Este documento fornece um resumo dos principais conceitos do Doppler ultrassônico, incluindo o efeito Doppler, hemodinâmica, análise espectral e artefatos. É apresentada a física por trás da velocidade do fluxo sanguíneo e como o Doppler pode ser usado para medir fluxos laminar e turbulento em diferentes vasos sanguíneos.
3. Efeito Doppler
Johann Christian Andreas Doppler
Físico Austríaco
1803 – 1853
Sobre as Cores da Luz Emitida pelas Estrelas Duplas
(Über das farbige Licht der Doppelsterne), 1842
Diretor do Instituto de Física e professor de Física
Experimental na Universidade de Viena.
4. Efeito Doppler
Christoph Hendrik Diederik Buys Ballot
Meteorologista Holandes
1817 - 1890
Comprovou o efeito Doppler com o som em
1845
5. Efeito Doppler
É a variação da frequência e
comprimento de ondas quando há
uma velocidade relativa entre fonte e
observador.
6. Efeito Doppler
Q
λ = comprimento de onda
F = frequência
C = velocidade do somC = λ x F
7. Efeito Doppler
λ = comprimento de onda
F = frequência
C = velocidade do somC = λ x F
menor λ
maior F
13. Velocidade de Fluxo
A fórmula da velocidade permite o seu cálculo a partir
do desvio Doppler:
Df = 2 . F . V . cos Q / C
V = Df . C / 2F . cos Q
V: velocidade do fluxo
Df: Frequencia Doppler ou Diferença de frequencia
C: constante de velocidade do US no meio (1.540 m/s)
F: frequência de emissão do transdutor
Q: ângulo de incidência do feixe de US.
15. Ângulo de Insonação
Você deve informar com a maior exatidão
possível a direção do fluxo
Deve ser menor ou igual a 60º
Por que?
Porque vasos não são retas absolutas
Não há certeza da exata direção do fluxo
Para ângulos maiores que 60º pequenos desvios
levam a grandes variações
16. Ângulo de Insonação
Você deve informar com a maior exatidão
possível a direção do fluxo
Deve ser menor ou igual a 60º
Por que?
Porque vasos não são retas absolutas
Não há certeza da exata direção do fluxo
Para ângulos maiores que 60º pequenos desvios
levam a grandes variações
17. Ângulo de Insonação
Você deve informar com a maior exatidão
possível a direção do fluxo
Deve ser menor ou igual a 60º
Por que?
Porque vasos não são retas absolutas
Não há certeza da exata direção do fluxo
Para ângulos maiores que 60º pequenos desvios
levam a grandes variações
18. US Doppler em Medicina
Doppler contínuo
Doppler pulsado
Doppler de amplitude
Doppler colorido
Avaliação espectral
19. Doppler Contínuo
1 cristal emissor contínuo
1 cristal receptor contínuo
Detecção às cegas
Detecção de altas velocidades
Baixo custo
Inclui todos os vasos da região
Não seleciona vasos específicos
20. Doppler Pulsado
1 cristal emissor pulsátil e receptor
Seleciona o vaso a ser estudado
Possibilita variar o tamanho da amostra
Custo elevado
Limite para fluxos de alta velocidade
22. Doppler de Amplitude
Power Doppler, Angio Doppler
Mais sensível que o Doppler colorido
Não diferencia direção do fluxo
Menos dependente do ângulo de insonação
24. Doppler Espectral
Onda de velocidades de fluxo – O.V.F.
Velocidades de fluxo ao longo do tempo
25. Hemodinâmica
Movimentação do sangue
5 litros de sangue
Coração
Aorta / Veia Cava (superior e inferior)
Rede capilar
26. Hemodinâmica
Conceitos básicos derivados da reologia
rheo= fluxo logos= estudo
Fluidos
Líquidos e gases – assumem a forma do continente
Densidade – massa – inércia-aceleração
Viscosidade – resistência intrínseca ao fluxo
28. Hemodinâmica
Pressão
Força por unidade de área
Para ocorrer fluxo é necessário haver diferença
de pressão – gradiente de pressão
29. Hemodinâmica
Volume de fluxo
Volume de fluxo = diferença de pressão
resistência ao fluxo
Resistência ao fluxo
Viscosidade
Diâmetro do vaso
Comprimento do vaso
30. Hemodinâmica
Volume de fluxo
Volume de fluxo = diferença de pressão
resistência ao fluxo
Resistência ao fluxo
Resistência ao fluxo = 128 . comp . viscosidade
. diâmetro4
Volume de fluxo = diferença de pressão . . diâmetro4
128 . comp . viscosidade
31. Fluxo Pulsátil
Dinâmica do ciclo cardíaco
Variação de pressão
Resistência periférica
Inércia do fluido
Elasticidade dos vasos
47. Estenose
Volume de fluxo vs. Estenose
Qualquer estenose altera o volume de fluxo?
