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SUS: DOS
ASPECTOS
HISTÓRICOS
A
ATUALIDADE
Gisele Nader Bastos
Médica de Família e Comunidade
Objetivos da Aula
 O objetivo principal desta apresentação é compilar
dados relevantes sobre o Sistema Único de Saúde,
perpassando desde seu contexto histórico até os
dilemas da atualidade. Além disso, a apresentação visa
despertar o interesse dos alunos para leituras
complementares e mais aprofundadas sobre o tema em
questão.
 A aula está estruturada por tópicos a seguir descritos.
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
Aspectos Históricos – Era Pré
SUS
 Até a década 50 – Modelo do Sanitarismo
(campanhas com objetivo de sanear as cidades e
garantir exportações agrícolas)
 Década 60 – Atendimento médico
previdenciário
(a economia migra do polo rural para industrial,
necessidade de atendimento médico
previdenciário)
http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev10/as_politicas_de_s.html
Pustai OJ O Sitema de saúde do Brasil no livro Medicina Ambulatorial
(Duncan et al)
Aspectos Históricos – Era Pré
SUS
 Década 70 – Modelo médico-assistencial privatista
(centralização da administração – época da ditadura –
modelo dicotômico entre ações curativas e
preventivas). Na segunda metade da década de 70
começa a expansão dos movimentos sociais e a
formulação de propostas que atendessem os excluídos
Aspectos Históricos – Era Pré
SUS
 Reforma Sanitária (CEBES, 1976 e ABRASCO, 1979):
 Universalizar o direito a saúde;
 Integralizar as ações;
 Inverter a entrada no sistema de saúde;
 Descentralizar a gestão;
 Promover a participação e o controle social.
Aspectos Históricos – Era Pré
SUS
 1980 – 7° Conferência Nacional de Saúde:
 Programa Nacional de Serviços Básicos de
Saúde (PREV-Saúde). Pela grave crise fiscal que
o pais vive naquela época, cria-se órgãos para
administrar melhor os poucos recursos. O Prev-
saúde, por falta de apoio político, não é
implementado.
 1983 - Ações Integradas de Saúde (AIS):
 AIS - Discussão entre reformistas com os
setores do INAMPS tentando solucionar a crise
previdenciária. Executadas pelos MS-INAMPS-
Secretarias estaduais
Pustai OJ O Sitema de saúde do Brasil no livro Medicina Ambulatorial (Duncan et al),
Aspectos Históricos – Era Pré
SUS
 1986 - 8° Conferência Nacional de Saúde:
“...saúde é a resultante das condições de
alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho,
transporte, emprego, lazer, liberdade,
acesso e posse da terra e o acesso a
serviços de saúde. É assim, antes de
tudo, o resultado das formas de
organização social da produção, as
quais podem gerar grandes
desigualdades nos níveis de vida...”
Aspectos Históricos
 1988 - Constituição Federal – Artigo 196
“ A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.”
Aspectos Históricos
Lei 8.080
 A organização e a gestão;
 As competências e atribuições
das 3 esferas de governo
 Funcionamento e participação
complementar do setor
privado
 Política de recursos humanos
 Recursos financeiros,
planejamento e orçamentos
Lei 8.142
 Define a participação
social
 Transferências
intergovernamentais de
recursos de
financiamento
A “Lei Orgânica da Saúde é formada pelas Leis 8.080 e 8.142
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
Sistema Único de Saúde (SUS)
“O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por
órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da Administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo Poder Público”
Lei 8080, artigo 4°
Objetivos do SUS – Definidos
na lei 8.080
 Identificação e divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde
 Formulação de política de saúde
destinada a promover, nos campos
econômico e social, o acesso universal e
igualitário
 Assistência às pessoas por intermédio de
ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização
integrada das ações assistenciais e
preventivas;
Lei 8080 no Art. 5º
Objetivos do SUS
 Execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador;
d) de assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica;
 Formulação da política e na execução de
ações de saneamento básico
 Ordenação da formação de recursos
humanos na área de saúdeLei 8080 no Art. 5º
Objetivos do SUS
 Vigilância nutricional e a orientação alimentar
 Colaboração na proteção do meio ambiente (trabalho)
 Formulação da política de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de
interesse para a saúde e a participação na sua produção
Lei 8080 no Art. 5º
Objetivos do SUS
 Controle e fiscalização
 de serviços, produtos e substâncias de interesse para a
saúde (substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos);
 de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
 Sangue e seus derivados.
 Incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico
Lei 8080 no Art. 5º
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
Princípios do SUS
 A Constituição concretizou os princípios no que tange a
Saúde
 No SUS estes princípios devem se desenvolver de forma
interdependente, com constante interação;
 Princípios éticos/doutrinários
 Princípios organizacionais/operativos
Princípios éticos/doutrinários
Universalidade
Eqüidade Integralidade
SUS
Universalidade
 A saúde é direito de cidadania e dever do Estado;
 Todas as pessoas têm direito ao atendimento
independente de cor, raça, religião, local de moradia,
situação de emprego ou renda, etc;
Lei 8080
O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Princípios do SUS
 Atendimento: Acesso aos serviços de
saúde públicos e privados conveniados;
assegurado por uma rede
hierarquizada de serviços e com
tecnologia apropriada para cada nível
 Deixa de existir diferenças entre as
populações urbanas e rurais; entre
contribuintes da previdência e não
contribuintes; deixa de existir os
“indigentes” (não incluídos no
mercado formal de trabalho)
Equidade
 O SUS deve tratar desigualmente os
desiguais
 Os serviços de saúde devem identificar as
diferenças da população e trabalhar para
cada necessidade, oferecendo mais a
quem mais precisa
 Reduzir disparidades regionais e sociais
i 8080
desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Princípios do SUS
 Todo cidadão é igual perante o Sistema Único de Saúde e
será atendido conforme as suas necessidades. O SUS não
pode oferecer o mesmo atendimento à todas as pessoas, da
mesma maneira, em todos os lugares. Se isto ocorrer,
algumas pessoas vão ter o que não necessitam e outras não
serão atendidas naquilo que necessitam.
 Reduzir...significa a busca de um maior equilíbrio
 Os serviços de saúde devem considerar que em cada
população existem grupos que vivem de forma diferente,
ou seja, cada grupo ou classe social ou região tem seus
problemas específicos, tem diferenças no modo de viver, de
adoecer e de ter oportunidades de satisfazer suas
necessidades de vida.
É
Equidade???
Integralidade
 “...entendida como conjunto articulado
e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e
coletivos, exigidos para cada caso em
todos os níveis de complexidade do
sistema.” (lei 8.080, 7°,II)
 A visão do indivíduo como um todo
 As ações de promoção, de prevenção e
de recuperação
 Necessidade da hierarquização do
sistema de saúde
Lei 8080
O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Princípios do SUS
 Os serviços de  saúde devem funcionar
atendendo o indivíduo como um ser humano
integral submetido às mais diferentes
situações de vida e trabalho, que o leva a
adoecer e a morrer
 As ações de promoção, proteção e de
recuperação formam um todo indivisível que
não podem ser compartimentalizadas. As
unidades prestadoras de serviço com seus
diversos graus de complexidade, formam
também um todo indivisível, configurando um
sistema capaz de prestar assistência integral.
Universalidade
Equidade Integralidad
e
SUSRegionalização e
Hierarquização
Resolubilidade
Descentralização
Controle Social
Participação
complementar do Setor
Privado
Princípios
organizacionais
Princípios éticos/doutrinários
Regionalização e
Hierarquização
 Este principio está ligado aos gestores municipais e
estaduais.
 Hierarquização em níveis crescentes de complexidade.
 Regulação adequada entre os níveis do sistema (fluxo de
referências e contra-referencias )
Regionalização e
HierarquizaçãoNível terciário de atenção a saúde – Hospitais de
referência – Resolvem 5% dos problemas de saúde
Nível secundário de atenção – Centros (ambulatórios)
de referência – Resolvem 15% dos problemas de saúde
Nível Primário de atenção - PSF e UBS
- Responsáveis por 80% dos problemas de
saúde
8080
esenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Hosp. Especializado
PSF PSF
PSF
PSF
PSF
PSF
UBS
UBS
UBS
Distrito Sanitário
Amb.
especializado
exames
Resolubilidade
 É a exigência de que quando indivíduo buscar o
atendimento ou quando surgir um problema de impacto
coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja
capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de
sua complexidade.
i 8080
desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Descentralização
 Redistribuição das responsabilidades
quanto as ações e os serviços de saúde
entre os vários níveis de governo
 Municipalização
 A Lei 8.080 e as NOBs (Norma Operacional
Básica do Ministério da Saúde) que se
seguiram definem precisamente o que é
obrigação de cada esfera de governo
i 8080
desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Princípios do SUS
 É a garantia constitucional de que a população através
de suas entidades representativas, poderá participar do
processo de formulação das políticas de saúde e do
controle de sua execução, em todos os níveis desde o
federal até o local.
