteironas nos seus
namoros... Macedo atendia à expectativa do leitor burguês, encantado com histórias de amor que ocorriam nos
cenários que lhe eram conhecidos e onde se via retratado como protagonista.
José de Alencar, nosso mais importante prosador romântico, considerava Macedo "um mestre". Nessa época
iniciou-se, entre os escritores, uma convivência que contribui para a formação de uma literatura nacional.
O público consumidor da obra de Macedo era predominantemente o público feminino. Um costume muito
comum daquele tempo era a leitura feita em voz alta, para várias pessoas, em torno da mesa da sala de jantar. O
estilo de Macedo harmonizava com esse costume: sua narrativa fácil, com alguns toques de humor, sem análises
profundas, sem resvalar para situações trágicas, possibilitava uma leitura desembaraçada, ágil. Esses fatores
garantiram-lhe imensa popularidade: A Moreninha, além de ser um dos romances mais lidos de nossa literatura, foi
ainda adaptado para o cinema, o teatro e a televisão. Morreu no Rio de Janeiro, em 1882.
2. CONTEXTO BRASILEIRO E EUROPEU
A época representada culturalmente pelo Romantismo – das duas últimas décadas do século XVIII até a
metade do século XIX – é o resultado das transformações que já vinham ocorrendo desde o início do século XVIII
em vários planos: econômico, social e ideológico.
Economicamente, a Europa presenciava a euforia e as consequências decorrentes da Revolução Industrial na
Inglaterra: novos inventos para a indústria, divisão de trabalho e maior produtividade, formação de centros fabris e
urbanos, surgimento de um operariado, revoltas sociais e nascimento de sindicatos, associações de trabalhadores e
de patrões.
Social e politicamente, tendo a burguesia alcançado o poder na França, com a Revolução Francesa (1789),
iniciava-se nesse país um longo período de luta pela solidificação do poder burguês, liderado por Napoleão
Bonaparte, e de combate ao movimento contrarrevolucionário e conservador conduzido pelas principais
monarquias europeias, as da Áustria, Rússia e Prússia.
Ideologicamente, o celeiro de ideias que impulsionava a burguesia e o povo em sua causa histórica era o
Iluminismo, com propostas de um governo democrático, eleito pelo povo, de igualdade e justiça social, de direitos
humanos, de liberdade.
Tanto na Europa quanto no Brasil, o romance surgiu sob a forma de folhetim, publicação diária, em jornais,
de capítulos de determinada obra literária. Assim, ao mesmo tempo em que ampliava o público leitor de jornais, o
folhetim ampliava o público de literatura.
O romance, por relatar acontecimentos da vida comum e cotidiana, e por dar vazão ao gosto burguês pela
fantasia e pela aventura, veio a ser o mais legítimo veículo de expressão artística dessa classe.
O momento brasileiro é da nossa independência e agora se procurava a individualidade como nação e a
busca pelo reconhecimento perante as outras nações. A dinamização da vida cultural da colônia e a criação de um
público leitor (mesmo que inicialmente só de jornais) criaram algumas das condições necessárias para o
florescimento de uma literatura mais consistente e orgânica do que a representada pelas manifestações literárias
dos séculos XVII e XVIII.
Joaquim Manuel de Macedo assumiu de vez todos os maneirismos do Romantismo, reafirmou seu sucesso e
reduplicando o processo de composição típico da narrativa de estrutura simples.
Em termos cronológicos, O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa (1843), é o primeiro romance romântico
brasileiro, mas A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo (1844), foi o primeiro romance de destaque no Brasil.
2
3. PRINCIPAIS OBRAS
• O Moço Loiro / Os Dois Amores / Rosa / Vicentina
• O Forasteiro (aliás escrito antes de todos estes)
• Culto do Dever / A Luneta Mágica
• O Rio do Quarto / Nina
• As mulheres de Mantilha
• Um Noivo e Duas Noivas
4. O ROMANCE
A obra de Macedo apresenta todo o esquema e desenvolvimento dos romances românticos iniciais: descrição
dos costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, estilo fluente e leve, linguagem simples, que beira o
desleixo, tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério, final feliz, com a vitória do amor.Com esta receita,
Macedo consegue ser o autor mais lido do Brasil em seu tempo.
Os romances de Macedo são todos talhados por um só molde. São ingênuas histórias de amor, ou antes de
namoro, com a reprodução igualmente ingênua de uma sociedade qual era a do seu tempo, chã e matuta.
