SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
LINGUAGEM, LÍNGUA E
VARIABILIDADE
LINGUAGEM
 É um fenômeno social de
interação por meio do qual as
pessoas se comunicam.
 Todo e qualquer ato de linguagem
envolve a produção de sentido.
LINGUAGEM VERBAL
Sua unidade básica é a palavra, falada ou escrita.
LINGUAGEM NÃO VERBAL
Dispensa a palavra.
LINGUAGEM MISTA
A palavra depende da linguagem não verbal e vice-versa para
que haja sentido.
LÍNGUA
 É um código verbal, ou seja, um sistema
de signos (um conjunto de sinais) que se
estrutura a partir de certas regras.
 Além da língua portuguesa, são códigos:
braile, LIBRAS,código de trânsito etc.
 É produto social que organiza as
experiências comuns aos membros de uma
mesma comunidade linguística.
Conhecer o código é importante...
...mas nem sempre é suficiente.
VARIABILIDADE LINGUÍSTICA
As línguas variam (principalmente):
NO TEMPO
NO ESPAÇO
Capa de revista para adolescentes portuguesas
NO ESPAÇO
Campanha
moçambicana
“Assina tu
também.”
NO ESPAÇO
Dicionário pernambuquês:
http://www.simplescoisasdavida.com/dicionario-
pernambuques/
- Gente alta é galalau;
- Se é muito miúdo é pixototinho;
- Se for resto é cotôco;
- Tudo que é bom é massa ;
- Tudo que é ruim é peba;
- Rir dos outros é mangar;
- Faltar aula é gazear;
- Quem é franzino (pequeno e magro) é
xôxo;
- O bobo se chama leso;
- E o medroso se chama frouxo;
- “Caba”(homem) sem dinheiro é liso;
- Pernilongo é muriçoca;
- Quem entra sem licença, emburaca;
- Sinal de espanto é “vôte”, “vixe”, “ôxe”;
- Quando está folgado, tá folote ou
afolozado;
- Pedaço de pedra é xêxo;
- Quem dá furo (não cumpre o
prometido ou compromisso) é fulêro;
- Briga pequena é arenga;
- Desarrumado é malamanhado;
- Pessoa triste é borocoxô;
- “É mesmo” é “Iapôis”;
NO ESPAÇO
Campanha de incentivo ao voto do jovem no Rio Grande do Sul e
no Rio de Janeiro:
DE ACORDO COM A CLASSE SOCIAL/
GRAU DE INSTRUÇÃO
Tiro ao Álvaro (Adoniran Barbosa)
Ouça a música em: http://letras.terra.com.br/elis-regina/101410/
De tanto leva frechada do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?
Táubua de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde fura.
Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
Que peixeira de baiano
Teu olhar mata mais que atropelamento de automóver
Mata mais que bala de revórver
DE ACORDO COM A CLASSE SOCIAL/
GRAU DE INSTRUÇÃO
DE ACORDO COM O GRAU DE
FORMALIDADE (registro culto x
registro coloquial)
REGISTRO CULTO (LINGUAGEM FORMAL): É a linguagem que utilizamos em
situações não familiares, em que há um distanciamento entre os interlocutores.
Em situações formais:
 Falamos de modo mais cuidadoso, seguindo a norma culta.
 Evitamos gírias, abreviações e expressões de intimidade.
Usamos a linguagem formal em: palestras, reunião de negócios, redação de
documentos, entrevista de emprego, audiência em tribunal, publicações
científicas etc.
NORMA CULTA: Uso que os falantes mais escolarizados, que têm mais contato
com a modalidade escrita, fazem da língua. Alguns autores usam Norma
padrão como sinônimo de norma culta.
DE ACORDO COM O GRAU DE
FORMALIDADE (registro culto x
registro coloquial)
REGISTRO COLOQUIAL (LINGUAGEM INFORMAL): É a linguagem que utilizamos em
situações familiares, do dia a dia, em que há intimidade entre os interlocutores. Em
situações informais:
 Falamos de modo mais espontâneo, sem nos preocuparmos com a norma culta.
 Usamos gírias, abreviações e expressões de intimidade.
Usamos a linguagem informal: no meio familiar, entre amigos, em cartas e e-mails pessoais.
Embora marcas de oralidade sejam comuns na linguagem informal (“né”, “pra”, “tá”, “tava”
etc), LINGUAGEM INFORMAL NÃO É SINÔNIMO DE ORALIDADE. Ou seja, podemos
ser formais quando falamos (ex. entrevista de emprego) ou informais quando escrevemos
(ex. bilhete na porta da geladeira para um parente).
Exemplo de registro culto
Exemplo de registro informal
DE ACORDO COM A
MODALIDADE (escrita x fala)
Língua oral Língua escrita
É adquirida no lar, desde que a pessoa nasce. É adquirida sobretudo na escola.
Há contato direto entre emissor e receptor, no ato
da comunicação.
Não há, normalmente, contato direto entre emissor
e receptor.
Conta com o reforço de entonação de voz e gestos.
Utiliza pontuação, letra maiúscula e outros sinais
para substituir a entonação e os gestos.
Pode apresentar truncamento de palavras, como cê,
né, pra e tá, assim como repetições.
Evita o truncamento de palavras e a repetição.
Não planejada e pouco elaborada. Planejada e elaborada.