 Conselhos de saúde, com representação paritária de
usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores
de serviços, com poder deliberativo (50%)
Participação dos Cidadãos: O
Controle Social
 Constituição
 Garante a participação da população na formulação e
controle da execução das políticas de saúde
 Lei 8142
 Conselho de Saúde
Paritário (gestores, profissionais de saúde e usuários)
Municipal, estadual e federal
i 8142 e Conselho de Saúde: guia de referencias para a sua organização (MS) 1994
Controle Social
 Lei 8142
• As Conferências de Saúde
 nas três esferas de governo
 são as instâncias máximas de deliberação
 devendo ocorrer periodicamente
 definem as prioridades e linhas de ação sobre a saúde.
É dever das instituições oferecerem informações e
conhecimentos necessários para que a população se
posicione sobre as questões que dizem respeito à sua
saúde
i 8142
desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
FUNDAMENTOS DO CONTROLE
SOCIAL NO SUS
 O desenvolvimento da Cidadania;
 A construção de espaços democráticos;
 O reconhecimento de interesses diferentes e
contraditórios na sociedade;
 A construção de políticas e o desenvolvimento de
programas e ações que beneficiem o conjunto da
população;
 A ação permanente;
 A Vigilância, pelo cidadão, da ação do Estado
objetivando o Bem ComumBem Comum e contra a
prevalência dos Interesses Privados.
Participação complementar
do Setor Privado
 Quando o setor público for insuficiente, o serviços privados devem
ser contratados
 Dar preferência aos serviços não lucrativos (hospitais Filantrópicos)
 A constituição diz “...assim cada gestor deverá planejar primeiro o
setor público e na seqüência, complementar a rede assistencial
com o setor privado não lucrativo, com os mesmos conceitos de
regionalização, hierarquização e universalização...”
 Sob três condições:
• A celebração do contrato conforme as normas de direito público;
• A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios
básicos e normas técnicas do SUS
• A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do
SUS em termos de posição definida na rede regionalizada e
hierarquizada dos serviços.
i 8080
desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
Universalidade
Equidade Integralidad
e
SUSRegionalização e
Hierarquização
Resolubilidade
Descentralização
Controle Social
Participação
complementar do Setor
Privado
Princípios organizacionais
Princípios éticos/doutrinários
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
Nacional
Estadual
Municipal
Ministério da
Saúde
Secretarias
Estaduais
Secretarias
Municipais
Comissão
Tripartite
Conselho
Nacional
Conselho
Estadual
Conselho
Municipal
Nacional
Estadual
Municipal
Gestor
Comissão
Intergestores
Colegiado
Participativo
Gestor
Comissão
Intergestores
Colegiados
Deliberativos
Ministério da
Saúde
Secretarias
Estaduais
Secretarias
Municipais
Comissão
Tripartite
Comissão
Bipartite
Conselho
Nacional
Conselhos
Estaduais
Conselhos
Municipais
ESTRUTURA INSTITUCIONAL E
DECISÓRIA DO SUS
Implementação do SUS
Formalizado por portaria do MS
 Norma Operacional Básica (NOB):
 Induzir e estimular mudanças
 Aprofundar e aprimorar a implementação do SUS
 Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes
e movimentos táticos-operacionais
 Regular as relações entre seus gestores
 Normatizar o SUS
NORMATIZAÇÃO DO SUS
 Norma Operacional Básica do SUS: NOB
91, 93 e 96
 A NOB 91 equipara prestadores públicos e
privados. Municípios: essencialmente
gerentes de unidades => portanto ainda
prestadores
 NOB 93 desencadeia o processo de
municipalização da gestão (gestão
incipiente, parcial e semiplena)
 NOB 93 constitui a CIB e a CIT
 NOB 96 – Dividida em 5 grandes blocos
NORMATIZAÇÃO DO SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde
NOAS/SUS 01/2001:
 Regionalização e organização da assistência;
 Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS;
 Revisão de critérios de habilitação e
desabilitação dos estados e municípios.
