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Figuras de linguagem
1. FIGURAS DE LINGUAGEM
Pleonasmo
Ocorre o pleonasmo quando, para reforçar uma idéia, utilizamos palavras redundantes.
Ele vive uma vida bem difícil.
Sorriu para Holanda um sorriso de pavor
Chovia uma triste chuva de resignação
E rir meu riso e derramar meu pranto
Morrerás morte vil na mão de um forte
O cadáver de um defunto morto que já faleceu
Eu nasci, há dez mil anos atrás.
Foi o que vi com meus próprios olhos
Eu canto um cantar matinal
Maluco da cabeça
Subir para cima
Descer para baixo
Entrar para dentro
Sair para fora
Hemorragia de sangue
Pessoa Humana
Unanimidade de todos
Última versão definitiva
Acabamento final
Amanhecer o dia
Surpresa inesperada
Conviver junto
Encarar de frente
Gritar alto
Certeza absoluta
Cheirar com o nariz
Elo de ligação
Dupla de Dois
Verdade verdadeira
Olhar com os olhos
Lamber com a língua
Se está maluco, só pode ser da cabeça.
Se está subindo, só pode ser para cima.
Se está descendo, é para baixo.
Se está entrando, é para dentro.
Se está saindo, é para fora.
A hemorragia já é um derramamento de sangue para fora dos vasos.
Se é uma pessoa, só pode ser humana. Utiliza-se para diferenciar da
Pessoa Jurídica.
Se é unânime se trata de todos.
Se é a última versão, será a definitiva. A menos que seja a última até
aquele momento.
Se é um acabamento, só pode ser final.
Se está a Amanhecer, só pode ser o dia.
Se é uma surpresa, logo, será inesperada.
Se uma pessoa está convivendo com outra, só pode ser junto.
Se a pessoa está encarando, só pode ser de frente.
Se uma pessoa grita, só pode ser alto.
Se uma pessoa tem certeza, ela só pode ser absoluta.
Se uma pessoa cheira, tem que ser com o nariz.
Se é um elo, apenas é de ligação.
Se é dupla, tem que ser de dois
Se é uma verdade, só pode ser verdadeira.
Se uma pessoa está olhando, só pode ser com os olhos.
Se a pessoa lambe, só é possível com a língua.
2. Isto é um fato real
Multidão de Pessoas
Morder com os dentes
Estreia pela primeira vez
Cala a boca
Goteira no teto.
Panorama geral
Prefiro mais
Mais melhor
Ganhar de graça
Criar novas
Própria autobiografia
Infarto do coração
Há muitos anos atrás
Países do mundo
Viúvo(a) do falecido(a)
Fato verídico
Almirante da marinha
Demente mental
Decapitar (ou guilhotinar) a
cabeça
Suicidou(-se) a si mesmo
Comer com a boca
Prefeito municipal
Amanhecer o dia
Andar os pés
Adiar para depois
Sussurrar baixo
Comparecer pessoalmente
Conclusão final
Mar salgado
Se é fato, é real.
Se é uma multidão, só pode ser de pessoas.
Se a pessoa morde, só pode ser com os dentes.
Se é estreia,tem que ser a primeira vez.
Se é para se calar, tem de ser da boca.
Se é goteira, é no teto; se é na parede, escorre; no chão é poça.
Se é um panorama, vai ser uma abordagem geral.
Se você prefere algo, é óbvio que irá gostar mais daquilo.
Se alguma coisa é melhor, obviamente será mais conveniente.
Se você ganha alguma coisa, ela é de graça. Se não fosse, seria uma
compra.
Se você cria alguma coisa, logo ela é nova.
A autobiografia é a sua própria biografia.
O infarto é uma lesão que afeta o miocárdio.
Se algo ocorreu há muitos anos, certamente será do pretérito.
Os países estão localizados no mundo (planeta).
Se ele(a) é viúvo(a), seu marido(esposa) está falecido(a).
Se é um fato, é algo verdadeiro. Se é verdadeiro, é verídico.
Só existe essa espécie de patente na marinha.
A demência é uma deficiência que afeta a mentalidade.
Se você decapita alguém, está retirando a cabeça desse sujeito.
Se alguém se suicida, ele o mata.
Se você está comendo alguma coisa, só é possível com a boca.
Se alguém é prefeito, governa um município.
Se o dia está começando, ele está amanhecendo.
Se andamos, utilizamos os pés.
