SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
07/07/2016 .: .: IMEBI ­ Instituto de Medicina Biomolecular .: .:
http://www.imebi.com.br/disbiose.php 1/3
E­mail: drdouglas@imebi.com.br
Fones: (11) 3129.5944 / 3159.3370
Rua Mato Grosso, 128 ­ 2º and. Cj. 23 ­ São Paulo­SP
Busca no site   OK
Disbiose é uma doença que ocorre no trato gastro­intestinal, devido a um desequilíbrio das
bactérias da flora intestinal. 
O trato gastro­intestinal é um ecossistema dinâmico e integrado, composto de uma matriz de
células,  de  um  sistema  imune  completo  e  de  numerosas  espécies  de  microrganismo  que
normalmente colonizam e protegem esta mucosa.
Vírus  e  bactérias  são  microrganismos  extremamente  adaptáveis,  mas  as  toxinas  que
chegam através da dieta, interferem neste equilíbrio dinâmico.
Ao nascer o intestino é estéril, desprovido de micróbios. 
O intestino começa a ser povoado quando a criança nasce. A chamada microbiota indígena,
depende do tipo de alimento ingerido. No desenvolvimento intestinal vários fatores têm um
importante papel no povoamento, e na formação do sistema imune adaptativo, entre eles: o
parto,  normal  ou  cesárea,  a  amamentação  com  leite  materno,  com  leite  maternizado,  os
alimentos líquidos e sólidos que são introduzidos na dieta. As fezes do recém nascido que se
alimenta  exclusivamente  de  leite  materno,  contém  enorme  quantidade  de  Lactobacillus  e
estas crianças têm uma incidência menor de episódios de diarréia que as que se alimentam
com  leite  maternizado.  O  ph  das  fezes  também  evolui  com  a  idade  e  com  o  tipo  de
alimentação.  A  reação  é  ácida  variando  o  ph  entre  5  e  6,  devido  aos  ácidos  orgânicos
decorrentes  da  lactose.  A  flora  iodófila  pode  estar  presente  devido  à  fermentação.  Existe
uma monoflora.
Lactobacillus  são  conhecidos  pela  propriedade  de  produzir  um  antibiótico  natural,  a
acidofilina,  que  possui  atividade  antimicrobial,  contra  os  patógenos  comuns  derivados  dos
alimentos.
A  modulação  nutricional  durante  o  desenvolvimento  neonatal,  afeta  a  longo  prazo  a
imunocompetência do indivíduo.
A  microbiota  do  intestino,  pode  ser  considerada  um  órgão  adaptável  metabolicamente  e
rapidamente renovável, à medida que novos alimentos vão sendo introduzidos na dieta.
As bactérias indígenas (comensais) do intestino, são constituintes importantes da barreira de
defesa da mucosa intestinal. Elas não permitem que ele seja colonizado por microrganismos
patogênicos. Quando isto ocorre, eles são rapidamente eliminados.
As bactérias indígenas competem por nutrientes essenciais, por locais de fixação no intestino
e criam um ambiente desfavorável para o crescimento de novos patógenos entéricos.
Na mucosa há sempre uma adaptação dinâmica de sucessão bacteriana e interação entre as
bactérias, e entre as bactérias e o hospedeiro.
Todos  os  principais  grupos  de  microrganismos  estão  presentes  no  intestino.  As  bactérias
predominam, mas encontram­se, também, fungos e parasitas.
O  cólon  é  o  local  primário  de  colonização  bacteriana,  devido  à  lenta  renovação  de  suas
células.  Neste  local,  há  uma  grande  concentração  de  ácidos  graxos  de  cadeia  curta,
resultado da fermentação dos carboidratos da dieta. Estes carboidratos exercem um papel
importante  no  metabolismo  das  bactérias  e  servem  como  estímulo  para  a  renovação  e
crescimento das células deste segmento do intestino.
Uma espécie de bactéria pode ser indígena de algum segmento do intestino, mas estranha
para outro. Algumas bactérias ocupam todos os microhabitats, porém outras podem tornar­
:: Alergias
:: Andrologia
:: Cancerologia
:: Cardiologia
:: Dermatologia
:: Endocrinologia
:: Gastroenterologia
:: Ginecologia
:: Imunologia
:: Mastologia
:: Medicina Esportiva
:: Medicina Estética
:: Neurologia
:: Nutrologia
:: Pneumonologia
:: Rejuvenescimento
:: Reumatologia
:: Stress
07/07/2016 .: .: IMEBI ­ Instituto de Medicina Biomolecular .: .:
http://www.imebi.com.br/disbiose.php 2/3
se patogênicas quando encontradas em outro habitat intestinal.
Quatro microhabitats são descritos: o lúmen intestinal, a camada mais profunda de mucus
que recobrem as células das criptas, e o epitelial que reveste a mucosa intestinal.
As bactérias denominadas “amigáveis”, são também chamadas probióticas ou eubióticas, são
elas  que  trazem  mais  benefício  ao  homem.  Essas  bactérias  produzem  vitaminas  do
complexo B incluindo a biotina (B1), niacina (B3), riboflavina (B2), ácido pantotênico (B5),
piridoxina (B6), cobalamina (B12), ácido fólico, vitamina A e vitamina K.
O  termo  probiótico  tem  sido  usado  para  se  referir  aos  suplementos  que  contém
Lactobacillus,  em  pó  ou  em  cápsulas.  Os  dois  grupos  mais  importantes  da  flora  são  os
Lactobacillus  encontrados  principalmente  no  intestino  delgado  e  as  bífidobactérias,  que
habitam primariamente o cólon.
