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I ENCONTRO ESTADUAL DE
 RESIDÊNCIA  MULTIPROFISSIONAL
 COM INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL




                    Ruth Ribeiro Bittencourt
             Conselheira Nacional de Saúde
Conselho Regional de Serviço Social – CRESS
                           BH - 25.10.2012
Política de Saúde na atualidade
e a estratégia de formação do
assistente social na modalidade
de Residência Multiprofissional
Política de Saúde na
 Seguridade Social:
    Integralidade
  Universalidade
      Equidade
A Seguridade Social Brasileira




            E os Direitos Sociais?...
Saúde - inserida como política da Seguridade Social Brasileira


       1988: MARCO NO TRÂNSITO PARA...

      superação do assistencialismo
      campo dos direitos
      universalização dos acessos
      responsabilidade estatal
      ampliação do protagonismo dos usuários
      descentralização político-administrativa
      participação da população.
Saúde – direitos constitucionais

                    Dos Direitos Sociais:
Da Ordem Social – Título VIII – Art.º 193 –
  A Ordem Social tem como base o primado do
  trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça
  social.
Da SEGURIDADE SOCIALCap. II Seção I Art.º 194:
   conjunto integrado de ações de iniciativa dos
  poderes públicos e da sociedade, destinados a
  assegurar      os    direitos   relativos    a
  SAÚDE, PREVIDÊNCIA           e ASSISTÊNCIA
Principais instrumentos legais de
          regulamentação da Seguridade Social:

   Constituição Federal de 1988
     (art. 194 ao art. 204)

   Lei Orgânica da Saúde (Leis nº 8.080/90)
        e a Lei nº 8.142/90

   Lei Orgânica da Seguridade Social
        (Lei n º 8.212/91) e a Lei nº 8.213/91

   Lei Orgânica da Assistência Social
         (Lei n 8.742/93)
SAÚDE - direitos constitucionais


A Saúde é um direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso
UNIVERSAL    e   IGUALITÁRIO     às   ações   e
serviços para a PROMOÇÃO, PROTEÇÃO e
RECUPERAÇÃO da saúde (CF. Art.º 196).
LEI ORGÂNICA DO SUS – n º 8080/90

   A saúde tem como fatores determinantes e
    condicionantes, entre outros:

    alimentação, moradia, saneamento básico, meio
    ambiente,               trabalho            e
    renda, educação, transporte, lazer e o acesso
    aos bens e serviços essenciais.

   Os níveis de vida da população expressam a
    organização social e econômica do País.
Seguridade Social


ARTIGO 6º - São Direitos
Sociais:     a Educação,       a
Saúde, o Trabalho, a Moradia, o
Lazer,     a    Segurança,     a
Previdência Social, a Proteção à
maternidade e a Infância, a
Assistência aos desamparados
na forma desta Constituição.
SUS na Seguridade Social




 De que
 Saúde
estamos
falando?
MODELO DE DESENVOLVIMENTO
Modo de produção                        Relações
   e consumo     Políticas Econômicas Internacionais
                        e Sociais
            Alimentação           Moradia
                                            Injustiças
           Educação       Saúde       Ambiente
Desigualdades
           Renda          Doença       Lazer

            Trabalho    Assistência    Cultura

                Terra               Transporte
 Relações com                                    Relações
  a Natureza            Liberdade                 Sociais
Sistema Único de Saúde
               Universalidade
                  Equidade
                Integralidade


Participação   Regionalização   Descentralização
  popular      hierarquização   e comando único
Avanços:
 Socialização da Política – inovação na gestão
 das Políticas Sociais

 Mecanismos de gestão e controle social com a
 participação – Conselhos e Conferências

 Universalidade do acesso a direitos

 Disputa de projetos societários
Institucionalização do SUS

 Princípios contra hegemônicos
Universalidade, integralidade e participação nas decisões

  Ameaça ao status quo
Fisiologismo, patrimonialismo e corporativismo.

 Preconiza a democracia participativa
Em contraposição ao autoritarismo e centralização do
  poder

 Perspectiva do direito pleno
Saúde como direito de todos e dever do Estado.
Década de 80:         Década de 90:

 Estava nascendo      Consolidando o
  o SUS...              SUS...