Se algo está sendo adiado, ele ficará para depois.
Se é sussurro, é baixo.
Se você comparece, está apresenta-se em um local.
Se é conclusão, está no epílogo.
Se é mar, tem sua água salgada.
3. Metonímia
Ocorre a metonímia quando, em vista de uma relação de contigüidade ou de afinidade, uma
palavra é empregada em lugar de outra. Temos a metonímia quando empregamos:
Autor pela obra:
Lemos Machado de Assis por interesse. Ninguém, na verdade, lê o autor, mas as obras dele em geral.
Adoro ler Clarice Lispector, ouvir Chico Buarque e assistir a Almodóvar. (Adoro ler romances de
Clarice Lispector, ouvir músicas de Chico Buarque e assistir a filmes de Almodóvar.)
Contentor pelo conteúdo
Bebeu um copo de água. Ninguém "bebe" um copo, mas sim a bebida que está nele.
Beberam apenas uma taça de champagne ? Ninguém "bebe" uma taça, mas sim a bebida que está nela.
Possuidor pelo possuído:
Ir ao barbeiro. O barbeiro trabalha na barbearia, aonde se vai — de fato, ninguém vai a uma pessoa,
mas ao local onde ela está.
Matéria pelo objeto:
Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Ferro substitui, aqui, espada, por exemplo.
O lugar pela coisa:
Uma garrafa de Porto. (Porto é o nome da cidade conotada com a bebida — não é a cidade que fica na
garrafa, mas sim a bebida.
O abstrato pelo concreto:
A juventude é corajosa e nem sempre consequente. Juventude pela palavra „jovens‟.
A coisa pela sua representação (sinal pela coisa significada):
És a minha âncora. Em substituição de "segurança".
Instituição pelo que representa:
A igreja publicou seu novo livro. Quem publica é uma editora ou alguém.
Causa primária pela secundária:
O engenheiro construiu mal o edifício. O engenheiro não constrói, só planeja.
O inventor pelo invento:
Ele comprou um Ford. Observe que estamos falando do criador, não da marca.
O concreto pelo abstrato (e vice-versa):
A velhice deve ser respeitada. Não é a velhice e sim os idosos.
Gênero pela espécie:
Os mortais são capazes de tudo. Aqui „os mortais‟ refere-se apenas aos seres humanos.
O singular pelo plural (e vice-versa):
O brasileiro é um apaixonado pelo futebol. Não é só um brasileiro e sim todos eles.
A matéria pelo objeto:
Tirem os cristais. Não estamos nos referindo aos cristais e sim aos copos.
A forma pela matéria:
Ele cuida com carinho da redonda. Por redonda entende-se bola.
Individuo pelas classes:
Odiava ser o Judas da sala (aqui, Judas refere-se ao traidor, dedo-duro)
4. Metáfora
É a palavra ou expressão que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas.
Eu sou um poço de dor e amargura"
"Sou um cachorro sem sentimentos"
"Seus olhos são dois oceanos"
"Cada fruto desta árvore é um pingo de ouro"
"Meu pensamento é um rio subterrâneo"
"Rafael é um gato"
"Essa menina é uma flor"
"Esse menino é um filé"
"É um ato de falta de grandeza desprezar o desejado pássaro depois que ele pousa em suas
mãos"
"Em sua sincera dissimulação ele usou uma máscara feita com o molde de seu próprio rosto"
"Os Lenhadores da Ilusão jamais obterão êxito na floresta da minha verdade"
"Jamais deveriam ser asfaltados os bosques e campos floridos de um ingênuo coração"
"Amor é fogo que arde sem se ver"
“O fogo dançava com a chuva” ( Metáfora = personificação)
“ A lua roubara todo o seu brilho, naquela noite” (Metáfora = personificação)
“ Eles morreram de rir com a peça”. (Metáfora = hipérbole)
“ Choveu mais de meia hora sem parar, foi um dilúvio!” (Metáfora = hipérbole)
COMPARAÇÃO
Atribuir características de um ser a outro, em virtude de uma determinada semelhança.
Exemplo:
O meu coração está igual a um céu cinzento.
O carro dele é rápido como um avião.
Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico.
Meu dia foi como um filme de terror.
Tal qual Joana, ela também me largou.
Assim como você, eu não sou idiota.
O que seu amado é mais do que os outros,
Ó mais bela das mulheres?
O que seu amado é mais que os outros,
Para assim nos conjurar?