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Compreensão do texto
1. Todos os elementos cénicos representam o
estatuto social de Fidalgo, sendo o manto a
representação da sua vaidade pela condição
social que tem, o pajem representando todos
aqueles que o servem e sobre os quais ele
exerce a sua tirania e a cadeira representando,
por um lado, os bens materiais e, por outro, o
poder.
2. Esta personagem começa por parar junto à
barca do Diabo, depois dirige-se à barca do Anjo
e, finalmente, regressa à barca do Diabo.
Compreensão do texto
3.1. Inicialmente, o Fidalgo está muito descontraído
e seguro. Quando se afasta da barca do Diabo,
começa a revelar preocupação e, ao mesmo tempo,
irritação, pois chama e ninguém lhe responde.
Quando percebe que não lhe é permitido entrar na
barca do paraíso, mostra-se desanimado e um
pouco arrependido de ter confiado no seu “estado”.
Perto do final, chega a mostrar-se humilde perante
o Diabo, implora-lhe que o deixe regressar à vida e,
finalmente, mostra-se resignado com o seu destino
final.
3.2. O Fidalgo vai mudando o seu estado de espírito
de acordo com a evolução do seu julgamento.
Compreensão do texto
4. Exemplos da ironia do Diabo: «Ó poderoso
dom Anrique»; «Que cousa é esta?»; «Vejo-vos
eu em feição / pera ir ao nosso cais…»;
«Embarqu’a a vossa doçura»; «e, chegando ao
nosso cais, / todos bem vos serviremos».
5.1. Falando com o Diabo, o argumento que o
Fidalgo usa para ser salvo é o facto de ter
deixado na terra quem reze por ele; com o Anjo
usa o argumento de ser «fidalgo de solar».
Compreensão do texto
5.2. Os argumentos usados dizem muito sobre a
personagem. De facto, defendendo-se com as
rezas que alguém ficou a fazer por ele, mostra
que viveu tão confiante da sua condição social e
tão habituado a que os outros fizessem tudo por
ele que nem lhe ocorre que as orações não
seriam suficientes para o salvar. Por outro lado,
o argumento que apresenta ao Anjo mostra toda
a arrogância e presunção do Fidalgo.
Compreensão do texto
6. Através destas palavras, Gil Vicente pretende
criticar a prática errada da religião, levada a
cabo por aqueles que acreditavam que as
orações, as missas e outras práticas superficiais
eram mais importantes do que as obras e a fé.
7. Ao referir que o pai do Fidalgo também foi
condenado ao inferno, Gil Vicente pretende
alargar a crítica à classe social a que pertence o
Fidalgo – à Nobreza –, na medida em que se dá
a entender que os nobres são condenados,
geração após geração.
Compreensão do texto
8.1. O Diabo responde divertido e rindo do
Fidalgo, chama-lhe tolo e mostra-lhe como está
completamente enganado em relação ao
desgosto que a mulher e a amante sentem.
8.2. O «arrais do inferno» apresenta uma
caracterização negativa das mulheres, pois elas
são falsas, hipócritas e infiéis.
8.3. Com estes versos alarga-se a crítica às
mulheres, mostrando como o seu fingimento é
transmitido de mães para filhas.
9.1. O Fidalgo é acusado de ter vivido a seu
prazer, de ser presunçoso e vaidoso e de ter sido
tirano para o povo.
9.2. «DOM ANRIQUE» é um fidalgo de solar, vaidoso e presunçoso. A forma
como se apresenta em cena, com o seu longo manto e o pajem que carrega a sua
cadeira, revela bem essa vaidade e ostentação e a forma como reage face ao
Diabo e depois face ao Anjo revela a arrogância de quem sempre esteve
habituado a que obedecessem às suas ordens. É no estatuto de nobre que ele
confia como razão para ser salvo, tal como sempre confiou ao longo da vida. É
por isso que ele apresenta ao Anjo como único argumento para a salvação o
facto de ser «fidalgo de solar» e é também por isso que desdenha da barca a que
chama “cortiço” e exige que o tratem por “Vossa Senhoria”. Da vida sentimental
ficamos a saber que além da mulher tinha uma amante; no entanto, apesar de
ser tão poderoso, era igualmente enganado por elas. O Fidalgo é uma
personagem tipo, na medida em que representa a nobreza e os seus vícios de
tirania, presunção, arrogância e ostentação. É exactamente por isso que, tal
como aconteceu com seu pai, é condenado ao Inferno.
Funcionamento da Língua
2.1. Neste momento da cena, o Fidalgo passou a
usar um registo de língua popular, porque estava
a ficar aflito e simultaneamente irritado por
sentir que a situação não lhe era favorável.
2.2. Estes versos estão entre parênteses porque
são um aparte.
Na cena do Fidalgo, identifica exemplos de cómico
de situação, cómico de linguagem e cómico de
carácter.

Cómico de situação: «Pera lá vai a senhora?» (pág.94)
Cómico de linguagem: «Que jiricocins, salvanor!»
(pág. 95)
Cómico de carácter: «Esperar-me-ês vós aqui, /
tornarei à outra vida / ver minha dama querida / que
se quer matar por mi.» (pág. 96)
Identifica exemplos de eufemismo [suavizar
uma ideia (desagradável ou grosseira) por meio
de uma expressão mais agradável], antítese
(oposição entre dois termos), metáfora (a
significação natural de uma palavra remete para
outra em virtude da relação de semelhança que
se subentende) e de hipérbole (emprego de
termos exagerados, ampliando a verdadeira
dimensão das coisas).