 Processo Nacional    Receituário
  Constituinte...       Neoliberal

 Projeto Reforma      Projeto privatista
  Sanitária...         de Saúde...
A reforma neoliberal do estado brasileiro
 Receituário Neoliberal X Implantação do SUS

 Estado Mínimo

 Privatização de Empresas Estatais (Bens e
Serviços Lucrativos)

 Transferência dos Serviços Sociais Públicos a
Entidades Privadas sem Fins Lucrativos

 Alterações na CF- Lei das OS e OSIP
O Receituário Neoliberal
 Mudanças no campo econômico e social

 Enfoque nos programas sociais – cortar gastos
  equilíbrio financeiro do setor público

 Implementação de programas e projetos seletivos e
  focalizados

 Combinação renda mínima x discurso da solidariedade
  via organizações do terceiro setor: OS ,OSCIPs,PPP,EBSH

 Trinômio:
  a) focalização
  b) descentralização
  c) privatização
Impacto da Agenda Liberal na Seguridade Social

 Assistência Social restrita a isoladas ações assistencialistas

 Reforma da previdência com fortes restrições

 Estímulo a criação de institutos de previdência privados

 Crise na Previdência Pública em razão do desemprego e
  da informalidade na economia

 Comprometimento do financiamento das Políticas Públicas
  pelo crescimento da dívida pública

 Desconstrução jurídica e política do Capítulo constitucional
  da Seguridade Social
Política de Saúde no Brasil:


   Projeto de Reforma Sanitária(anos 80)




   Projeto Privatista (anos 90)
REFORMA SANITÁRIA               PRIVATISTA

Estado democrático de      Estado Mínimo
   direito

Saúde: direito social e    Parcerias e Privatizações
  dever do Estado

Ampliação das conquistas   Crise financeira
  sociais

Democratização do          Universalização e
  acesso                     focalização

Déficit Social             Diminuição dos gastos
                             sociais
Financiamento efetivo
                           Déficit público
Descentralização com
  controle social          Re- filantropização
Projetos em Disputa:

                REFORMA SANITÁRIA            PRIVATISTA

Base          Estado democrático de      Estado Mínimo
              direito
Premissas     Saúde: direito social e    Parcerias e
              dever do Estado            Privatizações
              -Ampliação   das           -Crise financeira
              conquistas sociais         -Dicotomia entre
              -Democratização do         universalização e
Temas
              acesso                     focalização
              -Déficit Social            -Diminuição dos
                                         gastos sociais
              -Financiamento   efetivo   -Déficit público

Estratégias   Descentralização com       Re- filantropização
de Ação       controle social
Disputas entre as diferentes visões de SUS




        “SUS                SUS que
    pobre, para os
       pobres”       X   promove acesso
                            a direitos
Desafios:


   Existência legal que pouco se realiza na prática.

   Propostas
    pontuais, focais, seletivas, fragmentadas

   Acesso restrito aos direitos constituídos

   Indefinição orçamentos/desvio recursos
Distorções do modelo de financiamento


 Privatização – O privado substitutivo e não
  complementar

 Nas ações e serviços especializados e de alto
  custo

 Na         Força       de      Trabalho     –
  terceirizações, cooperativas

 Na Gerência e Gestão dos serviços – OS, OSCIPS
  e “Parceiros privados”
Distorções do modelo de financiamento


 Desestruturação da rede pública

 Aprofundamento         do   modelo    de     atenção
  terciário/especializado

 Crescimento acelerado da rede privada contratada e da
  saúde suplementar

 Comprometimento crescente do financiamento do sistema

 Precarização da contratação e da remuneração da força
  de trabalho
Década de 90 e a bandeira Neoliberal
 Consolidação do suporte “legal” da privatização
 Decreto que regulamentou a terceirização da mão de
  obra no serviço público – 1997
 Lei que criou as Organizações Sociais – 1998
 Lei que criou as OSCIPs
 Lei de Responsabilidade Fiscal – 2000
 Desconstrução jurídica e política da
 Seguridade Social, com comprometimento
 e subdimensionamento do financiamento
 do Sistema
O Sistema Único de Saúde no século XXI

