2. Morfologia – Raiz
Ramificado (pivotante)
Raiz principal, secundárias,
terciárias...
20–40 cm do solo
Sensibilidade à deficiência
hídrica
3. SISTEMA RADICULAR
Distribuição varia quanto à:
Estrutura do solo
Porosidade
Aeração
Profundidade de adubação
Condições muito favoráveis –
1m de comprimento
4. Morfologia - Caule
Herbáceo, com eixo principal
Formado por nós e entrenós
Nó – ponto de inserção das folhas nos caules
1º nó constitui os cotilédones
2º corresponde à inserção das folhas primárias
3º corresponde à inserção das folhas trifolioladas
Hipocótilo: porção entre as raízes e os cotilédones
Epicótilo: porção entre os cotilédones e as folhas
primárias.
Entrenó – espaços entre dois nós
6. Morfologia - Caule
Hábito de crescimento
Crescimento determinado
Florescimento inflorescência na parte
terminal
Crescimento indeterminado
Não há presença de inflorescência
terminal (apenas flores axilares) –
floração ocorre da base para o ápice.
7. Morfologia - Caule
Vilhordo et al. (1980) – propuseram a
seguinte classificação, baseada
principalmente no tipo de orientação de suas
ramificações:
Tipo I – determinado arbustivo, com ramificação
ereta e fechada;
Tipo II – indeterminado, com ramificação ereta e
fechada;
Tipo III – indeterminado, com ramificação aberta;
Tipo IV – indeterminado, prostrado ou trepador.
8.
9. HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo
I
Determinado arbustivo
Talo principal resistente
(pouco ramificado)
Pequeno porte (25-50 cm)
Ciclo precoce
Período de florescimento
reduzido (5 a 7 dias)
Uniformidade de maturação
de vagens
Ex: Feijão Preto
10. HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo
II
Indeterminado arbustivo
Haste principal de
crescimento vertical
Poucos ramos laterais e
geralmente curtos
Satisfatório potencial
produtivo
Adequada distribuição de
flores e vagens na planta
(melhor qualidade)
Ex: Feijão mulato
11. HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo
III
Indeterminado
Grande número de ramificações
Ramificação aberta
Plantas prostradas / semi-prostradas
Período de florescimento amplo (15
a 20 dias)
Grande potencial de produção
Grande desuniformidade de
maturação das vagens
12. HÁBITO DE CRESCIMENTO – tipo
IV
Indeterminado
Trepador
Caule com forte dominância apical
Grande desenvolvimento da haste principal
Grande nº de nós (30 nós aproximadamente)
Colheita parcelada (floração se
prolonga por semanas)
Devido ao seu longo período de
floração, não é recomendado que se
realize a colheita mecanizada, visto
que haverão vagens secas e verdes
ao mesmo tempo, na mesma planta
Ex: Feijão trepador
13. Morfologia - Folha
Simples Composta *
Primárias Demais folhas
* A cor e pilosidade
variam com a cultivar,
posição na planta,
idade e condições do
ambiente.
Pecíolo
Estípula
s
Folíolo
laterais
Folíolo
central
Estipela
s
Folíolo
laterais
Trifolioladas – inseridas
nos nós do caule e
ramificações.
14. Morfologia - Inflorescência
Flores – agrupadas em inflorescência, tipo
rácimo
Axilar (II, III e IV)
Terminal (I)
Podem ser brancas,
branco-amareladas,
róseas e roxas (feijão
preto)
16. Morfologia - Inflorescência
Tipo de flor e disposição dos órgãos
reprodutores favorece a autofecundação
(Autogamia);
Taxa de cruzamentos naturais ou
polinização cruzada (Alogamia) varia de 2 a
5%;
O abortamento de flores pode chegar a 75%
(maior pegamento nos primeiros dias de
floração);
17. Morfologia - Fruto
Legume (vagem)
Deiscente
Duas valvas, unidas por duas suturas (dorsal e
ventral)
Sementes prendem-se à sutura ventral
18. Morfologia - Semente
Figura 1. Semente do feijão. 1.Cotilédone; 2.Radícula;
3.Plúmula; 4. Tegumento; 5. Hilo; 6. Micrópila
20. Morfologia - Semente
Pode ter várias formas: arredondada,
elíptica, reniforme ou oblonga
Tamanhos que variam de muito pequenas
(<20g/100sementes) a grandes
(>40g/100sementes)
Ampla variabilidade de
cores, variando do preto,
bege, roxo, róseo,
vermelho, marrom,
amarelo, até o branco.