Cuidando aumentar-lhes o interesse, e acaso também fazê-los mais literários, carrega o autor no romanesco,
exagera a sentimentalidade até à pieguice, filosofa banalidades a fartar e moraliza impertinentemente. São
romances morais, de família; leitura para senhoras e senhoritas de uma sociedade que deles próprios se verifica
inocente, pelo menos sem malícia, e que, salvo os retoques do romanesco, essas novelas parece retratam fielmente.
Considerado por muitos críticos como um romance apenas curioso e somente importante do ponto de vista
histórico, A Moreninha (1843) tem atravessado as décadas, e continua atingindo um público diversificado mais de
cem anos depois, convertido para a televisão, cinema, histórias em quadrinho.
Entre romances escritos em pleno Romantismo, chega a ser quase inexplicável a permanência dessa obra
produzida por Macedo aos 23 anos. Uma analise estrutural, que consulte o processo de montagem da composição,
pode fornecer uma visão de como os elementos aí se organizam para formar uma obra de gosto popular onde a
ideologia da comunidade se reencontre. Sob vários aspectos A Moreninha cristalizou melhor que muitos outros
textos do Romantismo, incluindo outros romances de Macedo, uma série de procedimentos formais e estéticos que
garantem o sucesso da narrativa fixada entre o mito e a literatura.
Macedo foi, por excelência, o escritor da classe média carioca, em oposição à aristocracia rural; explorou a
cor local criando a primeira heroína romanesca de autenticamente brasileira: Carolina, a moreninha.
5. ENREDO
O dia de Sant'Ana se aproxima e o estudante de medicina, Filipe, convida seus colegas: Leopoldo, Fabrício e
Augusto para a comemoração na ilha, onde mora sua avó, D. Ana, de 60 anos. Os alegres estudantes aceitam o
convite com entusiasmo, exceto Augusto.
Filipe, para atraí-lo à ilha, faz referência ao baile de domingo, em que estarão presentes suas primas: a
pálida, Joana, de 17 anos, Joaquina, loira de 16 e sua irmã, D. Carolina, uma moreninha de 15.
Augusto acaba concordando, mas adverte sobre sua inconstância no amor, dizendo jamais se ocupar de uma
mesma moça durante 15 dias. Os rapazes apostam que o amigo ficará apaixonado durante 15 dias por uma única
mulher. Se isso ocorrer, terá de escrever um romance, caso contrário, Filipe o escreverá, narrando a inconstância.
Antes da partida, Fabrício envia uma carta a Augusto, pedindo-lhe ajuda para se livrar da namorada, a
prima feia e pálida de Filipe, Joana. Durante a estadia, Augusto deve persegui-la e, Fabrício, fingindo ciúmes,
termina o romance. Ao se encontrarem na ilha, o colega nega o auxílio e, à hora do jantar, Fabrício torna pública a
inconstância amorosa do amigo.
Mais tarde, Augusto conta a D. Ana que seu coração já tem dono; uma menina que, por acaso, encontrou aos
13 anos, numa praia. Nesse dia, auxiliam a família de um pobre moribundo que lhes dá um breve como sinal de
eterno amor; o da menina contém o camafeu de Augusto e o dele o botão de esmeralda da garota. O rapaz não a
esquece e, como não sabe seu nome, passa a tratá-la por minha mulher. Enquanto narra a história, pressente que
alguém o está escutando. Avista à distância a irmã de Filipe, um sucesso entre os rapazes, em especial, Fabrício,
apaixonado pelos gestos e peraltices da doce Moreninha.
Chegada a hora das despedidas, Augusto não consegue pensar em outra coisa senão em D. Carolina.
Recorda-se da meiguice da menina, quando esta lavava os pés da escrava, que passou mal na ilha por ter
bebido além da conta. Retorna no domingo, acertando novo encontro para o final da semana. A Moreninha
corresponde a todos os galanteios, ansiando pela volta. Contudo o pai do rapaz, ao visitá-lo, resolve impedir o
retorno à ilha; quer vê-lo estudando, trancado no quarto.
Augusto fica tão abatido que, durante a semana, não consegue deixar o leito, sendo necessária a presença de
um médico. Na ilha, a Moreninha, inconformada, se desespera até saber que o rapaz está doente. No domingo,
coloca-se no rochedo, esperando o barco, enquanto canta a balada da índia Ahy sobre o amor da nativa pelo índio
Aiotin. Na canção, a bela índia tamoia de 15 anos narra que o amado, vindo à ilha para caçar, jamais nota sua
presença, mesmo quando lhe recolhe as aves abatidas ou refresca a fronte do guerreiro, adormecido na gruta. Tudo
isso retira a alegria de viver da menina que, cansada de ser ignorada, chora sobre o rochedo, formando uma fonte.