 Proposta de Fundação e da Empresa de direito privado,
  com aprofundamento da precarização, das distorções
  salariais, do fisiologismo e do patrimonialismo

 Multiplicação e proliferação das Organizações Sociais na
  gerência dos serviços SUS pelo país

 Proposta de parceria público-privado como mais recente
  instrumento de apropriação do público, com contratos de
  longuíssimos prazos e sem qualquer risco

 “Venda” de leitos e serviços públicos, para a iniciativa
  privada
                  Fonte: Carta Capital nº 664 de 21.09.2011
Privatização é a grande doença do SUS

Compromete o financiamento pelos custos mais custos
 mais elevados
Prioriza a saúde especializada em detrimento da atenção
 primária
Supervaloriza especialista e inviabiliza o trabalho
 multiprofissional
Compromete a qualidade do atendimento pela
 precarização do trabalho
Inviabiliza o acesso pleno em função dos elevados
 custos
Estimula a mercantilização do trabalho em saúde
Torna o sistema refém dos serviços privados e das
 corporações
Promove a fuga de profissionais para o setor privado
 contratado
Política de Saúde na atualidade
   Contrariando a legislação que atribui caráter
    complementar, há um franco aumento da
    participação do setor privado na saúde....

   Além da fragilidade na regulação do setor
    privado e das precariedades do SUS, coexistem
    incentivos   tributários   que    estimulam    a
    vinculação e uso do setor privado na saúde....

   O acesso universal que é do interesse público e
    público e deve mover o SUS, choca-se com a
    segmentação do mercado que interessa ao setor
    setor privado.
Política de Saúde na atualidade
   "Estatísticas de Saúde Mundiais 2011“ (OMS)
  13.05.11: relatório elaborado com base em
  cerca de 100 indicadores de saúde fornecidos
  por representantes de 192 países, comparou
  dados de 2008 aos atuais -
    Saúde no Brasil:
 Brasil está entre os 24 países que menos
  destinam recursos à Saúde.
 Governo destina menos recursos à Saúde do
  que a média africana.
 A população brasileira, por sua vez, gasta mais
  mais do que a média mundial
 Em média, um brasileiro gasta duas vezes mais
  do seu salário em saúde do que um europeu.
Política de Saúde na atualidade


   Em 2000, o país designava 4,1% do orçamento
    nacional para a área.

   Até 2008 houve um crescimento - 8,6%. Ainda é
    menos que a média mundial, de 13,9%.

    Em países desenvolvidos, cerca de 16,7% do
    16,7% do orçamento vai para a Saúde.

   A média brasileira chega a ser mais baixa do
    baixa que a média africana - 9,6%.
Política de Saúde na atualidade
   Em 2000, 59% de tudo que era gasto com
    Saúde no Brasil vinha da população.

   Esse número caiu para 56%. Ainda está entre as
    taxas pagas mais altas do mundo.

   Dos 192 países avaliados, só em 41 há um valor
    de contribuição mais elevado do que no Brasil.

    O relatório também apontou o grande aumento
    na criação de planos de saúde e no valor pago
    pelo atendimento privado.
Dilema do SUS que previa:



Sistema universal                  país cultural e socialmente
                                     excludente
Integral                           país com uma história de
                                     saúde como mercadoria
                                    lógica      pautada      na
Equânime                            desigualdade social
                                    sociedade autoritária.
Democrático
Grupo americano fecha a compra da Amil por R$ 5 bilhões
CF - Art. 199.

  3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou
capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos
casos previstos em lei.

LEI 8080, Art.23
Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas
ou de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através
de doações de organismos internacionais vinculados à
Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação
técnica e de financiamento e empréstimos.

COMO FICA SE A CF E LEI PROÍBEM A PRESENÇA DE EMPRESA
ESTRANGEIRA NA ÁREA DE SAÚDE? O QUE FAZER? QUEM FARÁ?
COMPETÊNCIA FEDERAL OU DO ESTADO SEDE?
Organizações Sociais em São Paulo

 O déficit das OSs nos primeiros quatro meses do ano
  foi de R$ 15 milhões

 Dos 21 hospitais paulistas com OS, nove tiveram
  déficits de até 43 %

 Alguns como os de Pedreira, Grajaú e Irapeví estão em
  situação pré falimentar

 Observadas    reduções     nas     quantidades    de
  atendimentos públicos

 Ausência absoluta de controle social
            Fonte: Carta Capital nº 664 de 21.09.2011
E o Controle Social?

