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ACADÊMICOS: BRUNO RODRIGUES, ITALLO RIBEIRO, YVORY SALATIEL, NEYRA MIRANDA.



ESTAÇÃO

Paciente, 16 anos, sexo masculino, 7º DIH por acidente com arma branca, atingido a região torácica alta perfurando
HTE, encontrado sentado na cadeira, lúcido e colaborativo. Padrão respiratório tóraco-abdominal, uso do dreno em
selo d´gua oscilando, em 5º espaço intercostal, padrão escoliótico com concavidade para E. Possui expansibilidade
↓ em HTE em basal. Tosse débil e seca. Queixa-se de dor ao palpar a região que circunda o dreno e ao realizar
inclinação para a direita do tronco. FR= 24ipm. À percussão, som claro pulmonar. Batimentos cardíacos rítmicos e
normofonéticos. MV↓ em lobo basal de HTE.

Faz-se necessário:

    1.    A troca do curativo, pois se fez necessário a avaliação do óstio de inserção do dreno.
    2.    A elaboração dos diagnósticos de enfermagem e respectivas intervenções.
    3.    As complicações presentes neste paciente.

DIAGNOSTICOS DE ENFERMAGEM:

“Risco para Integridade da Pele Prejudicada relacionado aos efeitos de irritantes mecânicos ou por pressão,
secundário a curativos e adesivos”

INTERVENÇOES:

         Trocar o curativo uma vez ao dia, ou quando saturado ou solto.
         Remover o adesivo com auxilio de SF 0,9%.
         Realizar curativo firme e mantê-lo imóvel.
         Inspecionar a pele no local de inserção do dreno.

DIAGNOSTICOS DE ENFERMAGEM:

"Risco de Infecção relacionado ao local de invasão do organismo, secundário a presença de vias invasivas: dreno de
tórax".

INTERVENÇÔES:

         Trocar o curativo uma vez ao dia, ou quando saturado ou solto;
         Aplicar Peri- inserção do dreno clorexidina alcoólica ou álcool 70%;
         Usar somente solução estéril (água destilada ou SF 0,9%) para o selo d’ água;
         Observar sinais de infecção local (dor, calor, hiperemia e secreção no local da inserção do dreno à pele) e
          sinais sistêmico (febre maior que 38ºC, leucocitose, presença repentina de pús no sistema de drenagem.

Intervenções antes e durante o procedimento:
         Verificar antecipadamente se as radiografias torácicas foram solicitadas e realizadas e se o consentimento
          informado foi assinado;
         Determinar se o paciente é alérgico ao anestésico local a ser usado. Aplicar a sedação se prescrita.
         Informar o paciente sobre o procedimento e indicar como ele pode ajudar.
         Explicar o seguinte:
         a natureza do procedimento;
         a importância de ficar imóvel;
         as sensações de pressão que vão ser experimentadas;
         que não haverá desconforto depois do procedimento.
    tornar o doente confortável com apoios adequados, se possível, deixá-lo erecto e numa das seguintes
         posições:
        sentado na beira do leito com os pés apoiados e com os braços e a cabeça sobre almofada sobre o leito;
        cavalgado numa cadeira com os braços e a cabeça repousando no encosto;
        deitado sobre o seu lado não afectado com o leito elevado entre 35 a 45º caso ele não consiga ficar
         sentado.
        apoiar e tranquilizar o doente durante o procedimento.
        prepará-lo para a sensação de frio da solução germicida e para a sensação de pressão aquando da
         infiltração do anestésico local;
        estimular o doente a apoiar o tórax quando tossir
        expor todo o tórax, o local da introdução do dreno é determinado a partir de radiografias e por percussão;
        apoiar o doente durante o procedimento e fornecer meios de higiene, se necessários.