O índio, dormindo na gruta, acaba bebendo as lágrimas da jovem e passa, primeiro a percebê-la no rochedo, depois
a ouvir seu canto e, finalmente, quando bebe da fonte, por ela se apaixona. Um velho frade português traduz a
canção de Ahy para a nossa língua, compondo a balada que a Moreninha canta.
De repente, Carolina localiza Augusto e o pai no barco que se aproxima da ilha. D. Ana convida-os para o
almoço e a Moreninha, pedida em casamento, dá um prazo de meia hora para dar a resposta, indo para a gruta do
3
jardim, onde há a fonte de Ahy. O rapaz pergunta se deseja consultar a fonte, mas D. Ana, certa da resposta,
pergunta-lhe se não deseja, também, refletir no jardim e ele parte imediatamente.
Encontra a menina que, cruelmente, lhe recorda a promessa feita, na infância, junto ao leito do moribundo.
Censura-o por faltar ao amor daquela a quem chama de sua mulher. Angustiado, o rapaz a contesta,
afirmando se tratar de um juramento feito na infância e de desconhecer o paradeiro da menina. A Moreninha diz
que incentivou seu amor por vaidade de moça e por saber de sua inconstância.
Lutou para conquistá-lo e deseja saber, agora, quem ganhou, o homem ou a mulher. Augusto responde que a
beleza.
Carolina conta ter ouvido a história narrada a D. Ana e insiste no cumprimento da promessa. O rapaz
desesperado, prefere fugir da ilha, abandonar a cidade e o país. Mesmo que encontrasse a menina, lhe pediria
perdão por ter se apaixonado por outra. Repentinamente, arranca de debaixo da camisa o breve com a esmeralda
para espanto da Moreninha.
O casal chora pateticamente, Carolina pede a Augusto para procurar "sua mulher" e lhe explicar o ocorrido e,
só, então, retornar. Ele concorda, mas não sabe onde ela está. A Moreninha diz que, certa vez, também, ajudou a
um moribundo e sua família, recebendo pelos préstimos um breve, contendo uma pedra que daria o que se deseja a
quem o possuísse. Passa o breve ao rapaz, para ajudá-lo na busca, pedindo que o descosa e retire a relíquia.
Rapidamente, ele o desfaz e dando com seu camafeu, atira-se aos pés da amada. D. Ana e o pai de Augusto entram
na gruta, encontrando-o de joelhos, beijando os pés de Carolina, perguntam o que está ocorrendo. A menina
responde que são velhos conhecidos, enquanto o moço repete que encontrou sua mulher.
Filipe, Fabrício e Leopoldo retornam à ilha para as preparações do casamento e, recordando que um mês
havia se passado, lembram a Augusto do romance e ele lhes responde já tê-lo escrito e que se intitula A Moreninha.
6. ELEMENTOS DA NARRATIVA
• Foco narrativo: 3ª pessoa (narrador-observador).
• Espaço: Rio de Janeiro imperial / uma ilha não nomeada pelo narrador.
• Tempo: Cronológico (um mês)
• Principais Personagens:
- Augusto: jovem que fez uma promessa de amor quando tinha 13 anos a uma linda menina de 8 anos; torna-se
cético em relação ao amor e vive muitas aventuras sem se apaixonar; aposta com um amigo que se conhecer o
amor numa final de semana que passará na ilha de .... escreverá um livro. Acaba se apaixonando por Carolina,
irmã de Filipe, amigo que fizera a aposta com ele. Depois de alguns contratempos, descobre que Carolina é a
mesma menina por quem jurara amor eterno.
- Carolina: jovem bonita; “travessa como o beija-flor, inocente como uma boneca, faceira como o pavão e curiosa como
... uma mulher”. Se apaixona por Augusto e aceita a proposta de casamento depois de descobrir que ele é aquele a
quem ela jurara amar para sempre quando ela tinha 8 anos e passeava na praia.
- Filipe, Fabrício, Leopoldo: amigos de Augusto; jovens estudantes que buscam viverem ardentes paixões.
EXERCÍCIOS
01. (UESPI/2005) Sobre a prosa romântica no Brasil, representada pelo Romance Romântico, assinale a alternativa
correta.
A) Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar são os únicos romancistas românticos brasileiros.
B) As obras românticas faziam a análise crítica dos valores da sociedade da época.
C) Os personagens eram apresentados através de uma elaborada análise psicológica.
D) Apesar de oscilarem entre o folhetinesco e a percepção da realidade brasileira, as narrativas desmascaram as
aparências da elite brasileira de então.
E) Com uma estrutura de folhetim, o romance romântico sempre incluía no tema central um par jovem e
apaixonado, que tinha dificuldades na realização desse amor.
02. (ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o escritor Joaquim Manuel de Macedo.