A  dieta  tem  um  papel  importante  na  predominância  de  uma  bactéria  sobre  a  outra.  Elas
ajudam a aumentar a resistência do organismo.
Funções das bactérias probióticas:
­ Nutricional:manufaturam vitaminas;
­  Digestiva:  digerem  a  lactose  do  leite.  Permitem  que  pessoas  que  tem  intolerância  a
lactose, se beneficiem das propriedades do leite através do Yogurt;
­  Mecânica:  ajudam  a  regular  a  peristalse.  Previnem  cólicas  e  diarréias  em  crianças  e
adultos;
­  Imune:  produzem  antibióticos  (acidofilina)  e  antifúngicos.  Interagem  permanentemente
com as células imunes da mucosa intestinal, aumentando o número destas células. Inativam
toxinas de outras bactérias. Tem efeito anticancerígeno. Previnem tumores intestinais;
­  Bioquímica:produzem  ácido  láctico,  que  equilibra  o  ph.  Quebram  ácidos  biliares.
Normalizam o Colesterol e os Triglicérides;
­ Metabolismo: Quebram e reaproveitam hormônios.
As  bactérias  do  intestino  previnem  infecções  intestinais,  vaginais  e  urinárias.  Muitos
trabalhos  mostram  que  a  suplementação  com  Lactobacillos,  ajuda  a  prevenir  infecções
causadas  por  Cândida  e  outros  micróbios  que  florescem  em  ambiente  alcalino,
principalmente  no  trato  genito­urinário.  Nem  todas  as  bactérias  são  amigáveis,  a  maioria
que reside no intestino são comensais, nem boas, nem más. Outras são patogênicas, podem
causar  infecções  agudas  e  nosso  corpo  reage  através  de  diarréia,  febre,  gases,  perda  de
apetite e vômitos. As bactérias que causam doenças crônicas, são geralmente organismos
fracos,  com  pouca  virulência,  mas  quando  a  colônia  aumenta  muito,  elas  podem  causar
doenças. Este tipo de doença é denominado disbiose.
O  uso  indiscriminado  de  antibióticos  acaba  destruindo  bactérias  intestinais  residentes  e
tornando  algumas  bactérias  adaptadas  fora  do  seu  habitat  (por  não  terem  com  quem
competir) e resistentes.
Medicamentos  que  interferem  na  flora  intestinal:  antiácidos,  antibióticos,  antifúngicos,
antinflamatórios, laxantes, anticoncepcionais, estrógeno e corticóides.
Um desequilíbrio na flora intestinal devido ao uso indiscriminado dos medicamentos citados
acima,  pode  levar  a  sintomas  como  diarréia,  constipação,  síndrome  pré­menstrual,  dores
articulares,  dores  musculares,  alergias,  rinite,  muitos  gases,  doenças  inflamatórias
intestinais  e  pulmonares,  deficiência  de  vitaminas,  intolerância  à  lactose  (açúcar  do  leite),
irritabilidade, Depressão, vaginites, doenças auto­imunes e eczemas frequentes.
Muitos  pacientes  acabam  complicando  ainda  mais  o  quadro,  quando  começam  a  usar
medicamentos para aliviar os sintomas decorrentes do desequilíbrio da microflora. A grande
maioria passa a usar laxantes, analgésicos, antinflamatórios e antiácidos.
Entre  as  causas  mais  comuns  de  disbiose,  além  das  medicamentosas,  encontra­se  o
estresse,  as  exotoxinas  (substâncias  químicas  encontradas  nos  alimentos),  as  endotoxinas
(provenientes  do  metabolismo  de  alguns  alimentos  ou  do  metabolismo  de  microrganismos
que habitam o intestino), alimentos com baixo valor nutritivo, como os carbohidratos simples
e gorduras, e os antibióticos embutidos nos alimentos.
As  toxinas  que  estes  microrganismos  produzem,  são  muito  tóxicas  para  todas  as  células,
Elas acabam lesando a borda em escova que recobre as células do epitélio intestinal e isto
07/07/2016 .: .: IMEBI ­ Instituto de Medicina Biomolecular .: .:
http://www.imebi.com.br/disbiose.php 3/3
facilita a absorção e transporte pela circulação, para órgãos mais distantes.
Inicialmente estas lesões são reparadas através de um turn over das células epiteliais, os
microrganismos são detectados pelas células imunes que as retira via sistema linfático.
Todos os agentes sinalizadores entram em ação, não só os imunoquímicos, mas a rede de
secreção  também  é  ativada,  numa  tentativa  de  eliminar  o  mais  rápido  possível  o  agente
agressor. Há um aumento do peristaltismo e da secreção de muco e líquido.
Dor, inflamação e diarréia são sintomas resultantes da guerra que o intestino está travando.
Quando há um microrganismo patogênico, a linha de células do epitélio intestinal inflamada,
não sinaliza mais para as células do sistema imune e a batalha é perdida. A parede intestinal
lesada,  cria  um  ambiente  propício  para  que  estes  microrganismos  alcancem  a  circulação.
Eles são facilmente absorvidos, porque o intestino lesado, perde a permeabilidade seletiva e
especializada.  É  a  denominada  Quebra  da  Barreira  Intestinal.  Normalmente,  a  barreira  da
mucosa intestinal é seletiva à passagem de moléculas e substâncias do conteúdo luminal. A
natureza da molécula luminal é que vai programar a absorção e a difusão. Quanto maior a
agitação no intestino delgado, menos resistência terá a barreira difusional.
 