NOAS/SUS 01/2002:
 Prestadores de serviços de média e alta
complexidade
 Estado - referências intermunicipais e pop
não residente
PrioridadesPrioridades
Marco jurídico-
constitucional
do SUS
Pacto pela SaúdePacto pela Saúde
Pacto em Defesa do SUS:Pacto em Defesa do SUS:Pacto em Defesa do SUS:Pacto em Defesa do SUS:
Pacto de Gestão do SUS:Pacto de Gestão do SUS:Pacto de Gestão do SUS:Pacto de Gestão do SUS:
Pacto pela Vida:Pacto pela Vida:Pacto pela Vida:Pacto pela Vida:
PACTO pela Saúde
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
AS PARTES DO TETO FINANCEIROAS PARTES DO TETO FINANCEIRO
PAB FIXO
AMB
PAB VARIÁVEL
Financia as
ações básicas de
saúdeIncentiva o
custeio de ações
especiais da
atenção básica
(funciona na
forma de
programas)
PACS
PSF
AVS/VE
AFB
Financia as
ações
ambulatoriais de
média e alta
comp.
FAE
R$ 13,00
AT. HOSP.
Financia as
internações
AIH
PPI - Programação Pactuada e IntegradaPPI - Programação Pactuada e Integrada
Financiamento do SUS
 SIOPS – Sistema de Informações sobre Orçamentos
Públicos em Saúde
 Auditorias internas e externas
Recursos Mínimos
Ano União Estado Município
2008 8,5%
2009 9%
2010 9,5%
2011 10% 12% 15%
egulamentada pelo Projeto de Lei 121/2007, aprovado em 9/4/8
Emenda constitucional 29 (1990) as esferas de governo
são obrigadas a aplicar em ações e serviços de saúde
Quanto gastamos com saúde?
Gasto nacional em saúde: % do PIB e per capita,
estimativas para 2001
Em dólares/PPP
País % PIB Per capita Índice
Alemanha 10,8 2.820 492
Austrália 9,2 2.532 442
Brasil 7,6 573 100
Canadá 9,5 2.792 487
Espanha 7,5 1.607 280
Estados Unidos 13,9 4.887 853
Reino Unido 7,6 1.989 347
Fonte: OMS – The World Helath Report, 2003
Obs.: Em dólares internacionais.
Financiamento: Público x
Privado
Reino Unido
Alemanha
Austrália
Canadá
Espanha
Brasil
Estados Unidos
Participação (%) Pública e Privada no Financiamento da Saúde
em Países Federativos e/ou de Cobertura Universal, Estimativas
para 1997.
44,1
48,7
70,6
72,0
72,0
77,5
51,3
29,4
28,0
28,0
22,5
3,196,9
55,9
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Fonte: OMS, Informe sobre la Salud en el Mundo, 2000.
Gasto Público Gasto Privado
Os Estados devem aplicar 12% de suas
receitas tributárias em programa de
saúde. Ao lado, quem está cumprindo.