I- Joaquim Manuel de Macedo foi médico, político, professor, romancista, teatrólogo e poeta, numa época de euforia
da burguesia, classe social dominante, em pleno Brasil pós-independente.
II- Foi aceito de imediato pelo público porque explorou com muita felicidade a “psicologia feminina e a sociedade da
época” bem como por usar a linguagem do leitor.
III- Retratou a elite brasileira da corte com alguns tipos inconfuNdíveis: os estudantes, a moça namoradeira, a
criada intrometida, a avó carinhosa, a senhora fofoqueira, todos eles envolvidos em cenas que se desenrolam em
espaços claramente brasileiros (a Ilha de Paquetá, as matas da Tijuca, os espaços urbanos do Rio de Janeiro.
Quais são corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas II e III.

D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
4
03. (ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim
Manuel de Macedo.
I- Mestre na arte do folhetim, Macedo sabia como entrelaçar vários fios narrativos, criando para o leitor momentos
de emoção imprevistos e cenas cômicas que ajudam a desfazer a tensão, enquanto o narrador prepara o final feliz
reservado para os protagonistas.
II- O Romantismo presente na trama desenvolvida por Macedo se manifesta em diversos aspectos da estrutura: há
a pureza do amor infantil, que se concretiza na idade adulta; há a manutenção do mistério da identidade dos
amantes; há até o traço nacionalista com a apresentação de uma lenda indígena.
III- Foi o primeiro romance romântico urbano com qualidade literária que alcançou grande sucesso de público e
abriu caminho para uma vasta produção de folhetins escritos por autores brasileiros.
Quais são corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.

C) Apenas II e III.

D) Apenas I e III.

E) I, II e III.

04. (FUVEST) Assim se pode definir o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo:
A) relato da vida nas repúblicas estudantis do tempo do império.
B) estudo da psicologia de um tipo de mulher brasileira, no ambiente rural.
C) história de fidelidade ao amor da infância, na sociedade do Rio Imperial.
D) crônica de um caso de mistério, na sociedade carioca de fins do século.
E) narrativa sobre o problema da escravidão, na sociedade brasileira do século passado.
05. (ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim
Manuel de Macedo.
I- A Moreninha é um livro centrado no romance entre Augusto e Carolina e é um dos pilares de nossa literatura
romântica.
II- Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A Moreninha é uma das primeiras e
magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo Império,
retratando o cotidiano da vida brasileira em meados do século XIX.
III- O romance apresenta a temática do casamento por interesse tão comum no século XIX e criticado pelo autor
que já era considerado realista-naturalista.
Quais são corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.

C) Apenas II e III.

D) Apenas I e III.

E) I, II e III.

06. (ARL) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o romance “A Moreninha”.
A) O romance é do tipo urbano e apresenta uma descrição dos costumes do Rio de Janeiro imperial (à semelhança
da maioria dos romances urbanos, é o Rio de D. Pedro II).
B) Entre o primeiro capítulo e o epílogo, o tempo transcorrido foi de apenas um mês (20 de julho a 20 de agosto de
18...); nesse curto espaço de tempo, o par romântico se conheceu, apaixonou-se e marcaram o casamento.
C) O único obstáculo à união do casal apaixonado é uma promessa de fidelidade feita por Augusto a uma menina
que conhecera tempos atrás e cujo paradeiro e identidade ignora; no final, ocorre a coincidência que resolve o
conflito: a tal menina era a própria Moreninha.
D) O enredo linear retrata além de tematizar a fidelidade a um amor de infância retrata documentalmente a
sociedade carioca com seus saraus, hábitos e costumes.
E) “A Moreninha” é um romance urbano que apresenta enredo psicológico, com personagens esféricos e de final
feliz para o par romântico.