Eufemismo: «Vai pera a ilha perdida» (pág. 94)
Antítese: «Segundo lá escolhestes, / assi cá vos
  contentai.» (pág. 94)
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Cena Fidalgo

  • 1. Compreensão do texto 1. Todos os elementos cénicos representam o estatuto social de Fidalgo, sendo o manto a representação da sua vaidade pela condição social que tem, o pajem representando todos aqueles que o servem e sobre os quais ele exerce a sua tirania e a cadeira representando, por um lado, os bens materiais e, por outro, o poder. 2. Esta personagem começa por parar junto à barca do Diabo, depois dirige-se à barca do Anjo e, finalmente, regressa à barca do Diabo.
  • 2. Compreensão do texto 3.1. Inicialmente, o Fidalgo está muito descontraído e seguro. Quando se afasta da barca do Diabo, começa a revelar preocupação e, ao mesmo tempo, irritação, pois chama e ninguém lhe responde. Quando percebe que não lhe é permitido entrar na barca do paraíso, mostra-se desanimado e um pouco arrependido de ter confiado no seu “estado”. Perto do final, chega a mostrar-se humilde perante o Diabo, implora-lhe que o deixe regressar à vida e, finalmente, mostra-se resignado com o seu destino final. 3.2. O Fidalgo vai mudando o seu estado de espírito de acordo com a evolução do seu julgamento.
  • 3. Compreensão do texto 4. Exemplos da ironia do Diabo: «Ó poderoso dom Anrique»; «Que cousa é esta?»; «Vejo-vos eu em feição / pera ir ao nosso cais…»; «Embarqu’a a vossa doçura»; «e, chegando ao nosso cais, / todos bem vos serviremos». 5.1. Falando com o Diabo, o argumento que o Fidalgo usa para ser salvo é o facto de ter deixado na terra quem reze por ele; com o Anjo usa o argumento de ser «fidalgo de solar».
  • 4. Compreensão do texto 5.2. Os argumentos usados dizem muito sobre a personagem. De facto, defendendo-se com as rezas que alguém ficou a fazer por ele, mostra que viveu tão confiante da sua condição social e tão habituado a que os outros fizessem tudo por ele que nem lhe ocorre que as orações não seriam suficientes para o salvar. Por outro lado, o argumento que apresenta ao Anjo mostra toda a arrogância e presunção do Fidalgo.
  • 5. Compreensão do texto 6. Através destas palavras, Gil Vicente pretende criticar a prática errada da religião, levada a cabo por aqueles que acreditavam que as orações, as missas e outras práticas superficiais eram mais importantes do que as obras e a fé. 7. Ao referir que o pai do Fidalgo também foi condenado ao inferno, Gil Vicente pretende alargar a crítica à classe social a que pertence o Fidalgo – à Nobreza –, na medida em que se dá a entender que os nobres são condenados, geração após geração.
  • 6. Compreensão do texto 8.1. O Diabo responde divertido e rindo do Fidalgo, chama-lhe tolo e mostra-lhe como está completamente enganado em relação ao desgosto que a mulher e a amante sentem. 8.2. O «arrais do inferno» apresenta uma caracterização negativa das mulheres, pois elas são falsas, hipócritas e infiéis. 8.3. Com estes versos alarga-se a crítica às mulheres, mostrando como o seu fingimento é transmitido de mães para filhas. 9.1. O Fidalgo é acusado de ter vivido a seu prazer, de ser presunçoso e vaidoso e de ter sido tirano para o povo.
  • 7. 9.2. «DOM ANRIQUE» é um fidalgo de solar, vaidoso e presunçoso. A forma como se apresenta em cena, com o seu longo manto e o pajem que carrega a sua cadeira, revela bem essa vaidade e ostentação e a forma como reage face ao Diabo e depois face ao Anjo revela a arrogância de quem sempre esteve habituado a que obedecessem às suas ordens. É no estatuto de nobre que ele confia como razão para ser salvo, tal como sempre confiou ao longo da vida. É por isso que ele apresenta ao Anjo como único argumento para a salvação o facto de ser «fidalgo de solar» e é também por isso que desdenha da barca a que chama “cortiço” e exige que o tratem por “Vossa Senhoria”. Da vida sentimental ficamos a saber que além da mulher tinha uma amante; no entanto, apesar de ser tão poderoso, era igualmente enganado por elas. O Fidalgo é uma personagem tipo, na medida em que representa a nobreza e os seus vícios de tirania, presunção, arrogância e ostentação. É exactamente por isso que, tal como aconteceu com seu pai, é condenado ao Inferno.
  • 8. Funcionamento da Língua 2.1. Neste momento da cena, o Fidalgo passou a usar um registo de língua popular, porque estava a ficar aflito e simultaneamente irritado por sentir que a situação não lhe era favorável. 2.2. Estes versos estão entre parênteses porque são um aparte.
  • 9. Na cena do Fidalgo, identifica exemplos de cómico de situação, cómico de linguagem e cómico de carácter. Cómico de situação: «Pera lá vai a senhora?» (pág.94) Cómico de linguagem: «Que jiricocins, salvanor!» (pág. 95) Cómico de carácter: «Esperar-me-ês vós aqui, / tornarei à outra vida / ver minha dama querida / que se quer matar por mi.» (pág. 96)
  • 10. Identifica exemplos de eufemismo [suavizar uma ideia (desagradável ou grosseira) por meio de uma expressão mais agradável], antítese (oposição entre dois termos), metáfora (a significação natural de uma palavra remete para outra em virtude da relação de semelhança que se subentende) e de hipérbole (emprego de termos exagerados, ampliando a verdadeira dimensão das coisas).
  • 11. Eufemismo: «Vai pera a ilha perdida» (pág. 94) Antítese: «Segundo lá escolhestes, / assi cá vos contentai.» (pág. 94) Metáfora: «Oh! que maré tão de prata!» (pág. 96) Hipérbole: «que m’escrivia mil dias?» (pág. 96)