Home Voltar Topo Imprimir

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Perigos no processamento de alimentos
Perigos no processamento de alimentosPerigos no processamento de alimentos
Perigos no processamento de alimentosPriscilla Macêdo
 
Kefir trabalho biologia
Kefir trabalho biologiaKefir trabalho biologia
Kefir trabalho biologiaPushistie
 
Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...
Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...
Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...Projeto Redesan
 
Presentación sobre lácteos
Presentación sobre lácteosPresentación sobre lácteos
Presentación sobre lácteosPTMacaronesia
 
Alimentos que fazem uma pele bonita
Alimentos que fazem uma pele bonitaAlimentos que fazem uma pele bonita
Alimentos que fazem uma pele bonitaDaniela Nutrição
 
Projeto de Segurança Alimentar
Projeto de Segurança AlimentarProjeto de Segurança Alimentar
Projeto de Segurança Alimentartammygerbasi
 
Artigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticosArtigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticosCarla Barbosa
 
Artigo microbiota 2011 (1)
Artigo microbiota 2011 (1)Artigo microbiota 2011 (1)
Artigo microbiota 2011 (1)Moryba2010
 
Microbiologia dos alimentos aula 1
Microbiologia dos alimentos aula 1Microbiologia dos alimentos aula 1
Microbiologia dos alimentos aula 1Clelia Picinin
 
Segurança Alimentar
Segurança AlimentarSegurança Alimentar
Segurança Alimentargrupo1unb
 
Aflatoxinas e Ocratoxina A
Aflatoxinas e Ocratoxina AAflatoxinas e Ocratoxina A
Aflatoxinas e Ocratoxina APatrícia Prates
 
De um texto ACT para um plano de aula - Parte3
De um texto ACT para um plano de aula - Parte3De um texto ACT para um plano de aula - Parte3
De um texto ACT para um plano de aula - Parte3casifufrgs
 
