O documento discute a comunicação e como ela constrói o indivíduo. Em três frases:
A comunicação é um processo social essencial que aproxima as pessoas e promove o desenvolvimento individual através da partilha de ideias. No entanto, é necessário que a mensagem seja compreendida, considerando as diferenças culturais entre emissor e receptor. Um bom processo de comunicação envolve vários elementos como emissor, receptor, mensagem, código e feedback para garantir que a mensagem foi recebida corretamente.
2. A NECESSIDADE DE COMUNICAR
• Comunicar vem da palavra latina communis (comum), o que
pressupõe a transmissão de ideias, a partilha.
• É o ato de transformar o individual em coletivo.
• Comunicar é uma ação eminentemente social, aproxima os seres
humanos e promove o seu desenvolvimento.
• Mas em tudo isto, é necessário que a comunicação seja
compreendida.
3. DIMENSÃO CULTURAL DA COMUNICAÇÃO
• Em geral, não entendemos pessoas de culturas diferentes da nossa,
pois estas utilizam uma informação que não nos é percetível.
• Só comunicamos se conhecermos o que condiciona e constrói o
individuo. Assim, comunicar é também um ato social.
• Neste processo de comunicação, usamos símbolos com significado
para nós, ou seja, representações concretas de uma realidade
nossa, que nos é familiar.
• Possuímos assim vários instrumentos de comunicação, como a
linguagem, que nos permite ordenar pensamentos e ideias.
4.
5. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
• Para além da dita comunicação verbal, podemos utilizar outras
formas de comunicar, de fazer passar a nossa informação: através
de gestos; com o tato; com a mímica…
• Mas comunicar é sempre um processo bidirecional, que implica uma
reação para toda a ação. Por isso, comunicar é diferente de informar.
6. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
• Para além da dita comunicação verbal, podemos utilizar outras
formas de comunicar, de fazer passar a nossa informação: através
de gestos; com o tato; com a mímica…
• Mas comunicar é sempre um processo bidirecional, que implica uma
reação para toda a ação. Por isso, comunicar é diferente de informar.
7. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Quem é ?
É a fonte
É o que codifica a mensagem
É de quem parte a mensagem
Exemplo: o professor.
EMISSOR
9. MENSAGEM
É a ideia, o sentimento, o facto que o
emissor quer tornar comum com o recetor
Exemplo: um conceito, uma teoria, uma
informação
Quem é ?
10. CÓDIGO
É um conjunto estruturado de signos
Pode ser um código linguístico, musical,
gestual…
Exemplo: a explicação oral que o professor
usa na aula ou a forma escrita que usa
quando escreve no quadro.
Quem é ?
13. CANAL
É o meio para levar a mensagem ao
recetor
Pode ser a voz (canal natural), a imprensa, fotos, jornais,
internet (canais tecnológicos)…
Exemplo: o manual que os alunos usam para acompanhar a
explicação do professor.
Quem é ?
15. FEEDBACK
É aquilo (informação de retorno)
que permite ao emissor saber se a
sua mensagem foi devidamente
recebida e compreendida;
O feedback (confirmação da mensagem) permite-nos decidir
quais os processos de comunicação que, posteriormente,
deveremos utilizar, para obter o efeito desejado.
Quem é ?
16. RUÍDOS OU BARREIRAS
São as interferências que perturbam ou
dificultam a comunicação, tornando
difícil a receção e descodificação da
mensagem.
EXEMPLO: problemas técnicos; organizacionais ou atitudes do
recetor, tais como intolerância, desinteresse e preconceitos.
Quem é ?
17. A comunicação permite:
• A integração social;
• A aprendizagem da cultura do grupo social do indivíduo;
• A socialização;
• O desenvolvimento pessoal do indivíduo;
• O desenvolvimento social do indivíduo;
• A compreensão do mundo;
• O entendimento, a partilha, a cooperação…
20. • ESTILO AGRESSIVO
– Procura dominar os outros;
– Valoriza-se à custa dos outros;
– Ignora e desvaloriza sistematicamente o que os outros fazem ou
dizem.
21. • ESTILO PASSIVO
– É, quase sempre, um explorado e uma vítima;
– Sente-se paralisado quando lhe apresentam um problema para
resolver;
– Tem medo de interromper os outros;
– Deixa que os outros abusem dele;
– Tem medo de decidir porque receia a deceção.
22. • ESTILO MANIPULADOR
– Utiliza discursos diferentes consoante os interlocutores a quem se
dirige;
– Agindo por interpostas pessoas, tira partido delas para
atingir os seus objetivos;
– Apresenta-se como um intermediário útil e vê-se como
indispensável;
– Raramente se assume como responsável pelas situações.
23. • ESTILO ASSERTIVO
– A atitude de autoafirmação também pode chamar-se de
assertividade. Autoafirmar-se significa exigir os seus direitos sem
por em causa os direitos dos outros.
