Este documento descreve a experiência da autora em um curso de pós-graduação à distância, incluindo suas motivações iniciais para a matrícula, algumas dificuldades encontradas ao longo do curso e reflexões sobre produções realizadas como parte das atividades.
2. TEREZA PENEDO
REFLEXÃO NO ESPAÇO E TEMPO: MOBILIZAÇÃO, ATRIBULAÇÕES E
PRODUÇÕES
Trabalho apresentado como exigência final para a
disciplina E-Portfólios, da Pós Graduação à
Distância em Inovações em Tecnologias
Educacionais da Universidade Anhembi Morumbi,
sob a orientação das Profs. Patrícia Passos e
Luciana Santos
Vitória - ES
2013
3. I A MOBILIZAÇÃO
O ano de 2013, pelo visto, configura-se em meu percurso de vida repleto de narrativas,
como técnica educacional reflexiva, onde muitas vezes evitei a sua aplicação quanto à minha
pessoa, apesar de que a Narrativa tenha sido posta em prática com os meus alunos.
Considero um ano inenarrável, indizível, inexprimível, inefável, que são sinônimos
adequados ao meu ponto de vista atual sobre textos reflexivos de percurso. O meu, of course.
Enfim, há contas e contos.
Porem, já que se predispõe este pedido, como atividade final da disciplina E-Portfólio,
considero-me uma aluna passível de atender a este item formulado apesar de considerar o
espaço de tempo deveras curto para uma maior abrangência da totalidade prevista para a Pós-
Graduação, onde me encontro devidamente matriculada. Creio que muito há por vir.
Assalta-me o pensamento de que talvez seja melhor o período curto, espaço e tempo,
escolhido, por causa dos meus colegas, embora o E-Portfolio deva nos acompanhar ate o The
End. Espero chegar lá! Aos Trancos e Barrancos, como diz a música de Raul Seixas “Eu vou
descascando a minha vida, sujando a avenida, com meu sangue de limão”.Sorrio.
Reflito sobre o meu conhecimento inicial sobre a Universidade Anhambi Morumbi,
através das Redes sociais, o Facebook mais exatamente, a partir das postagens do coordenador
do curso, o João Mattar. Aliás, creio, salvo engano, que já participei de mais de 3 eventos nesta
unidade localizada na rua Casa do Ator. Não faço considerações sobre o ambiente físico
espetacular, mas sim às possibilidades de ouvir palestras interessantes e aprazíveis,
presencialmente.
Aponto que, apesar de Mestra, não me vejo menosprezada academicamente por estar a
cursar uma simples Pós á Distância. Por vezes penso que o motivo da minha inscrição no curso
ocorreu por amor ao Mestre, ou a motivação com a EaD, ou a curiosidade em ouvir o que as
pessoas indicadas para as disciplinas têm a dizer (corpo docente) já que são entusiastas da EaD,
ou ainda a possibilidade de criar pensamentos novos, sim, estes são motivos que me levaram em
frente, em direção à matrícula.
Tenho em mim a absoluta certeza de que estou sobrecarregada de um certo
conhecimento da tecnologia educacional devido a ter escolhido e vivenciado por 5 anos o cargo
de tutoria à distância em um curso de Licenciatura na Universidade Federal do Espírito Santo,
que faz parte do projeto intitulado PRO-LICEN, da UAB.
Mas não posso negar de que esta função muito pouco me atualizou, orientou ou me
ofereceu, nada além do que a práxis pedagógica com adultos, desejosos de algo a mais,
afastados do ensino superior devido às circunstancias de vida.
Ao findar o ano se vai com ele a tutoria e desta forma não imagino onde aplicar os
valiosos conhecimentos que, espero, irei obter neste curso, apesar de saber o que sei
conseguidos em uma aprendizagem rápida e autônoma, como deve caber a qualquer professor.
II AS ATRIBULAÇÕES
Voltando ao que interessa, e sorrio ao recordar, encontrei pequenas dificuldades para
efetuar a matrícula, uma chatice; considero que o atendimento da Universidade é muito bom e
4. prestativo, mas que as burocracias não compreendem o “jogo de cintura” que deve ser utilizado
em alguns casos. E paira em mim uma impaciência sobre obstáculos em meu caminho, já que
muitas pedras no caminho existem realmente é na Educação brasileira. O que já basta. Quanto
ao pagamento mensal, do curso, efetuo com multa devido a atrasos de recebimento dos boletos.
Acontece.
