3. Vera Gomes José Orsi John Nash Jani Schofield
Jake Lloyd
(Anakin Skywalker Criança)
Megan Fox Kate Fenner Pedro Gurgel
(Filho de Clarice Lispector)
Veronica Lake Anderson de
Oliveira
Alice Evans
4. Servidora
Pública
Engenheiro e
um dos diretores da Abre*
Gênio Matemático Estudante
(Atualmente tem 16 anos)
Ex-Ator Mirim
Atriz Desenhista Economista Atriz ? Fotógrafa
Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia (Abre)*
5. Preconceito
O que é esquizofrenia?
Uma pessoa com esse diagnóstico poderia atuar no mercado de trabalho?
Você aceitaria ser atendido por uma pessoa com esse diagnóstico?
"Pessoa que vive em um mundo paralelo"
"Transtornada" "Surtada" "Fora de si"
"Sem controle"
"Confusa"
"Desnorteada"
"Ouve vozes"
"Doença sombria"
"Estranha"
"Doida"
"Pessoa com defeito"
"Com um parafuso a menos"
"Deficiente"
"Desequilibrada"
"Fora da realidade"
7. Mas o que é a esquizofrenia?
A Esquizofrenia e a Estrela de David
(...) os judeus são confinados em bairros determinados e obrigados a andar com a estrela de David estampada em
papelete amarelo e pregada junto a roupa, de forma que fossem facilmente identificados.
Esse segregacionismo também é estendido aos ciganos, comunistas, homossexuais e, inclusive, aos doentes
mentais. (...)
Em 20 de abril de 2010, ao retirar o medicamento do qual faço uso na “Farmácia de Medicamentos
Especializados”, em Santos, gerenciada agora pela Cruzada Bandeirante São Camilo, sob os auspícios da
Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, recebo uma carteira amarela com enormes carimbos estampados:
ESQUIZOFRENIA.
Confesso que num primeiro momento a única coisa em que pensei foi que havia em minha testa uma tatuagem,
um carimbo com meu diagnóstico estampado para que todos pudessem apontar e dizer: “Lá vai o Esquizofrênico”.
Teria sido apenas um “ato falho” da burocracia? Quem sabe uma ação inconsciente do recém-admitido gestor da
farmácia? Ou seria, então, uma política pensada e planejada para expor e reafirmar o estigma das pessoas? (...)
(...) A “Carteira do Esquizofrênico”, nesse sentido, é uma afronta ao bom senso. Mais do que isso, é ilegal,
dissemina o preconceito, ofende a ética e, sobretudo, causa revolta. (...)
Não, não tenho vergonha de ser Esquizofrênico. Mas também não posso dizer que fácil lidar com o preconceito.
Por todos os lugares onde tento fazer valer a minha cidadania, logo vem a taxação: é louco! Também não é raiva o
que sinto, nem indignação. É um sentimento de impotência frente a esta máquina tão poderosa que fatalmente irá
desconsiderar meu desabafo com apenas um argumento: “é louco”. E isto é o que faz minhas pernas e meu corpo
fraquejarem, mas parafraseando Cazuza no final de sua vida, morro atirando.
8. Mas o que é a esquizofrenia?
Causas
• Ainda não se conhecem todos os mecanismos cerebrais que promovem os sintomas relacionados à esquizofrenia, mas hoje sabe-se que se trata
de uma doença química cerebral decorrente de alterações em vários sistemas bioquímicos (neurotransmissores) e vias neuronais cerebrais.
• O ambiente, ou seja, as relações vitais que a pessoa estabelece funcionam como fatores estressores que contribuem para que estes genes
ligados se ativarem e a doença apareça. Não existem fatores psicológicos ou ambientais que causam a esquizofrenia, mas sim fatores de vida
que são gatilhos para o início das alterações cerebrais da doença.
• Várias substâncias químicas estão alteradas no cérebro do esquizofrênico, principalmente dopamina e glutamato. Estudos recentes mostram
diferenças na estrutura do cérebro e do sistema nervoso central das pessoas com esquizofrenia em comparação aos de pessoas saudáveis.
Fatores de Risco
Alguns fatores são gatilhos importantes para o início das alterações neuroquímicas cerebrais e para o posterior aparecimento dos
sintomas da doença no comportamento do indivíduo:
• História familiar de esquizofrenia
• Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe, especialmente nos dois primeiros trimestres da gestação
• Problemas no parto como falta de oxigênio (hipóxia neonatal)
• Ter um pai com idade mais avançada
• Uso de maconha
• Tabagismo.
9. Mas o que é a esquizofrenia?
Entrevista de Drauzio Varela a Wagner Gattaz – Diretor do Laboratório de Neurociências, professor titular e
presidente do conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP.
• As alucinações caracterizam-se por uma percepção que ocorre independentemente de um estímulo externo.
• Delírio e alucinações são sintomas produtivos que respondem mais rapidamente ao tratamento. Os sintomas negativos da doença, mais resistentes
ao tratamento, e que se caracterizam por diminuição dos impulsos e da vontade e por achatamento afetivo. Há a perda da capacidade de entrar em
ressonância com o ambiente, de sentir alegria ou tristeza condizentes com a situação externa.
• A esquizofrenia se instala em pessoas jovens. O pico da instalação se dá, no homem, por volta dos 25 anos de idade. A mulher parece estar um
pouco mais protegida. Nela a doença ocorre mais tarde, por volta dos 29/30 anos.
