O documento discute como a obesidade abdominal aumenta o risco de síndrome metabólica e problemas cardiovasculares através da secreção alterada de substâncias pelos adipócitos e exacerbação da resistência à insulina.
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Síndrome Metabólica podem levar a óbito
1. A OBESIDADE INTRA-ABDOMINAL PODE COLOCAR O
INDIVÍDUO EM RISCO DE DESENVOLVER SÍNDROME
METABÓLICA E IR A ÓBITO
BIOQUÍMICA DA OBESIDADE
A obesidade abdominal, devido à adiposidade intra-abdominal,
conduz à progressão de múltiplos fatores de risco cardiometabólico
independentemente do índice de massa corporal (IMC). Isto ocorre
quer através da secreção alterada de substâncias biologicamente
ativas derivadas dos adipócitos (adipocinas), incluindo ácidos
gordos livres, a adiponectina, interleucina-6, necrose tumoral fator
alfa, e ativador do plasminogênio-1, e através da exacerbação da
resistência à insulina e de fatores de risco cardiometabólico
associados. A prevalência de obesidade abdominal é crescente em
populações ocidentais, devido a uma combinação de baixa atividade
física e dietas de alta energia, e também nos países em
desenvolvimento, onde é associada com a urbanização das
populações. A medida da circunferência da cintura (CC), juntamente
com uma comorbidade adicional, prontamente identifica a presença
de risco cardiometabólico aumentado associado com a obesidade
abdominal. Não foi encontrada a presença de uma tríade
aterogênica de apolipoproteína B elevada, hiperinsulinemia de
jejum, e pequenas e densas moléculas de lipoproteína de baixa
2. densidade (LDL), que tinham sido fortemente associadas a efeitos
adversos a desfechos cardiovasculares em um estudo observacional
anterior. Por conseguinte, a medição da circunferência da cintura
(CC) deve tornar-se um componente padrão para avaliação do risco
cardiovascular na prática clínica rotineira. A modificação do estilo
de vida continua a ser a intervenção inicial de escolha para esta
população, com modulação farmacológica para fatores de risco onde
esta não é suficientemente eficaz. A obesidade abdominal está
emergindo como uma força motriz importante por trás da
deterioração do risco cardiometabólico na população em geral. Os
pacientes com evidência de doença cardiovascular geralmente
exibem obesidade abdominal e observações têm identificado
obesidade abdominal como preditor de risco metabólico
cardiovascular independentemente do índice de massa corporal
(IMC). Além disso, só recentemente começou-se a compreender o
sistema endócrino e parácrino importante de adipócitos com
funções intra-abdominais importantes e as interações complexas
que conduzem a um risco metabólico diabetogênico e aterogênico. A
finalidade deste comentário é explorar as ligações fisiopatológicas
entre obesidade abdominal e elevação de risco cardiometabólico,
para avaliar estratégias a fim de identificar pacientes em maior
risco através da presença de adiposidade intra-abdominal e
considerar as implicações para a intervenção para melhorar os
resultados cardiovasculares nesses pacientes.
Obesidade e Desenvolvimento da Síndrome Metabólica
Um pouco mais de 20 anos atrás Dr. Gerald M. Reaven, estendendo
o conceito de que a síndrome de resistência à insulina foi a causa da
intolerância à glicose, elevação da LDL juntamente com HDL
reduzida e hipertensão. Este conceito clínico evoluiu para o que é
agora referida como a síndrome metabólica.
3. COMPLEXO METABÓLICO DA OBESIDADE
A síndrome metabólica, síndrome metabólica (também já referida
como síndrome X), é um distúrbio que define uma combinação de
fatores determinantes de risco metabólico e cardiovascular. Esses
fatores de risco incluem a resistência à insulina, hiperinsulinemia,
obesidade central (obesidade associada a excesso de depósitos de
gordura ao redor da cintura), dislipidemia, intolerância à glicose,
hipertensão, estado pró-inflamatório, e microalbuminemia. O fator
central da Síndrome Metabólica é realmente a resistência à insulina.
Várias outras anormalidades clínicas foram recentemente
associadas com síndrome metabólica, incluindo a esteatose
hepática não alcoólica (fígado gorduroso), aterosclerose, estresse
oxidativo e síndrome dos ovários policísticos (SOP).Embora a
obesidade, o acúmulo de gordura ectópica, e um estado inflamatório
são fundamentais para desenvolver a patologia da síndrome
metabólica, pois nem todos os indivíduos obesos desenvolvem
síndrome metabólica e nem todos os indivíduos com síndrome
metabólica são obesos. Estas observações indicam que a Síndrome
Metabólica tem uma etiologia multifatorial, que envolve uma série
de interações complexas entre indivíduos hábitos alimentares
particulares, o estado hormonal, e de fundo genético. Uma evidência
crescente indica que o risco de indução de desenvolver Síndrome
Metabólica é crescente. Estudos epidemiológicos em humanos e
modelos animais de síndrome metabólica demonstram uma
associação entre má nutrição durante o desenvolvimento fetal e
aumento do risco de doença cardiovascular do adulto podendo levar
4. a óbito.
Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611
Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930
Como Saber Mais:
1.Tudo começou com as observações do Dr. Gerard Reaven-Stanford
University – Califórnia 1987, ao perceber uma estranha coincidência
preocupante com um grupo de pacientes, que apresentavam
obesidade abdominal (visceral) ou obesidade geral, associada, a
problemas com alterações de lipídios, colesterol, e suas frações,
triglicérides, diabetes não necessariamente dependentes de insulina
(tipo 2) e hipertensão arterial, geralmente com doenças cardíacas,
isto tudo no final da década de 80 e inicio de 90...
http://obesidadecontrolada3.blogspot.com
2. Com o decorrer de cada ano, fomos visualizando o imenso
monstro que se preparava para assolar países ricos e pobres,
indistintamente e de forma assustadora, pois se aninhava atrás de
um nomezinho bem despretensioso “SINDROME METABÓLICA”...
http://metabolicasindrome.blogspot.com
3. Assim, as influências ambientais, endócrinas e genéticas virão
facilitar em sua forma mais diversificada toda a expressão da
síndrome metabólica, através do impacto no peso, especialmente da
gordura visceral, sobre as demais doenças, incluindo a resistência à
insulina... http://colesteroltriglicerides.blogspot.com
AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.
Referências Bibliográficas:
Prof. Dr. João Santos Caio Jr, Endocrinologista, Neuroendocrinologista, Dra. Henriqueta
Verlangieri Caio, Endocrinologista, Medicina Interna – Van Der Häägen Brazil, São Paulo,
Brasil; Gorter PM, Olijhoek JK, van der Graaf Y, Algra A, Rabelink TJ, Visseren FL. Prevalence
of the metabolic syndrome in patients with coronary heart disease, cerebrovascular disease,
peripheral arterial disease or abdominal aortic aneurysm. Atherosclerosis 2004; 173:363–
369; Sonmez K, Akcakoyun M, Akcay A, Demir D, Duran NE, Gencbay M, Degertekin M, Turan
F. Which method should be used to determine the obesity, in patients with coronary artery
disease? (body mass index, waist circumference or waist-hip ratio). Int J Obes 2003; 27:341–
346; Yusuf S, Hawken S, Ounpuu S, Bautista L, Franzosi MG, Commerford P, Lang CC,
5. Rumboldt Z, Onen CL, Lisheng L, Tanomsup S, Wangai P Jr. Razak F, Sharma AM, Anand SS;
INTERHEART Study Investigators. Obesity and the risk of myocardial infarction in 27,000
participants from 52 countries: a case–control study. Lancet 2005;366:1640–1649; Yusuf S,
Hawken S, Ounpuu S, Dans T, Avezum A, Lanas F, McQueen M, Budaj A, Pais P, Varigos J,
Lisheng L. Effect of potentially modifiable risk factors associated with myocardial infarction in
52 countries (the INTERHEART study): case–control study. Lancet 2004;364:937–952; Hoefle
G, Saely CH, Aczel S, Benzer W, Marte T, Langer P, Drexel H. Impact of total and central
obesity on vascular mortality in patients undergoing coronary angiography. Int J Obes
2005;29:785–791; Han TS, Williams K, Sattar N, Hunt KJ, Lean MEJ, Haffner SM. Analysis of
obesity and hyperinsulinemia in the development of metabolic syndrome: San Antonio Heart
Study. Obes Res 2002;10:923–931; Rexrode KM, Carey VJ, Hennekens CH, Walters EE, Colditz
GA; Stampfer MJ, Willett WC, Manson JE. Abdominal adiposity and coronary heart disease in
women. JAMA 1998;280:1843–1848; Empana JP, Ducimetiere P, Charles MA, Jouven X.
Sagittal abdominal diameter and risk of sudden death in asymptomatic middle-aged men: the
Paris Prospective Study I. Circulation 2004;110:2781–2785.
Contato:
Fones: 55(11) 5087-4404 ou 6197-0305
Nextel: 55(11) 7717-1257
ID:111*101625
Rua: Estela, 515 – Bloco D -12ºandar - Conj. 121/122
Paraiso - São Paulo - SP - Cep 04011-002
e-mails: drcaio@vanderhaagenbrasil.com
drahenriqueta@vanderhaagenbrasil.com
vanderhaagen@vanderhaagenbrasil.com
Site Van Der Häägen Brazil
www.vanderhaagenbrazil.com.br
www.clinicasvanderhaagenbrasil.com.br
www.crescimentoinfoco.com.br
www.obesidadeinfoco.com.br
http://drcaiojr.site.med.br
http://dracaio.site.med.br
Google Maps:
http://maps.google.com.br/maps/place?cid=5099901339000351730&q=Van+Der+Haagen+
Brasil&hl=pt&sll=-23.578256,46.645653&sspn=0.005074,0.009645&ie =UTF8&ll=23.575591,-46.650481&spn=0,0&t = h&z=17