                Os conselhos de saúde estão
               passando por uma profunda
               crise política e institucional:

                desmobilização
                desconstrução
                desinformação - maior do
                 que a falta de informação
                 sobre o SUS
                apenas 10% da população
                 brasileira    conhece  os
                 conselhos de saúde e qual
                 a sua finalidade.
E agora?
 formação de novos quadros

 melhor       interlocução  com     os    poderes
  constituídos, órgãos de controle e movimentos da
  sociedade

 estímulo a maior intervenção da população nos espaços
  de participação social

 campanha para conscientizar a população sobre o papel
  dos conselhos de saúde e a importância de
  sua participação nesses espaços

 superar a dificuldade de comunicação dos
  conselhos
Saúde na Seguridade Social:
      embates e desafios contemporâneos – espaços de
                         resistência


   No campo jurídico
   No âmbito do parlamento
   Nos meios de comunicação
   No espaço acadêmico
   No conjunto da sociedade
   Nas lutas nas ruas
Campanha “STF Vote em favor da ADI
1.923/98 contra as Organizações Sociais”




Reunião do CNS que aprovou a moção   Frente Nacional contra a Privatização
de apoio da entidade à ADIN (foto:   da Saúde teve uma agenda intensa
Rafael Werkema)                      em Brasília (foto: Rafael Werkema)
Defesa do SUS Público, Estatal, Universal e
   de Qualidade – Agenda para a Saúde

    Determinação social do processo saúde e doença:
    Saúde no contexto mais amplo das desigualdades
    sociais.

    Gestão e Financiamento da rede pública estatal de
    serviços de saúde.

    Modelo Assistencial que garanta o acesso universal
    com serviços de qualidade, priorizando a atenção
    básica com retaguarda na média e alta complexidade.

    Política de Valorização do Trabalhador da Saúde.

    Efetivação do Controle Social.
A defesa da saúde considerada como
melhores condições de vida e trabalho tem
que ser uma luta organizada e unificada
dos segmentos das classes subalternas
articulada com os conselhos, movimentos
sociais, partidos políticos para que se
possa avançar na radicalização da
democracia social, econômica e política.
Companheiros…




.... é preciso apostar na
possibilidade de ampliação dos
direitos sociais como mediação
importante para a construção de
um novo mundo.

Esta é a razão de nosso ânimo
na luta!
Conselho Nacional de Saúde
site: www.conselho.saude.gov.br
   (61) 3315-2151/3315-2150
    Ruth Ribeiro Bittencourt
Conselheira Nacional de Saúde
    rrbittencourt@terra.com.br
                             45

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I Encontro Estadual de Residência Multiprofissional com Inserção do Serviço Social