Predominância de frases curtas. Predominância de frases complexas (períodos).
Emprega os sons da fala (fonemas). Emprega as letras (sinais gráficos).
VARIABILIDADE LINGUÍSTICA
 ”A língua é como um grande guarda-roupa, onde é possível
encontrar todo o tipo de vestimenta. Ninguém vai só de maiô
fazer compras num shopping-center, nem vai entrar na praia,
num dia de sol quente, usando terno de lã, chapéu de feltro e
luvas. (...) Quando falamos ou escrevemos, tendemos a nos
adequar à situação de uso da língua em que nos encontramos:
se é uma situação formal, tentaremos usar uma linguagem
formal; se é uma situação descontraída, uma linguagem
descontraída e assim por diante”.
Marcos Bagno. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições
Loyola, 1999, p.130.
ERRO E ADEQUAÇÃO
As variedades linguísticas devem ser
adequadas à situação de comunicação:
lugar, tempo, grupo social, intenção
comunicativa. Por isso, não cabe falarmos
em erro, mas em inadequação. A eficácia
da comunicação depende do uso adequado
da variedade.
PRECONCEITO LINGUÍSTICO
É a discriminação contra os indivíduos
que usam variedades linguísticas de
pouco prestígio social. Fundamenta-se na
ideia equivocada de que existe uma única
forma “correta” de se falar e escrever.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Vamos considerar cinco elementos essenciais para o
ato comunicativo:
1. Emissor ou locutor : envia a mensagem.
2. Receptor ou interlocutor: recebe a mensagem.
3. Mensagem: informação/ conteúdo que se quer
comunicar.
4. Código: sistema de signos (conjunto de sinais)
utilizado para elaborar a mensagem.
5. Canal: meio pelo qual a mensagem é transmitida.
Observações importantes
 Os interlocutores estão em constante interação,
construindo juntos a mensagem.
 Essa interação não acontece em um “vazio” social.
Isso quer dizer que o CONTEXTO influencia no ato
comunicativo.
 Vamos considerar o CONTEXTO como sendo a
situação em que se encontram os interlocutores:
onde eles estão? Em que época? A que classe
social pertencem? Que idade têm? O que
pretendem comunicar e por quê?
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
 Todos nós nos comunicamos por meio de TEXTOS,
ou seja, unidades de sentido.
 Todo texto pertence a um GÊNERO, ou seja, um
“tipo” de texto com características formais e
temáticas comuns, que circulam socialmente,
ordenando as atividades comunicativas do dia a dia.
EXEMPLIFICANDO COM TEXTOS
 Gênero: propaganda
 Objetivo comunicativo:
vender um produto
 Registro: informal
 Emissor: fabricante da farinha
láctea
 Receptor (público-alvo): mães
de crianças pequenas
 Mensagem: Crianças
pequenas gostam do produto,
ele tem qualidade e por isso as
mães deveriam comprá-lo.
 Código:) verbal (língua
portuguesa)e não verbal
(fotografia)
 Canal: revista feminina de
classe média (Claudia)
Gênero: notícia
Objetivo comunicativo:
informar sobre fato recente
Registro: informal
Emissor: Jornal Meia-hora
Receptor (público-alvo): leitores
de classes menos privilegiadas
economicamente e com pouca
instrução
Mensagem: Criminosos de
favela carioca fogem da polícia.
Código: verbal e não verbal
Canal: jornal impresso
 Gênero: notícia
 Objetivo comunicativo:
informar sobre fato recente
 Registro: formal
 Emissor: Jornal O Globo
 Receptor (público-alvo):
leitores de classes
privilegiadas social e
economicamente e com
maior grau de instrução
 Mensagem: Criminosos de
favela carioca fogem da
polícia.
 Código: verbal e não
verbal
 Canal: jornal impresso
 Gênero: artigo de revista
 Objetivo comunicativo: dar
dicas sobre a volta às aulas
 Registro: informal
 Emissor: Revista
Atrevidinha
 Receptor (público-alvo):
meninas pré-adolescentes
 Mensagem:Com o fim das
férias, as meninas devem se
organizar para a volta às
aulas..
 Código: verbal e não
verbal
 Canal: internet
BIBLIOGRAFIA
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o queé, como se faz.
São Paulo: Loyola, 1999.
BORGATTO, Ana; BERTIN, Therezinha e MARCHEZI, Vera.
Tudo é linguagem. Sexto ano. São Paulo: Ática, 2010.
CEREJA, William Roberto. E MAGALHÃES, Thereza Cochar.
Português: linguagens. São Paulo: saraiva, 2009.
JAKOBSON, Roman. Linguistica e comunicação.São Paulo:
Cultrix, 2003.
PLATÃO, Francisco e FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e
redação. São Paulo: Ática, 1998.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação. São Paulo:
Cortez, 1996.
 Professora Raquel Souza – Rio de Janeiro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
Valeria Nunes
 
