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               Ficha de Trabalho – Inês de Castro de «Os Lusíadas»


 1. Faz a leitura conjunta do original de Luís de Camões e da versão em prosa.


                                       Texto 1                                                        Texto 2

118                                      123                                               Mas, uma vez regressado a
Passada esta tão próspera vitória,       Tirar Inês ao mundo determina,                 Portugal, um caso muito triste
Tornado Afonso à Lusitana terra,         Por lhe tirar o filho que tem preso,           ocorreu e ensombrou o seu
(…)                                      Crendo co’o sangue só da morte indina          reinado – o caso da mísera e
O caso triste e digno de memória,        Matar do firme amor o fogo aceso.              mesquinha / que depois de ser
Que do sepulcro os homens                Que furor consentiu que a espada fina,         morta foi rainha ou seja o caso
desenterra,                              Que pôde sustentar o grande peso               de Inês de Castro, a linda Inês,
Aconteceu da mísera e mesquinha          Do furor mauro, fosse alevantada               que, posta em sossego,
Que depois de ser morta foi Rainha       Contra hua fraca dama delicada?                colhendo o doce fruto da sua
(…)                                                                                     juventude,     nos     saudosos
                                                                                        campos do Mondego, ensinava
120                                      124                                            aos montes e às ervinhas o
Estavas, linda Inês, posta em sossego,   Traziam-na os horríficos algozes               nome que no peito escrito
De teus anos colhendo o doce fruto,      Ante o rei, já movido a piedade;               tinha(s). Era o tempo das
Naquele engano da alma, ledo e cego,     Mas o povo, com falsas e ferozes               memórias de alegria que o amor
Que a Fortuna não deixa durar muito;     Razões, à morte crua o persuade.               correspondido do seu príncipe
Nos saudosos campos do Mondego,          Ela, com tristes e piedosas vozes,             Pedro tornava ameno e doce,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,     Saídas só da mágoa e saudade                   não podendo prever-se quão
Aos montes ensinando e às ervinhas       Do seu príncipe e filhos, que deixava          enganoso era.
O nome que no peito escrito tinhas.      Que mais que a própria morte a magoava,        (…)
                                         (…)
122                                                                                         Como ia dizendo, tudo corria
De outras belas senhoras e princesas     130                                             bem até que o velho pai sisudo,
Os desejados tálamos enjeita,            Queria perdoar-lhe o rei benigno,               Afonso IV – que se preocupava
Que tudo enfim, tu, puro amor,           Movido das palavras que o magoam,               com o murmurar do povo e com
desprezas,                               Mas o pertinaz povo e seu destino               o facto de seu filho recusar
Quando um gesto suave te sujeita.        (Que desta sorte o quis) lhe não perdoam. casar-se com outras princesas -,
Vendo estas namoradas estranhezas,       Arrancam das espadas de aço fino                decidiu mandar matar Inês,
O velho pai sesudo, que respeita         Os que por bom tal feito ali apregoam.          julgando assim que, ao tirar-lhe
O murmurar do povo e a fantasia          Contra ua dama, ó peitos carniceiros,           a vida, libertaria o filho de tais
Do filho, que casar-se não queria,       Feros vos amostrais e cavaleiros?               amores.
                                                                                             Um dia, os horríficos algozes
                                                         Versão original: Luís de Camões trouxeram Inês acompanhada
                                                                                         de seus filhos, junto do Rei.
                                                                                         (…). O Rei benigno queria
                                                                                         perdoar-lhe, mas tal não
                                                                                         permitiram o povo insensível e o
                                                                                         destino de Inês. E foi então que
                                                                                         os brutos matadores ergueram
                                                                                         as suas espadas contra uma
                                                                                         dama fraca e delicada…

                                                                                                Versão em prosa: Amélia Pinto Pais
1.1. Observa, no quadro que se segue, os aspectos comuns ao poema original de Camões e à respectiva
versão em prosa, preenchendo a coluna B.