  • 1. I ENCONTRO ESTADUAL DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL COM INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL Ruth Ribeiro Bittencourt Conselheira Nacional de Saúde Conselho Regional de Serviço Social – CRESS BH - 25.10.2012
  • 2. Política de Saúde na atualidade e a estratégia de formação do assistente social na modalidade de Residência Multiprofissional
  • 3. Política de Saúde na Seguridade Social: Integralidade Universalidade Equidade
  • 4. A Seguridade Social Brasileira E os Direitos Sociais?...
  • 5. Saúde - inserida como política da Seguridade Social Brasileira 1988: MARCO NO TRÂNSITO PARA...  superação do assistencialismo  campo dos direitos  universalização dos acessos  responsabilidade estatal  ampliação do protagonismo dos usuários  descentralização político-administrativa  participação da população.
  • 6. Saúde – direitos constitucionais Dos Direitos Sociais: Da Ordem Social – Título VIII – Art.º 193 – A Ordem Social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social. Da SEGURIDADE SOCIALCap. II Seção I Art.º 194: conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos relativos a SAÚDE, PREVIDÊNCIA e ASSISTÊNCIA
  • 7. Principais instrumentos legais de regulamentação da Seguridade Social:  Constituição Federal de 1988 (art. 194 ao art. 204)  Lei Orgânica da Saúde (Leis nº 8.080/90) e a Lei nº 8.142/90  Lei Orgânica da Seguridade Social (Lei n º 8.212/91) e a Lei nº 8.213/91  Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n 8.742/93)
  • 8. SAÚDE - direitos constitucionais A Saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso UNIVERSAL e IGUALITÁRIO às ações e serviços para a PROMOÇÃO, PROTEÇÃO e RECUPERAÇÃO da saúde (CF. Art.º 196).
  • 9. LEI ORGÂNICA DO SUS – n º 8080/90  A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros: alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho e renda, educação, transporte, lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.  Os níveis de vida da população expressam a organização social e econômica do País.
  • 10. Seguridade Social ARTIGO 6º - São Direitos Sociais: a Educação, a Saúde, o Trabalho, a Moradia, o Lazer, a Segurança, a Previdência Social, a Proteção à maternidade e a Infância, a Assistência aos desamparados na forma desta Constituição.
  • 11. SUS na Seguridade Social De que Saúde estamos falando?
  • 12. MODELO DE DESENVOLVIMENTO Modo de produção Relações e consumo Políticas Econômicas Internacionais e Sociais Alimentação Moradia Injustiças Educação Saúde Ambiente Desigualdades Renda Doença Lazer Trabalho Assistência Cultura Terra Transporte Relações com Relações a Natureza Liberdade Sociais
  • 13. Sistema Único de Saúde Universalidade Equidade Integralidade Participação Regionalização Descentralização popular hierarquização e comando único
  • 14. Avanços:  Socialização da Política – inovação na gestão das Políticas Sociais  Mecanismos de gestão e controle social com a participação – Conselhos e Conferências  Universalidade do acesso a direitos  Disputa de projetos societários
  • 15. Institucionalização do SUS  Princípios contra hegemônicos Universalidade, integralidade e participação nas decisões  Ameaça ao status quo Fisiologismo, patrimonialismo e corporativismo.  Preconiza a democracia participativa Em contraposição ao autoritarismo e centralização do poder  Perspectiva do direito pleno Saúde como direito de todos e dever do Estado.
  • 16.
  • 17. Década de 80: Década de 90:  Estava nascendo  Consolidando o o SUS... SUS...  Processo Nacional  Receituário Constituinte... Neoliberal  Projeto Reforma  Projeto privatista Sanitária... de Saúde...
  • 18. A reforma neoliberal do estado brasileiro  Receituário Neoliberal X Implantação do SUS  Estado Mínimo  Privatização de Empresas Estatais (Bens e Serviços Lucrativos)  Transferência dos Serviços Sociais Públicos a Entidades Privadas sem Fins Lucrativos  Alterações na CF- Lei das OS e OSIP
  • 19. O Receituário Neoliberal  Mudanças no campo econômico e social  Enfoque nos programas sociais – cortar gastos equilíbrio financeiro do setor público  Implementação de programas e projetos seletivos e focalizados  Combinação renda mínima x discurso da solidariedade via organizações do terceiro setor: OS ,OSCIPs,PPP,EBSH  Trinômio: a) focalização b) descentralização c) privatização