Linguagem e Comunicação
Linguagem e ComunicaçãoLinguagem e Comunicação
Linguagem e Comunicação
7 de Setembro
 
Métodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoMétodos de alfabetização
Métodos de alfabetização
Dayane Hofmann
 

Mais procurados (20)

LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplinaLIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
 
Português instrumental I
Português instrumental IPortuguês instrumental I
Português instrumental I
 
Generos Textuais
Generos TextuaisGeneros Textuais
Generos Textuais
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
Comunicação
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Linguagem e Comunicação
Linguagem e ComunicaçãoLinguagem e Comunicação
Linguagem e Comunicação
 
Linguagem e comunicação I
Linguagem e comunicação ILinguagem e comunicação I
Linguagem e comunicação I
 
Preconceito linguístico
Preconceito linguísticoPreconceito linguístico
Preconceito linguístico
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
LIBRAS AULA 9: Tecnologia para surdos
LIBRAS AULA 9: Tecnologia para surdosLIBRAS AULA 9: Tecnologia para surdos
LIBRAS AULA 9: Tecnologia para surdos
 
Analise do Discurso Midiático
Analise do Discurso MidiáticoAnalise do Discurso Midiático
Analise do Discurso Midiático
 
Língua e linguagem 1
Língua e linguagem 1Língua e linguagem 1
Língua e linguagem 1
 
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
LIBRAS - Língua Brasileira de SinaisLIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
 
Linguagem Oral e Escrita
Linguagem Oral e EscritaLinguagem Oral e Escrita
Linguagem Oral e Escrita
 
Comunicação Total para o ensino de surdos
Comunicação Total para o ensino de surdosComunicação Total para o ensino de surdos
Comunicação Total para o ensino de surdos
 
Métodos de alfabetização
Métodos de alfabetizaçãoMétodos de alfabetização
Métodos de alfabetização
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
Linguagem Formal e Informal
Linguagem Formal e InformalLinguagem Formal e Informal
Linguagem Formal e Informal
 
Educação dos surdos
Educação dos surdosEducação dos surdos
Educação dos surdos
 
Cagliari
CagliariCagliari
Cagliari
 

Destaque

6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal
6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal
6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal
Angélica Manenti
 