Antimicrobianos dbo março
Antimicrobianos dbo marçoAntimicrobianos dbo março
Antimicrobianos dbo marçoRenato Villela
 

Mais procurados (20)

790 3008-2-pb
790 3008-2-pb790 3008-2-pb
790 3008-2-pb
 
Perigos no processamento de alimentos
Perigos no processamento de alimentosPerigos no processamento de alimentos
Perigos no processamento de alimentos
 
S alimentar
S alimentarS alimentar
S alimentar
 
Segurança alimentar
Segurança alimentarSegurança alimentar
Segurança alimentar
 
Cuidados com bezerros
Cuidados com bezerrosCuidados com bezerros
Cuidados com bezerros
 
Kefir trabalho biologia
Kefir trabalho biologiaKefir trabalho biologia
Kefir trabalho biologia
 
Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...
Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...
Educação Alimentar e Nutricional, inclusão produtiva e atendimento a públicos...
 
Artigo bioterra v20_n1_10
Artigo bioterra v20_n1_10Artigo bioterra v20_n1_10
Artigo bioterra v20_n1_10
 
Presentación sobre lácteos
Presentación sobre lácteosPresentación sobre lácteos
Presentación sobre lácteos
 
Artigo bioterra v20_n1_09
Artigo bioterra v20_n1_09Artigo bioterra v20_n1_09
Artigo bioterra v20_n1_09
 
Alimentos que fazem uma pele bonita
Alimentos que fazem uma pele bonitaAlimentos que fazem uma pele bonita
Alimentos que fazem uma pele bonita
 
Projeto de Segurança Alimentar
Projeto de Segurança AlimentarProjeto de Segurança Alimentar
Projeto de Segurança Alimentar
 
Artigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticosArtigo.probioticos.e.prebioticos
Artigo.probioticos.e.prebioticos
 
Artigo microbiota 2011 (1)
Artigo microbiota 2011 (1)Artigo microbiota 2011 (1)
Artigo microbiota 2011 (1)
 
Microbiologia dos alimentos aula 1
Microbiologia dos alimentos aula 1Microbiologia dos alimentos aula 1
Microbiologia dos alimentos aula 1
 
Aflatoxinas
AflatoxinasAflatoxinas
Aflatoxinas
 
Segurança Alimentar
Segurança AlimentarSegurança Alimentar
Segurança Alimentar
 
Aflatoxinas e Ocratoxina A
Aflatoxinas e Ocratoxina AAflatoxinas e Ocratoxina A
Aflatoxinas e Ocratoxina A
 
De um texto ACT para um plano de aula - Parte3
De um texto ACT para um plano de aula - Parte3De um texto ACT para um plano de aula - Parte3
De um texto ACT para um plano de aula - Parte3
 
Antimicrobianos dbo março
Antimicrobianos dbo marçoAntimicrobianos dbo março
Antimicrobianos dbo março
 

Semelhante a Disbiose

Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...
Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...
Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Alergia Infantil.pdf
Alergia Infantil.pdfAlergia Infantil.pdf
Alergia Infantil.pdfjvfacundes
 
Trabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatriaTrabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatrialactivos
 
Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150MilkPoint
 
Infeccoes intestinais bacterianas
Infeccoes intestinais bacterianasInfeccoes intestinais bacterianas
Infeccoes intestinais bacterianasUFRJ
 
Dieta - poderosa aliada no controle da endometriose
Dieta - poderosa aliada no controle da endometrioseDieta - poderosa aliada no controle da endometriose
Dieta - poderosa aliada no controle da endometrioseMarcoAurelioPinhoOliveira
 
ARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
ARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTARARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
ARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTARJulioCesar371362
 
Microbiologia Geral - Microbiota Normal
Microbiologia Geral - Microbiota NormalMicrobiologia Geral - Microbiota Normal
Microbiologia Geral - Microbiota NormalMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...Dr. Benevenuto
 
Imunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreçõesImunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreçõesLABIMUNO UFBA
 
microrganismos patogênicos em alimentos
 microrganismos patogênicos em alimentos microrganismos patogênicos em alimentos
microrganismos patogênicos em alimentosCris Botelho
 
Intestinos e processos eliminacao
Intestinos e processos eliminacaoIntestinos e processos eliminacao
Intestinos e processos eliminacaoEunice Santos
 

Semelhante a Disbiose (20)

789 3004-2-pb
789 3004-2-pb789 3004-2-pb
789 3004-2-pb
 
Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...
Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...
Leite Materno é poderoso: leucócitos e anticorpos atuam contra vírus, bactéri...
 