   A- Aspectos comuns                 B- Explicitação do seu sentido

   «O caso triste e digno de                 ____________________________________________
   memória, Aconteceu»                       ____________________________________________
                                             ____________________________________________



   «o caso da mísera e                       ____________________________________________
   mesquinha que depois de                   ____________________________________________
   morta foi rainha»                         ____________________________________________



   «posta em sossego»                        ____________________________________________
                                             ____________________________________________
                                             ____________________________________________



   «nos saudosos campos do                   ____________________________________________
   Mondego»                                  ____________________________________________
                                             ____________________________________________



   «memórias de alegrias»                    ____________________________________________
                                             ____________________________________________
                                             ____________________________________________



   «o velho pai sisudo»                      ____________________________________________
                                             ____________________________________________
                                             ____________________________________________



   «os horríficos algozes»                   ____________________________________________
                                             ____________________________________________
                                             ____________________________________________



   «dama fraca e delicada!»                  ____________________________________________
                                             ____________________________________________
                                             ____________________________________________
1. Reconstitui a estrutura desta pequena narrativa, que segue o modelo tradicional, transcrevendo os elementos
do texto que correspondem a cada etapa.

                          ESTRUTURA NARRATIVA DO EPISÓDIO DE INÊS DE CASTRO

       EXPOSIÇÃO
                                _____________________________________________________________
   Apresentação.
                                _____________________________________________________________
                                _____________________________________________________________
                                _____________________________________________________________

                                _____________________________________________________________
   Atribuição de
                                _____________________________________________________________
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   Amor.                        _____________________________________________________________
                                _____________________________________________________________

       CONFLITO
                                _____________________________________________________________
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                                _____________________________________________________________
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                                _____________________________________________________________
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                                _____________________________________________________________
                                 ___________________________________________________________
                                _____________________________________________________________
                                  Perigo de os filhos de D. Inês, que era castelhana, um dia virem a pôr
                                  em causa a independência do Reino de Portugal.


                                _____________________________________________________________
   Decisão.
                                _____________________________________________________________


   Objectivos dessa             _____________________________________________________________
   decisão.
                                _____________________________________________________________

                                _____________________________________________________________
   Dia fatal: 1º
                                _____________________________________________________________
   acontecimento.
Tentativa de alterar a   _____________________________________________________________
  situação:                _____________________________________________________________

                           _____________________________________________________________
o Pedido de clemência
                           _____________________________________________________________
  por comparação com
  outros casos.            _____________________________________________________________

                           _____________________________________________________________
o Apelo à condição de
  avô.                     _____________________________________________________________


o Proposta alternativa.    _____________________________________________________________
                           _____________________________________________________________


  Reacção positiva de      _____________________________________________________________
  D. Afonso IV.            _____________________________________________________________
                           _____________________________________________________________

                           _____________________________________________________________
  Interferência dos
  Conselheiros, em         _____________________________________________________________
  nome do povo /           _____________________________________________________________
  destino e
  cumprimento da
  sentença.

      DESENLACE

  Comentários do
  Poeta.
                           _____________________________________________________________
o Considerações.
                           _____________________________________________________________


o Reacções da Natureza     _____________________________________________________________
  / mulheres de            _____________________________________________________________
  Coimbra.

o Modo da Natureza         _____________________________________________________________
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O caso triste de Inês de Castro