Linguagem verbal e não verbal aula 03
Linguagem verbal e não verbal   aula 03Linguagem verbal e não verbal   aula 03
Linguagem verbal e não verbal aula 03
Jorge Martins
 
Linguagem nao verbal
Linguagem nao verbalLinguagem nao verbal
Linguagem nao verbal
elimaciel
 
Plano de aula lurdimara-slide
Plano de aula  lurdimara-slidePlano de aula  lurdimara-slide
Plano de aula lurdimara-slide
ludimara
 
Que língua é essa
Que língua é essaQue língua é essa
Que língua é essa
marciaorion
 
Maria Vitoria dia 26 de setembro
Maria Vitoria dia 26 de setembroMaria Vitoria dia 26 de setembro
Maria Vitoria dia 26 de setembro
Leisy Anne Tebaldi
 
Saberes e Praticas da Inclusão II
Saberes e Praticas da Inclusão  IISaberes e Praticas da Inclusão  II
Saberes e Praticas da Inclusão II
asustecnologia
 
Saberes e Praticas da Inclusão - Alunos Surdos
Saberes e Praticas da Inclusão - Alunos SurdosSaberes e Praticas da Inclusão - Alunos Surdos
Saberes e Praticas da Inclusão - Alunos Surdos
asustecnologia
 
Eliane-educação_bilingue
Eliane-educação_bilingue Eliane-educação_bilingue
Eliane-educação_bilingue
Tânia Sampaio
 
Linguagem verbal e não-verbal
Linguagem verbal e não-verbalLinguagem verbal e não-verbal
Linguagem verbal e não-verbal
Tânia Regina
 

Destaque (20)

Libras língua ou linguagem de sinais?
Libras língua ou linguagem de sinais?Libras língua ou linguagem de sinais?
Libras língua ou linguagem de sinais?
 
Tipos de linguagem (verbal e não verbal)
Tipos de  linguagem (verbal e não verbal)Tipos de  linguagem (verbal e não verbal)
Tipos de linguagem (verbal e não verbal)
 
6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal
6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal
6º ano E. F. II - Linguagem verbal e não verbal
 
Linguagem verbal e não verbal aula 03
Linguagem verbal e não verbal   aula 03Linguagem verbal e não verbal   aula 03
Linguagem verbal e não verbal aula 03
 
Linguagem verbal e não verbal, sincrética com imagens e mensagens subliminares
Linguagem verbal e não verbal, sincrética com imagens e mensagens subliminaresLinguagem verbal e não verbal, sincrética com imagens e mensagens subliminares
Linguagem verbal e não verbal, sincrética com imagens e mensagens subliminares
 
AULA 1 - LINGUAGEM
AULA 1 - LINGUAGEMAULA 1 - LINGUAGEM
AULA 1 - LINGUAGEM
 
Linguagem nao verbal
Linguagem nao verbalLinguagem nao verbal
Linguagem nao verbal
 
Plano de aula lurdimara-slide
Plano de aula  lurdimara-slidePlano de aula  lurdimara-slide
Plano de aula lurdimara-slide
 
Que língua é essa
Que língua é essaQue língua é essa
Que língua é essa
 
Vendo Vozes - Oliver Sacks
Vendo Vozes - Oliver SacksVendo Vozes - Oliver Sacks
Vendo Vozes - Oliver Sacks
 
Apostila de LTT
Apostila de LTTApostila de LTT
Apostila de LTT
 
Maria Vitoria dia 26 de setembro
Maria Vitoria dia 26 de setembroMaria Vitoria dia 26 de setembro
Maria Vitoria dia 26 de setembro
 
Saberes e Praticas da Inclusão II
Saberes e Praticas da Inclusão  IISaberes e Praticas da Inclusão  II
Saberes e Praticas da Inclusão II
 
Saberes e Praticas da Inclusão - Alunos Surdos
Saberes e Praticas da Inclusão - Alunos SurdosSaberes e Praticas da Inclusão - Alunos Surdos
Saberes e Praticas da Inclusão - Alunos Surdos
 
Eliane-educação_bilingue
Eliane-educação_bilingue Eliane-educação_bilingue
Eliane-educação_bilingue
 
Mini Oficina Fapa - O que é ensino de Língua Portuguesa para surdos?
Mini Oficina Fapa - O que é ensino de Língua Portuguesa para surdos?Mini Oficina Fapa - O que é ensino de Língua Portuguesa para surdos?
Mini Oficina Fapa - O que é ensino de Língua Portuguesa para surdos?
 
