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Aflatoxinas
Aflatoxina

Aspergillus niger

• A aflatoxina é a denominação dada a um grupo de
substâncias que são tóxicas para o homem e para
os
animais.
Elas
são
produzidas, principalmente, por dois fungos
denominados Aspergillus flavus e Aspergillus
parasiticus, que se desenvolvem sobre muitos
produtos agrícolas e alimentos quando as
condições de umidade do produto, umidade
relativa do ar e temperatura ambiente são
favoráveis( de 10 a 12ºC).

Aspergillus flavus

• Pode ser transmitida pela ingestão ou aspiração.

Aspergillus parasiticus

• Estas substâncias são tóxicas, ligando-se ao DNA
das células provocando uma inibição da replicação
do DNA. São causadoras de cancro em humanos e
Tipos de aflatoxinas
• Existem pelo menos 13 tipos diferentes de
aflatoxina de origem natural. A aflatoxina
B1 é considerada como sendo a mais
tóxica.
1. Aflatoxinas B1 e B2: produzidas por A.
flavus e A. parasiticus.
2. Aflatoxinas G1 e G2: produzidas por A.
parasiticus.
3. Aflatoxina M1: metabolito da aflatoxina
B1 em animais, incluindo humanos.

Estrutura química da aflatoxina B1.

• A presença de Aspergillus sp. em produtos
alimentícios não é uma indicação segura
de presença de aflatoxina, mas esses
alimentos devem ser considerados como
potencialmente perigosos.
Contaminação e efeitos patológicos
• Aflatoxicose é uma intoxicação resultante da ingestão da aflatoxina
em alimentos e rações contaminadas
• As contaminações ocorrem com maior intensidade em milho,
centeio, cevada e outros cereais, sementes oleaginosas, nozes como
pecã, castanha-do-pará, produtos curados etc.
• O efeito que a aflatoxina causa, depende da dose e freqüência com
que é ingerida. Até mesmo a ingestão de doses não elevadas pode
provocar distúrbios e alterações nos órgãos do homem e dos
animais, especialmente no fígado.
Ocorrência
• Estes compostos caracterizam-se pela
elevada toxicidade que apresentam
e, portanto, os riscos da exposição
humana à estas micotoxinas podem
acometer grandes prejuízos à população.
A
capacidade
de
absorção
e
processamento
de
nutrientes
é
gravemente comprometida. A exposição
crônica a níveis sub-críticos de
aflatoxina não é tão grave, mas aumenta
a probabilidade de desenvolvimento de
cancro hepático. Mesmo assim, desde a
descoberta
das
aflatoxinas,
em
1960, diversos países adotaram limites
de tolerância para essas toxinas em
produtos destinados ao consumo
humano.

• Os órgãos mais freqüentemente
afetados são o fígado, os rins, o
cérebro, os músculos e o sistema
nervoso.
• A exposição a altas concentrações de
aflatoxinas produz graves danos
principalmente no fígado, tais como
necrose, cirrose hépatica, carcinoma
ou edema.
Os inúmeros casos de óbito de
cães, primeiramente no Espírito
Santo e depois em Minas
Gerais, ocorreram porque os
animais foram intoxicados pela
ingestão de ração contaminada
por AFLATOXINA.
Ocorrência
• O Brasil, com base nos
conhecimentos disponíveis,
estabeleceu, em 1977, o limite de
30 µg/kg em qualquer tipo de
alimento. Desconhece-se, contudo,
se este valor ainda representa ou
não risco significativo para o
desenvolvimento do câncer
hepático. Na última década, porém,
intensas pesquisas contribuíram
para melhor caracterizar os
possíveis efeitos das aflatoxinas
sobre a saúde humana, com
destaque para os experimentos
sobre a atividade biológica da
AFB1 nas células hepáticas, no
âmbito molecular, e sua aplicação
em estudos populacionais.