Intervenções depois do procedimento:
        Avaliar o doente a intervalos de tempo com especial incidência para a alteração da frequência respiratória
         e/ou cardíaca, assimetria do movimento respiratório, desmaio, vertigem, opressão torácica, tosse
         incontrolável, muco espumoso e/ou sanguinolento e sinais de hipoxémia.
        Após a colocação de drenos a intervenção de enfermagem é especialmente dirigida para a manutenção da
         permeabilidade e esterilidade do circuito.
        Conectar o tubo de drenagem do espaço pleural ao tubo que leva a uma parte submersa em líquido
         estéril. O tubo deve ficar aproximadamente 2,5cm abaixo do nível do líquido. A outra extremidade, mais
         curta deve ser ligada à aspiração.
        Marcar o nível de origem do líquido com adesivo, onde é marcada a drenagem horária.
        Assegurar-se de que a aspiração está funcionante e manter os tubos permeáveis.
        Manter o tubo direito, sem angulações que impeçam a drenagem ou a remoção de ar, o que interferiria
         com a regular reexpansão pulmonar ou provocar pneumotórax hipertensivo e o produto retido
         proporcionar um óptimo meio de cultura, propício à multiplicação de microorganismos.
        Vigilância do sistema, pode ocorrer borbulhamento inesperado, provocado pela fuga de ar do sistema.
        Mobilizar o doente sempre que possível para facilitar a drenagem.
        Mungir o dreno na direcção do frasco de drenagem, impedindo que ele se obstrua com coágulos e/ou
         fibrina, mantendo atenção constante à manutenção da permeabilidade do tubo, que proporciona uma
         rápida expansão do pulmão e minimiza as complicações.
        Assegurar de que há flutuação do nível do líquido no tubo de drenagem. Estas flutuações são
         interrompidas logo que o pulmão tenha reexpandido, quando o tubo estiver obstruído por coágulos ou
         fibrina, quando se desenvolve alça pendente ou quando o aspirador de parede deixou de estar
         funcionante.
        Observar e contactar o médico imediatamente se sinais de respiração rápida, cianose, pressão no tórax,
         enfisema subcutâneo ou sinais de hemorragia. Várias situações podem provocar esta sintomatologia,
desde pneumotórax hipertensivo, desvio do mediastino, hemorragia, dor intensa, embolia pulmonar,
          tamponamento cardíaco. A intervenção cirúrgica pode ser necessária.
         Incentivar o doente a respirar profundamente e a tossir em intervalos frequentes. A respiração profunda
          e a tosse auxiliam a elevar a pressão intrapleural, que permite o esvaziamento dos fluidos acumulados e
          remove as secreções da árvore traqueo-brônquica, para que o pulmão se expenda e a actelectasia seja
          evitada. Daí a importância da administração de analgésicos ao doente para se obter colaboração.
         Quando necessário transportar o doente para outro local, colocar o frasco de drenagem abaixo do nível
          do tórax de modo a impedir o refluxo do líquido.
         Ensino do doente, visitas e outro pessoal para não deslocar o frasco de drenagem.
         Os drenos são removidos quando o pulmão estiver expandido, não ocorram fugas gasosas e as drenagens
          não sejam significativas (inferior a 150cc por 24 horas).


Complicações da Drenagem de Toráx:
01. Laceração ou perfuração de órgãos intratorácicos e/ou intra-abdominal, que podem ser evitadas com a técnica
de introduzir o dedo antes do dreno.
02. Contaminação da pleura, com infecção, por exemplo, empiema pleural.
03. Lesão de nervo, artéria ou veia intercostal.
a. Transformando o pneumotórax em hemopneumotórax ou
b. Resultado em neurite ou nevralgia intercostal.
04. Colocação do dreno em posição incorreta, dentro ou fora do tórax.
05. Obstrução ou torção do dreno, deslocamento do dreno em relação á parede torácica ou desconecção do
equipamento de selo d’água do dreno torácico.
06. Pneumotórax persistente
a. Grande vazamento do parênquima.
b. Vazamento pela pele em torno do dreno torácico; sucção excessiva aplicada ao dreno.
c. Vazamento do sistema de selo d’água.
07. Enfisema subcutâneo, usualmente no local do dreno
08. Recidiva do pneumotórax após remoção do dreno; por demora na oclusão da ferida de toracostomia.
09. Pulmão que não se expande a obstrução brônquica; procedimentos broncoscópicos são necessários.
10. Reação alérgica ou anafilática a produtos usados na antissepsia ou na anestesiada.

