2. Movimento nas planta
Todos os seres vivos apresentam uma série
de respostas aos estímulos exteriores.
Algumas dessas respotas manifestam-se
sobre a forma de movimentos.
As plantas, apesar não serem capazes de
locomoção, também produzem movimentos.
Esses movimentos podem não ser tão rápidos
ou evidentes como os dos animais.
Todos os órgãos das plantas podem
apresentar movimentos.
4. Movimento nas plantas
Os movimentos das plantas, bem como o
desenvolvimento dos seus órgãos são
afectados por inúmeros estímulos do meio
exterior:
Temperatura;
Gravidade;
Fotoperíodo;
Toque mecânico.
Os movimentos que as plantas desenvolvem, e
que resultam em crescimento, em resposta a
estes estímulos, na sua direcção ou em
direcção oposta, denominam-se de
tropismos.
Os movimentos que não envolvam crescimento
da planta em resposta a um estímulo
denominam-se de movimentos násticos ou
nastias.
6. Tropismos
Os tropismos podem ser…
Positivos – em direcção ao estímulo;
Negativos – em direcção oposta ao
estímulo.
O tropismos podem ser:
Fototropismo;
Gravitropismo;
Tigmotropismo;
Termotropismo;
Quimiotropismo;
Hidrotropismo.
7. Nastias
As nastias são movimentos mais
interessantes e de acordo com o
estímulo podem ser classificados:
Fotonastias;
Tigmonastias;
Termonastias;
Fotonastia
Quimionastias;
Hidronastias.
Tigmonastia
8. Acção das Hormonas Vegetais no
Crescimento das Plantas
Desde cedo que os investigadores se interrogam
qual o processo que leva as plantas a reagir aos
estímulos uma vez que não apresentam sistema
nervoso.
Entre esses investigadores encontra-se Charles
Darwin e Francis Darwin, os quais desenvolveram
uma série de experiências com vista de descobrir
de onde partia a mensagem que leva planta a
responder.
10. Experiência de Charles e Francis Darwin
(1881)
O que estes dois investigadores
descobriram foi que algures no ápice
do coleóptilo se desenvolvia uma
mensagem que era passada para as
regiões inferiores da planta.
Esta mensagem levava a planta a
curvar.
Em 1926, Frits Went deu seguimento
às experiências de Darwin.
11. Experiência de Frits Went (1926)
Frits sabia que havia uma substância a ser
produzida no ápice do coleóptilo, só não
sabia qual era.
Então cortou o ápice e colocou-o em cima
de um bloco de agar, de forma a que este
absorve-se a substância.
Essa substância foi isolada veio-se a
conhecer que é uma substância química que
percorre toda a planta e intervem no
desenvolvimento da planta.
Descobriu-se então que tal como os animais,
as plantas produzem substância que
percorrem o corpo da planta e enviam
mensagens.
Assim descobriram-se as fitohormonas ou
hormonas vegetais.
Frits tinha descoberto a auxina.
14. Experiência de Frits Went (1926)
As auxinas sintetizadas,
sobre o estímulo da luz,
deslocam-se pelo caule
abaixo e para o lado
oposto ao que está exposto
à luz.
Isto leva a que as células do
lado oposto ao da luz
alongem o que resulta numa
curvatura da planta em
direcção à fonte luminosa.
15. Fitohormonas
As fitohormonas são sintetizadas em pequenas
quantidades em determinados locais e
transportadas para outros locais, por exemplo
através do floema.
Depois da descoberta das auxinas, muitas outras
fitohormonas foram descobertas, pelo que existem
actualmente cinco grandes grupos de fitohormonas:
Auxinas;
Giberelinas;
Citoquininas;
Ácido abscísico;
Etileno.
As suas funções são diversificadas:
Crescimento;
Manutenção;
Reparação.
16. Auxinas
As auxinas são das fitohormonas mais bem estudadas e importantes
pois intervem no crescimento da planta.
Conhecem-se três auxinas naturais sendo a mais activa o Ácido
Indolacético (IAA).