Alergia Infantil.pdf
Alergia Infantil.pdfAlergia Infantil.pdf
Alergia Infantil.pdf
 
Trabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatriaTrabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatria
 
Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150Chr hansenhalabiotec150
Chr hansenhalabiotec150
 
Infeccoes intestinais bacterianas
Infeccoes intestinais bacterianasInfeccoes intestinais bacterianas
Infeccoes intestinais bacterianas
 
Dieta - poderosa aliada no controle da endometriose
Dieta - poderosa aliada no controle da endometrioseDieta - poderosa aliada no controle da endometriose
Dieta - poderosa aliada no controle da endometriose
 
ARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
ARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTARARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
ARTIGO DOENÇAS DTAS DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
 
Probioticos
ProbioticosProbioticos
Probioticos
 
lactobacilos
lactobaciloslactobacilos
lactobacilos
 
Microbiologia Geral - Microbiota Normal
Microbiologia Geral - Microbiota NormalMicrobiologia Geral - Microbiota Normal
Microbiologia Geral - Microbiota Normal
 
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
 
Fibras em pães
Fibras em pãesFibras em pães
Fibras em pães
 
Imunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreçõesImunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreções
 
Gripe A R4
Gripe  A  R4Gripe  A  R4
Gripe A R4
 
HSAR.pptx
HSAR.pptxHSAR.pptx
HSAR.pptx
 
Manual rocinha
Manual rocinhaManual rocinha
Manual rocinha
 
Crescer sudavel
Crescer sudavelCrescer sudavel
Crescer sudavel
 
microrganismos patogênicos em alimentos
 microrganismos patogênicos em alimentos microrganismos patogênicos em alimentos
microrganismos patogênicos em alimentos
 
Intestinos e processos eliminacao
Intestinos e processos eliminacaoIntestinos e processos eliminacao
Intestinos e processos eliminacao
 

Último

CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.EndrewAcacio
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãos62vfyjhrm
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfVeronicaMauchle
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 

Último (15)

CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislação
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 