07. (PSIU-2006) A obra A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, exemplifica, juntamente com Lucíola, de
Alencar, e Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, dentre outras, uma das tendências
do romance romântico brasileiro, o romance:
A) histórico
D) urbano
B) sertanejo
E) psicológico
C) indianista
Gabarito
1. E
2. E
3. E
4. C
5. B
6. E
7. D

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  • 1. 1 LITERATURA BRASILEIRA Texto complementar Professor Jason Lima NOME: Data: ___/___/____ A MORENINHA, de Joaquim Manoel de Macedo 1. RESUMO BIOGRÁFICO Joaquim Manuel de Macedo inaugurou o chamado romance urbano, aquele que tem como cenário a cidade grande. Nasceu em ltaboraí (RJ). Diplomou-se em medicina, mas nunca exerceu a profissão. Foi professor do Colégio Pedro II, a instituição de ensino mais conceituada daquele estado na época. Exerceu duas vezes o cargo de deputado, foi também poeta, jornalista, historiógrafo, além de professor e escritor de livros didáticos. Macedo escreveu muito ao longo de 36 anos de carreira: 18 romances, 16 peças de teatro, um livro de contos, entre outras obras. Consta que o editor lhe pagava 200 mil réis por romance acabado, o que era pouco, mesmo para quem não vivia só das letras. De sua vasta produção, os dois romances mais conhecidos - A Moreninha e O Moço Loiro – registram os costumes da sociedade carioca do tempo, com personagens extraídas da faixa social a que pertencia o romancista e sobre a qual escrevia: a burguesia. Assim, desfilam em seus romances o estudante conquistador, a moça apaixonada e namoradeira, o galã irresistível, a. criada intrometida, as solteironas nos seus namoros... Macedo atendia à expectativa do leitor burguês, encantado com histórias de amor que ocorriam nos cenários que lhe eram conhecidos e onde se via retratado como protagonista. José de Alencar, nosso mais importante prosador romântico, considerava Macedo "um mestre". Nessa época iniciou-se, entre os escritores, uma convivência que contribui para a formação de uma literatura nacional. O público consumidor da obra de Macedo era predominantemente o público feminino. Um costume muito comum daquele tempo era a leitura feita em voz alta, para várias pessoas, em torno da mesa da sala de jantar. O estilo de Macedo harmonizava com esse costume: sua narrativa fácil, com alguns toques de humor, sem análises profundas, sem resvalar para situações trágicas, possibilitava uma leitura desembaraçada, ágil. Esses fatores garantiram-lhe imensa popularidade: A Moreninha, além de ser um dos romances mais lidos de nossa literatura, foi ainda adaptado para o cinema, o teatro e a televisão. Morreu no Rio de Janeiro, em 1882. 2. CONTEXTO BRASILEIRO E EUROPEU A época representada culturalmente pelo Romantismo – das duas últimas décadas do século XVIII até a metade do século XIX – é o resultado das transformações que já vinham ocorrendo desde o início do século XVIII em vários planos: econômico, social e ideológico. Economicamente, a Europa presenciava a euforia e as consequências decorrentes da Revolução Industrial na Inglaterra: novos inventos para a indústria, divisão de trabalho e maior produtividade, formação de centros fabris e urbanos, surgimento de um operariado, revoltas sociais e nascimento de sindicatos, associações de trabalhadores e de patrões. Social e politicamente, tendo a burguesia alcançado o poder na França, com a Revolução Francesa (1789), iniciava-se nesse país um longo período de luta pela solidificação do poder burguês, liderado por Napoleão Bonaparte, e de combate ao movimento contrarrevolucionário e conservador conduzido pelas principais monarquias europeias, as da Áustria, Rússia e Prússia. Ideologicamente, o celeiro de ideias que impulsionava a burguesia e o povo em sua causa histórica era o Iluminismo, com propostas de um governo democrático, eleito pelo povo, de igualdade e justiça social, de direitos humanos, de liberdade. Tanto na Europa quanto no Brasil, o romance surgiu sob a forma de folhetim, publicação diária, em jornais, de capítulos de determinada obra literária. Assim, ao mesmo tempo em que ampliava o público leitor de jornais, o folhetim ampliava o público de literatura. O romance, por relatar acontecimentos da vida comum e cotidiana, e por dar vazão ao gosto burguês pela fantasia e pela aventura, veio a ser o mais legítimo veículo de expressão artística dessa classe. O momento brasileiro é da nossa independência e agora se procurava a individualidade como nação e a busca pelo reconhecimento perante as outras nações. A dinamização da vida cultural da colônia e a criação de um público leitor (mesmo que inicialmente só de jornais) criaram algumas das condições necessárias para o florescimento de uma literatura mais consistente e orgânica do que a representada pelas manifestações literárias dos séculos XVII e XVIII. Joaquim Manuel de Macedo assumiu de vez todos os maneirismos do Romantismo, reafirmou seu sucesso e reduplicando o processo de composição típico da narrativa de estrutura simples. Em termos cronológicos, O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa (1843), é o primeiro romance romântico brasileiro, mas A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo (1844), foi o primeiro romance de destaque no Brasil.