Produzida nos ápices dos caules, sementes (embrião), folhas jovens,
flores, frutos e grãos de pólen.
O efeito das auxinas depende, entre outros factores, do local onde são
produzidas, de espécie para espécie e de concentração.
Certas auxinas têm maior efeito em determinados órgãos do que outras.
Por vezes as auxinas em vez de promoverem o crescimento em certos órgãos
mas inibe em outros.
Nos caules estimula o crescimento mas nas raízes inibe.
17. Auxinas
As auxinas ajudam a perceber o fototropismo positivo do
caule e o negativo da raíz.
Se uma planta for colocada na horizontal, os lados voltados
para baixo recebem maior quantidade de auxinas.
No caule as auxinas levam a que essas células se alongem, logo
o caule curva para cima;
Já na raiz, as auxinas inibem o crescimento, assim as células
inferiores alongam menos, logo a raíz curva para baixo.
18. Auxinas
O crescimento das plantas faz a
partir de células com grande
capacidade de divisão e
diferenciação (totipotência),
formando um tecido denominado
de meristema.
Os meristesmas podem ser
classificados de acordo com a sua
posição no corpo da planta em:
Apicais – nas pontas do caule e
raíz;
Laterais – gomos dos ramos
laterais.
19. Auxinas
Nas plantas que apresentam
dominância apical, o
crescimento ocorre quase
exclusivamente a partir dos
meristemas apicais.
Isto porque as auxinas
produzidas nos meristemas
apicais inibem o
desenvolvimento do meristemas
laterais.
Se por alguma razão se
eliminar o meristema apical os
meristemas laterais
desenvolvem-se originando
ramos.
20. Outras acções das auxinas
As auxinas são ainda responsáveis por:
Evitam a abcissão e queda dos folhas e
frutas.
Evitam a desintegração das células da base
do pecíolo.
Estimulam a formação dos frutos.
As auxinas produzidas nas sementes levam ao
desenvolvimento das paredes do útero, logo
levando à formação de frutos.
A aplicação de auxinas em flores não
fecundadas leva à formação de frutos sem
sementes.
Propagação vegetativa
A aplicação de auxinas em estacas caulinares
leva à formação de raízes.
21. Giberelinas
Conhecem-se cerca de 80 giberlinas naturais.
São responsáveis pelo alongamento dos caules.
Acção mais lenta do que a das auxinas.
Intervenientes também na germinação de sementes e no
processo de floração e maturação dos frutos.
Actuam muitas vezes em conjunto com a IAA.
22. Citoquininas
Estimula a divisão celular em tecidos meristemáticos.
Em certas situações tem acção contrária à das
auxinas, estimulando o desenvolvimento de gomos
laterais ou inibindo a ramificação das raízes.
Retardam o envelhecimento de células vegetais,
impedindo a abscissão das folhas.
23. Etilenos
Tal como muitas outras fitohormonas, a acção
do etileno era já conhecida antes de se
descobrir a hormona.
Desde muito cedo que se verificou que as
bananas amadureciam muito mais depressa
quando armazenadas junto a laranjas.
Em 1934 comprovou-se que as plantas
produzem etileno, um gas que provoca a
maturação dos frutos, bem como a abscissão
das folhas.
O etileno é também essencial na protecção
de plantas feridas ou infectadas, pois acelera
o envelhecimento das partes afectadas.
24. Ácido Abscísico
O ácido abscísico ou ABA inibe a acção de
hormonas de crescimento, a germinação de
sementes e o desenvolvimento de gomos.
Promove o fecho dos estomas, protegendo a planta
em situações de seca.
Estimula a abscissão de folhas, ramos e frutos.
25. Fitohormonas
As hormonas raramente actuam sozinhas.
A produção coordenadas de diferentes hormonas
ao mesmo tempo permite às plantas sobreviver e
reagir a diversas situações, como a mudança de
estações ou mesmo mudanças abruptas das
condições climatéricas.
Controlando assim o seu desenvolvimento.