Disbiose

  • 1. 07/07/2016 .: .: IMEBI ­ Instituto de Medicina Biomolecular .: .: http://www.imebi.com.br/disbiose.php 1/3 E­mail: drdouglas@imebi.com.br Fones: (11) 3129.5944 / 3159.3370 Rua Mato Grosso, 128 ­ 2º and. Cj. 23 ­ São Paulo­SP Busca no site   OK Disbiose é uma doença que ocorre no trato gastro­intestinal, devido a um desequilíbrio das bactérias da flora intestinal.  O trato gastro­intestinal é um ecossistema dinâmico e integrado, composto de uma matriz de células,  de  um  sistema  imune  completo  e  de  numerosas  espécies  de  microrganismo  que normalmente colonizam e protegem esta mucosa. Vírus  e  bactérias  são  microrganismos  extremamente  adaptáveis,  mas  as  toxinas  que chegam através da dieta, interferem neste equilíbrio dinâmico. Ao nascer o intestino é estéril, desprovido de micróbios.  O intestino começa a ser povoado quando a criança nasce. A chamada microbiota indígena, depende do tipo de alimento ingerido. No desenvolvimento intestinal vários fatores têm um importante papel no povoamento, e na formação do sistema imune adaptativo, entre eles: o parto,  normal  ou  cesárea,  a  amamentação  com  leite  materno,  com  leite  maternizado,  os alimentos líquidos e sólidos que são introduzidos na dieta. As fezes do recém nascido que se alimenta  exclusivamente  de  leite  materno,  contém  enorme  quantidade  de  Lactobacillus  e estas crianças têm uma incidência menor de episódios de diarréia que as que se alimentam com  leite  maternizado.  O  ph  das  fezes  também  evolui  com  a  idade  e  com  o  tipo  de alimentação.  A  reação  é  ácida  variando  o  ph  entre  5  e  6,  devido  aos  ácidos  orgânicos decorrentes  da  lactose.  A  flora  iodófila  pode  estar  presente  devido  à  fermentação.  Existe uma monoflora. Lactobacillus  são  conhecidos  pela  propriedade  de  produzir  um  antibiótico  natural,  a acidofilina,  que  possui  atividade  antimicrobial,  contra  os  patógenos  comuns  derivados  dos alimentos. A  modulação  nutricional  durante  o  desenvolvimento  neonatal,  afeta  a  longo  prazo  a imunocompetência do indivíduo. A  microbiota  do  intestino,  pode  ser  considerada  um  órgão  adaptável  metabolicamente  e rapidamente renovável, à medida que novos alimentos vão sendo introduzidos na dieta. As bactérias indígenas (comensais) do intestino, são constituintes importantes da barreira de defesa da mucosa intestinal. Elas não permitem que ele seja colonizado por microrganismos patogênicos. Quando isto ocorre, eles são rapidamente eliminados. As bactérias indígenas competem por nutrientes essenciais, por locais de fixação no intestino e criam um ambiente desfavorável para o crescimento de novos patógenos entéricos. Na mucosa há sempre uma adaptação dinâmica de sucessão bacteriana e interação entre as bactérias, e entre as bactérias e o hospedeiro. Todos  os  principais  grupos  de  microrganismos  estão  presentes  no  intestino.  As  bactérias predominam, mas encontram­se, também, fungos e parasitas. O  cólon  é  o  local  primário  de  colonização  bacteriana,  devido  à  lenta  renovação  de  suas células.  Neste  local,  há  uma  grande  concentração  de  ácidos  graxos  de  cadeia  curta, resultado da fermentação dos carboidratos da dieta. Estes carboidratos exercem um papel importante  no  metabolismo  das  bactérias  e  servem  como  estímulo  para  a  renovação  e crescimento das células deste segmento do intestino. Uma espécie de bactéria pode ser indígena de algum segmento do intestino, mas estranha para outro. Algumas bactérias ocupam todos os microhabitats, porém outras podem tornar­ :: Alergias :: Andrologia :: Cancerologia :: Cardiologia :: Dermatologia :: Endocrinologia :: Gastroenterologia :: Ginecologia :: Imunologia :: Mastologia :: Medicina Esportiva :: Medicina Estética :: Neurologia :: Nutrologia :: Pneumonologia :: Rejuvenescimento :: Reumatologia :: Stress
  • 2. 07/07/2016 .: .: IMEBI ­ Instituto de Medicina Biomolecular .: .: http://www.imebi.com.br/disbiose.php 2/3 se patogênicas quando encontradas em outro habitat intestinal. Quatro microhabitats são descritos: o lúmen intestinal, a camada mais profunda de mucus que recobrem as células das criptas, e o epitelial que reveste a mucosa intestinal. As bactérias denominadas “amigáveis”, são também chamadas probióticas ou eubióticas, são elas  que  trazem  mais  benefício  ao  homem.  Essas  bactérias  produzem  vitaminas  do complexo B incluindo a biotina (B1), niacina (B3), riboflavina (B2), ácido pantotênico (B5), piridoxina (B6), cobalamina (B12), ácido fólico, vitamina A e vitamina K. O  termo  probiótico  tem  sido  usado  para  se  referir  aos  suplementos  que  contém Lactobacillus,  em  pó  ou  em  cápsulas.  Os  dois  grupos  mais  importantes  da  flora  são  os Lactobacillus  encontrados  principalmente  no  intestino  delgado  e  as  bífidobactérias,  que habitam primariamente o cólon. A  dieta  tem  um  papel  importante  na  predominância  de  uma  bactéria  sobre  a  outra.  