Tic verbal e não verbal
Tic verbal e não verbalTic verbal e não verbal
Tic verbal e não verbal
 
DANÇA PARA SURDOS
DANÇA PARA SURDOSDANÇA PARA SURDOS
DANÇA PARA SURDOS
 
Aula durkheim
Aula durkheimAula durkheim
Aula durkheim
 
Linguagem verbal e não-verbal
Linguagem verbal e não-verbalLinguagem verbal e não-verbal
Linguagem verbal e não-verbal
 

Semelhante a Língua, linguagem e variabilidade

Linguagem, língua e variabilidade versão resumida
Linguagem, língua e variabilidade versão resumidaLinguagem, língua e variabilidade versão resumida
Linguagem, língua e variabilidade versão resumida
Raquel Souza
 
Slide sobre as linguagens, aula para - 1º ANO
Slide sobre as linguagens, aula para   - 1º ANOSlide sobre as linguagens, aula para   - 1º ANO
Slide sobre as linguagens, aula para - 1º ANO
y6bf72znm9
 
Língua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicaçãoLíngua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicação
ArnaldoSobrinho
 
Língua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicaçãoLíngua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicação
ArnaldoSobrinho
 
Fundamentos metodologia língua portuguesa
Fundamentos metodologia língua portuguesaFundamentos metodologia língua portuguesa
Fundamentos metodologia língua portuguesa
Glacemi Loch
 
Resenha marcos
Resenha marcosResenha marcos
Resenha marcos
emilenemd
 

Semelhante a Língua, linguagem e variabilidade (20)

Linguagem, língua e variabilidade versão resumida
Linguagem, língua e variabilidade versão resumidaLinguagem, língua e variabilidade versão resumida
Linguagem, língua e variabilidade versão resumida
 
Aula 01 - LINGUAGEM.pptx
Aula 01 - LINGUAGEM.pptxAula 01 - LINGUAGEM.pptx
Aula 01 - LINGUAGEM.pptx
 
Lingua brasileira de sinais
Lingua brasileira de sinaisLingua brasileira de sinais
Lingua brasileira de sinais
 
Slide sobre as linguagens, aula para - 1º ANO
Slide sobre as linguagens, aula para   - 1º ANOSlide sobre as linguagens, aula para   - 1º ANO
Slide sobre as linguagens, aula para - 1º ANO
 
Variedades linguisticas
Variedades linguisticasVariedades linguisticas
Variedades linguisticas
 
Veredas da Palavra (Volume 1) - Roberta Hernandes e Vima Lia Martin.pdf
Veredas da Palavra (Volume 1) - Roberta Hernandes e Vima Lia Martin.pdfVeredas da Palavra (Volume 1) - Roberta Hernandes e Vima Lia Martin.pdf
Veredas da Palavra (Volume 1) - Roberta Hernandes e Vima Lia Martin.pdf
 
Apostila de língua portuguesa profa. ilka mota
Apostila de língua portuguesa profa. ilka motaApostila de língua portuguesa profa. ilka mota
Apostila de língua portuguesa profa. ilka mota
 
Língua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicaçãoLíngua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicação
 
Língua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicaçãoLíngua(s), linguagens e comunicação
Língua(s), linguagens e comunicação
 
Fundamentos metodologia língua portuguesa
Fundamentos metodologia língua portuguesaFundamentos metodologia língua portuguesa
Fundamentos metodologia língua portuguesa
 