A estenose aumenta a velocidade. E o fluxo?
Mecanismo de compensação
Adaptado de: Spencer MP. Stroke 10(3):326-330. 1979
53. Velocidade de pico sistólico (m/s ou cm/s)
Velocidade diastólica (m/s ou cm/s)
Aceleração
Tempo (s ou ms)
Índice (m/s² ou cm/s²)
Análise Espectral
Avaliação quantitativa
57. Aliasing
Ocorre quando a taxa de pulsos é insuficiente
para medir a velocidade do fluxo da amostra
Se a frequência Doppler for maior que a metade
do PRF – Frequência de Nyquist
fN = PRF/2
Os fluxos de frequência mais alta serão
representados com o sinal invertido ou abaixo
da linha de base.
59. Aliasing
Como corrigir?
Aumentar o PRF / Escala de velocidades
Deslocar a linha de base
Aumentar o ângulo de insonação
Utilizar transdutores de frequência mais baixa
60. Artefato “em espelho”
Espectral (Ambiguidade Direcional):
Imagem semelhante à curva verdadeira em sentido oposto na
curva espectral
Mais comum em pequenos vasos
Geralmente com sinal mais fraco
Causas:
Ângulo Doppler próximo a 90º
Ganho muito alto
Colorido
Imagem de fluxo colorido espelhada em estrutura reflexiva
65. Clutter
Sinais indesejáveis causados por sinais de baixa
frequência decorrentes de movimentos das
paredes dos vasos
Pode ser corrigido com o filtro de parede
67. Twinkling
Descrito em 1996 por Rahmouni e cols.
Artefato de cor posterior a estrutura estacionária
fortemente reflexiva, preferencialmente de
superfície irregular ou granular – como cálculos
renais
Mais comum com PRF baixo
O filtro de parede pode excluir o sinal
71. Volume de amostra inadequado
Volume amostral grande demais
Fluxo de mais de um vaso no mesmo volume de
amostra
72. Instrumentação
Box / Steer
Volume da amostra
Ganho
PRF / Escala de Velocidades
Linha de base
Filtro de parede
Prioridade
73. Box / Steer
Caixa / Angulação (direção)
Doppler colorido ou de amplitude
Seleciona a área de interesse para o mapeamento
do fluxo
Quanto maior o box, menor o frame rate
O steer permite o ajuste eletrônico do ângulo de
insonação para otimizar o sinal Doppler
78. Ganho / Escala de Velocidades (PRF)
Regra básica
O ganho deve ser o mais alto possível , limitado pelo ponto
em que gerar artefatos onde não há vasos
A escala de velocidades (PRF) deve ser a menor possível até
gerar aliasing
Muitas exceções
Aumentar o ganho e reduzir o PRF para pequenos vasos, de
difícil visualização
Aumentar o PRF para excluir vasos de baixa velocidade de
fluxo que não interessem no momento
80. Filtro de parede
Para excluir fluxos de baixa velocidade que não
interessem – artefatos de parede e clutter
Filtros muito altos podem impedir a detecção de
fluxos que interessem
Ajustar com critério em cada caso
O austríaco Christian Doppler foi o primeiro a explicar o efeito que tem seu nome e também o primeiro a aplicá-lo erradamente. Ele previu que um som tem sua tonalidade aumentada se a fonte sonora se aproxima do ouvinte.
Doppler cometeu um engano em seu artigo que tinha como título Sobre a Luz Colorida das Estrelas Duplas. Pelo título você já pode ver que Doppler pensava que a cor das estrelas era devida ao deslocamento delas em relação ao observador. Por exemplo, uma estrela que se afastasse de nós deveria ser avermelhada pois a luz emitida por ela seria deslocada para menores freqüências (lado vermelho do espectro visível).
Esse efeito foi verificado experimentalmente pelo holandês Buys-Ballot, dois anos depois da publicação do artigo de Doppler.
É a variação da frequencia e comprimento de ondas (mecânicas ou eletromagnéticas) quando há uma velocidade relativa entre fonte e observador.
