O documento discute as funções da avaliação no ensino superior, incluindo diagnóstica, formativa e somativa. Argumenta que ensino, aprendizagem e avaliação são interdependentes e formam um processo contínuo, com a avaliação servindo para orientar e reorientar o ensino e a aprendizagem. Defende que a avaliação deve sustentar o desenvolvimento do aluno, não para punir, mas para garantir oportunidades de aprendizagem.
3. - Diagnóstica: identifica o conhecimento e
verifica as características individuais e
grupais. Verifica possíveis problemas de
aprendizagem e suas causas;
- Formativa: aplicada no decorrer do
processo de ensino e aprendizagem, serve
como controle de rendimento do aluno;
- Somativa: classifica alunos segundo
níveis de aproveitamento.
5. “Nessa perspectiva, o ensino é considerado
como a organização de situações capazes de
contribuir para a produção do conhecimento
pelo aluno; a aprendizagem, como um processo
de construção pelo aluno de significados
próprios, mediante sínteses sobre o que ele
vivencia e o que busca conhecer; e avaliação,
como um componente de diagnóstico e de
reorientação do ensino e da aprendizagem pela
compreensão da prática docente e da trajetória
acadêmica do aluno. ” (1)
7. “ Independentemente do significado atribuído à
avaliação pelo professor, ela condiciona os
processos de ensino e aprendizagem, e
reciprocamente, o entendimento de ensino e
aprendizagem determina a forma de avaliar. “ (2)
9. “Assim, com esta tomada de consciência sobre o
papel de cada um, a partir da reflexão sobre a
própria ação, alunos e docentes perceberão a
avaliação como um ato social, que acontece no
cotidiano do processo de ensinar e aprender,
constituindo-se em momentos de aprendizagem
sem medo da avaliação. Nesta perspectiva, o
processo avaliatório torna-se mais amplo e
construtivo, à medida que cada aluno vai
aprendendo a se auto-avaliar, avaliar os colegas e
ajudá-los a se avaliarem.” (3)
11. • A avaliação configura todo o cenário
pedagógico e explicita a prática desenvolvida;
• A avaliação está presente em toda ação
pedagógica;
• Ensinar, aprender e avaliar formam um
contínuo em interação permanente.
PRINCÍPIOS (4)
13. “Um processo avaliativo que considere
a necessária relação entre ensino,
aprendizagem e avaliação apresenta-
se, de imediato, como instrumento de
orientação e reorientação dos
processos de ensinar e aprender.”(5)
14. “A avaliação é um processo permanente de
autoconsciência, tomada de posição, revisão,
retomada ou redirecionamento de rumos
institucionais e de programas e atividades. Tal
processo, com certeza, é fundamento indispensável
para a garantia e a melhoria da qualidade. E seus
resultados, obviamente, enriquecem e, até mesmo,
dão sentido aos procedimentos de regulação. Tanto
a auto-regulação, pelas próprias instituições que
fazem a educação superior, como a regulação que
compete ao Poder Público exercer.” (6)
15. “ Avaliar não é somente medir, mas, sobretudo,
sustentar o desenvolvimento positivo do aluno.
Quer dizer, não se avalia para estigmatizar,
castigar, discriminar, mas para garantir o direito
à oportunidade. As dificuldades devem ser
transformadas em desafios, os percalços em
retomadas e revisões, as insuficiências em
alerta.” (7)
Uma ideia...
16. Referências
1. GRILLO , M. Por que falar ainda em avaliação. In: LIMA, Valderez
Marina do Rosário; GRILLO , M. (Org.). Especificidades da Avaliação que
convém conhecer. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
2. GRILLO , M. Por que falar ainda em avaliação. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 2003.
3. FARIA, Eliane Turk. Avaliação em educação a distância.
4. GRILLO , M. Por que falar ainda em avaliação. In: ENRICONE , D;
GRILLO, M. (Org.) 2. ed. Avaliação: uma discussão em aberto. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2003.
5. GRILLO , M. Por que falar ainda em avaliação. In: GESSINGER, Rosana
Maria; GRILLO, M; FREITAS, Ana Lúcia Souza. Critérios de avaliação a
serviço da aprendizagem. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
6. BURLAMAQUI, Marco Guilherme Bravo. Avaliação e Qualidade na
Educação Superior: tendências na literatura e algumas implicações para
o sistema de avaliação brasileiro.
7. DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 2000.