21. Morfologia - Semente
A grande variabilidade apresentada pelas
características externas da semente tem
sido usada para diferenciar e classificar
cultivares de feijão em alguns grupos ou
tipos distintos, com base na cor e no
tamanho das sementes: Preto, Mulatinho,
Carioca, Roxinho, Rosinha, Amarelo,
Manteigão, Branco, e outros.
22. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO –
ESTÁDIOS FENOLÓGICOS
Fenologia é o estudo dos eventos periódicos da vida
vegetal em função da sua reação às condições de
ambiente e sua correlação com aspectos morfológicos
da planta.
O desenvolvimento do feijoeiro compreende duas
grandes fases distintas:
Fase vegetativa: vai da germinação até o
aparecimento dos primeiros botões florais.
Fase reprodutiva: vai da emissão dos botões florais
até o pleno enchimento de vagens e a maturação das
sementes.
25. Estádio V0 - Germinação
Caracterizado pelo aparecimento da radícula;
Feijão possui grande sensibilidade a falta e/ou
excesso de água após a semeadura;
Temperaturas <12 ºC reduzem a taxa e a
velocidade de germinação das semente –
enquanto, valores próximos a 25 ºC favorecem.
29. Estádio V2
Tamanho e conformidade das folhas
primárias pode estar relacionada:
Tamanho da sementes;
Incidência pragas e fungos de solo;
Escassez de água;
Vigor da semente.
Não se recomenda o uso de produtos químicos
com potencial fitotóxico (herbicidas), que podem
provocar perda significativa de área foliar e
redução de estande;
31. Estádio V3
Inicia-se quando a 1ª folha trifoliolada
encontra-se plenamente desdobrada;
Cotilédones – encontram-se em fase final
de exaustão e frequentemente já sofreram
abscisão;
A planta passa a depender diretamente
dos nutrientes do solo;
33. Estádio V4
A 3ª folha trifoliada está plenamente
desdobrada e tem início o processo de
ramificação da planta;
A ramificação depende de fatores como
genótipo (características da variedade),
condições ambientais, sistemas de
produção adotados e densidade de
semeadura, além de outros.
35. Estádio R5
Caracterizado pelo aparecimento dos primeiros botões
florais;
Nas variedades de hábito de crescimento indeterminado
(II, III e IV) o desenvolvimento vegetativo prossegue,
mediante a emissão de novos nós, ramos e folhas;
O genótipo, a temperatura, restrições hídricas e
fotoperíodo são os principais elementos determinantes do
momento do aparecimento dos botões florais.
37. Estádio R6
Caracterizado pela abertura das primeiras flores;
Nas plantas de hábito de crescimento determinado
(TIPO I), a floração tem início no último nó da haste
principal e prossegue em sentido descendente.
Nas plantas de hábito de crescimento
indeterminado (TIPOS II, III e IV), a abertura das
flores segue sentido ascendente.
39. Estádio R7
Caracterizado pelo aparecimento das primeiras
vagens, apesar da planta continuar emitindo
novas flores, por tempo variável relacionado
aos tipos de plantas correspondentes;
Deficiências hídricas nesse estádio
proporcionam diminuição da produção pela
redução da fotossíntese e do metabolismo da
planta, pela queda de vagens jovens
(abortamento) e pela retração do tamanho das
vagens em fase de crescimento.
41. Estádio R8
Tem início com o enchimento da primeira vagem;
A ocorrência de condições climáticas
desfavoráveis, principalmente falta de água e
nutrientes, poderão reduzir a produção, em
número e peso de grãos;
No final da presente etapa, evidencia-se o início
do processo de pigmentação das sementes e em
seguida das vagens.
42. Estádio R9
Evolução normal exige a ausência ou baixa
disponibilidade de água no sistema
43. Estádio R9
Caracterizado pela mudança da cor das vagens
(amarela ou pigmentada de acordo com a
variedade);
As sementes adquirem sua cor e brilho final;
O processo de senescência da planta
(amarelecimento e queda das folhas) se acelera.