Fonte:
Siops/2007
Burlando a EC 29
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
Reorientação do modelo
assistencial
 Fortalecimento da atenção primária como porta de
entrada:
 Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes
Comunitários de Saúde;
 Programas Estratégicos
Reorientação do modelo
assistencial
 Regionalização e Hierarquização da assistência
 Recursos Humanos para saúde: Pólos de capacitação,
PROMED, PITS, PROSAUDE
Objetivos da Aula
 Aspectos Históricos
 Objetivos do SUS
 Princípios do SUS
 Implementação do SUS – NOB
 Formas de financiamento do SUS
 Reorientação do Modelo Assistencial
 Considerações finais
Considerações Finais
 90% população brasileira de algum modo é usuária do
SUS
 28,6% é usuária exclusiva
 8,7% não usa os SUS
SUS – 15 anos de implantação: desafios e propostas para sua consolidação – MS - 2003
Considerações Finais
• Ampliar a participação dos estados no financiamento do
SUS
• Exigir Financiamento Tripartite (cumprimento da EC-
29 )
• Construir orçamento integrado/participativo SUS;
• Adequar o modelo de atenção às necessidades da
população
• Buscar a intersetorialidade para positivar os
determinantes e condicionantes da Saúde
Considerações Finais
 Estabelecer uma gestão participativa e
comprometida com resultados nas
unidades do SUS
 Induzir, pactuar e monitorar as relações
entre o Governo Federal, Estados e
Municípios, com ênfase no Pacto pela
Saúde
 Fortalecer a participação e o controle
social nas instâncias do SUS, permitindo
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 Fortalecer as Conferências e os Conselhos
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SUS: Da história aos desafios atuais

  • 1. SUS: DOS ASPECTOS HISTÓRICOS A ATUALIDADE Gisele Nader Bastos Médica de Família e Comunidade
  • 2. Objetivos da Aula  O objetivo principal desta apresentação é compilar dados relevantes sobre o Sistema Único de Saúde, perpassando desde seu contexto histórico até os dilemas da atualidade. Além disso, a apresentação visa despertar o interesse dos alunos para leituras complementares e mais aprofundadas sobre o tema em questão.  A aula está estruturada por tópicos a seguir descritos.
  • 3. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 4. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 5. Aspectos Históricos – Era Pré SUS  Até a década 50 – Modelo do Sanitarismo (campanhas com objetivo de sanear as cidades e garantir exportações agrícolas)  Década 60 – Atendimento médico previdenciário (a economia migra do polo rural para industrial, necessidade de atendimento médico previdenciário) http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev10/as_politicas_de_s.html Pustai OJ O Sitema de saúde do Brasil no livro Medicina Ambulatorial (Duncan et al)
  • 6. Aspectos Históricos – Era Pré SUS  Década 70 – Modelo médico-assistencial privatista (centralização da administração – época da ditadura – modelo dicotômico entre ações curativas e preventivas). Na segunda metade da década de 70 começa a expansão dos movimentos sociais e a formulação de propostas que atendessem os excluídos
  • 7. Aspectos Históricos – Era Pré SUS  Reforma Sanitária (CEBES, 1976 e ABRASCO, 1979):  Universalizar o direito a saúde;  Integralizar as ações;  Inverter a entrada no sistema de saúde;  Descentralizar a gestão;  Promover a participação e o controle social.
  • 8. Aspectos Históricos – Era Pré SUS  1980 – 7° Conferência Nacional de Saúde:  Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREV-Saúde). Pela grave crise fiscal que o pais vive naquela época, cria-se órgãos para administrar melhor os poucos recursos. O Prev- saúde, por falta de apoio político, não é implementado.  1983 - Ações Integradas de Saúde (AIS):  AIS - Discussão entre reformistas com os setores do INAMPS tentando solucionar a crise previdenciária. Executadas pelos MS-INAMPS- Secretarias estaduais Pustai OJ O Sitema de saúde do Brasil no livro Medicina Ambulatorial (Duncan et al),
  • 9. Aspectos Históricos – Era Pré SUS  1986 - 8° Conferência Nacional de Saúde: “...saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e o acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida...”