10. Mas o que é a esquizofrenia?
Entrevista de Drauzio Varela a Wagner Gattaz – Diretor do Laboratório de Neurociências, professor titular e
presidente do conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP.
• É mais benigna na mulher. Mais benigna provavelmente por dois fatores: a instalação da doença ocorre mais tarde e elas se casam mais cedo.
Assim, antes da manifestação da psicose, a mulher tem a possibilidade de construir uma rede social e familiar que vai ajudá-la no decorrer da
doença.
• Por casar-se mais tarde e a doença instalar-se mais cedo, frequentemente o homem não construiu ainda uma estrutura familiar que lhe dê
respaldo. Outro motivo, ainda objeto de pesquisa, que torna a doença mais amena na mulher, é que os hormônios sexuais femininos, os
estrógenos principalmente, têm na célula nervosa um efeito semelhante ao dos medicamentos antipsicóticos. É como se a mulher possuísse um
antipsicótico endógeno protegendo-a contra as manifestações da doença.
• É raro o homem adoecer pela primeira vez depois dos 40 anos de idade. No entanto, cerca de 10% das mulheres têm o primeiro surto psicótico
esquizofrênico depois dos 45 anos, época em que ocorre a menopausa e cai a produção de estrógenos.
• O tratamento tem boa eficácia para fazer regredir os sintomas negativos. Em muitos casos de adultos jovens e adolescentes, é possível conseguir
que eles não interrompam suas atividades e mantenham boa reintegração social, o que evita muitos danos causados pela esquizofrenia.
• Os efeitos colaterais dos remédios são problemas motores, tremores, torcicolos violentos e rigidez muscular. Alguns deles provocam ganho de
peso, que pode ser controlado com a troca do remédio.
• A administração é cômoda, uma dose tomada por dia.
11. Mas o que é a esquizofrenia?
Assim como o Autismo, a Esquizofrenia possui diversos espectros, neste trabalho focaremos apenas na Esquizofrenia propriamente dita.
• A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo caracterizado por uma alteração cerebral que dificulta o correto julgamento sobre a realidade, a produção de
pensamentos simbólicos e abstratos e a elaboração de respostas emocionais complexas. É uma doença crônica, complexa e que exige tratamento por toda a vida.
Existem alguns tipos de esquizofrenia:
• Esquizofrenia paranoide: com predomínio de alucinações e delírios
• Esquizofrenia heberfrênica ou desorganizada: com predominante pensamento e discurso desconexo
• Esquizofrenia catatônica: em que o paciente apresente mais alterações posturais, com posições bizarras mantidas por longos períodos e resistência passiva e ativa a
tentativas de mudar a posição do indivíduo
• Esquizofrenia simples: em que a pessoa, sem ter delírios, alucinações ou outras alterações mais floridas, progressivamente ia perdendo sua afetividade, capacidade de
interagir com pessoas, ocorrendo um progressivo prejuízo de seu desempenho social e ocupacional, por vezes levando os indivíduos afetados a uma vida de sem-teto e
vagando pelas ruas.
12. Dados sobre a Esquizofrenia
• De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a esquizofrenia é uma doença que causa transtornos mentais e que atinge,
no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas e, é a terceira doença que mais afeta a qualidade de vida entre a população de 15 a
45 anos.
• Nas farmácias cidadãs do ES são cerca de 11.375 pessoas que retiram medicamento para o tratamento da esquizofrenia, o que
não representa a realidade, pois muitos dos portadores compram o remédio em farmácias comerciais ou estão internados em
hospitais, não entrando nessa contabilização.
17. Inclusão
24 DE MAIO
É celebrado o Dia Mundial da Esquizofrenia.
Busca conscientizar a sociedade sobre o
desafio de tratar a doença, colocando o
paciente em destaque.
Tem como foco mostrar que a esquizofrenia não
é incapacitante.
18. Visão da Esquizofrenia pelas teorias
Psicanálise Gestalt Behaviorismo
• Para a Psicanálise, a esquizofrenia tem
como característica a perda dos limites do
ego, a regressão a um momento primitivo o
qual não se distingue o Eu e o não-Eu.
• Há ainda uma outra vertente dentro a
psicanálise que afirma que o Eu do
esquizofrênico é constituído e por isso se
conhece a diferença do Eu e do não-Eu,
mas não possui autonomia e, por isso, tem
dificuldade de limitar o corpo e outro.
• Essa indiferenciação é próprio do processo
originário de funcionamento mental.
• Para a Gestalt, a esquizofrenia não é
uma doença, pois nos ajustamentos
psicóticos também existe intenso
trabalho de criação na fronteira com o
contato.
• Nesse conceito, a fronteira do “eu”
envolve a percepção do indivíduo do que
está dentro ou fora do corpo, no qual o
psicótico apresenta dificuldades para
ajustar, visto que projetam no exterior os
seus conteúdos internos.
• Para o Behaviorismo, os pacientes
psicóticos, entre eles os esquizofrênicos,
são compreendidas como comportamento
operante e, portanto, pode ser possível
predize e controlar os sintomas, em especial
os positivos.
• O contexto verbal do esquizofrênico é
considerado inadequado por não ser
característico do contexto e, por isso, deve
ser visto sob as condições de estímulos
antecedentes e consequentes ao
comportamento.