  • 2. 2 3. PRINCIPAIS OBRAS • O Moço Loiro / Os Dois Amores / Rosa / Vicentina • O Forasteiro (aliás escrito antes de todos estes) • Culto do Dever / A Luneta Mágica • O Rio do Quarto / Nina • As mulheres de Mantilha • Um Noivo e Duas Noivas 4. O ROMANCE A obra de Macedo apresenta todo o esquema e desenvolvimento dos romances românticos iniciais: descrição dos costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, estilo fluente e leve, linguagem simples, que beira o desleixo, tramas fáceis, pequenas intrigas de amor e mistério, final feliz, com a vitória do amor.Com esta receita, Macedo consegue ser o autor mais lido do Brasil em seu tempo. Os romances de Macedo são todos talhados por um só molde. São ingênuas histórias de amor, ou antes de namoro, com a reprodução igualmente ingênua de uma sociedade qual era a do seu tempo, chã e matuta. Cuidando aumentar-lhes o interesse, e acaso também fazê-los mais literários, carrega o autor no romanesco, exagera a sentimentalidade até à pieguice, filosofa banalidades a fartar e moraliza impertinentemente. São romances morais, de família; leitura para senhoras e senhoritas de uma sociedade que deles próprios se verifica inocente, pelo menos sem malícia, e que, salvo os retoques do romanesco, essas novelas parece retratam fielmente. Considerado por muitos críticos como um romance apenas curioso e somente importante do ponto de vista histórico, A Moreninha (1843) tem atravessado as décadas, e continua atingindo um público diversificado mais de cem anos depois, convertido para a televisão, cinema, histórias em quadrinho. Entre romances escritos em pleno Romantismo, chega a ser quase inexplicável a permanência dessa obra produzida por Macedo aos 23 anos. Uma analise estrutural, que consulte o processo de montagem da composição, pode fornecer uma visão de como os elementos aí se organizam para formar uma obra de gosto popular onde a ideologia da comunidade se reencontre. Sob vários aspectos A Moreninha cristalizou melhor que muitos outros textos do Romantismo, incluindo outros romances de Macedo, uma série de procedimentos formais e estéticos que garantem o sucesso da narrativa fixada entre o mito e a literatura. Macedo foi, por excelência, o escritor da classe média carioca, em oposição à aristocracia rural; explorou a cor local criando a primeira heroína romanesca de autenticamente brasileira: Carolina, a moreninha. 5. ENREDO O dia de Sant'Ana se aproxima e o estudante de medicina, Filipe, convida seus colegas: Leopoldo, Fabrício e Augusto para a comemoração na ilha, onde mora sua avó, D. Ana, de 60 anos. Os alegres estudantes aceitam o convite com entusiasmo, exceto Augusto. Filipe, para atraí-lo à ilha, faz referência ao baile de domingo, em que estarão presentes suas primas: a pálida, Joana, de 17 anos, Joaquina, loira de 16 e sua irmã, D. Carolina, uma moreninha de 15. Augusto acaba concordando, mas adverte sobre sua inconstância no amor, dizendo jamais se ocupar de uma mesma moça durante 15 dias. Os rapazes apostam que o amigo ficará apaixonado durante 15 dias por uma única mulher. Se isso ocorrer, terá de escrever um romance, caso contrário, Filipe o escreverá, narrando a inconstância. Antes da partida, Fabrício envia uma carta a Augusto, pedindo-lhe ajuda para se livrar da namorada, a prima feia e pálida de Filipe, Joana. Durante a estadia, Augusto deve persegui-la e, Fabrício, fingindo ciúmes, termina o romance. Ao se encontrarem na ilha, o colega nega o auxílio e, à hora do jantar, Fabrício torna pública a inconstância amorosa do amigo. Mais tarde, Augusto conta a D. Ana que seu coração já tem dono; uma menina que, por acaso, encontrou aos 13 anos, numa praia. Nesse dia, auxiliam a família de um pobre moribundo que lhes dá um breve como sinal de eterno amor; o da menina contém o camafeu de Augusto e o dele o botão de esmeralda da garota. O rapaz não a esquece e, como não sabe seu nome, passa a tratá-la por minha mulher. Enquanto narra a história, pressente que alguém o está escutando. Avista à distância a irmã de Filipe, um sucesso entre os rapazes, em especial, Fabrício, apaixonado pelos gestos e peraltices da doce Moreninha. Chegada a hora das despedidas, Augusto não consegue pensar em outra coisa senão em D. Carolina. Recorda-se da meiguice da menina, quando esta lavava os pés da escrava, que passou mal na ilha por ter bebido além da conta. Retorna no domingo, acertando novo encontro para o final da semana. A Moreninha corresponde a todos os galanteios, ansiando pela volta. Contudo o pai do rapaz, ao visitá-lo, resolve impedir o retorno à ilha; quer vê-lo estudando, trancado no quarto. Augusto fica tão abatido que, durante a semana, não consegue deixar o leito, sendo necessária a presença de um médico. Na ilha, a Moreninha, inconformada, se desespera até saber que o rapaz está doente. No domingo, coloca-se no rochedo, esperando o barco, enquanto canta a balada da índia Ahy sobre o amor da nativa pelo índio Aiotin. Na canção, a bela índia tamoia de 15 anos narra que o amado, vindo à ilha para caçar, jamais nota sua presença, mesmo quando lhe recolhe as aves abatidas ou refresca a fronte do guerreiro, adormecido na gruta. Tudo isso retira a alegria de viver da menina que, cansada de ser ignorada, chora sobre o rochedo, formando uma fonte. O índio, dormindo na gruta, acaba bebendo as lágrimas da jovem e passa, primeiro a percebê-la no rochedo, depois a ouvir seu canto e, finalmente, quando bebe da fonte, por ela se apaixona. Um velho frade português traduz a canção de Ahy para a nossa língua, compondo a balada que a Moreninha canta. De repente, Carolina localiza Augusto e o pai no barco que se aproxima da ilha. D. Ana convida-os para o almoço e a Moreninha, pedida em casamento, dá um prazo de meia hora para dar a resposta, indo para a gruta do