  • 10. Aspectos Históricos  1988 - Constituição Federal – Artigo 196 “ A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
  • 11. Aspectos Históricos Lei 8.080  A organização e a gestão;  As competências e atribuições das 3 esferas de governo  Funcionamento e participação complementar do setor privado  Política de recursos humanos  Recursos financeiros, planejamento e orçamentos Lei 8.142  Define a participação social  Transferências intergovernamentais de recursos de financiamento A “Lei Orgânica da Saúde é formada pelas Leis 8.080 e 8.142
  • 12. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 13. Sistema Único de Saúde (SUS) “O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público” Lei 8080, artigo 4°
  • 14. Objetivos do SUS – Definidos na lei 8.080  Identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde  Formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, o acesso universal e igualitário  Assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e preventivas; Lei 8080 no Art. 5º
  • 15. Objetivos do SUS  Execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;  Formulação da política e na execução de ações de saneamento básico  Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúdeLei 8080 no Art. 5º
  • 16. Objetivos do SUS  Vigilância nutricional e a orientação alimentar  Colaboração na proteção do meio ambiente (trabalho)  Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção Lei 8080 no Art. 5º
  • 17. Objetivos do SUS  Controle e fiscalização  de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde (substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos);  de alimentos, água e bebidas para consumo humano;  Sangue e seus derivados.  Incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico Lei 8080 no Art. 5º
  • 18. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 19. Princípios do SUS  A Constituição concretizou os princípios no que tange a Saúde  No SUS estes princípios devem se desenvolver de forma interdependente, com constante interação;  Princípios éticos/doutrinários  Princípios organizacionais/operativos
  • 21. Universalidade  A saúde é direito de cidadania e dever do Estado;  Todas as pessoas têm direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc; Lei 8080 O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 22. Princípios do SUS  Atendimento: Acesso aos serviços de saúde públicos e privados conveniados; assegurado por uma rede hierarquizada de serviços e com tecnologia apropriada para cada nível  Deixa de existir diferenças entre as populações urbanas e rurais; entre contribuintes da previdência e não contribuintes; deixa de existir os “indigentes” (não incluídos no mercado formal de trabalho)
  • 23. Equidade  O SUS deve tratar desigualmente os desiguais  Os serviços de saúde devem identificar as diferenças da população e trabalhar para cada necessidade, oferecendo mais a quem mais precisa  Reduzir disparidades regionais e sociais i 8080 desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 24. Princípios do SUS  Todo cidadão é igual perante o Sistema Único de Saúde e será atendido conforme as suas necessidades. O SUS não pode oferecer o mesmo atendimento à todas as pessoas, da mesma maneira, em todos os lugares. Se isto ocorrer, algumas pessoas vão ter o que não necessitam e outras não serão atendidas naquilo que necessitam.  Reduzir...significa a busca de um maior equilíbrio  Os serviços de saúde devem considerar que em cada população existem grupos que vivem de forma diferente, ou seja, cada grupo ou classe social ou região tem seus problemas específicos, tem diferenças no modo de viver, de adoecer e de ter oportunidades de satisfazer suas necessidades de vida.
  • 26. Integralidade  “...entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.” (lei 8.080, 7°,II)  A visão do indivíduo como um todo  As ações de promoção, de prevenção e de recuperação  Necessidade da hierarquização do sistema de saúde Lei 8080 O desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 27. Princípios do SUS  Os serviços de  saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como um ser humano integral submetido às mais diferentes situações de vida e trabalho, que o leva a adoecer e a morrer  As ações de promoção, proteção e de recuperação formam um todo indivisível que não podem ser compartimentalizadas. As unidades prestadoras de serviço com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível, configurando um sistema capaz de prestar assistência integral.
  • 28. Universalidade Equidade Integralidad e SUSRegionalização e Hierarquização Resolubilidade Descentralização Controle Social Participação complementar do Setor Privado Princípios organizacionais Princípios éticos/doutrinários
  • 29. Regionalização e Hierarquização  Este principio está ligado aos gestores municipais e estaduais.  Hierarquização em níveis crescentes de complexidade.  Regulação adequada entre os níveis do sistema (fluxo de referências e contra-referencias )
  • 30. Regionalização e HierarquizaçãoNível terciário de atenção a saúde – Hospitais de referência – Resolvem 5% dos problemas de saúde Nível secundário de atenção – Centros (ambulatórios) de referência – Resolvem 15% dos problemas de saúde Nível Primário de atenção - PSF e UBS - Responsáveis por 80% dos problemas de saúde 8080 esenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 32. Resolubilidade  É a exigência de que quando indivíduo buscar o atendimento ou quando surgir um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua complexidade. i 8080 desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 33. Descentralização  Redistribuição das responsabilidades quanto as ações e os serviços de saúde entre os vários níveis de governo  Municipalização  A Lei 8.080 e as NOBs (Norma Operacional Básica do Ministério da Saúde) que se seguiram definem precisamente o que é obrigação de cada esfera de governo i 8080 desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 34. Princípios do SUS  É a garantia constitucional de que a população através de suas entidades representativas, poderá participar do processo de formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis desde o federal até o local.  Conselhos de saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviços, com poder deliberativo (50%)
  • 35. Participação dos Cidadãos: O Controle Social  Constituição  Garante a participação da população na formulação e controle da execução das políticas de saúde  Lei 8142  Conselho de Saúde Paritário (gestores, profissionais de saúde e usuários) Municipal, estadual e federal i 8142 e Conselho de Saúde: guia de referencias para a sua organização (MS) 1994
  • 36. Controle Social  Lei 8142 • As Conferências de Saúde  nas três esferas de governo  são as instâncias máximas de deliberação  devendo ocorrer periodicamente  definem as prioridades e linhas de ação sobre a saúde. É dever das instituições oferecerem informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde i 8142 desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 37. FUNDAMENTOS DO CONTROLE SOCIAL NO SUS  O desenvolvimento da Cidadania;  A construção de espaços democráticos;  O reconhecimento de interesses diferentes e contraditórios na sociedade;  A construção de políticas e o desenvolvimento de programas e ações que beneficiem o conjunto da população;  A ação permanente;  A Vigilância, pelo cidadão, da ação do Estado objetivando o Bem ComumBem Comum e contra a prevalência dos Interesses Privados.
