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INTRODUÇÃO

O desafio lançado pela oferta da ação de formação “Integração das TIC no ensinoaprendizagem do Português: análise e produção de recursos didáticos digitais”, pareceu-me
atrativo, uma vez que pertenço a uma geração que desconhecia o uso das novas tecnologias.
Tendo começado a exercer a minha profissão de professora de português e de francês, muito
anteriormente à realidade que hoje designamos era digital, o meu trabalho com os alunos
resumia-se à exposição dos conteúdos a lecionar e à consequente interacção em situação de
sala de aula, através de questionários orais ou escritos, fichas de trabalho diversas e um
desgaste enorme para atingir os objetivos definidos pelos programas de cada disciplina e ano
de escolaridade. É, por isso, compreensível, que a possibilidade de aprender novas formas de
ensinar, começando pela motivação dos alunos, me suscite curiosidade e, por conseguinte, o
desejo de usar todas as ferramentas que possam auxiliar-me na minha prática lectiva
quotidiana, contribuindo para o sucesso dos meus alunos.
Com efeito, a proposta de criação de um blogue através da Internet onde constassem
atividades relacionadas com os conteúdos temáticos e gramaticais, quer da disciplina de
português de 12º ano, quer de francês de 7º ano, entusiasmou-me muito.

DESENVOLVIMENTO

Em plena era digital, em que vivemos rodeados de mecanismos com as mais diversas
potencialidades, cuja maior parte é conhecida e, na minha opinião, exageradamente usada
pelos alunos, urge questionar os métodos de ensino-aprendizagem tradicionalmente
utilizados na prática letiva e determinar até que ponto a atuação isolada do professor
consegue motivar/estimular o aluno - que demonstra interesses e competências diversos dos
daquele - ao seu próprio crescimento.
Assim, como professora de português, tenho plena consciência da necessidade de
inovação, mas também das condicionantes com que me tenho deparado, nomeadamente, a
de não saber como usar as novas tecnologias, a de desconhecer os recursos, softwares,
aplicações, formatos e sistemas digitais e a escassez de recursos tecnológicos na minha
escola.Todavia, sei que as palavras-chave são partilhar, interagir, conetividade
e publicação e tudo passa pela Web.
Foi partindo destes pressupostos que resolvi aprender a introduzir inovações que
alterem/melhorem o meu desempenho e que assentam no uso de novas tecnologias.
Com efeito, a criação de um blogue que pudesse ser partilhado com os meus alunos,
onde eu pudesse publicar trabalhos, sem o constrangimento de estar na escola e com
liberdade de horário, pareceu-me um bom ponto de partida.
Criei, assim, um blogue, “O blogue da Criatividade”, no qual fui inserindo
gradualmente o que ia sendo ensinado pelo professor/formador, sessão após sessão, o que
nem sempre foi fácil.
Lidei com o Scribd, com o qual inseri um texto no blogue, a que se seguiu a inserção
de uma imagem através da ferramenta Online-converter; depois, inseri um vídeo do
youtube, um powerpoint, através do Slideshare, criei uma nuvem de palavras com a ajuda
da ferramenta “Abcya”, um “Voki, um prezi e uma webquest (um questionário através da
ferramenta “Mobile Study”) . Trabalhei individualmente e em grupo.
Devo salientar que o meu conhecimento das novas tecnologias se resumia ao uso do
Word e do Excel e na Internet apenas pesquisava assuntos do meu interesse e fazia uso
regular do email; desconhecia, portanto, a maior parte das ferramentas referidas e
progressivamente fui-me consciencializando de que as mesmas poderão ser uma mais-valia
na minha atividade docente.