  • 1. Agrupamento de Escolas D. Manuel de Faria e Sousa Língua Portuguesa - 9º Ano Ficha de Trabalho – Inês de Castro de «Os Lusíadas» 1. Faz a leitura conjunta do original de Luís de Camões e da versão em prosa. Texto 1 Texto 2 118 123 Mas, uma vez regressado a Passada esta tão próspera vitória, Tirar Inês ao mundo determina, Portugal, um caso muito triste Tornado Afonso à Lusitana terra, Por lhe tirar o filho que tem preso, ocorreu e ensombrou o seu (…) Crendo co’o sangue só da morte indina reinado – o caso da mísera e O caso triste e digno de memória, Matar do firme amor o fogo aceso. mesquinha / que depois de ser Que do sepulcro os homens Que furor consentiu que a espada fina, morta foi rainha ou seja o caso desenterra, Que pôde sustentar o grande peso de Inês de Castro, a linda Inês, Aconteceu da mísera e mesquinha Do furor mauro, fosse alevantada que, posta em sossego, Que depois de ser morta foi Rainha Contra hua fraca dama delicada? colhendo o doce fruto da sua (…) juventude, nos saudosos campos do Mondego, ensinava 120 124 aos montes e às ervinhas o Estavas, linda Inês, posta em sossego, Traziam-na os horríficos algozes nome que no peito escrito De teus anos colhendo o doce fruto, Ante o rei, já movido a piedade; tinha(s). Era o tempo das Naquele engano da alma, ledo e cego, Mas o povo, com falsas e ferozes memórias de alegria que o amor Que a Fortuna não deixa durar muito; Razões, à morte crua o persuade. correspondido do seu príncipe Nos saudosos campos do Mondego, Ela, com tristes e piedosas vozes, Pedro tornava ameno e doce, De teus fermosos olhos nunca enxuto, Saídas só da mágoa e saudade não podendo prever-se quão Aos montes ensinando e às ervinhas Do seu príncipe e filhos, que deixava enganoso era. O nome que no peito escrito tinhas. Que mais que a própria morte a magoava, (…) (…) 122 Como ia dizendo, tudo corria De outras belas senhoras e princesas 130 bem até que o velho pai sisudo, Os desejados tálamos enjeita, Queria perdoar-lhe o rei benigno, Afonso IV – que se preocupava Que tudo enfim, tu, puro amor, Movido das palavras que o magoam, com o murmurar do povo e com desprezas, Mas o pertinaz povo e seu destino o facto de seu filho recusar Quando um gesto suave te sujeita. (Que desta sorte o quis) lhe não perdoam. casar-se com outras princesas -, Vendo estas namoradas estranhezas, Arrancam das espadas de aço fino decidiu mandar matar Inês, O velho pai sesudo, que respeita Os que por bom tal feito ali apregoam. julgando assim que, ao tirar-lhe O murmurar do povo e a fantasia Contra ua dama, ó peitos carniceiros, a vida, libertaria o filho de tais Do filho, que casar-se não queria, Feros vos amostrais e cavaleiros? amores. Um dia, os horríficos algozes Versão original: Luís de Camões trouxeram Inês acompanhada de seus filhos, junto do Rei. (…). O Rei benigno queria perdoar-lhe, mas tal não permitiram o povo insensível e o destino de Inês. E foi então que os brutos matadores ergueram as suas espadas contra uma dama fraca e delicada… Versão em prosa: Amélia Pinto Pais
  • 2. 1.1. Observa, no quadro que se segue, os aspectos comuns ao poema original de Camões e à respectiva versão em prosa, preenchendo a coluna B. A- Aspectos comuns B- Explicitação do seu sentido «O caso triste e digno de ____________________________________________ memória, Aconteceu» ____________________________________________ ____________________________________________ «o caso da mísera e ____________________________________________ mesquinha que depois de ____________________________________________ morta foi rainha» ____________________________________________ «posta em sossego» ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ «nos saudosos campos do ____________________________________________ Mondego» ____________________________________________ ____________________________________________ «memórias de alegrias» ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ «o velho pai sisudo» ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ «os horríficos algozes» ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ «dama fraca e delicada!» ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________
  • 3. 1. Reconstitui a estrutura desta pequena narrativa, que segue o modelo tradicional, transcrevendo os elementos do texto que correspondem a cada etapa. ESTRUTURA NARRATIVA DO EPISÓDIO DE INÊS DE CASTRO EXPOSIÇÃO _____________________________________________________________ Apresentação. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Atribuição de _____________________________________________________________ responsabilidades ao Amor. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ CONFLITO _____________________________________________________________ Amores felizes e _____________________________________________________________ correspondidos. _____________________________________________________________ Oposição do Rei. _____________________________________________________________ Causas da oposição. ___________________________________________________________ _____________________________________________________________ ___________________________________________________________ _____________________________________________________________ Perigo de os filhos de D. Inês, que era castelhana, um dia virem a pôr em causa a independência do Reino de Portugal. _____________________________________________________________ Decisão. _____________________________________________________________ Objectivos dessa _____________________________________________________________ decisão. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Dia fatal: 1º _____________________________________________________________ acontecimento.
  • 4. Tentativa de alterar a _____________________________________________________________ situação: _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ o Pedido de clemência _____________________________________________________________ por comparação com outros casos. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ o Apelo à condição de avô. _____________________________________________________________ o Proposta alternativa. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Reacção positiva de _____________________________________________________________ D. Afonso IV. _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Interferência dos Conselheiros, em _____________________________________________________________ nome do povo / _____________________________________________________________ destino e cumprimento da sentença. DESENLACE Comentários do Poeta. _____________________________________________________________ o Considerações. _____________________________________________________________ o Reacções da Natureza _____________________________________________________________ / mulheres de _____________________________________________________________ Coimbra. o Modo da Natureza _____________________________________________________________ perpetuar o _____________________________________________________________ acontecimento.