2. CRESCIMENTOVEGETAL
Uma planta precisa de diversos fatores, internos e externos, para crescer e se desenvolver, e isto inclui diferenciar-se e adquirir formas, originando uma variedade de células, tecidos e órgãos.
Fatores externos: luz (energia solar), dióxido de carbono, água e minerais, incluindo o nitrogênio atmosférico (fixado por bactérias fixadoras e cianofíceas), temperatura, comprimento do dia e gravidade.
Fatores internos: hormonas vegetais ou fito-hormonas, substâncias químicas que atuam sobre a divisão, elongação e diferenciação celular.
4. FITORMÔNIOS
Fitormônios: são compostos orgânicos que atuam em doses muito pequenas e são os principais fatores internos de regulação das reações dedesenvolvimentoe crescimento das plantas.
Exemplos:
Ácido indolilacético (auxina)
Giberelinas
Etileno
Citocininas
Ácido abscísico
5. AUXINAS
Pioneiros.
Produzidono meristema apical do caule, primórdios foliares, flores, frutos e sementes, e transportado pela extensão do vegetal através do vaso floema.
Responsáveis por:
Tropismos (foto e geotropismo);
Desenvolvimento dos frutos;
Alongamento celular radicular e caulinar
Dominância apical do caule.
Inibir o desenvolvimento das gemas laterais.
6. AUXINAS
Ácido indolilacético: transformação de um aminoácido conhecido por triptofano.
Auxinas sintéticas:
Ácido indolbutírico
Ácido naftalenoacético
Ácido 2-4 diclorofenoxiacético, etc.
7. AUXINA: ÁCIDOINDOLILACÉTICO
O vegetal produz o AIA em várias regiões do corpo:
ponta do caule (gema apical);
folhas jovense adultas;
ponta da raiz;
frutos;
ponta de coleóptilos;
embriões das sementes.
8. AUXINA: ÁCIDOINDOLILACÉTICO
Transporte do AIA:
O deslocamento dessa auxina no corpo vegetal é polarizado.
Ápice para a base da planta.
As causas dessa polarizaçãoainda são desconhecidas.
12. AUXINA: AIA
Descoberta:
Charles e Francis Darwin (1880)
Na primeira plântula ocorreu o fototropismo.
No segundocasonãohouvereaçãoporqueo ápicefora removido.
O terceirocasopermaneceuimóvel.
Na quartasituaçãohouveorientaçãopara a luz.
No quintocasoondeapenaso ápicenãohaviasidocobertohouveorientaçãopara a luz.
14. AUXINA: AIA
Descoberta:
Went(1928)
Coleóptilo crescendo normalmente (controle).
Coleóptilo decapitado: cessa o crescimento.
Coleóptilo decapitado com um bloco de ágar: também cessa o crescimento.
Coleóptilo decapitado. A pontaé colocada em contato com o bloco de ágar durante algum tempo. O bloco de ágar é colocado sobre o coleóptilo. Este reinicia o crescimento.
16. AUXINA: AIA-AÇÃO
Célula
Aumenta a plasticidade da parede celular, facilitando a distensão da célula.
Multiplicação celular.
Caule
Estimulador ou inibidor da distensão celular, dependendo da concentração. Geralmente, muito altas.
17. AUXINA: AIA-AÇÃO
Raíz
Estimulador ou inibidor do crescimento, dependendo da concentração.
A raiz é muito mais sensível ao AIA do que o caule.
Pequenas concentrações de AIA estimulam o crescimento radicular.
Àmedida que a concentração aumenta, o AIA passa a inibir o crescimento da raiz.
18. AUXINA: AIA-AÇÃO
Gemas laterais
O AIA produzido nas gemas apicais desloca-se polarizado para a base.
Dominância apical: As gemas laterais (axilares), recebendo esse hormônio, ficam inibidas no seu desenvolvimento.
Quando podamos uma planta, retiramos as gemas apicais. Dessa maneira, cessa-se a inibição e, rapidamente, as gemas laterais se desenvolvem.
19. AUXINA: AIA-AÇÃO
Folhas
O AIA controla a permanência da folha no caule ou a sua queda (abscisão).
Fenômenocontrolado pelo teor relativo de auxinas entre a folha e o caule.
Teor de auxina na folha é maior do que no caule ⇒a folha permanece unida ao caule;
Teor de auxina na folha é menordo que no caule ⇒a folha destaca-see cai (abscisão).
Forma-se na base do pecíolo uma camada especial de células com paredes finas e em desintegração.
20.
21. AUXINA: AIA-AÇÃO
Frutos
Origem do fruto:
Polinização (agentes polinizadores).
Fecundação do óvulo (tubo polínico) –sementes.
Ovário se desenvolve em fruto: Embriões das sementes em desenvolvimento produzem AIA que será recebido pelas paredes do ovário e originam seu crescimento.
Ovários que não são polinizados normalmente caem e não originam frutos.
Aplicando-seauxinas em ovários não fecundados, estes se desenvolvem em frutos partenocárpicos(sem sementes).
22. AUXINAS: AIA-AÇÃO
O AIA também controla a permanência do fruto no caule ou a sua queda (abscisão), da mesma maneiracomo ocorre com a folha.
23. AUXINAS: APLICAÇÃOARTIFICIAL
Estacas
Método muito usado na horticultura.
Estaca: porção inferior de um caule cortado.
Aplicação de auxina estimulam as divisões celulares e a produção de raízes adventícias.
Auxinas mais usadas: ácido indolbutíricoe naftalenoacético.
Resultado: Plantas que dificilmente se propagariam por estacas podem facilmente enraizar.
24. AUXINAS: APLICAÇÃOARTIFICIAL
Flores
Aplicadas no ovário ou no estigma de flores não fecundadas, as auxinas estimulam o desenvolvimento do ovário para a formação de frutos partenocárpicos.
25. AUXINAS: APLICAÇÃOARTIFICIAL
Frutos
O AIA, aplicado em frutos jovens, evita a formação de camadas de abscisão.
Dessa maneira, pode-se obter melhor rendimento nas colheitas.
26. AUXINAS: HERBICIDAS
Herbicidas seletivos: atacamalgumas plantas e outras não.
Dentre eles podemos citar o ácido 2-4 diclorofenoxiacético (2-4- D).
27. AUXINAS: HERBICIDAS
O 2-4-D elimina dicotiledôneas herbáceas (folhas largas).
As gramíneas (folhas estreitas) são imunes ao 2-4-D.
Plantação de gramíneas (milho, arroz, trigo etc.) é trata da
com esse herbicida, as ervas dicotiledôneas são eliminadas.
28. AUXINASE FLORAÇÃO
Auxinas não são hormôniospromotores da floração nos vegetais.
Existem algumas espécies, como o abacaxi, que têm a floração reguladapelas auxinas.
Ao serem pulverizadas com auxinas (especialmente o ácido naftalenoacético), a floração inicia-se e a produção dos frutos ocorre praticamente ao mesmo tempo em toda a plantação, o que
facilita consideravelmente a colheita.