Medidas de Saúde Coletiva: Epidemiologia, Prevenção e Classificação
1. Medidas de Saúde Coletiva
Epidemiologia
Professora Adriana Amaral
2. Medidas de Saúde Coletiva
CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA
Saúde – pode ser definida como “ausência de
doença”
“Saúde é um completo estado de bem-estar
físico, mental e social, e não meramente
ausência de doença.” (OMS, 1948)
3. Medidas de Saúde Coletiva
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
- FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
- Fase inicial (ou de suscetibilidade)
- Fase patológica pré-clínica
- Fase Clínica
- Fase de incapacidade residual
4. Medidas de Saúde Coletiva
1- Fase Inicial (ou de suscetibilidade) – Nesta fase ainda
não há doença propriamente dita, mas existe o risco de
adoecer.
2. Fase Patológica pré-clínica – a doença ainda está no
estágio de ausência de sintomas, mas o organismo
apresenta alterações patológicas
3. Fase Clínica – a doença já se encontra em estágio
adiantado, com diferentes graus de acometimento.
4. Fase de incapacidade residual – a doença pode progredir
para a morte, ou as alterações se estabilizam.
5. Medidas de Saúde Coletiva
• Etiologia e Prevenção
• São aspectos muito relacionados. O conhecimento da
etiologia, indica melhores caminhos para a
prevenção.
• Etiologia (pré-patogênica) - Para possibilitar
melhores oportunidades de prevenção dos agravos, é
importante o conhecimento da causa da doença.
• Etiologia (fase patológica) - O conhecimento
permite adotar critérios para diagnóstico e
tratamento.
6. FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA
• Endógenos: Fatores determinantes que, no quadro
geral da ecologia da doença, são inerentes ao
organismo e estabelecem a receptividade do
indivíduo.
• Herança genética.
• Anatomia e fisiologia do organismo humano.
• Estilo de vida.
Medidas de Saúde Coletiva
7. FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA
• Exógenos: Fatores determinantes que dizem
respeito ao ambiente.
• Ambiente biológico: determinantes biológicos.
• Ambiente físico: determinantes físico-químicos.
• Ambiente social: determinantes sócio-culturais.
Medidas de Saúde Coletiva
8. Medidas de Saúde Coletiva
Classificação dos agentes de doenças
1 – Biológicos – bactérias e vírus
2- Genéticos – translocação de cromossomos
(síndrome de Down)
3- Químicos – nutrientes, drogas, gases, fumo, álcool
4- Físicos – radiação, atrito e impacto de veículos a
motor
5 – Psíquicos ou psicossociais – estresse do
desemprego, trabalho
9. Medidas de Saúde Coletiva
MEDIDAS PREVENTIVAS
• Promoção da saúde
• Proteção específica
• Diagnóstico precoce
• Tratamento adequado
• Limitação da incapacidade
• Reabilitação
10. Medidas de Saúde Coletiva
CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS
• MEDIDAS INESPECÍFICAS E ESPECÍFICAS –
• As medidas inespecíficas - São medidas gerais, com
o objetivo de promover o bem-estar das pessoas.
• As medidas específicas – são medidas restritas,
incluem as técnicas próprias para lidar com cada dano
em particular.
11. Medidas de Saúde Coletiva
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
1. Prevenção Primária – são ações dirigidas para a
manutenção da saúde. Ex: educação para
saúde e saneamento ambiental.
2. Prevenção Secundária – ações que visam a
prevenção para regredir a doença.
3. Prevenção Terciária - as ações se dirigem à fase
final do processo, visa reabilitar o paciente.
12. Medidas de Saúde Coletiva
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
• 1. Promoção da Saúde – ações destinadas para
manter o bem-estar, sem visar nenhuma doença.
• Educação sanitária
• Alimentação e nutrição adequadas
• Habitação adequada
• Emprego e salários adequados
• Condições para a satisfação das necessidades
básicas para o indivíduo.
13. Medidas de Saúde Coletiva
2. Proteção específicas – inclui medidas para
impedir o aparecimento de uma determinada
doença
• Imunização
• Exame pré-natal
• Quimiprofilaxia
• Fluorretação da água
• Eliminação de exposição a agentes
carcinogênicos
• Saúde Ocupacional
14. Medidas de Saúde Coletiva
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
• Inquéritos para descoberta de casos na comunidade
•Exames periódicos, individuais, para detecção
precoce de casos
•Isolamento para evitar a propagação de doenças
•Tratamento para evitar a progressão da doença
15. Medidas de Saúde Coletiva
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
• Reabilitação (impedir a incapacidade total)
• Fisioterapia
• Terapia ocupacional
• Emprego para o reabilitado
• Melhores condições de trabalho para o deficiente
• Educação para o público para aceitação dos deficientes
• próteses e órteses
16. Medidas de Saúde Coletiva
MEDIDAS UNIVERSAIS, SELETIVAS E INDIVIDUALIZADAS
MEDIDAS UNIVERSAIS: são recomendações para todas as
pessoas, são aplicadas com ou sem assistência
profissional.
MEDIDAS SELETIVAS: recomendadas somente para
subgrupos da população, que estão em alto risco de
adoecer, identificadas por sexo, idade, ocupação ou outra
característica marcante.
MEDIDAS INDIVIDUALIZADAS: aplicadas a um indivíduo
que está em alto risco para desenvolvimento futuro da
doença.
17. Medidas de Saúde Coletiva
INCIDÊNCIA – A incidência de uma doença é, estritamente, representada pelo
número de novos casos surgidos a cada ano na população
PREVALÊNCIA – Número de casos clínicos ou de portadores existentes em um
determinado momento, em uma comunidade, dando uma idéia estática da ocorrência do
fenômeno
SURTO - É uma ocorrência epidêmica em lugares estritamente limitado, como: escola,
quartel, apartamentos, etc
ENDEMIA- doença localizada em um determinado local, não se espalhando para as
outras comunidades, chamadas de faixas endêmicas, porém contínuas.
EPIDEMIA - Quando a doença é caracterizada apenas por uma parte da população, é
temporário.
PANDEMIA -é uma epidemia que atinge grandes proporções, como países e
continentes, causando inúmeras mortes destruindo cidades e regiões inteiras.
18. •Referências bibliográficas
•MINAYO M.C.S. Saúde – doença: uma concepção popular
da etiologia. Cadernos de Saúde Pública, RJ. 4(4):363-381,
1988.
•PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Ed.
Guanabara Koogan. 1995. Capítulo 3: Saúde e Doença.
•ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Saúde. 6º edição.
MEDSI, Rio de Janeiro, 2003, Capítulo 2: Epidemiologia,
História Natural e Prevenção de Doenças.
•KNAUTH D.R; de OLIVEIRA F.A. Capítulo 15 -
Antropologia e atenção Primária à Saúde. Em: Medicina
Ambulatorial. Fundamentos e Práticas em Atenção Primária à
Saúde.