• Desta forma, isto vem possibilitando
uma quantificação mais precisa do grau
de exposição às aflatoxinas. Segundo o
Centro de Vigilância Epidemiológica da
Secretaria de Estado da Saúde de São
Paulo, no Brasil não há dados sobre os
riscos da exposição humana às
micotoxinas em relação a surtos ou
casos por essas intoxicações.
Problemas causados pela
micotoxicose
crônica:
desuniformidade dos leitões
ao
nascer, deformidades, vulvo
vaginite em leitões, prolapso
retal
e
aumento
da
porcentagem de abortos.
Incubação e resistência
Período de incubação

Susceptibilidade e resistência

• No que e refere quanto a
ingestão é pouco descrito na
literatura.quanto a inalado, de
dois dias a semanas.

• A ampla distribuição do
ASPERGILLUS e a ocorrência
esporádica da doença parece
apontar para uma resistência dos
seres humanos, no que tange à
forma pulmonar.Humanos e
animais são susceptíveis aos
efeitos agudos da
aflatoxicose, sendo que a
probabilidade da exposição a
níveis altos de aflatoxina é
remota em países desenvolvidos
e especialmente onde há controle
sanitário de grãos.
A aflatoxicose em humanos e outras
intoxicações por micotoxinas têm
sido
raramente
relatadas,
provavelmente,
por
dificuldades diagnosticas.
A aflatoxicose e similares devem ser
suspeitadas quando um surto da
doença
exibe as seguintes
características:
1. Condição
de
não
transmissibilidade entre pessoas;
2. A investigação aponta para uma
associação
com
certas
quantidades de alimentos;
3. O tratamento com antibióticos e
outras drogas têm pouco ou
nenhum efeito;
4. Evidências de sazonalidade –ex.:
condições climáticas podem ter
influência no crescimento;

Os efeitos adversos em animais (e
presumivelmente em humanos)
têm sido classificado de duas
formas gerais:
a) AF aguda é produzida quando
índices altos de AF são
consumidos,podem
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hemorragias, danos hepáticos
agudos,
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• A ocorrência de surtos (dois ou
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requer
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notificação
imediata
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autoridades
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vigilância
epidemiológica
municipal,
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ou
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que
se
desencadeie a investigação das
fontes comuns e o controle da
transmissão
através
de
medidas
preventivas(internação
de
produtos
contaminados,
medidas
educativas, entre outras).