Elas ajudam a aumentar a resistência do organismo. Funções das bactérias probióticas: ­ Nutricional:manufaturam vitaminas; ­  Digestiva:  digerem  a  lactose  do  leite.  Permitem  que  pessoas  que  tem  intolerância  a lactose, se beneficiem das propriedades do leite através do Yogurt; ­  Mecânica:  ajudam  a  regular  a  peristalse.  Previnem  cólicas  e  diarréias  em  crianças  e adultos; ­  Imune:  produzem  antibióticos  (acidofilina)  e  antifúngicos.  Interagem  permanentemente com as células imunes da mucosa intestinal, aumentando o número destas células. Inativam toxinas de outras bactérias. Tem efeito anticancerígeno. Previnem tumores intestinais; ­  Bioquímica:produzem  ácido  láctico,  que  equilibra  o  ph.  Quebram  ácidos  biliares. Normalizam o Colesterol e os Triglicérides; ­ Metabolismo: Quebram e reaproveitam hormônios. As  bactérias  do  intestino  previnem  infecções  intestinais,  vaginais  e  urinárias.  Muitos trabalhos  mostram  que  a  suplementação  com  Lactobacillos,  ajuda  a  prevenir  infecções causadas  por  Cândida  e  outros  micróbios  que  florescem  em  ambiente  alcalino, principalmente  no  trato  genito­urinário.  Nem  todas  as  bactérias  são  amigáveis,  a  maioria que reside no intestino são comensais, nem boas, nem más. Outras são patogênicas, podem causar  infecções  agudas  e  nosso  corpo  reage  através  de  diarréia,  febre,  gases,  perda  de apetite e vômitos. As bactérias que causam doenças crônicas, são geralmente organismos fracos,  com  pouca  virulência,  mas  quando  a  colônia  aumenta  muito,  elas  podem  causar doenças. Este tipo de doença é denominado disbiose. O  uso  indiscriminado  de  antibióticos  acaba  destruindo  bactérias  intestinais  residentes  e tornando  algumas  bactérias  adaptadas  fora  do  seu  habitat  (por  não  terem  com  quem competir) e resistentes. Medicamentos  que  interferem  na  flora  intestinal:  antiácidos,  antibióticos,  antifúngicos, antinflamatórios, laxantes, anticoncepcionais, estrógeno e corticóides. Um desequilíbrio na flora intestinal devido ao uso indiscriminado dos medicamentos citados acima,  pode  levar  a  sintomas  como  diarréia,  constipação,  síndrome  pré­menstrual,  dores articulares,  dores  musculares,  alergias,  rinite,  muitos  gases,  doenças  inflamatórias intestinais  e  pulmonares,  deficiência  de  vitaminas,  intolerância  à  lactose  (açúcar  do  leite), irritabilidade, Depressão, vaginites, doenças auto­imunes e eczemas frequentes. Muitos  pacientes  acabam  complicando  ainda  mais  o  quadro,  quando  começam  a  usar medicamentos para aliviar os sintomas decorrentes do desequilíbrio da microflora. A grande maioria passa a usar laxantes, analgésicos, antinflamatórios e antiácidos. Entre  as  causas  mais  comuns  de  disbiose,  além  das  medicamentosas,  encontra­se  o estresse,  as  exotoxinas  (substâncias  químicas  encontradas  nos  alimentos),  as  endotoxinas (provenientes  do  metabolismo  de  alguns  alimentos  ou  do  metabolismo  de  microrganismos que habitam o intestino), alimentos com baixo valor nutritivo, como os carbohidratos simples e gorduras, e os antibióticos embutidos nos alimentos. As  toxinas  que  estes  microrganismos  produzem,  são  muito  tóxicas  para  todas  as  células, Elas acabam lesando a borda em escova que recobre as células do epitélio intestinal e isto
  • 3. 07/07/2016 .: .: IMEBI ­ Instituto de Medicina Biomolecular .: .: http://www.imebi.com.br/disbiose.php 3/3 facilita a absorção e transporte pela circulação, para órgãos mais distantes. Inicialmente estas lesões são reparadas através de um turn over das células epiteliais, os microrganismos são detectados pelas células imunes que as retira via sistema linfático. Todos os agentes sinalizadores entram em ação, não só os imunoquímicos, mas a rede de secreção  também  é  ativada,  numa  tentativa  de  eliminar  o  mais  rápido  possível  o  agente agressor. Há um aumento do peristaltismo e da secreção de muco e líquido. Dor, inflamação e diarréia são sintomas resultantes da guerra que o intestino está travando. Quando há um microrganismo patogênico, a linha de células do epitélio intestinal inflamada, não sinaliza mais para as células do sistema imune e a batalha é perdida. A parede intestinal lesada,  cria  um  ambiente  propício  para  que  estes  microrganismos  alcancem  a  circulação. Eles são facilmente absorvidos, porque o intestino lesado, perde a permeabilidade seletiva e especializada.  É  a  denominada  Quebra  da  Barreira  Intestinal.  Normalmente,  a  barreira  da mucosa intestinal é seletiva à passagem de moléculas e substâncias do conteúdo luminal. A natureza da molécula luminal é que vai programar a absorção e a difusão. Quanto maior a agitação no intestino delgado, menos resistência terá a barreira difusional.   Home Voltar Topo Imprimir