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  • 1. ACADÊMICOS: BRUNO RODRIGUES, ITALLO RIBEIRO, YVORY SALATIEL, NEYRA MIRANDA. ESTAÇÃO Paciente, 16 anos, sexo masculino, 7º DIH por acidente com arma branca, atingido a região torácica alta perfurando HTE, encontrado sentado na cadeira, lúcido e colaborativo. Padrão respiratório tóraco-abdominal, uso do dreno em selo d´gua oscilando, em 5º espaço intercostal, padrão escoliótico com concavidade para E. Possui expansibilidade ↓ em HTE em basal. Tosse débil e seca. Queixa-se de dor ao palpar a região que circunda o dreno e ao realizar inclinação para a direita do tronco. FR= 24ipm. À percussão, som claro pulmonar. Batimentos cardíacos rítmicos e normofonéticos. MV↓ em lobo basal de HTE. Faz-se necessário: 1. A troca do curativo, pois se fez necessário a avaliação do óstio de inserção do dreno. 2. A elaboração dos diagnósticos de enfermagem e respectivas intervenções. 3. As complicações presentes neste paciente. DIAGNOSTICOS DE ENFERMAGEM: “Risco para Integridade da Pele Prejudicada relacionado aos efeitos de irritantes mecânicos ou por pressão, secundário a curativos e adesivos” INTERVENÇOES:  Trocar o curativo uma vez ao dia, ou quando saturado ou solto.  Remover o adesivo com auxilio de SF 0,9%.  Realizar curativo firme e mantê-lo imóvel.  Inspecionar a pele no local de inserção do dreno. DIAGNOSTICOS DE ENFERMAGEM: "Risco de Infecção relacionado ao local de invasão do organismo, secundário a presença de vias invasivas: dreno de tórax". INTERVENÇÔES:  Trocar o curativo uma vez ao dia, ou quando saturado ou solto;  Aplicar Peri- inserção do dreno clorexidina alcoólica ou álcool 70%;  Usar somente solução estéril (água destilada ou SF 0,9%) para o selo d’ água;  Observar sinais de infecção local (dor, calor, hiperemia e secreção no local da inserção do dreno à pele) e sinais sistêmico (febre maior que 38ºC, leucocitose, presença repentina de pús no sistema de drenagem. Intervenções antes e durante o procedimento:  Verificar antecipadamente se as radiografias torácicas foram solicitadas e realizadas e se o consentimento informado foi assinado;  Determinar se o paciente é alérgico ao anestésico local a ser usado. Aplicar a sedação se prescrita.  Informar o paciente sobre o procedimento e indicar como ele pode ajudar.  Explicar o seguinte:  a natureza do procedimento;  a importância de ficar imóvel;  as sensações de pressão que vão ser experimentadas;  que não haverá desconforto depois do procedimento.
  • 2. tornar o doente confortável com apoios adequados, se possível, deixá-lo erecto e numa das seguintes posições:  sentado na beira do leito com os pés apoiados e com os braços e a cabeça sobre almofada sobre o leito;  cavalgado numa cadeira com os braços e a cabeça repousando no encosto;  deitado sobre o seu lado não afectado com o leito elevado entre 35 a 45º caso ele não consiga ficar sentado.  apoiar e tranquilizar o doente durante o procedimento.  prepará-lo para a sensação de frio da solução germicida e para a sensação de pressão aquando da infiltração do anestésico local;  estimular o doente a apoiar o tórax quando tossir  expor todo o tórax, o local da introdução do dreno é determinado a partir de radiografias e por percussão;  apoiar o doente durante o procedimento e fornecer meios de higiene, se necessários. Intervenções depois do procedimento:  Avaliar o doente a intervalos de tempo com especial incidência para a alteração da frequência respiratória e/ou cardíaca, assimetria do movimento respiratório, desmaio, vertigem, opressão torácica, tosse incontrolável, muco espumoso e/ou sanguinolento e sinais de hipoxémia.  Após a colocação de drenos a intervenção de enfermagem é especialmente dirigida para a manutenção da permeabilidade e esterilidade do circuito.  