  • 3. 3 jardim, onde há a fonte de Ahy. O rapaz pergunta se deseja consultar a fonte, mas D. Ana, certa da resposta, pergunta-lhe se não deseja, também, refletir no jardim e ele parte imediatamente. Encontra a menina que, cruelmente, lhe recorda a promessa feita, na infância, junto ao leito do moribundo. Censura-o por faltar ao amor daquela a quem chama de sua mulher. Angustiado, o rapaz a contesta, afirmando se tratar de um juramento feito na infância e de desconhecer o paradeiro da menina. A Moreninha diz que incentivou seu amor por vaidade de moça e por saber de sua inconstância. Lutou para conquistá-lo e deseja saber, agora, quem ganhou, o homem ou a mulher. Augusto responde que a beleza. Carolina conta ter ouvido a história narrada a D. Ana e insiste no cumprimento da promessa. O rapaz desesperado, prefere fugir da ilha, abandonar a cidade e o país. Mesmo que encontrasse a menina, lhe pediria perdão por ter se apaixonado por outra. Repentinamente, arranca de debaixo da camisa o breve com a esmeralda para espanto da Moreninha. O casal chora pateticamente, Carolina pede a Augusto para procurar "sua mulher" e lhe explicar o ocorrido e, só, então, retornar. Ele concorda, mas não sabe onde ela está. A Moreninha diz que, certa vez, também, ajudou a um moribundo e sua família, recebendo pelos préstimos um breve, contendo uma pedra que daria o que se deseja a quem o possuísse. Passa o breve ao rapaz, para ajudá-lo na busca, pedindo que o descosa e retire a relíquia. Rapidamente, ele o desfaz e dando com seu camafeu, atira-se aos pés da amada. D. Ana e o pai de Augusto entram na gruta, encontrando-o de joelhos, beijando os pés de Carolina, perguntam o que está ocorrendo. A menina responde que são velhos conhecidos, enquanto o moço repete que encontrou sua mulher. Filipe, Fabrício e Leopoldo retornam à ilha para as preparações do casamento e, recordando que um mês havia se passado, lembram a Augusto do romance e ele lhes responde já tê-lo escrito e que se intitula A Moreninha. 6. ELEMENTOS DA NARRATIVA • Foco narrativo: 3ª pessoa (narrador-observador). • Espaço: Rio de Janeiro imperial / uma ilha não nomeada pelo narrador. • Tempo: Cronológico (um mês) • Principais Personagens: - Augusto: jovem que fez uma promessa de amor quando tinha 13 anos a uma linda menina de 8 anos; torna-se cético em relação ao amor e vive muitas aventuras sem se apaixonar; aposta com um amigo que se conhecer o amor numa final de semana que passará na ilha de .... escreverá um livro. Acaba se apaixonando por Carolina, irmã de Filipe, amigo que fizera a aposta com ele. Depois de alguns contratempos, descobre que Carolina é a mesma menina por quem jurara amor eterno. - Carolina: jovem bonita; “travessa como o beija-flor, inocente como uma boneca, faceira como o pavão e curiosa como ... uma mulher”. Se apaixona por Augusto e aceita a proposta de casamento depois de descobrir que ele é aquele a quem ela jurara amar para sempre quando ela tinha 8 anos e passeava na praia. - Filipe, Fabrício, Leopoldo: amigos de Augusto; jovens estudantes que buscam viverem ardentes paixões. EXERCÍCIOS 01. (UESPI/2005) Sobre a prosa romântica no Brasil, representada pelo Romance Romântico, assinale a alternativa correta. A) Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar são os únicos romancistas românticos brasileiros. B) As obras românticas faziam a análise crítica dos valores da sociedade da época. C) Os personagens eram apresentados através de uma elaborada análise psicológica. D) Apesar de oscilarem entre o folhetinesco e a percepção da realidade brasileira, as narrativas desmascaram as aparências da elite brasileira de então. E) Com uma estrutura de folhetim, o romance romântico sempre incluía no tema central um par jovem e apaixonado, que tinha dificuldades na realização desse amor. 02. (ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o escritor Joaquim Manuel de Macedo. I- Joaquim Manuel de Macedo foi médico, político, professor, romancista, teatrólogo e poeta, numa época de euforia da burguesia, classe social dominante, em pleno Brasil pós-independente. II- Foi aceito de imediato pelo público porque explorou com muita felicidade a “psicologia feminina e a sociedade da época” bem como por usar a linguagem do leitor. III- Retratou a elite brasileira da corte com alguns tipos inconfuNdíveis: os estudantes, a moça namoradeira, a criada intrometida, a avó carinhosa, a senhora fofoqueira, todos eles envolvidos em cenas que se desenrolam em espaços claramente brasileiros (a Ilha de Paquetá, as matas da Tijuca, os espaços urbanos do Rio de Janeiro. Quais são corretas? A) Apenas I. B) Apenas I e II. C) Apenas II e III. D) Apenas I e III. E) I, II e III.