CONCLUSÃO

Chegada à etapa final desta oficina, concluo que as preferências demonstradas pelos
jovens de hoje têm grande razão de ser, uma vez que através do uso da Internet e das suas
inúmeras ferramentas, há uma diversidade de atividades que podem/devem ser partilhadas,
contribuindo para uma maior qualidade do ensino e da aprendizagem, designadamente das
línguas. A recusa destas ajudas parece-me agora uma questão de conformismo e de
obstáculo às mudanças, que impulsionam a evolução das sociedades.
Assim, apesar dos meus receios iniciais de não ser capaz, visto que o grupo de
formandos era muito heterogéneo, de as horas presenciais terem sido difíceis, porque se
seguiam a 8 horas de trabalho na escola, a execução das tarefas propostas pelo formador
entusiasmou-me sempre. Todavia, deparei-me com algumas dificuldades, nomeadamente o
ritmo um pouco rápido com que as instruções eram dadas e a ineficácia dos computadores

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que, não raras vezes, ou não abriam ou a internet não funcionava. Urgia, então
persistir, treinar até conseguir.
Em casa fazia todos os trabalhos solicitados, alguns bastante intuitivos, porém, a
minha dificuldade consistia em colocá-los, gravá-los no blogue, o que explica o facto de os
últimos trabalhos apresentarem data recente. Para mim, o importante é que penso ter
completado todos os trabalhos propostos e que a execução dos mesmos me deu imenso
prazer.
Esta reflexão conduz-me à conclusão de que me sinto hoje detentora de novas
competências e de que fiquei a ganhar muito com a frequência desta oficina. Estou convicta
de que a mesma constituirá, sem dúvida, o ponto de partida para uma melhoria do meu
desempenho enquanto docente dos dias de hoje.
No que concerne à metodologia seguida, penso ter sido adequada, sendo que a
componente prática exigia mais tempo para podermos exercitar o que nos era ensinado em
teoria. Os recursos disponibilizados pelo formador foram muitos e de grande qualidade,
todavia, como já referi, os equipamentos nem sempre funcionavam e a Internet esteve, por
vezes, inacessível facto que dificultava o nosso trabalho.
No tocante ao ambiente que rodeou a frequência desta oficina, este foi de grande
cordialidade e entreajuda de todos os colegas entre si e com o formador que, pacientemente,
ouvia as nossas angústias e tentava dissipá-las.
Por tudo o que acima mencionei, faço um balanço bastante positivo desta oficina.
Resta-me agradecer ao Centro de Formação e sobretudo ao formador, José António
Batista, a oportunidade que me deram de conhecer e de poder usar novos recursos para o
ensino.