Outro pormenor, que não se coaduna comigo, é o atraso de datas, de início ou não de
qualquer evento, fato que, para quem tem agenda, complica a vida de qualquer um. Não houve
ansiedade da minha parte, como sugeriu em um trabalho de grupo o meu colega Alessander
Figo, de forma alguma, tento efetuar o mais rápido possível as atividades para que possa dar
conta e dar atenção a outros compromissos. Enfim, não gosto de estar em falta para com meus
objetivos. A falta de compromisso me exaspera principalmente em um curso pago, pois aparenta
que os colegas supostamente entram em um supermercado, pagam, mas esquecem os produtos
no caixa. E seguem felizes, eis um posicionamento incoerente. Algo incomoda, os prazos por
demais facilitados para entrega de atividades. O jeitinho brasileiro. E ainda a proposta de
encontros presenciais não foi efetivada, no início, e nem se deu notícias. Que culpa tenho eu de
ter memória?
Mas, seguindo adiante, acho divertido não saber ao certo o numero de colegas que
realmente participam desta primeira turma, pois estranhei a falta de apresentação de trabalhos
individuais ou em grupo de muitos. Bem sei que uma primeira turma é sempre a cobaia em
novas experiências e apesar do possível interesse de todos nem sempre é fácil estudar à
distância.
O que há atrás de uma Plataforma não se sabe, são os bastidores, considero assim o
AVA um palco de atuação naquilo que é visível. O Moodle assim o faz. A plataforma
Blackboard Learn é de fácil compreensão na sua utilização, E os Fóruns funcionaram bem,
apesar de que sempre todos esperavam a resposta do Coordenador. Foi na maior parte do tempo
uma espera de atendimento do Professor.
Outro fato que desejo pontuar é que nas duas disciplinas oferecidas foram propostas,
através de enquetes, a possibilidade de alguma conversa mais interativa, mas que passou
raspando no esquecimento ou falta de oportunidades.
Claro está que a partir da minha experiência pessoal como tutora tentei uma possível
interatividade em grupo, na disciplina de Fundamentos, em início de curso, logo
impacientemente recebida pelo prof. João Mattar, que deu a impressão de não apreciar muito a
saída dos trilhos pensados por ele no desenrolar da disciplina. Fato que muito estranhei, devido
a minha forma de ser, deixando muito claro e perceptível o mal estar instaurado.
Analisando com maior rigor os planos de ensino notei com surpresa a flexibilidade de
propostas textuais que não estavam previstas, mas, creio, que devam ter se adequado ao
momento e direcionamento do professor. Ai surge o pensamento sobre a mediação, como será
que fica? A flexibilidade fica sempre do lado do professor? Iniciativas de alunos não valem à
pena? Por mais irrisórias que sejam?
No mais, senti o Prof. João Mattar tentar pegar mais leve comigo, agradeço aqui a
paciência, e fui passando incólume sobre o acontecido e a chamada de atenção que aconteceu
via mail. E com a facilidade de efetuar o primeiro trabalho sobre o Horizont Reporter seguimos
adiante. A experiência com wiki pode aparentar uma mobilização muito grande da minha parte,
5. mas afinal era para funcionar ou não? Mais uma vez pontuo que o wiki necessita de uma
explicação prévia, não sendo uma atividade simples e é dependente de ajustes de edição e
colaboração, foi exatamente neste ponto que vi que a turma andava devagar. Mas o tempo não é
o mesmo para os participantes. A sugestão de trabalhos em grupo finalmente aconteceu na
disciplina E-Portfolios, não imagino os critérios para a escolha de grupos, apenas suspeito
devido à minha experiência, mas seguimos “de vento em popa”! Menos mal.
Estava eu em um momento complicado de vida, e não nego a urgência e ausência do
Alessander, fato por ele mesmo assinalado, mas a outra componente evaporou, sumiu, era um
perfeito fantasminha de AVA, que me apareceu via mail em Dezembro. Outros existem com
certeza. Fiz o possível para explorar a plataforma do curso, que acho tão inglória como o
Moodle. Com a abertura de pagina de grupo no FB aconteceu de que uma das primeiras
pontuações, e interessantíssima por sinal, é a de que não existe lugar de foto no perfil, para uma
sociabilidade no AVA que utilizamos. Algo a pensar em direção à instrução. Apesar de que
dentre todas as possibilidades oferecidas a única que não andou corretamente foi o Chat.
Eu tentava falar com o Alessander e acredito que como não pertence à área de
Pedagogia ou Licenciatura, as minhas pontuações soavam aos seus ouvidos como de exigência
máxima para ele, tipo “mandar em mim”, como ele próprio assinalou. Questiono o sentimento
de responsabilidade perante o trabalho, senão ficaríamos a ver navios. O nosso tempo era
diferente embora no mesmo espaço.