  • 38. Participação complementar do Setor Privado  Quando o setor público for insuficiente, o serviços privados devem ser contratados  Dar preferência aos serviços não lucrativos (hospitais Filantrópicos)  A constituição diz “...assim cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e na seqüência, complementar a rede assistencial com o setor privado não lucrativo, com os mesmos conceitos de regionalização, hierarquização e universalização...”  Sob três condições: • A celebração do contrato conforme as normas de direito público; • A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS • A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica do SUS em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. i 8080 desenvolvimento do SUS: avanços , desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes (MS e CNS, 2002)
  • 39. Universalidade Equidade Integralidad e SUSRegionalização e Hierarquização Resolubilidade Descentralização Controle Social Participação complementar do Setor Privado Princípios organizacionais Princípios éticos/doutrinários
  • 40. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 42. Implementação do SUS Formalizado por portaria do MS  Norma Operacional Básica (NOB):  Induzir e estimular mudanças  Aprofundar e aprimorar a implementação do SUS  Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos táticos-operacionais  Regular as relações entre seus gestores  Normatizar o SUS
  • 43. NORMATIZAÇÃO DO SUS  Norma Operacional Básica do SUS: NOB 91, 93 e 96  A NOB 91 equipara prestadores públicos e privados. Municípios: essencialmente gerentes de unidades => portanto ainda prestadores  NOB 93 desencadeia o processo de municipalização da gestão (gestão incipiente, parcial e semiplena)  NOB 93 constitui a CIB e a CIT  NOB 96 – Dividida em 5 grandes blocos
  • 44. NORMATIZAÇÃO DO SUS Norma Operacional de Assistência à Saúde NOAS/SUS 01/2001:  Regionalização e organização da assistência;  Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS;  Revisão de critérios de habilitação e desabilitação dos estados e municípios. NOAS/SUS 01/2002:  Prestadores de serviços de média e alta complexidade  Estado - referências intermunicipais e pop não residente
  • 45. PrioridadesPrioridades Marco jurídico- constitucional do SUS Pacto pela SaúdePacto pela Saúde Pacto em Defesa do SUS:Pacto em Defesa do SUS:Pacto em Defesa do SUS:Pacto em Defesa do SUS: Pacto de Gestão do SUS:Pacto de Gestão do SUS:Pacto de Gestão do SUS:Pacto de Gestão do SUS: Pacto pela Vida:Pacto pela Vida:Pacto pela Vida:Pacto pela Vida: PACTO pela Saúde
  • 46. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 47. AS PARTES DO TETO FINANCEIROAS PARTES DO TETO FINANCEIRO PAB FIXO AMB PAB VARIÁVEL Financia as ações básicas de saúdeIncentiva o custeio de ações especiais da atenção básica (funciona na forma de programas) PACS PSF AVS/VE AFB Financia as ações ambulatoriais de média e alta comp. FAE R$ 13,00 AT. HOSP. Financia as internações AIH PPI - Programação Pactuada e IntegradaPPI - Programação Pactuada e Integrada
  • 48. Financiamento do SUS  SIOPS – Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde  Auditorias internas e externas
  • 49. Recursos Mínimos Ano União Estado Município 2008 8,5% 2009 9% 2010 9,5% 2011 10% 12% 15% egulamentada pelo Projeto de Lei 121/2007, aprovado em 9/4/8 Emenda constitucional 29 (1990) as esferas de governo são obrigadas a aplicar em ações e serviços de saúde
  • 50. Quanto gastamos com saúde? Gasto nacional em saúde: % do PIB e per capita, estimativas para 2001 Em dólares/PPP País % PIB Per capita Índice Alemanha 10,8 2.820 492 Austrália 9,2 2.532 442 Brasil 7,6 573 100 Canadá 9,5 2.792 487 Espanha 7,5 1.607 280 Estados Unidos 13,9 4.887 853 Reino Unido 7,6 1.989 347 Fonte: OMS – The World Helath Report, 2003 Obs.: Em dólares internacionais.