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  • 1. INTRODUÇÃO O desafio lançado pela oferta da ação de formação “Integração das TIC no ensinoaprendizagem do Português: análise e produção de recursos didáticos digitais”, pareceu-me atrativo, uma vez que pertenço a uma geração que desconhecia o uso das novas tecnologias. Tendo começado a exercer a minha profissão de professora de português e de francês, muito anteriormente à realidade que hoje designamos era digital, o meu trabalho com os alunos resumia-se à exposição dos conteúdos a lecionar e à consequente interacção em situação de sala de aula, através de questionários orais ou escritos, fichas de trabalho diversas e um desgaste enorme para atingir os objetivos definidos pelos programas de cada disciplina e ano de escolaridade. É, por isso, compreensível, que a possibilidade de aprender novas formas de ensinar, começando pela motivação dos alunos, me suscite curiosidade e, por conseguinte, o desejo de usar todas as ferramentas que possam auxiliar-me na minha prática lectiva quotidiana, contribuindo para o sucesso dos meus alunos. Com efeito, a proposta de criação de um blogue através da Internet onde constassem atividades relacionadas com os conteúdos temáticos e gramaticais, quer da disciplina de português de 12º ano, quer de francês de 7º ano, entusiasmou-me muito. DESENVOLVIMENTO Em plena era digital, em que vivemos rodeados de mecanismos com as mais diversas potencialidades, cuja maior parte é conhecida e, na minha opinião, exageradamente usada pelos alunos, urge questionar os métodos de ensino-aprendizagem tradicionalmente utilizados na prática letiva e determinar até que ponto a atuação isolada do professor consegue motivar/estimular o aluno - que demonstra interesses e competências diversos dos daquele - ao seu próprio crescimento. Assim, como professora de português, tenho plena consciência da necessidade de inovação, mas também das condicionantes com que me tenho deparado, nomeadamente, a de não saber como usar as novas tecnologias, a de desconhecer os recursos, softwares, aplicações, formatos e sistemas digitais e a escassez de recursos tecnológicos na minha
  • 2. escola.Todavia, sei que as palavras-chave são partilhar, interagir, conetividade e publicação e tudo passa pela Web. Foi partindo destes pressupostos que resolvi aprender a introduzir inovações que alterem/melhorem o meu desempenho e que assentam no uso de novas tecnologias. Com efeito, a criação de um blogue que pudesse ser partilhado com os meus alunos, onde eu pudesse publicar trabalhos, sem o constrangimento de estar na escola e com liberdade de horário, pareceu-me um bom ponto de partida. Criei, assim, um blogue, “O blogue da Criatividade”, no qual fui inserindo gradualmente o que ia sendo ensinado pelo professor/formador, sessão após sessão, o que nem sempre foi fácil. Lidei com o Scribd, com o qual inseri um texto no blogue, a que se seguiu a inserção de uma imagem através da ferramenta Online-converter; depois, inseri um vídeo do youtube, um powerpoint, através do Slideshare, criei uma nuvem de palavras com a ajuda da ferramenta “Abcya”, um “Voki, um prezi e uma webquest (um questionário através da ferramenta “Mobile Study”) . Trabalhei individualmente e em grupo. Devo salientar que o meu conhecimento das novas tecnologias se resumia ao uso do Word e do Excel e na Internet apenas pesquisava assuntos do meu interesse e fazia uso regular do email; desconhecia, portanto, a maior parte das ferramentas referidas e progressivamente fui-me consciencializando de que as mesmas poderão ser uma mais-valia na minha atividade docente. CONCLUSÃO Chegada à etapa final desta oficina, concluo que as preferências demonstradas pelos jovens de hoje têm grande razão de ser, uma vez que através do uso da Internet e das suas inúmeras ferramentas, há uma diversidade de atividades que podem/devem ser partilhadas, contribuindo para uma maior qualidade do ensino e da aprendizagem, designadamente das línguas. A recusa destas ajudas parece-me agora uma questão de conformismo e de obstáculo às mudanças, que impulsionam a evolução das sociedades. Assim, apesar dos meus receios iniciais de não ser capaz, visto que o grupo de formandos era muito heterogéneo, de as horas presenciais terem sido difíceis, porque se seguiam a 8 horas de trabalho na escola, a execução das tarefas propostas pelo formador entusiasmou-me sempre. Todavia, deparei-me com algumas dificuldades, nomeadamente o ritmo um pouco rápido com que as instruções eram dadas e a ineficácia dos computadores 2
  • 3. que, não raras vezes, ou não abriam ou a internet não funcionava. Urgia, então persistir, treinar até conseguir. Em casa fazia todos os trabalhos solicitados, alguns bastante intuitivos, porém, a minha dificuldade consistia em colocá-los, gravá-los no blogue, o que explica o facto de os últimos trabalhos apresentarem data recente. Para mim, o importante é que penso ter completado todos os trabalhos propostos e que a execução dos mesmos me deu imenso prazer. Esta reflexão conduz-me à conclusão de que me sinto hoje detentora de novas competências e de que fiquei a ganhar muito com a frequência desta oficina. Estou convicta de que a mesma constituirá, sem dúvida, o ponto de partida para uma melhoria do meu desempenho enquanto docente dos dias de hoje. No que concerne à metodologia seguida, penso ter sido adequada, sendo que a componente prática exigia mais tempo para podermos exercitar o que nos era ensinado em teoria. Os recursos disponibilizados pelo formador foram muitos e de grande qualidade, todavia, como já referi, os equipamentos nem sempre funcionavam e a Internet esteve, por vezes, inacessível facto que dificultava o nosso trabalho. No tocante ao ambiente que rodeou a frequência desta oficina, este foi de grande cordialidade e entreajuda de todos os colegas entre si e com o formador que, pacientemente, ouvia as nossas angústias e tentava dissipá-las. Por tudo o que acima mencionei, faço um balanço bastante positivo desta oficina. Resta-me agradecer ao Centro de Formação e sobretudo ao formador, José António Batista, a oportunidade que me deram de conhecer e de poder usar novos recursos para o ensino. 3