Só realmente começamos a nos entender quando ocorreu um hangout. Mesmo assim
nem tudo saiu como se pretendia, e concordo que meu nível de exigência era outro, e bem
distante do dele. Eu realmente desejava o melhor, mas aconteceram falhas e as falhas não
podem ser maquiadas, devem ser enfrentadas. As pontuações do trabalho em grupo com os
outros foram legais, tentei encorajar o máximo, mas devemos saber que sempre acontecem
leituras enviesadas quando os fatos são relatados por escrito. Isso para mim é web 1.0.
Mas a gota d ‘água foi o posicionamento primoroso, delicado, da Luciana Santos e que
eu não concordei de forma alguma. As falhas do trabalho em grupo estavam visíveis tanto da
minha parte, quanto da falta de percepção destas falhas pelo Alessander que montou o ppt, já
que fazia parte do seu conhecimento, e conseqüentemente deveriam estar visíveis também para
a Luciana. Na verdade tanto o Prezi quanto o ppt continham falhas. E efetuei a minha análise,
mesmo sem saber como seria a avaliação. Este item concernente à Avaliação é um item sempre
nebuloso no presencial ou no ensino EaD. E realmente deve ter sido chocante para os que
leram, mas nunca o fiz no sentido de denegrir o curso e seu planejamento ou a pessoa, peço até
desculpas se for o caso, mas porque os erros devem ser encarados já que nos ensinam mais do
que pretensamente sabemos. Aprendi que devemos ser diretos quanto ao que o aluno efetuou, o
texto para mim foi considerado algo secundário, o prioritário era o trabalho em grupo e a
apresentação.
Na verdade algo se passava, com a apresentação de duas professoras, em mim. Uma
espécie de (.....), não sei se insight seria a palavra correta, poderia ser mais justa a palavra
inadequação de duas professoras, ou sensibilidade da minha parte, um feeling instaurado por
experiência. Afinal duas professoras para uma disciplina tão simples com prazo longo para
produto final e com tão poucos alunos dá o que pensar. E mais uma vez, quanto aos meus
questionamentos não houve mediação do coordenador de curso. Ele não entendia nada do que
eu escrevia. Talvez também um acúmulo de atividades da parte dele e/ou uma pessoa
6. questionadora incomoda tanto quanto um elefante na sala, já o sei a longo tempo. Uma pessoa
que pode sugerir ou se mostrar insatisfeita é muito chato, mas sigo em frente. Pensei em
desistir? Sim. Pensei em imediatamente cortar o pagamento? Claro. Em adiar para uma turma
mais visível? Sim. Mas depois, como repito aqui nesta narrativa, o percurso é meu e só a mim
importa, mas me fez mudar o meu posicionamento perante o curso. Ou seja, vivenciar o curso
de agora em diante mais en passant!
Quanto à avaliação entre pares proposta pelo João Mattar em sua disciplina,
Fundamentos, foi coerente, mas estranhei a Carla Arena afirmar que o trabalho não era dela e
sim da colega Patrícia e ainda hoje, me pedir por mail a correção que enviei para a Patrícia
Leite pois iria efetivar uma segunda revisão. Questiono se invalidaram a minha ou se ela, a
Carla Arena se preocupa com a nota dela e não confia na colega devendo aprimorar um texto
que ela inicialmente afirmou que não era dela. Bobagens? não... Quero entender o que
realmente se passa, já que estou inserida aí! Então, me pergunto, para que eu perdi tempo com a
minha revisão? No caso da Patrícia revisei com sensibilidade, como uma colega e nunca como
uma professora, embora o seja. Depois dizem que eu não tenho tato e nem sensibilidade...
Sou verdadeiramente assim? sim. Sou questionadora e crítica, para o melhor. Mas não
importa. Bom, entre ventos e pequenas tempestades, me apraz o curso? Sim. Existem colegas
com um conhecimento necessitado de maior auxílio? Sim. Mas não cabe a mim este item.
Tentei por vezes sugerir, dividir tarefas, mas de boas intenções o inferno está cheio, como diz o
dito popular.
III AS PRODUÇÕES
As produções selecionadas para o e-portfólio contém uma escolha pessoal e o
primeiro impasse foi na escolha de um local para cumprir as exigência das professoras. Na
verdade gosto de descobrir coisas novas, apesar de já estar satisfeita com o About.me, ou blogs,
mas aconteceu também não me interessar por nenhuma das ferramentas disponibilizadas.