Df = 2 . F . V . cos Q / C
1
rheo= fluxo logos= estudo
Reologia: ramo da fluidodinâmica = mecânica dos fluidos
luxo laminar é o tipo de fluxo onde existe um mínimo de agitação das várias camadas do fluido.
As diferentes secções do fluido se deslocam em planos paralelos, ou em círculos concêntricos coaxiais (tubo cilíndrico), sem se misturar. Um fluxo laminar é definido como um fluxo em que o vector velocidade é aproximadamente constante em cada ponto do fluido. Num fluxo laminar as linhas de corrente não se cruzam, tal como descrito pela figura.
Hipertensão arterial - o principio do fluxo laminar silencioso é utilizado para determinar a fase 4 dos sons de Korotkoff. Nesta fase o fluxo é silencioso e a pressão arterial do início desta fase é considerada como a pressão arterial diastólica no método auscultatório de medida de pressão arterial.
luxo laminar é o tipo de fluxo onde existe um mínimo de agitação das várias camadas do fluido.
As diferentes secções do fluido se deslocam em planos paralelos, ou em círculos concêntricos coaxiais (tubo cilíndrico), sem se misturar. Um fluxo laminar é definido como um fluxo em que o vector velocidade é aproximadamente constante em cada ponto do fluido. Num fluxo laminar as linhas de corrente não se cruzam, tal como descrito pela figura.
Hipertensão arterial - o principio do fluxo laminar silencioso é utilizado para determinar a fase 4 dos sons de Korotkoff. Nesta fase o fluxo é silencioso e a pressão arterial do início desta fase é considerada como a pressão arterial diastólica no método auscultatório de medida de pressão arterial.
luxo laminar é o tipo de fluxo onde existe um mínimo de agitação das várias camadas do fluido.
As diferentes secções do fluido se deslocam em planos paralelos, ou em círculos concêntricos coaxiais (tubo cilíndrico), sem se misturar. Um fluxo laminar é definido como um fluxo em que o vector velocidade é aproximadamente constante em cada ponto do fluido. Num fluxo laminar as linhas de corrente não se cruzam, tal como descrito pela figura.
Hipertensão arterial - o principio do fluxo laminar silencioso é utilizado para determinar a fase 4 dos sons de Korotkoff. Nesta fase o fluxo é silencioso e a pressão arterial do início desta fase é considerada como a pressão arterial diastólica no método auscultatório de medida de pressão arterial.
luxo laminar é o tipo de fluxo onde existe um mínimo de agitação das várias camadas do fluido.
As diferentes secções do fluido se deslocam em planos paralelos, ou em círculos concêntricos coaxiais (tubo cilíndrico), sem se misturar. Um fluxo laminar é definido como um fluxo em que o vector velocidade é aproximadamente constante em cada ponto do fluido. Num fluxo laminar as linhas de corrente não se cruzam, tal como descrito pela figura.
Hipertensão arterial - o principio do fluxo laminar silencioso é utilizado para determinar a fase 4 dos sons de Korotkoff. Nesta fase o fluxo é silencioso e a pressão arterial do início desta fase é considerada como a pressão arterial diastólica no método auscultatório de medida de pressão arterial.
There is a relationship between the peak systolic velocity elevation and the severity of an internal carotid artery stenosis. This relationship formed the basis for evaluating carotid stenosis with Doppler ultrasound.
As graphically shown above, there is little change in PSV until an obstruction involves about 50% of the vessel diameter. After that point, as the vessel narrows the PSV increases quite significantly, until over 80%, when the velocities begin to decline dramatically for incremental decreases in diameter, until all flow is lost with occlusion. Essentially, these changes in velocity can counter vessel narrowing, so no change occurs in total blood flow until approximately 60% of the lumen is decreased. After about 80% the fall in blood flow becomes precipitous. The graph above is theoretical and does not consider turbulent flow, but does give a good visual representation of the relationship between velocity and luminal reduction.
Occlusion is determined by the absence of a Doppler signal and by color Doppler imaging with the scale set low to detect low flow states (a “string sign”.)
The relationship between percent stenosis and velocity is consistent enough to allow use of the PSV to grade stenosis. Use of the end diastolic velocity (EDV) can assist in further differentiation in the 70% and greater categories. Criteria should be internally validated, and there are some issues regarding equipment and operator variables that can be minimized if care is taken to maintain quality assurance.