  • 51. Financiamento: Público x Privado Reino Unido Alemanha Austrália Canadá Espanha Brasil Estados Unidos Participação (%) Pública e Privada no Financiamento da Saúde em Países Federativos e/ou de Cobertura Universal, Estimativas para 1997. 44,1 48,7 70,6 72,0 72,0 77,5 51,3 29,4 28,0 28,0 22,5 3,196,9 55,9 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Fonte: OMS, Informe sobre la Salud en el Mundo, 2000. Gasto Público Gasto Privado
  • 52. Os Estados devem aplicar 12% de suas receitas tributárias em programa de saúde. Ao lado, quem está cumprindo. Fonte: Siops/2007 Burlando a EC 29
  • 53. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 54. Reorientação do modelo assistencial  Fortalecimento da atenção primária como porta de entrada:  Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde;  Programas Estratégicos
  • 55. Reorientação do modelo assistencial  Regionalização e Hierarquização da assistência  Recursos Humanos para saúde: Pólos de capacitação, PROMED, PITS, PROSAUDE
  • 56. Objetivos da Aula  Aspectos Históricos  Objetivos do SUS  Princípios do SUS  Implementação do SUS – NOB  Formas de financiamento do SUS  Reorientação do Modelo Assistencial  Considerações finais
  • 57. Considerações Finais  90% população brasileira de algum modo é usuária do SUS  28,6% é usuária exclusiva  8,7% não usa os SUS SUS – 15 anos de implantação: desafios e propostas para sua consolidação – MS - 2003
  • 58. Considerações Finais • Ampliar a participação dos estados no financiamento do SUS • Exigir Financiamento Tripartite (cumprimento da EC- 29 ) • Construir orçamento integrado/participativo SUS; • Adequar o modelo de atenção às necessidades da população • Buscar a intersetorialidade para positivar os determinantes e condicionantes da Saúde
  • 59. Considerações Finais  Estabelecer uma gestão participativa e comprometida com resultados nas unidades do SUS  Induzir, pactuar e monitorar as relações entre o Governo Federal, Estados e Municípios, com ênfase no Pacto pela Saúde  Fortalecer a participação e o controle social nas instâncias do SUS, permitindo um melhor atendimento ao cidadão  Fortalecer as Conferências e os Conselhos de Saúde Nacional, Estaduais e Municipais
  • 61. FIM

Notas do Editor

  1. Fica definido na lei maior brasileira alguns conceitos fundamentais Ela determina a política de atenção universal à saúde. A seção que trata da saúde vai do artigo 196 ao 200. Uma leitura interessante para situar os direitos e deveres dos brasileiros quanto saúde e que influência em todo o organização do sistema de saude
  2. O segundo principio o da Eqüidade muitas vezes é confundido com igualdade Todo cidadão é igual perante o Sistema Único de Saúde e será atendido conforme as suas necessidades. O SUS não pode oferecer o mesmo atendimento à todas as pessoas, da mesma maneira, em todos os lugares. Se isto ocorrer, algumas pessoas vão ter o que não necessitam e outras não serão atendidas naquilo que necessitam. Reduzir...significa a busca de um maior equilíbrio Os serviços de saúde devem considerar que em cada população existem grupos que vivem de forma diferente, ou seja, cada grupo ou classe social ou regiãotem seus problemas específicos, tem diferenças no modo de viver, de adoecer e de ter oportunidades de satisfazer suas necessidades de vida.