Resenha marcos
Resenha marcosResenha marcos
Resenha marcos
 
comunicação.pdf
comunicação.pdfcomunicação.pdf
comunicação.pdf
 
Práticas Pedagógicas Inclusivas: Refletindo sobre o aluno surdo
Práticas Pedagógicas Inclusivas: Refletindo sobre o aluno surdoPráticas Pedagógicas Inclusivas: Refletindo sobre o aluno surdo
Práticas Pedagógicas Inclusivas: Refletindo sobre o aluno surdo
 
Aula de imersão linguagem, língua e fala
Aula  de  imersão  linguagem, língua e falaAula  de  imersão  linguagem, língua e fala
Aula de imersão linguagem, língua e fala
 
Capítulo 5: É IMPOSSÍVEL NÃO COMUNICAR - Livro: O que é comunicação.
Capítulo 5: É IMPOSSÍVEL NÃO COMUNICAR - Livro: O que é comunicação.Capítulo 5: É IMPOSSÍVEL NÃO COMUNICAR - Livro: O que é comunicação.
Capítulo 5: É IMPOSSÍVEL NÃO COMUNICAR - Livro: O que é comunicação.
 
Surdez
SurdezSurdez
Surdez
 
Variedades dialetais o contexto, o locutorinterlocutor, o propósito comunicat...
Variedades dialetais o contexto, o locutorinterlocutor, o propósito comunicat...Variedades dialetais o contexto, o locutorinterlocutor, o propósito comunicat...
Variedades dialetais o contexto, o locutorinterlocutor, o propósito comunicat...
 
LINGUAGEM CULTA X COLOQUIAL
LINGUAGEM CULTA X COLOQUIALLINGUAGEM CULTA X COLOQUIAL
LINGUAGEM CULTA X COLOQUIAL
 
Aula - Linguagem no ambiente de trabalho.pptx
Aula - Linguagem no ambiente de trabalho.pptxAula - Linguagem no ambiente de trabalho.pptx
Aula - Linguagem no ambiente de trabalho.pptx
 
Atividade extra-sobre-variação-linguística-1
Atividade extra-sobre-variação-linguística-1Atividade extra-sobre-variação-linguística-1
Atividade extra-sobre-variação-linguística-1
 

Mais de Elaine Maia

Mais de Elaine Maia (6)

Enem competências para a redação
Enem   competências para a redaçãoEnem   competências para a redação
Enem competências para a redação
 
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opiniãoDiferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
Diferenças entre texto dissertativo argumentativo e artigo de opinião
 
Modo imperativo
Modo imperativoModo imperativo
Modo imperativo
 
Vozes do verbo
Vozes do verboVozes do verbo
Vozes do verbo
 
Vozes do verbo
Vozes do verboVozes do verbo
Vozes do verbo
 
Vozes do verbo
Vozes do verboVozes do verbo
Vozes do verbo
 

Último

Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 

Último (20)

Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 

Língua, linguagem e variabilidade

  • 2. LINGUAGEM  É um fenômeno social de interação por meio do qual as pessoas se comunicam.  Todo e qualquer ato de linguagem envolve a produção de sentido.
  • 3. LINGUAGEM VERBAL Sua unidade básica é a palavra, falada ou escrita.
  • 5. LINGUAGEM MISTA A palavra depende da linguagem não verbal e vice-versa para que haja sentido.
  • 6. LÍNGUA  É um código verbal, ou seja, um sistema de signos (um conjunto de sinais) que se estrutura a partir de certas regras.  Além da língua portuguesa, são códigos: braile, LIBRAS,código de trânsito etc.  É produto social que organiza as experiências comuns aos membros de uma mesma comunidade linguística.
  • 7. Conhecer o código é importante...
  • 8. ...mas nem sempre é suficiente.
  • 9. VARIABILIDADE LINGUÍSTICA As línguas variam (principalmente):
  • 11. NO ESPAÇO Capa de revista para adolescentes portuguesas
  • 13. NO ESPAÇO Dicionário pernambuquês: http://www.simplescoisasdavida.com/dicionario- pernambuques/ - Gente alta é galalau; - Se é muito miúdo é pixototinho; - Se for resto é cotôco; - Tudo que é bom é massa ; - Tudo que é ruim é peba; - Rir dos outros é mangar; - Faltar aula é gazear; - Quem é franzino (pequeno e magro) é xôxo; - O bobo se chama leso; - E o medroso se chama frouxo; - “Caba”(homem) sem dinheiro é liso; - Pernilongo é muriçoca; - Quem entra sem licença, emburaca; - Sinal de espanto é “vôte”, “vixe”, “ôxe”; - Quando está folgado, tá folote ou afolozado; - Pedaço de pedra é xêxo; - Quem dá furo (não cumpre o prometido ou compromisso) é fulêro; - Briga pequena é arenga; - Desarrumado é malamanhado; - Pessoa triste é borocoxô; - “É mesmo” é “Iapôis”;
  • 14. NO ESPAÇO Campanha de incentivo ao voto do jovem no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro:
  • 15. DE ACORDO COM A CLASSE SOCIAL/ GRAU DE INSTRUÇÃO Tiro ao Álvaro (Adoniran Barbosa) Ouça a música em: http://letras.terra.com.br/elis-regina/101410/ De tanto leva frechada do teu olhar Meu peito até parece sabe o quê? Táubua de tiro ao Álvaro Não tem mais onde fura. Teu olhar mata mais do que bala de carabina Que veneno estriquinina Que peixeira de baiano Teu olhar mata mais que atropelamento de automóver Mata mais que bala de revórver
  • 16. DE ACORDO COM A CLASSE SOCIAL/ GRAU DE INSTRUÇÃO
  • 17. DE ACORDO COM O GRAU DE FORMALIDADE (registro culto x registro coloquial) REGISTRO CULTO (LINGUAGEM FORMAL): É a linguagem que utilizamos em situações não familiares, em que há um distanciamento entre os interlocutores. Em situações formais:  Falamos de modo mais cuidadoso, seguindo a norma culta.  Evitamos gírias, abreviações e expressões de intimidade. Usamos a linguagem formal em: palestras, reunião de negócios, redação de documentos, entrevista de emprego, audiência em tribunal, publicações científicas etc. NORMA CULTA: Uso que os falantes mais escolarizados, que têm mais contato com a modalidade escrita, fazem da língua. Alguns autores usam Norma padrão como sinônimo de norma culta.
  • 18. DE ACORDO COM O GRAU DE FORMALIDADE (registro culto x registro coloquial) REGISTRO COLOQUIAL (LINGUAGEM INFORMAL): É a linguagem que utilizamos em situações familiares, do dia a dia, em que há intimidade entre os interlocutores. Em situações informais:  Falamos de modo mais espontâneo, sem nos preocuparmos com a norma culta.  Usamos gírias, abreviações e expressões de intimidade. Usamos a linguagem informal: no meio familiar, entre amigos, em cartas e e-mails pessoais. Embora marcas de oralidade sejam comuns na linguagem informal (“né”, “pra”, “tá”, “tava” etc), LINGUAGEM INFORMAL NÃO É SINÔNIMO DE ORALIDADE. Ou seja, podemos ser formais quando falamos (ex. entrevista de emprego) ou informais quando escrevemos (ex. bilhete na porta da geladeira para um parente).
  • 21. DE ACORDO COM A MODALIDADE (escrita x fala) Língua oral Língua escrita É adquirida no lar, desde que a pessoa nasce. É adquirida sobretudo na escola. Há contato direto entre emissor e receptor, no ato da comunicação. Não há, normalmente, contato direto entre emissor e receptor. Conta com o reforço de entonação de voz e gestos. Utiliza pontuação, letra maiúscula e outros sinais para substituir a entonação e os gestos. Pode apresentar truncamento de palavras, como cê, né, pra e tá, assim como repetições. Evita o truncamento de palavras e a repetição. Não planejada e pouco elaborada. Planejada e elaborada. Predominância de frases curtas. Predominância de frases complexas (períodos). Emprega os sons da fala (fonemas). Emprega as letras (sinais gráficos).