Mirror-image artifact. (A) Anterior true vessel and (B) posterior mirror image of subclavian artery show
identical spectra. Mirror in case is pleura (arrows). (C) Similar situation is noted with subclavian vein anteriorly
and (D) its mirror image posteriorly with pleura (arrows) between them. Mirror-image vein should not be
mistaken for collateral vessel.
Longitudinal CDUS image through infant testis shows arterial spectral Doppler waveform with
equal amplitude above and below baseline, yielding an indeterminate flow direction. This occurs most often in
small vessels.
Flash artifact: patient motion. (A) Longitudinal CDUS through the left lobe of liver with flash artifact (arrows)
produced by respiratory motion. (B) Longitudinal CDUS with no motion shows normal vascular flow with no artifact.
Flash artifact: transducer motion. (A) Longitudinal CDUS of the left testis with flash artifact (arrows)
caused by transducer motion. (B) Without motion, normal testicular vessels are easily identified.
Twinkling artifact. (A) Longitudinal image of bladder shows typical ureterovesical junction stone (arrow)
with posterior shadow. (B) Transverse CDUS image of bladder shows right ureteral calculus (arrow) and twinkling
artifact generated posteriorly (arrowheads). (C) Power Doppler also generates signal (arrowheads) posterior to
stone. (D) Corresponding Doppler spectrum through twinkling color shows equal amplitude noise above and
below baseline. Same spectral tracing is generated whether color or power Doppler images “twinkle.” (From
Campbell Campbell SC, Cullinan JA, Rubens DJ. Slow flow or no flow? Color and power Doppler US pitfalls in the
abdomen and pelvis. Radiographics 2004;24:497–506; with permission.)
Twinkling artifact in carotid. (A) Twinkling artifact (arrowheads) occurs behind calcifications (arrows) in
atherosclerotic plaque, not to be mistaken for ulceration and disturbed flow. (B) Calcifications (arrows) are better
visualized on gray-scale image. (From Campbell SC, Cullinan JA, Rubens DJ. Slow flow or no flow? Color and power
Doppler US pitfalls in the abdomen and pelvis. Radiographics 2004;24:497–506; with permission.)
Twinkling artifact. (A) Longitudinal image of bladder shows typical ureterovesical junction stone (arrow)
with posterior shadow. (B) Transverse CDUS image of bladder shows right ureteral calculus (arrow) and twinkling
artifact generated posteriorly (arrowheads). (C) Power Doppler also generates signal (arrowheads) posterior to
stone. (D) Corresponding Doppler spectrum through twinkling color shows equal amplitude noise above and
below baseline. Same spectral tracing is generated whether color or power Doppler images “twinkle.” (From
Campbell Campbell SC, Cullinan JA, Rubens DJ. Slow flow or no flow? Color and power Doppler US pitfalls in the
abdomen and pelvis. Radiographics 2004;24:497–506; with permission.)
Twinkling artifact in carotid. (A) Twinkling artifact (arrowheads) occurs behind calcifications (arrows) in
atherosclerotic plaque, not to be mistaken for ulceration and disturbed flow. (B) Calcifications (arrows) are better
visualized on gray-scale image. (From Campbell SC, Cullinan JA, Rubens DJ. Slow flow or no flow? Color and power
Doppler US pitfalls in the abdomen and pelvis. Radiographics 2004;24:497–506; with permission.)
Twinkling artifact. (A) Longitudinal image of bladder shows typical ureterovesical junction stone (arrow)
with posterior shadow. (B) Transverse CDUS image of bladder shows right ureteral calculus (arrow) and twinkling
artifact generated posteriorly (arrowheads). (C) Power Doppler also generates signal (arrowheads) posterior to
stone. (D) Corresponding Doppler spectrum through twinkling color shows equal amplitude noise above and
below baseline. Same spectral tracing is generated whether color or power Doppler images “twinkle.” (From
Campbell Campbell SC, Cullinan JA, Rubens DJ. Slow flow or no flow? Color and power Doppler US pitfalls in the
abdomen and pelvis. Radiographics 2004;24:497–506; with permission.)
Twinkling artifact in carotid. (A) Twinkling artifact (arrowheads) occurs behind calcifications (arrows) in
atherosclerotic plaque, not to be mistaken for ulceration and disturbed flow. (B) Calcifications (arrows) are better
visualized on gray-scale image. (From Campbell SC, Cullinan JA, Rubens DJ. Slow flow or no flow? Color and power
Doppler US pitfalls in the abdomen and pelvis. Radiographics 2004;24:497–506; with permission.)