  • 4. 4 03. (ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim Manuel de Macedo. I- Mestre na arte do folhetim, Macedo sabia como entrelaçar vários fios narrativos, criando para o leitor momentos de emoção imprevistos e cenas cômicas que ajudam a desfazer a tensão, enquanto o narrador prepara o final feliz reservado para os protagonistas. II- O Romantismo presente na trama desenvolvida por Macedo se manifesta em diversos aspectos da estrutura: há a pureza do amor infantil, que se concretiza na idade adulta; há a manutenção do mistério da identidade dos amantes; há até o traço nacionalista com a apresentação de uma lenda indígena. III- Foi o primeiro romance romântico urbano com qualidade literária que alcançou grande sucesso de público e abriu caminho para uma vasta produção de folhetins escritos por autores brasileiros. Quais são corretas? A) Apenas I. B) Apenas I e II. C) Apenas II e III. D) Apenas I e III. E) I, II e III. 04. (FUVEST) Assim se pode definir o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo: A) relato da vida nas repúblicas estudantis do tempo do império. B) estudo da psicologia de um tipo de mulher brasileira, no ambiente rural. C) história de fidelidade ao amor da infância, na sociedade do Rio Imperial. D) crônica de um caso de mistério, na sociedade carioca de fins do século. E) narrativa sobre o problema da escravidão, na sociedade brasileira do século passado. 05. (ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim Manuel de Macedo. I- A Moreninha é um livro centrado no romance entre Augusto e Carolina e é um dos pilares de nossa literatura romântica. II- Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A Moreninha é uma das primeiras e magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo Império, retratando o cotidiano da vida brasileira em meados do século XIX. III- O romance apresenta a temática do casamento por interesse tão comum no século XIX e criticado pelo autor que já era considerado realista-naturalista. Quais são corretas? A) Apenas I. B) Apenas I e II. C) Apenas II e III. D) Apenas I e III. E) I, II e III. 06. (ARL) Assinale a alternativa INCORRETA sobre o romance “A Moreninha”. A) O romance é do tipo urbano e apresenta uma descrição dos costumes do Rio de Janeiro imperial (à semelhança da maioria dos romances urbanos, é o Rio de D. Pedro II). B) Entre o primeiro capítulo e o epílogo, o tempo transcorrido foi de apenas um mês (20 de julho a 20 de agosto de 18...); nesse curto espaço de tempo, o par romântico se conheceu, apaixonou-se e marcaram o casamento. C) O único obstáculo à união do casal apaixonado é uma promessa de fidelidade feita por Augusto a uma menina que conhecera tempos atrás e cujo paradeiro e identidade ignora; no final, ocorre a coincidência que resolve o conflito: a tal menina era a própria Moreninha. D) O enredo linear retrata além de tematizar a fidelidade a um amor de infância retrata documentalmente a sociedade carioca com seus saraus, hábitos e costumes. E) “A Moreninha” é um romance urbano que apresenta enredo psicológico, com personagens esféricos e de final feliz para o par romântico. 07. (PSIU-2006) A obra A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, exemplifica, juntamente com Lucíola, de Alencar, e Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, dentre outras, uma das tendências do romance romântico brasileiro, o romance: A) histórico D) urbano B) sertanejo E) psicológico C) indianista Gabarito 1. E 2. E 3. E 4. C 5. B 6. E 7. D