  • 22. VARIABILIDADE LINGUÍSTICA  ”A língua é como um grande guarda-roupa, onde é possível encontrar todo o tipo de vestimenta. Ninguém vai só de maiô fazer compras num shopping-center, nem vai entrar na praia, num dia de sol quente, usando terno de lã, chapéu de feltro e luvas. (...) Quando falamos ou escrevemos, tendemos a nos adequar à situação de uso da língua em que nos encontramos: se é uma situação formal, tentaremos usar uma linguagem formal; se é uma situação descontraída, uma linguagem descontraída e assim por diante”. Marcos Bagno. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999, p.130.
  • 23. ERRO E ADEQUAÇÃO As variedades linguísticas devem ser adequadas à situação de comunicação: lugar, tempo, grupo social, intenção comunicativa. Por isso, não cabe falarmos em erro, mas em inadequação. A eficácia da comunicação depende do uso adequado da variedade.
  • 24. PRECONCEITO LINGUÍSTICO É a discriminação contra os indivíduos que usam variedades linguísticas de pouco prestígio social. Fundamenta-se na ideia equivocada de que existe uma única forma “correta” de se falar e escrever.
  • 25. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Vamos considerar cinco elementos essenciais para o ato comunicativo: 1. Emissor ou locutor : envia a mensagem. 2. Receptor ou interlocutor: recebe a mensagem. 3. Mensagem: informação/ conteúdo que se quer comunicar. 4. Código: sistema de signos (conjunto de sinais) utilizado para elaborar a mensagem. 5. Canal: meio pelo qual a mensagem é transmitida.
  • 26. Observações importantes  Os interlocutores estão em constante interação, construindo juntos a mensagem.  Essa interação não acontece em um “vazio” social. Isso quer dizer que o CONTEXTO influencia no ato comunicativo.  Vamos considerar o CONTEXTO como sendo a situação em que se encontram os interlocutores: onde eles estão? Em que época? A que classe social pertencem? Que idade têm? O que pretendem comunicar e por quê?
  • 27. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES  Todos nós nos comunicamos por meio de TEXTOS, ou seja, unidades de sentido.  Todo texto pertence a um GÊNERO, ou seja, um “tipo” de texto com características formais e temáticas comuns, que circulam socialmente, ordenando as atividades comunicativas do dia a dia.
  • 28. EXEMPLIFICANDO COM TEXTOS  Gênero: propaganda  Objetivo comunicativo: vender um produto  Registro: informal  Emissor: fabricante da farinha láctea  Receptor (público-alvo): mães de crianças pequenas  Mensagem: Crianças pequenas gostam do produto, ele tem qualidade e por isso as mães deveriam comprá-lo.  Código:) verbal (língua portuguesa)e não verbal (fotografia)  Canal: revista feminina de classe média (Claudia)
  • 29. Gênero: notícia Objetivo comunicativo: informar sobre fato recente Registro: informal Emissor: Jornal Meia-hora Receptor (público-alvo): leitores de classes menos privilegiadas economicamente e com pouca instrução Mensagem: Criminosos de favela carioca fogem da polícia. Código: verbal e não verbal Canal: jornal impresso
  • 30.  Gênero: notícia  Objetivo comunicativo: informar sobre fato recente  Registro: formal  Emissor: Jornal O Globo  Receptor (público-alvo): leitores de classes privilegiadas social e economicamente e com maior grau de instrução  Mensagem: Criminosos de favela carioca fogem da polícia.  Código: verbal e não verbal  Canal: jornal impresso
  • 31.  Gênero: artigo de revista  Objetivo comunicativo: dar dicas sobre a volta às aulas  Registro: informal  Emissor: Revista Atrevidinha  Receptor (público-alvo): meninas pré-adolescentes  Mensagem:Com o fim das férias, as meninas devem se organizar para a volta às aulas..  Código: verbal e não verbal  Canal: internet
  • 32. BIBLIOGRAFIA BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o queé, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999. BORGATTO, Ana; BERTIN, Therezinha e MARCHEZI, Vera. Tudo é linguagem. Sexto ano. São Paulo: Ática, 2010. CEREJA, William Roberto. E MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. São Paulo: saraiva, 2009. JAKOBSON, Roman. Linguistica e comunicação.São Paulo: Cultrix, 2003. PLATÃO, Francisco e FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1998. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação. São Paulo: Cortez, 1996.
  • 33.  Professora Raquel Souza – Rio de Janeiro