  • 20. Impacto da Agenda Liberal na Seguridade Social  Assistência Social restrita a isoladas ações assistencialistas  Reforma da previdência com fortes restrições  Estímulo a criação de institutos de previdência privados  Crise na Previdência Pública em razão do desemprego e da informalidade na economia  Comprometimento do financiamento das Políticas Públicas pelo crescimento da dívida pública  Desconstrução jurídica e política do Capítulo constitucional da Seguridade Social
  • 21. Política de Saúde no Brasil:  Projeto de Reforma Sanitária(anos 80)  Projeto Privatista (anos 90)
  • 22. REFORMA SANITÁRIA PRIVATISTA Estado democrático de Estado Mínimo direito Saúde: direito social e Parcerias e Privatizações dever do Estado Ampliação das conquistas Crise financeira sociais Democratização do Universalização e acesso focalização Déficit Social Diminuição dos gastos sociais Financiamento efetivo Déficit público Descentralização com controle social Re- filantropização
  • 23. Projetos em Disputa: REFORMA SANITÁRIA PRIVATISTA Base Estado democrático de Estado Mínimo direito Premissas Saúde: direito social e Parcerias e dever do Estado Privatizações -Ampliação das -Crise financeira conquistas sociais -Dicotomia entre -Democratização do universalização e Temas acesso focalização -Déficit Social -Diminuição dos gastos sociais -Financiamento efetivo -Déficit público Estratégias Descentralização com Re- filantropização de Ação controle social
  • 24. Disputas entre as diferentes visões de SUS “SUS SUS que pobre, para os pobres” X promove acesso a direitos
  • 25. Desafios:  Existência legal que pouco se realiza na prática.  Propostas pontuais, focais, seletivas, fragmentadas  Acesso restrito aos direitos constituídos  Indefinição orçamentos/desvio recursos
  • 26. Distorções do modelo de financiamento  Privatização – O privado substitutivo e não complementar  Nas ações e serviços especializados e de alto custo  Na Força de Trabalho – terceirizações, cooperativas  Na Gerência e Gestão dos serviços – OS, OSCIPS e “Parceiros privados”
  • 27. Distorções do modelo de financiamento  Desestruturação da rede pública  Aprofundamento do modelo de atenção terciário/especializado  Crescimento acelerado da rede privada contratada e da saúde suplementar  Comprometimento crescente do financiamento do sistema  Precarização da contratação e da remuneração da força de trabalho
  • 28. Década de 90 e a bandeira Neoliberal  Consolidação do suporte “legal” da privatização  Decreto que regulamentou a terceirização da mão de obra no serviço público – 1997  Lei que criou as Organizações Sociais – 1998  Lei que criou as OSCIPs  Lei de Responsabilidade Fiscal – 2000  Desconstrução jurídica e política da Seguridade Social, com comprometimento e subdimensionamento do financiamento do Sistema
  • 29. O Sistema Único de Saúde no século XXI  Proposta de Fundação e da Empresa de direito privado, com aprofundamento da precarização, das distorções salariais, do fisiologismo e do patrimonialismo  Multiplicação e proliferação das Organizações Sociais na gerência dos serviços SUS pelo país  Proposta de parceria público-privado como mais recente instrumento de apropriação do público, com contratos de longuíssimos prazos e sem qualquer risco  “Venda” de leitos e serviços públicos, para a iniciativa privada Fonte: Carta Capital nº 664 de 21.09.2011
  • 30. Privatização é a grande doença do SUS Compromete o financiamento pelos custos mais custos mais elevados Prioriza a saúde especializada em detrimento da atenção primária Supervaloriza especialista e inviabiliza o trabalho multiprofissional Compromete a qualidade do atendimento pela precarização do trabalho Inviabiliza o acesso pleno em função dos elevados custos Estimula a mercantilização do trabalho em saúde Torna o sistema refém dos serviços privados e das corporações Promove a fuga de profissionais para o setor privado contratado
  • 31. Política de Saúde na atualidade  Contrariando a legislação que atribui caráter complementar, há um franco aumento da participação do setor privado na saúde....  Além da fragilidade na regulação do setor privado e das precariedades do SUS, coexistem incentivos tributários que estimulam a vinculação e uso do setor privado na saúde....  O acesso universal que é do interesse público e público e deve mover o SUS, choca-se com a segmentação do mercado que interessa ao setor setor privado.