24. • ESTILO ASSERTIVO
1. Está à vontade na relação com os outros;
2. Não deixa que o “pisem”;
3. É verdadeiro consigo mesmo e com os outros, pois não esconde os
seus sentimentos;
4. Em caso de desacordo procura compromissos realistas;
5. Estabelece com os outros uma relação baseada na confiança mútua;
6. Negoceia na base de interesses mútuos e não por ameaças.
25. LÓGICA E DISCURSO
• A comunicação serve também para apresentarmos as
nossas convicções e ideias, o que significa defendê-las.
Tal exige argumentação, ou seja, um encadear de
raciocínios lógicos que permitam convencer e persuadir o
recetor.
• A lógica é, então, a ciência que avalia a validade de uma
conclusão face aos argumentos apresentadas,
independentemente da verdade das conclusões.
• Uma conclusão pode ser falsa, apesar de formalmente ser
• válida.
26. LÓGICA
A Lógica ajuda a:
• Clarificar a analisar o pensamento e a linguagem.
• Assegurar a eficácia demonstrativa e argumentativa do pensamento.
• Garantir a correção formal do raciocínio e a coerência do discurso.
• Definir os conceitos, ordenar s noções, obter conclusões formalmente
seguras, evitar sofismas e ambiguidades, detetar erros no
desenvolvimento das argumentações.
27. RACIOCÍNIO VS ARGUMENTO
Raciocínio
• Ato mental que permite passar de certos juízos (ou atos mentais pelos
quais se afirma ou nega uma relação entre conceitos) a outros juízos,
ligando-os uns aos outros. Opera uma síntese entre juízos.
• Consiste em relacionar juízos ou proposições (frase declarativa da
qual se pode dizer que é verdadeira ou falsa) já conhecidas de modo a
tirar da sua conexão um outro juízo ou proposição nova ainda
desconhecida.
28. RACIOCÍNIO VS ARGUMENTO
Argumento
• Expressão verbal do raciocínio
• Um argumento é um conjunto de proposições, no mínimo duas,
relacionadas entre si segundo uma estrutura tal que uma, e só uma, é
conclusão do argumento e outra/ outras é/ são premissa/premissas do
argumento.
29. RACIOCÍNIO VS ARGUMENTO
Estrutura do argumento
• Todo o raciocínio/ argumento é constituído por:
1. Premissa ou premissas, ou seja, as proposições que são afirmadas ou
supostas como suporte ou apoio da conclusão;
2. Conclusão, a proposição que se afirma com base na outras ou outras
proposições do argumento;
3. Estrutura ou forma: nexo lógico entre premissa ou premissas e
conclusão.
30. RACIOCÍNIO DEDUTIVO
• A relação entre premissas e conclusão é de necessidade lógica: uma
vez admitidas as premissas, é forçoso aceitar a conclusão que deriva
inevitavelmente.
• O silogismo é a forma mais conhecida de raciocínio dedutivo.
“Argumento dedutivo geralmente formado por três proposições em
que de duas delas, que funcionam como premissas, se extrai outra
proposição que é a sua conclusão ou consequente.”
31. Premissas ou
Antecedente
Silogismo A
“Todos os cães são
espertos. Os galgos
são cães.”
Silogismo B
“Se adormeço,
não vejo o filme.
Adormeço.”
Silogismo C
“Ou vou ao
cinema, ou vou à
praia. Vou à
praia.”
Conclusão ou
Consequência
“ Os galgos são
espertos.”
“Não vejo o
filme.”
“Não vou ao
cinema.”
• Regras básicas: de duas premissas negativas não se podem tirar
conclusões; de duas premissas afirmativas não se pode tirar uma
conclusão negativa; de duas premissas independentes nada se pode
concluir.
32. • A lógica pretende perceber como as conclusões são obtidas,
independentemente de partirem de razões erradas, o que pode
originar uma falácia.
• Falácia: Argumento aparentemente verdadeiro, mas que o não é, quer
por parte de premissas falas, quer porque contém algum erro no
processo argumentativo. Por exemplo:
– “O poder tende a corromper.
– O conhecimento é poder.
– Portanto, o conhecimento tende a corromper.”
Aqui, o termo “poder”, utilizado equivocamente, vale por dois termos.
33. ARGUMENTOS
• Se as premissas são verdadeiras, então é impossível que a
conclusão seja falsa;
• A conclusão deriva necessariamente das premissas.
• É válido;
• Tem premissas verdadeiras.
ARGUMENTO
VÁLIDO
ARGUMENTO
SÓLIDO
ARGUMENTO
INVÁLIDO
• Se as premissas são verdadeiras, é possível que a conclusão
seja falsa;
• A conclusão não deriva necessariamente das premissas.
34. REGRAS DO DISCURSO
• Argumentar é procurar coerência entre as ideias apresentadas ao
longo de um discurso, para convencer o outro das nossas
convicções.
• Uma boa comunicação deve, assim, ser:
‒ Compreensível;
‒ Válida;
‒ Eficiente;
‒ Eficaz;
‒ Útil.
35. COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO
• Desenvolver a confiança na nossa capacidade;
• Conhecer o nosso público;
• Ser claro e objetivo;
• Antecipar objeções à nossa argumentação;
• Ter em atenção o tempo e a forma usada na comunicação da
mensagem pretendida.