Apenas o interesse casual de me perder na web e encontrar algo que incite a minha curiosidade
em manejar, explorar possibilidades daquilo que me agrada, me faz bem. Já sabia de antemão
que sem dúvida, deveríamos ir ate o fim do curso colecionando os artefatos. O que me fez
interessar pelo Pathbrite, apesar de ser em inglês, foi o design de qualidade, sofisticado e
inteligente, sóbrio, sendo também que ele é baseado em nuvem, e de fácil armazenamento,
propicia a exibição das realizações, e podemos coletar, monitorar e compartilhar o que se deseja
através de upload, e conta com um sistema de classificação interessante sendo que o melhor é
que os professores podem deixar comentários, pois há espaço para feedback. As professoras do
curso, se é que observaram, não experimentaram esta faceta.
Gosto de áudio e ele foi anexado corretamente ao E-portfolio através do GoogleDrive,
também anexei o PowerPoint que foi criado pelo colega Alessander e que salvei no
Slideshere.O único que não consegui anexar e nem transformar em vídeo foi o Prezi, de que
tanto gosto. Tem de ocorrer através do processo de captura de tela para depois lançar no
Youtube.
Na disciplina de Fundamentos, logo do início, toda feliz, acho até engraçado este
pormenor sobre o meu humor, viabilizei uma nuvem de palavras através do Tagxedo e me
esmerei com o Thinglink, pois era mais interativo do que um Mapa conceitual. Além disso, criei
um Voicethread com uma participação de uma colega, uma somente, creio que a ficha demora a
cair para os colegas. Na verdade sempre fico frustrada com a não interatividade de pessoas que
7. se dispõem a estudar e trabalhar com tecnologias educacionais. Um horror! Assustador! Lógico
que também ocorreram pesquisas diversas e leituras de artigos, de documentos e em achados
ocasionais, com o Twitter.
Mas que se há de fazer?! Refazer sempre o mesmo percurso, afinal “água mole em
pedra dura tanto bate até que fura”.
As atividades finais já estão prontas e devidamente encaminhadas. Da parte de
Fundamentos alonguei o texto, li as considerações de uma colega, mas sabia que a falta de
tempo me impedia de estar melhor o escrito que enviei para ela, pois um texto para mim tem um
tempo de fervilhar, de ebulição e não vai ser a correção de alguém que vai me aquietar. E
complemento com esta narrativa e o E-portfolio já atualizado.
LINK https://pathbrite.com/portfolio/P7sgFPExd/e-portflio
Enfim, posso postar o trabalho e dar um C’est fini. Férias. Feliz Natal. Bye.
Fica um sentimento de tristeza imenso, ao ler comentários como: “não vale a pena”, eu
realmente nunca diria isso a alguém. Por essas e outras é que me passa o sentimento de cair fora,
mas como sou determinada, ficarei. Não sou de fugir dos caminhos pensados e nem passados.
Na atualidade estamos em mais um bloco de disciplinas, confesso que não houve em mim
nenhuma motivação para executar o projeto de Gestão, e reflito que nunca me adaptaria a um
cargo deste, pois sinto em mim muito forte o desejo de sempre estar em contato com alunos. Por
outro lado creio que nunca terei acesso a uma participação em gestões fato que me deixa muito
segura de não desejar esta atividade e por isso ter desistido do que foi proposto pelo Prof.
Robson. Tentei o mais possível entrar em contato com ele , no que muitas vezes consegui, mas
nunca me entrosei com a disciplina.
Quanto ao DE da Andreia Filatro, eu me encontrava muito doente., mas mesmo assim participei
de dois encontros virtuais. Perdi muitas explicações sobre o Pecha Kuchá, mas como já havia
em mim um pouco de conhecimento sobre o processo, fiz a tentativa de aprimorar escolhendo
um texto oferecido pela professora. Confesso que perdi uma manha e tarde inteira, mas
finalmente dei conta do proposto embora fora do prazo estipulado. Me sinto gratificada pelo
meu próprio esforço individual.
Conversando com o Coordenador, ouvi o conselho de me aprimorar nas disciplinas que corriam,
e desta forma segui as disciplinas de Tendencias com o Prof. Moran, e Games com a Prof.
Eliane, e nesta ultima no diário de bordo, confessei que a proposta não me motivava também,
embora ocorra interesse da minha parte em alunos que pratiquem os Games.
Finalizando, ao tecer o fio que entrelaça estes fatos, explico o que me foi provocado
com o desejo de que, ao aparar as arestas, possa auxiliar, quem sabe, o nascimento deste curso
por intermédio da escrita.
PS- Gostaria de acrescentar que este meu texto não está à disposição de nenhuma pesquisa que
não seja passível de um termo por mim aceito e conforme regras da Universidade.