Conectar o tubo de drenagem do espaço pleural ao tubo que leva a uma parte submersa em líquido estéril. O tubo deve ficar aproximadamente 2,5cm abaixo do nível do líquido. A outra extremidade, mais curta deve ser ligada à aspiração.  Marcar o nível de origem do líquido com adesivo, onde é marcada a drenagem horária.  Assegurar-se de que a aspiração está funcionante e manter os tubos permeáveis.  Manter o tubo direito, sem angulações que impeçam a drenagem ou a remoção de ar, o que interferiria com a regular reexpansão pulmonar ou provocar pneumotórax hipertensivo e o produto retido proporcionar um óptimo meio de cultura, propício à multiplicação de microorganismos.  Vigilância do sistema, pode ocorrer borbulhamento inesperado, provocado pela fuga de ar do sistema.  Mobilizar o doente sempre que possível para facilitar a drenagem.  Mungir o dreno na direcção do frasco de drenagem, impedindo que ele se obstrua com coágulos e/ou fibrina, mantendo atenção constante à manutenção da permeabilidade do tubo, que proporciona uma rápida expansão do pulmão e minimiza as complicações.  Assegurar de que há flutuação do nível do líquido no tubo de drenagem. Estas flutuações são interrompidas logo que o pulmão tenha reexpandido, quando o tubo estiver obstruído por coágulos ou fibrina, quando se desenvolve alça pendente ou quando o aspirador de parede deixou de estar funcionante.  Observar e contactar o médico imediatamente se sinais de respiração rápida, cianose, pressão no tórax, enfisema subcutâneo ou sinais de hemorragia. Várias situações podem provocar esta sintomatologia,
  • 3. desde pneumotórax hipertensivo, desvio do mediastino, hemorragia, dor intensa, embolia pulmonar, tamponamento cardíaco. A intervenção cirúrgica pode ser necessária.  Incentivar o doente a respirar profundamente e a tossir em intervalos frequentes. A respiração profunda e a tosse auxiliam a elevar a pressão intrapleural, que permite o esvaziamento dos fluidos acumulados e remove as secreções da árvore traqueo-brônquica, para que o pulmão se expenda e a actelectasia seja evitada. Daí a importância da administração de analgésicos ao doente para se obter colaboração.  Quando necessário transportar o doente para outro local, colocar o frasco de drenagem abaixo do nível do tórax de modo a impedir o refluxo do líquido.  Ensino do doente, visitas e outro pessoal para não deslocar o frasco de drenagem.  Os drenos são removidos quando o pulmão estiver expandido, não ocorram fugas gasosas e as drenagens não sejam significativas (inferior a 150cc por 24 horas). Complicações da Drenagem de Toráx: 01. Laceração ou perfuração de órgãos intratorácicos e/ou intra-abdominal, que podem ser evitadas com a técnica de introduzir o dedo antes do dreno. 02. Contaminação da pleura, com infecção, por exemplo, empiema pleural. 03. Lesão de nervo, artéria ou veia intercostal. a. Transformando o pneumotórax em hemopneumotórax ou b. Resultado em neurite ou nevralgia intercostal. 04. Colocação do dreno em posição incorreta, dentro ou fora do tórax. 05. Obstrução ou torção do dreno, deslocamento do dreno em relação á parede torácica ou desconecção do equipamento de selo d’água do dreno torácico. 06. Pneumotórax persistente a. Grande vazamento do parênquima. b. Vazamento pela pele em torno do dreno torácico; sucção excessiva aplicada ao dreno. c. Vazamento do sistema de selo d’água. 07. Enfisema subcutâneo, usualmente no local do dreno 08. Recidiva do pneumotórax após remoção do dreno; por demora na oclusão da ferida de toracostomia. 09. Pulmão que não se expande a obstrução brônquica; procedimentos broncoscópicos são necessários. 10. Reação alérgica ou anafilática a produtos usados na antissepsia ou na anestesiada.