Orientações poderão ser obtidas junto
à Central de Vigilância
Epidemiológica de sua cidade;
Obrigado
pela
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  • 2. Aflatoxina Aspergillus niger • A aflatoxina é a denominação dada a um grupo de substâncias que são tóxicas para o homem e para os animais. Elas são produzidas, principalmente, por dois fungos denominados Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, que se desenvolvem sobre muitos produtos agrícolas e alimentos quando as condições de umidade do produto, umidade relativa do ar e temperatura ambiente são favoráveis( de 10 a 12ºC). Aspergillus flavus • Pode ser transmitida pela ingestão ou aspiração. Aspergillus parasiticus • Estas substâncias são tóxicas, ligando-se ao DNA das células provocando uma inibição da replicação do DNA. São causadoras de cancro em humanos e
  • 3. Tipos de aflatoxinas • Existem pelo menos 13 tipos diferentes de aflatoxina de origem natural. A aflatoxina B1 é considerada como sendo a mais tóxica. 1. Aflatoxinas B1 e B2: produzidas por A. flavus e A. parasiticus. 2. Aflatoxinas G1 e G2: produzidas por A. parasiticus. 3. Aflatoxina M1: metabolito da aflatoxina B1 em animais, incluindo humanos. Estrutura química da aflatoxina B1. • A presença de Aspergillus sp. em produtos alimentícios não é uma indicação segura de presença de aflatoxina, mas esses alimentos devem ser considerados como potencialmente perigosos.
  • 4. Contaminação e efeitos patológicos • Aflatoxicose é uma intoxicação resultante da ingestão da aflatoxina em alimentos e rações contaminadas • As contaminações ocorrem com maior intensidade em milho, centeio, cevada e outros cereais, sementes oleaginosas, nozes como pecã, castanha-do-pará, produtos curados etc. • O efeito que a aflatoxina causa, depende da dose e freqüência com que é ingerida. Até mesmo a ingestão de doses não elevadas pode provocar distúrbios e alterações nos órgãos do homem e dos animais, especialmente no fígado.
  • 5. Ocorrência • Estes compostos caracterizam-se pela elevada toxicidade que apresentam e, portanto, os riscos da exposição humana à estas micotoxinas podem acometer grandes prejuízos à população. A capacidade de absorção e processamento de nutrientes é gravemente comprometida. A exposição crônica a níveis sub-críticos de aflatoxina não é tão grave, mas aumenta a probabilidade de desenvolvimento de cancro hepático. Mesmo assim, desde a descoberta das aflatoxinas, em 1960, diversos países adotaram limites de tolerância para essas toxinas em produtos destinados ao consumo humano. • Os órgãos mais freqüentemente afetados são o fígado, os rins, o cérebro, os músculos e o sistema nervoso. • A exposição a altas concentrações de aflatoxinas produz graves danos principalmente no fígado, tais como necrose, cirrose hépatica, carcinoma ou edema.
  • 6. Os inúmeros casos de óbito de cães, primeiramente no Espírito Santo e depois em Minas Gerais, ocorreram porque os animais foram intoxicados pela ingestão de ração contaminada por AFLATOXINA.
  • 7. Ocorrência • O Brasil, com base nos conhecimentos disponíveis, estabeleceu, em 1977, o limite de 30 µg/kg em qualquer tipo de alimento. Desconhece-se, contudo, se este valor ainda representa ou não risco significativo para o desenvolvimento do câncer hepático. Na última década, porém, intensas pesquisas contribuíram para melhor caracterizar os possíveis efeitos das aflatoxinas sobre a saúde humana, com destaque para os experimentos sobre a atividade biológica da AFB1 nas células hepáticas, no âmbito molecular, e sua aplicação em estudos populacionais. • Desta forma, isto vem possibilitando uma quantificação mais precisa do grau de exposição às aflatoxinas. Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, no Brasil não há dados sobre os riscos da exposição humana às micotoxinas em relação a surtos ou casos por essas intoxicações.
  • 8. Problemas causados pela micotoxicose crônica: desuniformidade dos leitões ao nascer, deformidades, vulvo vaginite em leitões, prolapso retal e aumento da porcentagem de abortos.
  • 9. Incubação e resistência Período de incubação Susceptibilidade e resistência • No que e refere quanto a ingestão é pouco descrito na literatura.quanto a inalado, de dois dias a semanas. • A ampla distribuição do ASPERGILLUS e a ocorrência esporádica da doença parece apontar para uma resistência dos seres humanos, no que tange à forma pulmonar.Humanos e animais são susceptíveis aos efeitos agudos da aflatoxicose, sendo que a probabilidade da exposição a níveis altos de aflatoxina é remota em países desenvolvidos e especialmente onde há controle sanitário de grãos.
  • 10.
  • 11. A aflatoxicose em humanos e outras intoxicações por micotoxinas têm sido raramente relatadas, provavelmente, por dificuldades diagnosticas. A aflatoxicose e similares devem ser suspeitadas quando um surto da doença exibe as seguintes características: 1. Condição de não transmissibilidade entre pessoas; 2. A investigação aponta para uma associação com certas quantidades de alimentos; 3. O tratamento com antibióticos e outras drogas têm pouco ou nenhum efeito; 4. Evidências de sazonalidade –ex.: condições climáticas podem ter influência no crescimento; Os efeitos adversos em animais (e presumivelmente em humanos) têm sido classificado de duas formas gerais: a) AF aguda é produzida quando índices altos de AF são consumidos,podem incluir hemorragias, danos hepáticos agudos, alteração na ingestão, possíveis óbitos entre outros. b) AF crônica é resultada da ingestão baixa a moderada de AF, alguns sintomas comuns são atraso no crescimento com ou sem síndrome da AF.
  • 12. Medidas de controle • A ocorrência de surtos (dois ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas(internação de produtos contaminados, medidas educativas, entre outras). Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica de sua cidade;