  • 32. Política de Saúde na atualidade "Estatísticas de Saúde Mundiais 2011“ (OMS) 13.05.11: relatório elaborado com base em cerca de 100 indicadores de saúde fornecidos por representantes de 192 países, comparou dados de 2008 aos atuais - Saúde no Brasil:  Brasil está entre os 24 países que menos destinam recursos à Saúde.  Governo destina menos recursos à Saúde do que a média africana.  A população brasileira, por sua vez, gasta mais mais do que a média mundial  Em média, um brasileiro gasta duas vezes mais do seu salário em saúde do que um europeu.
  • 33. Política de Saúde na atualidade  Em 2000, o país designava 4,1% do orçamento nacional para a área.  Até 2008 houve um crescimento - 8,6%. Ainda é menos que a média mundial, de 13,9%.  Em países desenvolvidos, cerca de 16,7% do 16,7% do orçamento vai para a Saúde.  A média brasileira chega a ser mais baixa do baixa que a média africana - 9,6%.
  • 34. Política de Saúde na atualidade  Em 2000, 59% de tudo que era gasto com Saúde no Brasil vinha da população.  Esse número caiu para 56%. Ainda está entre as taxas pagas mais altas do mundo.  Dos 192 países avaliados, só em 41 há um valor de contribuição mais elevado do que no Brasil.  O relatório também apontou o grande aumento na criação de planos de saúde e no valor pago pelo atendimento privado.
  • 35. Dilema do SUS que previa: Sistema universal  país cultural e socialmente excludente Integral  país com uma história de saúde como mercadoria  lógica pautada na Equânime desigualdade social  sociedade autoritária. Democrático
  • 36. Grupo americano fecha a compra da Amil por R$ 5 bilhões CF - Art. 199. 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. LEI 8080, Art.23 Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos. COMO FICA SE A CF E LEI PROÍBEM A PRESENÇA DE EMPRESA ESTRANGEIRA NA ÁREA DE SAÚDE? O QUE FAZER? QUEM FARÁ? COMPETÊNCIA FEDERAL OU DO ESTADO SEDE?
  • 37. Organizações Sociais em São Paulo  O déficit das OSs nos primeiros quatro meses do ano foi de R$ 15 milhões  Dos 21 hospitais paulistas com OS, nove tiveram déficits de até 43 %  Alguns como os de Pedreira, Grajaú e Irapeví estão em situação pré falimentar  Observadas reduções nas quantidades de atendimentos públicos  Ausência absoluta de controle social Fonte: Carta Capital nº 664 de 21.09.2011
  • 38. E o Controle Social? Os conselhos de saúde estão passando por uma profunda crise política e institucional:  desmobilização  desconstrução  desinformação - maior do que a falta de informação sobre o SUS  apenas 10% da população brasileira conhece os conselhos de saúde e qual a sua finalidade.
  • 39. E agora?  formação de novos quadros  melhor interlocução com os poderes constituídos, órgãos de controle e movimentos da sociedade  estímulo a maior intervenção da população nos espaços de participação social  campanha para conscientizar a população sobre o papel dos conselhos de saúde e a importância de sua participação nesses espaços  superar a dificuldade de comunicação dos conselhos
  • 40. Saúde na Seguridade Social: embates e desafios contemporâneos – espaços de resistência  No campo jurídico  No âmbito do parlamento  Nos meios de comunicação  No espaço acadêmico  No conjunto da sociedade  Nas lutas nas ruas
  • 41. Campanha “STF Vote em favor da ADI 1.923/98 contra as Organizações Sociais” Reunião do CNS que aprovou a moção Frente Nacional contra a Privatização de apoio da entidade à ADIN (foto: da Saúde teve uma agenda intensa Rafael Werkema) em Brasília (foto: Rafael Werkema)
  • 42. Defesa do SUS Público, Estatal, Universal e de Qualidade – Agenda para a Saúde Determinação social do processo saúde e doença: Saúde no contexto mais amplo das desigualdades sociais. Gestão e Financiamento da rede pública estatal de serviços de saúde. Modelo Assistencial que garanta o acesso universal com serviços de qualidade, priorizando a atenção básica com retaguarda na média e alta complexidade. Política de Valorização do Trabalhador da Saúde. Efetivação do Controle Social.
  • 43. A defesa da saúde considerada como melhores condições de vida e trabalho tem que ser uma luta organizada e unificada dos segmentos das classes subalternas articulada com os conselhos, movimentos sociais, partidos políticos para que se possa avançar na radicalização da democracia social, econômica e política.
  • 44. Companheiros… .... é preciso apostar na possibilidade de ampliação dos direitos sociais como mediação importante para a construção de um novo mundo. Esta é a razão de nosso ânimo na luta!
  • 45. Conselho Nacional de Saúde site: www.conselho.saude.gov.br (61) 3315-2151/3315-2150 Ruth Ribeiro Bittencourt Conselheira Nacional de Saúde rrbittencourt@terra.com.br 45